CapÃtulo 7-o beijo
-Se escondendo de algo? - pergunto, ela se vira assustada em direção a minha voz, não sei se me reconheceu de imediato pois a única iluminação era o luar.
-oi está perdida? –ela pergunta.
Me aproximo sentando-me a seu lado.
-na verdade não, estava te seguindo- ela se vira em minha direção, deve ter achado estranho minha resposta- vi você na praia dançando e resolvi te seguir, quero te perguntar algo.
-o que é?
-era você que estava dançando ontem, não era? - ela não fala nada, e ali tive minha confirmação- porque me olhava tanto?
-eu não estava olhando- eu sabia que era mentira, pois a poucos minutos ela olhava para o chalé igual a ontem.
-olhava sim, e quer que diga porquê? -ela não me olhava, e não falava nada-por que você quer isso.
A seguro pela nuca e cubro sua boca com a minha.
A princípio encontro resistência por sua parte, mais da feita que intensifico o beijo a sinto se entregar ao beijo. Seus lábios são macios, perfeito para serem beijado, minha língua se aprofunda, fazendo com que ela ch*pe com força, senti minha entranha se contrair com a força com que ela se apossa de minha língua. Lembro de seu corpo nu na gruta, sinto meu desejo voltar com uma força surpreendente, minha mãos descem de sua nuca em direção a sua costa alisando seu contorno.
Meu desejo por ela cresce à medida que a sinto se entregar, minha língua agora ch*pa a dela fazendo com que ela solte gemid*s, sinto seu corpo arfar sob minhas mãos. Não queria apresar as coisas mais não estava me contendo precisava sentir seu corpo, minha imaginação ainda brincava em florescer a imagem dela saindo da lagoa. Minha mão procura o caminho por dentro de sua blusa, enquanto a outra volta para nuca pressionando nossos rostos, não queria desperta-la daquela magia.
Sinto sua pele quente macia, suspiro. Ela ao sentir meus dedos correndo por sua costa comprimi nossos corpos como querendo fundi-los. Seu cheiro é delicioso, sua pele macia, seu corpo tudo era perfeito, poderia me perder ali naqueles momentos não queria que aquela sensação acabasse, mas quando minhas mãos acariciam a lateral próximo a seus seios, ela desperta.
-o que está fazendo? Ficou louca! - ela estava tremendo, não sei se de desejo ao desespero. Eu ainda me encontrava meio zonza, meu corpo ardia de desejo por tê-la, mais não ia deixar que me acusasse por aquilo que havia acontecido, se eu mesma sabia que ela também desejara tambem aquele momento.
-como assim, o que estou fazendo...nunca recebeu um beijo antes-fui irônica, aquilo era uma qualidade, ou defeito que tinha não sei, só sei que quando me acuada ou ficava raiva de algo a ironia era minha melhor saída- você quis tanto quanto eu!
-você me agarrou, eu tenho namorado...
-mas parece que não lembrou disso agora a pouco!
-não chegue mais perto de mim, eu não sou lesbica...
-fala isso pro teu corpo, que tremeu de desejo em minhas mãos.
-haa- a vejo esbravejar e sair pisando duro sobre a área da praia, indo em direção ao grupo que havíamos deixado pra trás.
-Senhor, que mulher é essa! E que desejo e esse que ela me desperta- minha respiração voltava ao normal, mas meu desejo por ela só havia aumentado depois daquele beijo- essa mulher fazendo amor deve ser um vulcão.
Balançava a cabeça em negação, ao mesmo tempo que ria alto de minha teoria.
...
Sai de perto da Italiana quase correndo, meu corpo todo tremia e meu coração estava tão acelerado que fiquei com medo de uma arritmia a qualquer momento. Passo por perto dos pessoas que estavam reunidas cantando e algumas dançado. Alguma me chamaram mais eu não poderia parar, não estava em meu estado normal, precisava ficar sozinha.
Passo pela recepção e Amália estava ali, conversando com um hospede. A escuto me chamar e outra vez não dou atenção. Precisava mesmo estar só, pra tentar entender o que acabara de acontecer.
Entro em meu chalé e tranco a porta como se a qualquer minuto Giulia fosse entrar ali e me fazer sentir aquelas sensações prazerosas outra vez.
Sento em meu sofá ainda em transe. Sinto meus lábios arderem, passo os dedos neles fazendo seu contorno. Como uma estranha me fazia sentir isso... ainda por cima uma mulher!
Meu corpo como na noite anterior estava em brasa, sinto uma nova contração em minha entranha, coloco minha mão entre as pernas e as aperto para aplacar um pouco aquela ânsia de sentir a Italiana entre elas. Sentir as mãos dela em meu corpo foi como me transportar ao paraíso, na hora senti uma necessidade tão grande de me entregar, de ser possuída, de senti-la toda pelo meu corpo. O que pensar, já havia estado com alguns homens antes de Leo e nunca foi tão intenso, e olha que ela somente me beijo e afagou, imaginava ser tomada por ela, acho que poderia desfalecer de tanto prazer.
-preciso me manter longe dessa mulher! - minha mente lutava entre a entrega por senti-la e a negação por não achar correto, principalmente por ter um relacionamento estável- mas o que fazer com esse desejo que ela me desperta?
Minha cabeça estava fervilhando, minha negação e meu desejo travavam uma batalha, enquanto minha mente não conseguia pensar em outra coisa que não fosse aquele delicioso beijo.
Corro para o banheiro, precisava de um banho pra tentar aplacar aquela ardência em minha pele, local por onde as mãos de Giulia passearam. Entro debaixo do chuveiro tentando afastar meus pensamentos, mas todas as vezes que fechava os olhos as lembranças dançavam em minha frente e novamente meu corpo reagia com intensidade.
Minha noite foi uma tortura, quando acordava a imagem de Giulia não saia de minha cabeça e quando dormia tinha sonhos eróticos com ela, e pensar que no dia seguinte teria que sair com ela para cavalgar isso sim seria minha maior tortura.
Pra minha sorte, ou azar, não sei o dia amanheceu chovendo e por dois dias seguintes o clima continuou assim nos impedindo de cavalgar, passei os dois dias fugindo de um encontro que sabia que mais cedo ou tarde ia acontecer.
Minha cabeça estava a mil, não conseguia parar de pensar na italiana em nenhum segundo, era dormindo, acordada, conversando com alguém, ela sempre vinha na minha cabeça aquilo estava virando obsessão.
No dia seguinte do acontecimento Leo chegou da cidade a noite, foi na pousada me ver, queria por que queira conversar, minha paciência estava no limite não deu outra acabamos discutindo.
-oi amor, estava com saudade.
Ele chegou no chalé, como a porta estava apenas encostada entrou sem bater. Eu estava distraída pensando pra variar em Giulia, coisa que fazia constantemente desde que a conheci.
-oi Leo, pensei que ainda estivesse na cidade- fui seca com ele , principalmente por que chegou me abraçando por trás e depositando um beijo em minha nuca. Não entendia como meu corpo não reagia a seus carinhos e com um simples beijo da Italiana, ele pegou fogo.
-Está com algum problema- na mesma hora me arrependo por meu tom de voz, que culpa ele tinha se eu estava frustrada, sim porque aquilo era pura frustação.
-não, só estou querendo ficar sozinha, estou com dor na cabeça- desculpa esfarrapada eu sei, mas fazer o que. Depois de provar o beijo de Giulia não me via beijando outra boca.
Parecendo adivinhar meus pensamentos, Leo vira-me para um beijo e por puro instinto, virei meu rosto e ele acaba beijando minha bochecha.
-O que está acontecendo? Porque não quer me beijar?
-já falei que não está acontecendo nada Leo, só quero ficar um pouco sozinha-explodo.
- falei pra você que tínhamos de conversar- lá vinha ele com aquela história outra vez- já namoramos a 1 ano, quero formar uma família contigo.
-eu ainda não estou preparada Leo, tenho muitos problemas, muitas responsabilidades- antes dele falar mais alguma coisa, o corto- é melhor conversarmos depois sobre isso, quero ficar só, vou me deitar um pouco, antes de voltar pra pousada.
Depois que Leo saiu, não o vi mais. Estava praticamente dois dias enfurnada dentro de casa, ia na pousada resolver algumas coisas e voltava. Os dois dias lutei entre a razão e o coração, Meu coração insistia em sentir saudade de Giulia queria apenas olha-la, admirar sua beleza, enquanto a razão pedia pra que me afastasse, me mantivesse o mais distante dela, já estava cansada desse duelo, resolvi sair um pouco. Apesar do dia chuvoso arisquei em andar um pouco, ali mesmo próximo a pousada.
O temperatura estava fria, coloquei uma calça jeans uma blusa de mangas e por cima uma capa de chuva pra me proteger, ia ser bom caminhar um pouco, distrair a cabeça, pensar em outra coisa que não fosse a italiana.
Antes de sair vou falar com Berta, pra verificar se está tudo certo para o Jantar dos hospedes, a encontro conversando com sua assistente, uma conversa que não entendi muito bem e que resolvi também não questionar.
-ele saiu, com certeza foi encontrar com alguma mulher- resolvi me fazer presente, de quem quer que tivessem falando não era da minha conta, bastava meus problemas não ia querer me met*r no problema dos outros.
-Berta vou dar uma caminhada- a vi se voltar pra mim como os olhos esbugalhados, fiquei ainda mais intrigada- aconteceu alguma coisa?
-não minha filha, só toma cuidado com essa chuva que não quer cessar- ela ainda parecia assustada, mais achei melhor conversar quando voltasse- ah, a Giulia veio aqui. Queria saber se pode ir cavalgar amanhã pelas trilhas, estou só esperando a mariana pra saber se pode acompanha-la amanhã.
Uma raiva fora do normal sobe em mim ao escutar aquilo, não conseguia imaginar as duas juntas. Saber que Mari poderia a beijar, ou sabe se lá fazer o que com a Italiana, me encheu de raiva.
-não precisa, se o tempo melhorar eu mesma a levo- vejo Berta da os ombros. Ainda bem que eu sempre fazia isso com alguns hospedes, quando Mari não podia acompanha-los.
Me despeço de Berta e sigo o caminho de trilha que vai dar em uma área mais distante da praia, amava tanto aquela ilha, a paz que sentia quando estava naquele pequeno paraíso era sem igual.
Poucas pessoas se atreviam a pegar aquela trilha, pois tinha muitos caminhos e quem não conhecesse bem poderia até se perder com tantos caminhos. Sempre que algum hospedes chegava Amália explicava com mínimos detalhes aqueles caminhos e aconselhava que ninguém saísse pra conhecer, sem a orientação da Guia ou minha própria supervisão.
A chuva não cessava, mais consigo chegar onde queria...a praia da Rochas, o lugar era lindo mais poucos banhistas se atreviam a entrar pois como o nome já dizia, havia muitas pedras naquele local e pra uma pessoa que não conhecia, nadar ali poderia ser arriscado.
...
Depois que Sabrina se foi, me deixando ali com seu gosto em meus lábios não consegui pensar em mais nada, que não fosse a vontade de tê-la pra mim.
Volto para perto do grupo que tocava na praia, na esperança de vê-la novamente, mas me decepcionei pois ela já havia ido embora. Me afasto sentando-me na mesma pedra de antes de segui-la, olho para o mar que parecia tão calmo trazendo com ele uma paz indescritível.
-a visão é linda, não é?
Me espanto com aquela voz, falando tão próximo de mim. Era Amália, que como sempre, sem pedir se instala ao meu lado.
-posso te perguntar uma coisa? - fiz que sim com a cabeça. Não adiantava mesmo dizer que não, pois eu tinha a certeza que ela perguntaria assim mesmo-você é lesbica, não é?
-porque perguntas isso? - tinha ficado curiosa, todos que sabiam de minha orientação sexu*l*, foi por eu ter falado. Muitos de meus amigos diziam que eu nunca havia dado “pinta’ como costumavam falar.
-porque estava observando seus olhares pra Sabrina, antes de você se levantar para segui-la - acho que ela só não viu minha expressão de espanto devido eu estar olhando sempre pro mar.
-eu não a segui, estava caminhando somente...
-ah seguiu sim, vi quando ela saiu e você foi logo atrás.
“Será que ela viu alguma coisa?” agora a olhava assustada.
-Sei que não aconteceu nada entre vocês, a Sabrina sempre gostou de homens, se tivesse que ter caído na lábia de alguma mulher seria na da Mari que arrastava um caminhão por ela- “eu sabia, aquele jeito da Mari pro lado dela só poderia ser paixão” - Mas Sabrina nunca se deixou envolver.
-eu nem cheguei a falar com ela-desfaço- acho que vou me deitar, amanhã pretendo cavalgar e quero estar bem disposta.
Me despeço de Amália e sigo para meu chalé, tomo um banho pra relaxar e me deito. Meus pensamentos não se afastavam da cena que presenciei na gruta e do beijo que trocamos. Quando o sono chegava era recheado de sonhos eróticos com a dona da pousada.
Na manhã seguinte acordo ansiosa, teria a manha para tentar pelo menos me aproximar mais de Sabrina, mas um barulho de trovoada lá fora me desanima, vou até a varanda e vejo que caia uma chuva torrencial sem chances pra um passeio a cavalo.
Tomo banho e ligo para a recepção da pousada, não tinha condições nem mesmo de ir ao restaurante fazer meu dejejum, mas sinceramente não queria ficar ali, trancada, queria poder ver Sabrina nem que fosse somente para olha-la mesmo. Amália que já estava na recepção me informa que dentro do guarda roupa em meu quarto havia uma capa de chuva, a arrumadeira sempre deixava lá pois as chuvas ali eram constantes.
Entro na recepção da pousada encharcada, Apesar da curta distância até ali. Entrego minha capa para o Ivan que recolhia de outros hospedes e sigo direto para o restaurante.
Em nenhum momento que estive ali Sabrina apareceu, tinha uma necessidade tão grande de vê-la, poder olhar aquele corpo divino, aquela boca que mais parecia um morango de tão vermelha, lembro de nosso beijo e suspiro, aquela obsessão ainda ia acabar comigo.
Vejo Mari vindo em minha direção, não estava com cabeça pra suas cantadas.
-bom dia Giulia, soube que iria cavalgar hoje mas pelo visto vai ficar pra outro dia- ela pelo menos não chegou igual a Amália e Ivan, ficou de pé enfrente onde eu sentava. Olho ao redor e percebo que o restaurante estava lotado e acabo indicando a cadeira a minha frente para que ela sentasse.
-e verdade, agora acho que só amanhã- ela me olha sorrindo, como se planejasse algo.
-quem sabe amanhã estarei livre e possa te acompanhar- sinceramente eu preferia que não, queria que a Sabrina me acompanhasse, quem sabe assim eu poderia ter uma chance com ela. Apesar dela ter insistindo em não gostar de mulheres, sua entrega ao beijo provou que pelo menos comigo, era diferente.
-não sei, a Sabrina já marcou em me acompanhar tenho que ver primeiro com ela.
-acho que ela não se importara.
Os dois dias que fiquei praticamente acampada em meu chalé, a vontade de ver Sabrina me surpreendeu. A ficava imaginando com o tal Leo e aquilo me estressava, depois de vê-la nua e tê-la em seus braços não conseguia admiti-la com mais ninguém, eu sabia que era loucura mais minha mente insistia naquilo.
No terceiro dia finalmente o sol deu o ar de sua graça, a ânsia de ver Sabrina estava tomando conta de mim. As 08:30 entro na pousada buscando aquela que não saia de meus pensamentos, vou direto para a cozinha falar com Berta pois sabia que Sabrina sempre estava ali, entrou cumprimento a senhora e Elisa sua ajudante. Eu estava vestida numa calça própria para montaria e uma camiseta colada em meu corpo e botas, Berta me convida para me juntar a elas no café e acabo aceitando.
-finalmente o tempo melhorou, não vejo a hora de conhecer melhor essa região-falo, mas o tempo todo meu olhar era direcionando a porta de saída da cozinha.
-Sabrina deve estar chegando...Pensei até que Mari que fosse te acompanhar pois a vi conversando com Sabrina- quer dizer que a guia realmente foi falar com ela?
-não tem pro...-não deu para completar, pois me perdi ao ver ela entrando na cozinha, meu coração dispara em meu peito e meus olhos não conseguiam desgrudar da figura que caminhava em nossa direção, Ela usava calça colada preta, botas e uma baby look colada ao corpo. Seus cabelos estavam presos em um rab* de cavalo a deixando ainda mais sexy.
-vamos- quando ela sorriu, soube que alguma coisa havia acontecido nesses dois dias que se seguiram sem nos ver, só não sabia dizer se aquilo era bom também pra mim.
Fim do capítulo
bom dia meninas!
passando para mais um capitulo, espero que gostem.
um excelente final de semanas a todas.
bjss
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NovaAqui
Em: 30/04/2017
Que beijo hein, meninas? E Sabrina você gostou muito kkkk aproveite para despachar o chatinho do Léo. Giulia não está gostando dele perto de você não.
Giulia mostrou pegada e deixou Sabrina com vontade de quero mais...
Vamos ver o que esse passeio vai trazer para elas. Espero pelo menos mais um beijo.
Acho que a ex de Giulia vai aportar em breve por ali
Titia preciso saber que Giulia está se interessando em Sah.
Ansiosa pelo passeio delas. Quando você volta? Volte logo... Que cara de pau pedir isso kkkkk
Abraços fraternos!
Resposta do autor:
boa tarde linda!
kkk agora que provou a Italiana , tenho a impressao que o leo ja dançor nessa kkk
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