Capítulo 8-intimo
Cumprimento a senhora e Elisa sua ajudante. Eu estava vestida numa calça própria para montaria e uma camiseta colada em meu corpo e botas, Berta me convida para me juntar a elas no café e acabo aceitando.
-finalmente o tempo melhorou, não vejo a hora de conhecer melhor essa região-falo, mas o tempo todo meu olhar era direcionando a porta de saída da cozinha.
-Sabrina deve estar chegando...Pensei até que Mari que fosse te acompanhar pois a vi conversando com Sabrina- quer dizer que a guia realmente foi falar com ela.
-não tem pro...-não deu para completar, pois me perdi ao ver ela entrando na cozinha, meu coração dispara em meu peito e meus olhos não conseguiam se desgrudar da figura que caminhava em nossa direção, Ela usava calça colada preta, botas e uma baby look colada ao corpo. Seus cabelos estavam presos em um rab* de cavalo a deixando ainda mais sexy.
-vamos- quando ela sorrir soube que alguma coisa havia acontecido nesses dois dias que se seguiram sem nos ver, só não sabia dizer se aquilo era bom também pra mim.
-primeiro comam alguma Coisa-Berta fala colocando algumas frutas, pães, queijo encima da mesa-vocês precisam se alimentar primeiro.
Comemos caladas, em nenhum momento Sabrina me olhou nos olhos. Era assim sempre que estávamos juntas, parecia que ela tinha medo de demonstrar alguma coisa.
Quando terminamos seguimos para fora da pousada. Ela caminhava em minha frente, meus olhos não desgrudavam de seu rebol*do, observava e imaginava aquele remexido em cima de uma cama. Balanço minha cabeça, Aquela mulher despertava um desejo em mim fora do normal, eu sabia que só me acomodaria quando a tivesse sobre meu corpo.
Fomos o caminho todo caladas, acho que depois do que havia acontecido ficava mesmo difícil um diálogo, mas eu sabia que uma hora ou outra o assunto do beijo viria a tona.
Tento puxar assunto, aquele silencio era incomodo. Queria deixa-la a vontade então resolvi conversar sem fazer qualquer menção ao ocorrido.
-este lugar é lindo, faz tempo que mora aqui? - logico que já sabia muita coisa dela, mas como estava querendo aliviar a tensão, resolvi perguntar a primeira coisa que me vem à cabeça.
-nasci e me criei aqui na ilha! - responde sem ao menos me olhar. Como no dia passei anterior que passei por ali, fico admirando as vastas vegetação- sai da ilha somente para estudar, mas assim que conclui voltei para assumir os negócios- Isso também eu já sabia! - e você como soube da existência da ilha dos sonhos?
Ia ter que mentir novamente, não poderia mencionar o nome de minha madrasta. Já estava ficando boa nisso.
-através de uma amiga, ela esteve aqui a alguns anos atrás e gostou muito. Quando ficou sabendo que pretendia viajar me indicou- olho o tempo todo em direção aos campos, estava com receio que ela pudesse enxergar em meus olhos que eu havia inventado aquela história-precisava me afastar de tudo e resolvi aceitar a sugestão.
-problemas com relacionamento- tai um assunto que não queria entrar, ainda não estava pronta pra falar sobre Pietra, somente minha madrasta e meu pai souberam de fato o que levou o fim de meu relacionamento.
-separação na verdade- sinto ela me olhar de uma forma intensa, por mais que não quisesse mencionar o assunto, algo dentro de mim falava o contrário, queria saber qual sua reação ao saber que na verdade vivi com uma mulher-peguei minha mulher com outro.
Quando falo olho diretamente em seus olhos, vi uma expressão de incredulidade em seu olhar parecia não acreditar.
Estávamos chegando nos estábulos. Depois disso resolvi calar, ela parecia pensativa.
-vou mandar selar um cavalo manso pra você, como não conhece esses caminho acho melhor não ariscar com um cavalo mais arisco.
Se aproximou do senhor que cuidava do local, conversa com ele e segui para dentro das baias. fiquei curiosa de conhecer melhor aquele ambiente no dia em que vim com Mari, praticamente só pegamos o cavalo e saímos com o grupo.
Assim que entro a vejo acariciar um cavalo todo negro, lindo por sinal. Ela acariciava sua grina e conversava com o animal de maneira carinhos, me aproximo com cuidado, quando o animal nota minha presença relincha em minha direção.
-Calma, alado –Sabrina passava suas mãos no dorso do animal-ela não vai te machucar.
-ele é lindo, não o vi aqui quando vim com Mari-vi sua expressão de contrariedade quando mencionei o nome da guia, estava começando a achar que esse ciúme e direcionado a mim e não a Mariana.
-Arnaldo deveria tê-lo levado para se exercitar, ninguém mais o monta a não ser eu- o cavalo se aquieta com as caricias de Sabrina, me aproximo um pouco mais, estico meu braço para alcançar a crina de Alado, ele me olha parecendo querer rejeitar meus carinhos mas mesmo assim insisto fazendo com que ele baixe a cabeça recebendo meus afagos.
Estava bem próxima de Sabrina, um pouco atrás. Seu cheiro impregna em minha narina fazendo com que relembrasse nosso beijo. Queria manter distância dela, pelo menos por enquanto, mais uma força maior chamado desejo faz com que me encoste nela. Precisava sentir seu corpo próximo ao meu, meu corpo fica e centímetros do dela, meu braço continuava estendido em direção a Alado, fazendo nossas peles se tocarem.
Meu coração batia que nem louco em meu peito. Os pelos do braço de Sabrina estavam eriçados com o contato, eu sabia que não podia apresar as coisas, pois se acontecesse algo tipo o beijo que trocamos na praia, era bem capaz dela sair correndo e me deixar sozinha ali, e eu precisava de somente uma oportunidade de me aproximar para toma-la novamente em meus braços.
Me afasto daquele contato prometendo a mim mesma que teria aquela mulher pra mim.
...
Depois que voltei de meu passeio parecia que as coisas estavam mais claras em minha mente, passei a tarde sentada em uma das grutas da praia da rochas, uma das praias existentes ali, na ilha dos sonhos. Consegui admiti pra mim mesma que a italiana me atraia como jamais nenhum homem me atraiu.
Os pensamentos que passavam em minha cabeça enquanto tentava negar que a queira, me fizeram desistir de minha incoerência. Minha mente negava essa atração enquanto meu corpo ansiava por conhecer cada toque que aquelas mãos podiam causar em meu corpo.
Quando entro na cozinha encontro Berta e Amália conversando sobre Giovane, ele vivia na capital. Depois que se assumiu resolveu viver longe dali, pois falava que as pessoas da ilha tinha um conceito ainda muito ultrapassado.
-Mas mãe como ele vem morar aqui?
-me parece que saiu do emprego, está passando por algumas dificuldades pois está morando só.
-mas o Cleyton não está ajudando nas despesas-Amália perguntava pra mãe.
-esse se mandou depois que seu irmão perdeu o emprego.
Resolvi me fazer presente naquele momento, se Berta estava passando por algum problema com um dos filhos, eu tinha mas que a obrigação de ajudar.
-o que está acontecendo Berta?
-estávamos falando do Giovane-quem responde é Amália- Ele quer voltar pra Ilha pois está sem trabalho.
-eu já havia comentado com você minha filha- Berta fala e balanço a cabeça em confirmação.
-e eu já falei pra você, que é pra ele vir...daremos um jeito.
-obrigada minha filha...
-não tem que me agradecer, sabe que vocês são minha família.
Ficamos ali conversando até Berta levantar-se, me deixando a sós com Amália que parecia curiosa sobre algo.
-Sabrina, no dia do Luau quando saiu para dar uma volta, Você viu a Italiana? - ela tinha uma curiosidade no olhar que não entendi.
-não, por que?
-nada não.
O assunto morreu ali, mais de vez em quando pegava minha amiga me olhando como se me questionando de algo.
No dia seguinte acordei numa expectativa louca, quer dizer quase não havia dormido pensando na Italiana. Levanto, olho pela janela e vejo que o tempo estava propício para cavalgar.
Depois de banho tomado e vestimenta adequada, sigo pra tomar café com Berta e esperar por Giulia, só seu simples nome já causavam um mar de emoções em meu íntimo.
Da feita que me aproximo da cozinha escuto a voz da italiana e quanto mais me aproximava mais meu coração batia em um ritmo descompassado. Ao entrar e dar bom dia , percebo seu olhar em direção a meu corpo. Tendo disfarçar mais minha mente não me obedecia, ela estava ainda mais linda, se aquilo fosse possível. Sua roupa colada davam a dimensão do que se escondia por baixo de seus trajes.
Saímos em direção ao haras, Giulia bem atrás de mim. Sentia minhas costas queimando, sabia que ela me analisava e aquilo ao invés de me incomodar me causava prazer, só de imaginar os pensamentos que deveriam estar passando em sua cabeça.
Seguimos em silencio, ainda lembrava da sensação de seu beijo causou em meu corpo. O silencio já se fazia incomodo até ela puxar assunto. Estávamos em uma conversa até amistosa, mas quando ela começou a falar em sua ex mulher, meu humor mudou completamente, ainda mais por saber que ela havia sido traída. Algo que não perdoava em quem se dizia amar tanto alguém. Depois disso nos calamos, mais aquilo não saia de minha cabeça.
Chegamos ao estabulo, vou direto ver Alado, meu cavalo. Eu estava morrendo de saudades dele, ele estava com problemas e tivemos que remove-lo até a cidade para tratamento já que a veterinária havia me falado que na clínica teria um resultado mais eficaz.
Estava conversando com Alado quando sinto Giulia se aproximar querendo acaricia-lo, sua presença bem atrás causam arrepios por meu corpo, seu cheiro me remete à noite em que nos beijamos na praia, achei que ela fosse me tomar novamente como havia feito aquele dia, mais para minha decepção ela se afasta.
-acho melhor irmos, quero conhecer cada canto dessa ilha
A vejo se afastar, meu coração que estava acelerado aos pouco volta ao ritmo normal. Selo Alado, queria traze-lo para fora de sua baia.
Ao sair vejo Giulia conversando com Arnaldo, me aproximo pedindo que ele sele a princesa, irmã de alado.
-A princesa é irmã de Alado mas ao contrário dele é mansa- a vejo balançar a cabeça como se concordando, não havia mais nenhum sinal em seu olhar do que se passara a pouco na baia de Alado.
-No dia em que cavalguei com Mari- ao escutar o nome da guia me sobe uma raiva, só de imaginar as duas cavalgando juntas. Mais procuro não demonstrar-vi uns campos lindos além daquela trilha- ela aponta a direção-poderíamos ir lá?
-podemos sim, vou aproveitar e te mostrar uma nascente depois daqueles campos. Aproveitamos para descansar e os cavalos beberem agua.
Arnaldo traz princesa que parece aprovar sua hospede, vejo como Giulia ficou encantada pela égua, ela era linda mesmo todos que conheciam o haras se encantavam por ela e Alado.
-Ela é linda, e parece tão dócil- a italiana alisada a crina da égua, acariciando levemente.
-vamos, senão fica tarde.
Ela monta em princesa e eu em Alado, seguimos pela trilha que havia me falado logo chegamos no campo da fazenda vizinha, onde o proprietário era amigo de meu pai. Observo ela ser uma excelente Amazona, sua postura reta era como se já estivesse acostumada a cavalgar. Por algum tempo ela correu naqueles campos com princesa se deixando levar e eu só observava encantada com aquela mulher, que mais parecia uma deusa saída das história de mitologia.
A presença de Giulia era sempre assim, não conseguia pensar em mais nada quando a olhava. Bato em alado, esse sai em disparada. Precisava pelo menos tentar tira-la um pouco da cabeça.
O vento de encontro a meu rosto me dava sensação de liberdade. Fecho os olhos e deixo Alado me guiar. O animal conhecia aqueles vastos campos mais que qualquer outro, quando dou por mim Alado me levava já próximo a trilha que havia falado mostrar a Italiana, puxo sua rédeas para que ele pare, estava tão distraída que não vejo a presença de Giulia já ao meu lado.
- pra onde está indo? - Alado agora caminhava mais lentamente, dando a chance da italiana se postar bem rente a nosso lado.
-Alado quer ir a nascente, ele adora aquele lugar. Não perde uma oportunidade!
Vejo seu riso solto ao meu comentário, um sorriso largo parecendo iluminar seu semblante.
-ele deve saber o que é bom! -a olho diretamente- esse lugar deve ser maravilhoso! -concordo com a cabeça- Alias deve ter sido muito bom crescer aqui, nesse lugar- abre os braços dando dimensão a toda a ilha. Pela primeira vez a via sem reserva, sem seu olhar questionador.
-realmente esse lugar tem história! - agora ela me olhava, um olhar especulador, curioso- uma vez Amália e eu nos perdemos nessas trilhas, acho que deveríamos ter uns 6 a 7 anos, quando nos acharam nós estávamos em uma das grutas próximo a nascente. Me lembro que meu pai havia nos levado até a praia das rochas, aqui próximo.
-praia das rochas!
-sim, esse nome foi dado devido a quantidade de rochas que possui ali, quem não conhece pode acabar se machucando ao tomar banho, pois parece bem inofensiva- ela prestava toda atenção a minha narrativa – bom, meu pai disse que quando nos procurou, não estávamos mais perto dele, ele se desesperou ao nos procurar sem sucesso. Então pediu ajuda ao amigo dele, dono dessa fazenda. O Sr. Marciano juntou alguns peões e foram a nossa procura, quando fomos encontradas estávamos dormindo dentro de uma caverna próximo a nascente. Lembro que brincávamos na nascendo quando começou a chover e acabamos dormindo ali mesmo.
-seu pai deve ter se desesperado mesmo, imagine duas crianças perdidas dessa mata...
-não passamos tanto tempo sumida, foram apenas uma duas horas mais pra Amália e eu foi uma verdadeira aventura.
-a família da Berta parece gostar muito de você.
-eles são minha família. Depois de meu pai, a Berta e os meninos são mais próximo que tenho de família.
-me desculpe perguntar, você nunca fala dela mais e a sua mãe.
Fiquei algum tempo muda digerindo aquela pergunta. Não gostava de falar de minha mãe, isso porque sabia pouca coisa a seu respeito, tudo que sabia foi por Berta ter-me falado, pois meu pai jamais tocara no nome dela desde que me entendia por gente.
-me desculpe mais esse é um assunto que não gosto de falar- ela balança a cabeça como se concordando.
Seguimos o caminho até a nascente caladas, somente com os cavalos nos guiando. O clima daquele lugar era diferente, transmitia paz. Olho de relance para minha hospede que estava contemplando o lugar, atenta a tudo.
-é aqui- aviso ao chegarmos. Alado que já conhecia muito bem o lugar, devido as várias vezes que fui ali em busca de paz, para rente ao rio.
-você tinha razão, o lugar é maravilhoso- Giulia fala olhando pra aquela agua límpida, transparente.
Ela desce de princesa se aproximando de Alado me olhando profundamente, seus olhos estavam de um verde intenso.
...
Depois que saímos do estábulos, ela me levou diretamente para o campo que havia falado ter ido com Mari. Meu coração ainda se encontrava aos pulos e toda vez que lembrava de seu cheiro, de seu corpo próximo ao meu, minha boca secava de tanta vontade que tive de provar-lhe os lábios novamente.
Ao chegamos a área que havia falado, coloco princesa pra se exercitar. Seu ritmo descompassado se assemelhava a meu coração, eu precisava aliviar um pouco aquele desejo que Sabrina causava em meu corpo. A vejo parada me observando por algum tempo, até que Alado dispara em direção a uma trilha, vejo quando ela puxa as rédeas sem sucesso, corro em sua direção para ajudá-la. Ao me postar ao seu lado, vejo o animal parando aos pouco.
Começamos uma conversa sem barreiras, ela me conta a vez que se perdeu com Amália, eu só fazia rir do jeito como narrava o ocorrido, Fiquei feliz, pois parecia que nossas diferenças estavam ruindo. Era muito bom saber mais sobre aquela mulher que me despertava tanto encantamento.
Percebo o quanto ela se agita assim que pergunto por sua mãe, que pra mim era uma incógnita pois ninguém sabia ao certo o que havia acontecido, logico com exceção de Berta, imagino. Quando chegamos a tal nascente fiquei deslumbrada com aquela lagoa de agua transparente, ao fundo da lagoa uma tonalidade de um verde lima “deve ser muito gelada” penso já me preparando para comprovar minha teoria.
Devagar tiro blusa. Vejo Sabrina ficar inquieta em cima de Alado
-ei o que está fazendo?!
-vou nadar, a agua me parece convidativa- falo pronta pra tirar minha calça de montaria.
-você não pode...
A vejo querer descer de alado no momento em que seu pé fica preso a sela, corro para alcançá-la antes que se esparrame no chão. Seu corpo vai de encontro ao meu, tento ampara-la mais nossos corpos vão direto ao chão.
-obrigada...
Ela me olha nos olhos, sem mexer um musculo ou fazer menção de levanta-se. Nossos corpos grudados, podia sentir em meu peito o ritmo cadenciado de seu coração. Meus braços envolto em sua cintura e a única imagem que vinha a minha cabeça era ela nua saindo daquela lagoa na gruta.
-você é linda- não me contenho, seu olhar fixo nos meus, sua respiração acelerada denunciando que ela também estava querendo o que estava por vim.
Fim do capítulo
Boa tarde!
meninas espero que gostem do capitulo, tentarei postarcom mais frequencia.
bjss
Comentar este capítulo:
Luciana Sousa
Em: 06/06/2023
cau santana
Em: 07/05/2017
Boa tarde,
Vixe... O destino sempre dando um empurrãozinho, kkkk. Segurrraa Giulia!!!!
Aguardando a cena do próximo capítulo.
Bj
Resposta do autor:
boa tarde linda!
kkk ninguem segura essa italiana.
bjss
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