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Despedida por Lily Porto

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Palavras: 4674
Acessos: 3204   |  Postado em: 04/05/2017

Capítulo 38 - Clarice

Eita que hoje está difícil até de fazer uma das coisas que eu mais gosto, que é conversar com vocês. É impressionante como a dona Pacheco deixa tudo muito intenso e complicado. Como ela é capaz de transformar calmaria em confusão e virar a minha vida de cabeça pra baixo.

Eu vou contar a vocês a minha versão de como chegamos ao ponto que chegamos e daí vocês poderão tirar suas próprias conclusões.

Faltava pouco menos de 9 meses para o nosso casamento, e eu já tinha visto até o modelo do meu vestido. Eu tinha em mente um casamento num formato bem simples. Algo pequeno só para os mais íntimos mesmo. Pela tranquilidade da Bah em relação ao assunto, acreditei que ela estava pensando da mesma maneira que eu.

Se fosse assim, com um pouco mais de 6 meses a gente fechava tudo. Daí como ela não falava muito no assunto, eu ficava na minha. Eu ficava só pesquisando, vendo os preços, tabelando e combinando os nossos gostos. Eu estava louquinha pra falar com ela sobre os detalhes, mas não queria pressioná-la. Então, apesar de estar me organizando aos poucos, deixaria pra fechar qualquer detalhe que fosse quando ela estivesse pronta.

Ah... vocês lembram do lance de superproteção da Bah? Aquele que foi muito bom pra mim e pro Ju por muito tempo? Que nos passou segurança, conforto e nos fez crescer muito como família e como casal? Então, acho que num determinado momento essa postura subiu um pouco a cabeça da Bárbara.

Perdi muito da minha individualidade e até um pouco da minha autoridade sobre o meu filho por conta da superproteção da Bárbara e isso passou a me incomodar consideravelmente. Estava desequilibrado, sabe?

É que durante o meu casamento com Andressa o lance de perder minha individualidade por conta da relação pesou muito na minha decisão de terminar definitivamente. Eu meio que perdi parte da minha identidade na época. E temia que as coisas fossem para o mesmo rumo com a Bah. Por isso, dei uns passos pra trás na nossa relação. Eu não queria terminar, eu queria resolver.

Não me entendam mal, eu precisei recuar para pensar, pra analisar, ver de fora e evitar uma grande briga por algo que poderíamos só ajustar. Era muita intensidade e comprometimento para tão pouco tempo de relação.

A Bah estava se apresentando controladora demais e parte da culpa era minha. Por gostar dela resolvendo as coisas pra mim do jeito dela. Até em relação ao meu filho. Eu me acomodei um pouco, confesso.

Eu estava realmente apaixonada, curtindo cada momento. Mas sentia falta de mim as vezes. Eu não sabia onde terminava o meu espaço individual e onde começava o meu noivado. Estava tudo muito bagunçado na minha cabeça, apesar do meu coração estar tranquilo em relação ao amor que sentia pela Minha Pequena.

Mas acho que esse nem foi o nosso grande problema. O que pegou mesmo foi a reaproximação repentina da Andressa justamente nesse nosso momento de instabilidade não anunciada no noivado.

O telefonema da Andressa me pegou totalmente de surpresa no final daquela manhã de domingo. Minha cabeça ainda doía um pouco da enxaqueca, e de fato meu objetivo era só esperar a Bah chegar da praia pra gente almoçar. Mas eu não poderia negar um pedido da Andressa pra conversar, ela parecia desesperada e já tinha me ajudado muito ao longo da minha vida.

Talvez eu tenha pensado errado, sei lá. Mas o assunto da Andressa parecia muito urgente e eu coloquei o almoço com a Bah em segundo plano. Ela estava no vôlei, se divertindo, achei que não fosse ficar tão chateada.

Ah... e porque eu não contei sobre a reaproximação da Andresa pra Bah? Motivos simples: primeiro, a Andressa pediu segredo em relação a sua crise conjugal; e segundo, porque a Bah, por mais que tentasse disfarçar, morria de medo de me perder pra minha ex.

A gente simplesmente não conseguia conversar sobre a Andressa, ela não se metia na minha relação com a minha ex. Mas ficava visivelmente incomodada quando Andressa ligava ou mandava mensagem.

Com o lance de resgatar a minha individualidade, eu não julguei necessário contar pra Bah do almoço com Andressa. Minha noiva teria que confiar em mim.

Deixei muito claro pra Bah, várias vezes que jamais voltaria com Andressa. Que o nosso ciclo havia se fechado.

Fora que a barra que a Andressa estava passando na sua vida amorosa era grande. Minha ex havia se deparado com a rotina cedo demais dentro da sua "nova" relação. E, pra variar, buscando a fuga como melhor alternativa novamente.

A única diferença é que a moça com quem ela estava se relacionando agora, aquela que eu nunca me lembro o nome, não tinha a mesma frieza que eu pra lidar com as crises da relação. Parece que a moça explodia, gritava, jogava as coisas. Andressa estava muito assustada e sem saber como agir pra resolver.

Finalmente minha ex era a base de uma relação, como eu fui da nossa por um bom tempo. Ela finalmente entendia o peso que eu carreguei por anos, só que ela não estava dando conta.

A sugestão do restaurante para nos encontrarmos naquela tarde de domingo foi minha. Ela queria vir aqui em casa, fui eu que preferi um lugar público e bem cheio.  Mostrando definitivamente que era apenas um encontro entre amigas.

Os supostos gestos de carinho que trocamos no restaurante foram meus secando as lágrimas dela e os dela foram tocando meu braço em agradecimento. Quando ela me tocou eu me recuei toda, acho que por um instante a carência fez com que ela confundisse as coisas. Mas foi de momento, sabe? Logo ela percebeu pelo meu discurso e pela minha aliança que era impossível reviver a nossa história.

Gente, e tem mais né? Lembram que antes de nos tornamos um casal, a Andressa era a minha melhor amiga? Nos afastamos muito sim depois do término, mas eu jamais negaria um ombro amigo a ela, ou a qualquer outra pessoa.

Depois desse papo bem pesado sobre rotina com a Andressa, eu percebi que a minha relação com a Bah estava indo para o mesmo caminho. Ganhando o peso da rotina cedo demais. E daí veio a ideia de fugir só com ela para Trancoso-BA. Lá a gente poderia se "reconectar", falar sobre o casamento e finalmente usar os presentinhos que comprei na internet.

Só que para que todo esse plano funcionasse, eu teria que mergulhar de cabeça na empresa no próximo mês. Eu tinha uns dias pra tirar e tal, mas pra poder me desligar da empresa nas próximas duas semanas eu precisaria me desdobrar e adiantar uma série de processos, além de reencaminhar outros tantos para os diretores na minha ausência.

Daí tive que sacrificar alguns almoços e aquelas escapadas antes do final do expediente. Até alguns fins de semana eu tive que abrir mão. Eu chegava em casa exausta, mal estava comendo e dormindo.

Cansei de virar madrugadas trabalhando na empresa ou em casa, tudo sem a Bárbara saber. Eu não podia contar, a ideia é de que fosse uma grande e maravilhosa surpresa.

Mas meu tempo ficou apertado. Eu estava sempre ocupada ou muito cansada e eu senti ela se afastar também.

Sabia que boa parte era minha culpa, pelo meu "sumiço" e pela mudança de postura. Mas se eu buscasse uma aproximação, eu ia acabar me derretendo e me entregando pra ela e daí estragaria a surpresa. Faltava muito pouco pro nosso reencontro, sem filhos, sem trabalho, sem ex. Só a gente se reajustando.

Eu falaria pra ela com calma, sobre o lance da individualidade, de eu estar me sentindo um pouco sufocada e precisando reequilibrar e no final, com certeza ficaria tudo bem. E até melhor do que era antes.

Mas daí veio a merd* toda. Alguns dias antes de eu entregar as passagens e o nosso roteiro de viagem, a Bah surtou pesado e terminou comigo do jeito mais grosseiro que poderia. Ela nem me deixou falar e tirou as próprias conclusões mais uma vez. Ela estava nervosa, tinha uma tristeza no olhar, um peso enorme nas palavras. Parecia querer me machucar e conseguiu.

Eu tinha muita raiva de quando ela ficava assim grosseira e agreste. Ela era do tipo que ficava quieta e ia juntando, sabe? Daí ia ficando cega e de repente explodia sem nenhum cuidado com o outro, comigo no caso.

A minha noiva, a mulher com quem eu planejava viver o resto dos meus dias achou que eu estava fazendo jogo duplo. E terminou o que mal tínhamos começado.

E olha que eu fiz de um tudo pra ficar tudo bem. Eu chorei, implorei, tentei abraça-la, tentei fazer com que ela olhasse pra mim e me escutasse. Pra mim, não fazia sentido terminar daquele jeito. Mas foi tudo em vão.

Sai de lá aos prantos, me sentindo despedaçada. Ela parecia tão decidida, estava tão fria. Parece que tudo o que construímos não valeu de nada.

E agora estou aqui em casa, com uma pasta na mão, e chorando feito uma adolescente quando perde o primeiro amor. Dentro da pasta estão as passagens de avião, o comprovante das hospedagens e dos passeios que faríamos na viagem dos próximos dias.

Eu olhava pra aquilo tudo e não sabia o que fazer. Planejei tudo com tanto cuidado, com tanto carinho, pra tomar um chute na bunda assim. Nossa, a minha vontade era rasgar tudo.

O celular na mão e aquele monte de mensagens que não quero responder, mesmo porque nenhuma delas era da Bárbara querendo voltar atrás naquela loucura toda e conversar direito feito um casal que se ama e que quer ficar junto. A vontade de cavar um buraco no chão e sumir era enorme, nossa.

Aquele fim de noite/madrugada foi um dos mais longos e dolorosos de toda a minha vida. Nem na época das brigas com a Andressa eu me lembrava de ter sofrido e chorado tanto.

Eu realmente amava a Bah e não queria perdê-la e nem perder a nossa viagem por causa de mais um mal entendido. Eu não tinha feito nada de errado, ela tinha que confiar em mim.

No entanto, eu estava com o meu orgulho ferido e não ia ficar correndo atrás da Bárbara pra ela me humilhar com a agrestia dela de novo.

Ela tinha que aprender a falar direito com a futura esposa dela. Sei que foi culpa da insegurança, mas ela tinha que aprender a expor o que pensa com calma, sem sair atropelando tudo e já tomando todas as decisões sozinha.

O que fazer? Meu Deus! O tempo pra viagem era curto. Eu precisava me decidir e agir logo. Ah... dane-se! Eu decidi confiar muito no meu sentimento e em tudo o que tínhamos construído. Pedi ao motoboy da empresa para entregar um envelope no escritório da Bah, dentro dele estava a passagem dela para Porto Seguro com dia e hora do embarque, quarta-feira 12 hrs.

Caramba. O motoboy confirmou que ela recebeu. Eu estava com o recibo assinado por ela em mãos. Mas era só. Ela não me ligou confirmando, ou desmarcando. Ela não devolveu a passagem. E agora? Nossa.

Com a passagem na mão caberia a ela nos dar mais essa chance ou não. Ela tinha que entender o meu gesto, tinha que me ligar, conversar, fazer as pazes, pra juntas podermos curtir essa viagem tão especial. Mas nada de contato.

Eu falei pra ela sobre o planejamento da viagem, no meio daquela briga insana, eu só não sei se ela me ouviu e nem se acreditou em mim. Mas agora não tinha desculpa, ela estava com a passagem nas mãos, estava com a nossa relação nas mãos. Cabia a ela embarcar comigo na viagem e ajustar toda a nossa relação ou então me deixar embarcar sozinha para que eu pudesse afogar minhas mágoas sozinha naquele paraíso.

Arrumar as malas foi uma tortura. Era um misto de sentimento, sabe? Eu estava excitada e ansiando por tudo o que havia planejado para nós nos próximos dias. Mas ao mesmo tempo me bateu um puta medão dela simplesmente ter desistido de nós de novo.

Porr*, porque ela sempre desiste? Porque eu sempre tenho que correr atrás pra ela não desistir de nós? Porque ela não resiste e confia, só mais um pouco?

Eu não entendia como que aquela mulher superprotetora e que me passava tanta segurança, volta e meia desmoronava na minha frente, chegando ao ponto de terminar comigo por algo que não chega nem perto do real.

Finalmente chegou a quarta-feira. Deixei o Ju com o André, e ele adorou as "mini-férias" na casa do tio. Sai rumo ao aeroporto com as minhas bagagens e o meu coração na mão.

Eu madruguei no aeroporto, estava ansiosa demais, fiz o check-in e cada minuto sem a Bárbara naquele aeroporto pareceu uma eternidade pra mim. Mas eu permaneci firme, esperançosa e fiquei aguardando pela Bah até a última chamada para o embarque. Nossa, era tensão demais.

Aquela angustia me matando e meu rosto molhado pelas lágrimas mais uma vez, por sentir a sensação de ter deixado o amor da minha vida escapar pelos meus dedos novamente. Ela havia mesmo desistido de nós.

Eu me encaminhei a passos lentos para o voo sem ela. Pensei em desistir, mas não seria justo. Ah... e afinal me faria bem me desligar do mundo por um tempo.

Eu tinha a consciência tranquila por não ter traído a minha noiva e também por ter tentado ao máximo para que tudo ficasse bem.

Arrumei a bagagem de mão na parte superior do avião e me sentei. Estava com o celular na mão, checando uns e-mails e prestes a desliga-lo quando ouvi:

– Ia mesmo pra Trancoso sem mim, dengo? Achei que fosse chegar aqui e encontrar Andressa no meu lugar, já que não confirmei com você que eu vinha e esperei até o último minuto pra embarcar. – a Bárbara me disse, receosa.

Meu Deus, ela estava ali. Nossa, eu não poderia estar mais feliz. Meu coração batia na boca, as mãos suavam. Tá certo, ela estava magoada, chegou falando besteira. Mas recuou e deu um bom passo na minha direção ao embarcar naquele avião. Era a minha grande chance e eu respondi:

– Eu que achei que fosse abrir mão da gente de novo, sua cabeça dura. Vem, senta aqui. – estendi minha mão pra ela e mudei de poltrona, oferecendo-lhe o meu assento.

– Na verdade, eu só vim porque sempre quis conhecer Trancoso e já havia lhe confessado isso. Você pegou pesado na escolha do destino. E se arriscou muito, como sabia que eu ia conseguir essas duas semanas off no escritório? – ela perguntou ajeitando a bagagem e sentando do meu lado ainda sem muito contato visual.

– Eu falei com o Paulo e com a sua secretária. Eles disseram que dariam um jeito de aliviar sua agenda nesses próximos dias e disseram também que você precisava muito dessa viagem para não explodir, rs... Eu pensei em tudo. Até roupas novas pra você eu comprei. Eu só não contava com o seu surto nas vésperas da nossa viagem. – respondi mostrando que estava bem chateada também.

– Desculpa, Cléo. Eu sei que exagerei no meu surto. Mas nosso noivado estava congelando e eu senti a Andressa cada vez mais perto. Eu sei lá se esse lance de crise na relação dela é verdade, ela pode muito bem te querer de volta, não pode? Porr*, ela tinha que procurar o colo da minha noiva pra curar as mágoas dela. A “coitadinha” não tem outros amigos não? E outra, porque você não me contou? Eu vi vocês feito casal no restaurante, naquele domingo que você desmarcou comigo. Eu estava lá! Você tem noção de como me senti? Caramba, você não vai confiar em mim nunca? Claro que eu não ia gostar de saber que vocês iam almoçar juntas, mas poxa, eu engoliria melhor se ao menos soubesse. Foi uma decepção grande pra mim – ela ameaçou alterar o tom de voz.

– Bah, Amor, respira, isso, calma. – segurei a mão dela. – Já falei, eu não contei porque ela me pediu pra não contar e também porque eu não queria brigar de novo. E poxa, a gente já não estava bem, falar dela só ia piorar as coisas, toda vez que falamos sobre ela o clima fica estranho. Estou errada? Amor, você precisa confiar mais em mim e no que estamos construindo. Eu amo você, tá me ouvindo? Então para de me jogar pro colo da Andressa toda vez que ficar insegura. Ah... e se puder não ser tão grossa e irredutível quando estiver magoada também vai ficar mais fácil da gente se entender.

– Tá, amor. Desculpa. Eu fiquei cega quando soube que você desmarcou comigo pra sair com ela. Fora que ver ela fazer carinho em você foi tipo um tapa na cara pra mim. E depois você não me contou nada sobre o encontro e eu sabia que tinha várias conversas de vocês no seu celular. Eu não li, juro, mas via as notificações chegarem com bastante frequência. Poxa amor, ela te conhece a décadas. Não vou ter a mínima chance se ela quiser você de volta. Se coloca no meu lugar só um pouco – ela disse com a voz querendo falhar.

Sequei as lágrimas daquela mulher que estava do meu lado totalmente sem defesas. Falando dos seus receios e dos seus sentimentos, totalmente entregue a mim.

– Amor, respira, para, olha pra mim. – disse dando um selinho nela e acariciando seu rosto.

– Você tem razão. Eu detestaria te ver almoçando com a Carla e trocando qualquer gesto de carinho com ela. Mas poxa, eu pelo menos iria conversar com você, te dar a chance da dúvida. Minha Bah, eu escolhi você, me entreguei a você como nunca tinha feito a ninguém, nem a Andressa, mesmo com décadas de relação. Ninguém nunca me tocou do jeito que você me tocou. É você que eu quero para o resto da vida. Só confia um pouco mais em mim, por favor. Vai ter momentos que eu não vou te contar as coisas e você vai ter que confiar em mim. E caso precise de alguma explicação, é só pedir e não surtar. Ok?

– Tá, eu vou tentar. Você me desculpa? – ela disse me abraçando enquanto o avião deixava a pista do aeroporto e alcançava o céu. – Obrigada amor, por não desistir de mim, da gente, por planejar toda essa viagem e seguir com esse plano até o final, mesmo com o risco de dar tudo errado devido ao clima estranho que se formou entre nós nos últimos dias.

– Já passou, Dengo. Terão outras brigas, você sabe. Eu só peço que antes de surtar, você tente refletir sobre o real peso dos fatos e que você venha falar com a sua futura esposa antes de tirar suas próprias conclusões e não terminar com ela do nada feito "menino de colégio". Ok?

Ficamos ali abraçadas, como se só tivesse a gente no avião. Até que Meu Amor parou de chorar, se aninhou em mim e adormeceu no meu ombro enquanto eu lhe fazia cafuné.

Nossa, ter a Bah ali comigo e tudo esclarecido foi um alivio imenso. Eu sei que aquela conversa não tinha terminado. Que ela ia querer saber detalhes das conversas com a Andressa e tudo mais. Mas eu iria lutar pela minha relação contra todo e qualquer problema que nós tivéssemos. Ela era muito especial e não seria qualquer mal entendido que faria a gente se afastar.

Chegamos em Trancoso como casalzinho em lua-de-mel. A gente não se desgrudava sabe? Reencontramos aquela sintonia boa do começo da relação.

Daí ficou bem mais fácil de abordar os assuntos que estavam me gerando insegurança. Eu conversei com ela sobre o lance de estar perdendo a minha individualidade e sobre o Ju também, e ela ficou meio chateada.

– Eu não tenho a intenção de me meter na sua vida ou na criação do seu filho. Eu só queria ajudar, sabe? Mas posso parar de fazer tudo já que isso está incomodando você. – ela disse meio agressiva enquanto a gente petiscava uns camarões e tomava cerveja num quiosque.

– Ei Pequena, desarma. Parte da culpa é minha, eu estava frágil e relaxei demais. Deixei as rédeas da minha vida com você e quando me dei conta estava sem autonomia nenhuma. Eu amo a maneira como cuida de mim e do meu filho, nosso filho já. Mas a gente precisa equilibrar, antes que a gente se perca. Você precisa sair mais com seus amigos do vôlei e eu parar de sempre recusar o chopp depois do expediente. Equilibrando uma não sufoca a outra.

Ela abriu um sorrisinho de canto de boca, aquilo significava que ela sabia que eu tinha razão, mas que detestava admitir. Oh mulher orgulhosa, caramba!

Falamos um pouquinho do casamento também. Rimos muito porque ambas estávamos inseguras e com receio de falar no assunto e pressionar a outra.

Optamos mesmo por uma celebração simples. Até decidimos meio por cima o que tínhamos que resolver juntas e o que cada uma fazia questão de resolver individualmente. Ufa, como era bom resolver tudo de um jeito leve e tendo essa paisagem linda no fundo.

Mais algumas cervejas e então eu fechei a cara:

– Amor, tô morrendo de dor de cabeça a gente pode subir pro quarto agora? – eu disse levando a mão a cabeça e cerrando os olhos.

– Poxa, amor. Mas do nada? Estava tudo tão bem. Que droga, a gente vai perder o passeio da tarde. Tá mesmo ruim assim? Se tiver a gente vai pro quarto ué, fazer o que? – ela perguntou contrariada.

– Tá muito mesmo, Dengo. Desculpa. – respondi fazendo manha.

Ela me abraçou e voltamos para o hotel. Chegamos no quarto e era incrível a vista pro mar dali, valia cada centavo que paguei por ele.

Eu fui tomar banho e deixei a Bah ir na sequência. A partir de então tinha pouco tempo para colocar em pratica o meu plano. Era hora de usar os brinquedinhos.

Comprei uma micro fantasia de mulher gato, com máscara e um pequeno chicote. Ah... comprei algemas também, mas daquelas fofinhas pra não machucar, ah... e aqueles óleos que esquentam e são comestíveis... ah.... estava louca pra que a Bah saísse do banho.

Ela saiu de roupão e antes que pudesse se dar conta do que estava acontecendo ela já estava nua, sentada na cadeira com as pernas algemadas (afastadas uma da outra) e os braços algemados pra trás.

– Amor, o que é isso? E a sua enxaqueca? Achei que tivesse tomado o remédio pra dor e que já estava dormindo. – ela arregalou os olhos assustada.

– Shiiiuuu... você fala demais. Assim serei obrigada a... – dei uma leve chicotada na parte interna da sua coxa direita – punir você.

Ela soltou um gemido gostoso, uma mistura de uma pequena dor e muito tesão. Que visão maravilhosa da minha mulher toda dominada pra mim.

– Sua vadia isso dói, sabia? – ela me olhou de cima abaixo. – Cacetada amor, você está muito gostosa nessa roupa. Olha o tamanho que ficou a sua bunda, nossa. Que vontade de encher a mão nela, te morder e principalmente dar uns bons tapas pela sua traquinagem. Me desamarra daqui logo. Estou louca pra comer você. – ela disse tentando se soltar.

Ver a Bárbara ali, me devorando com os olhos me excitava demais. Mas mal sabia ela que a tortura estava só começando.

Dei outra leve chicotada no interno da coxa esquerda agora. No reflexo ela tentou fechar as pernas, mas as algemas não deixaram. Eu sorri maquiavélica e tive como retribuição os olhos dela queimando por mim.

– Já disse que você fala demais. Hoje vai ser do meu jeito, no meu tempo e se você se comportar eu te solto e te deixo se divertir um pouquinho também. – abaixei e mordi seu mamilo esquerdo.

– Ahhh... delícia... nossa... Conheço muito pouco esse seu lado putinha, Cléo. – ela disse quase gem*ndo já.

– Pois vai se acostumando com ele, afinal foi você que o despertou em mim. – respondi enquanto ch*pava e lambia os seios dela.

A Bah fazia de tudo pra aumentar o contato da minha boca com os seios dela. Quase caiu da cadeira quando desci com a minha mão para o meio de suas pernas só pra conferir o que eu já tinha certeza.

Nossa, muito molhada ela já estava, de um jeito que eu nunca havia sentido. Hummm... meus presentes estavam tendo o efeito desejado.

Coloquei uma playlist de rock pra tocar, nada muito pesado, só pra dar o clima e usei e abusei do corpo da Minha Bah... mais algumas chicotadas pelo corpo, roçando meu corpo no dela enquanto sentava no colo dela... hummm que sensação única.

Já ela, o máximo que conseguia fazer era me lamber ou morder quando eu subia até sua boca para beija-la.

Joguei o óleo sabor choco-menta entre as pernas dela, na bucet* encharcada e inchada e quase que ela goz* pra mim só com o contato.

– Me solta amor, tá queimando tudo aqui. Ah... eu não estou aguentando mais. Eu preciso tocar em você. Te fazer minha, você está, nossa... deixa eu te comer agora amor, caramba. – ela dizia desesperada.

– Claro que solto, minha noiva obediente. Assim que você goz*r na minha boca e na minha mão. – eu disse me ajoelhando entre as pernas dela.

Hummm... a partir daí tive uma das sensações mais gostosas da minha vida, a combinação do gosto da Bah, mais o óleo, mais aquele calor todo, puta que pariu. Era bom demais.

Ela se contorcia de tesão e estava prestes a goz*r quando eu interrompi o contato com a minha boca.

– Caralh* Clarice, você só pode estar me zuando. Sério que você parou agora, eu, eu... você vai me enlouquecer – ela resmungou.

– Tá solta, reclamona... deita na cama pra gente acabar o que eu comecei, quero você rebol*ndo na minha boca até goz*r e enquanto estiver goz*ndo também. – disse me levantando e caminhando em direção a cama.

Achei que a Bah fosse me dar uns bons tapas por ter torturado ela por tanto tempo. Mas ela estava tão excitada que só me obedeceu. Deitou, e se abriu inteira pra mim e permitiu que eu a devorasse numa posição bem mais confortável para as duas.

Eu lambia e ch*pava aquela bucet* com uma fome enorme. O gosto, o cheiro, o calor, nossa... que tesão. Não tô querendo fazer propaganda não. Longe de mim, mas a Bah é gostosa demais.

– Me fode amor, me faz goz*r, eu não estou aguentando mais, me faz goz*r Clarice... – ela murmurava entre os gemidos cada vez mais altos.

Nunca vi a Bah tão longe do controle e era exatamente aquilo que eu queria. Eu introduzi meus 3 dedos nela... encharcada... pulsando... quente... gulosa... me chamando pra dentro... nossa.

Com certeza não faltava muito pra eu goz*r também. A sensação de possuir o corpo da minha noiva daquela maneira era excitante demais.

O orgasmo da Bárbara chegou de um jeito enlouquecedor e me levou ao orgasmo também. Sempre tive dificuldade de chegar ao orgasmo, mas com a Bah parecia tão fácil. Ela me fazia chegar lá sem ao menos encostar em mim.

Subi pelo corpo dela distribuindo beijos por toda a parte. Estava louca pra saber o que ela tinha achado da surpresa. Bem, mas parece que eu ia ter que esperar, rs...

O orgasmo da Bah foi tão intenso, mais tão intenso que ela desmaiou de cansaço. A respiração profunda, um sorriso maroto e o coração tentando desacelerar.

 

Nossa, com certeza aquela trans* entraria pra lista de uma das melhores, rs... pelo menos pra mim. Afinal preciso esperar ela acordar e saber se ela curtiu a nossa brincadeirinha diferente também.

Fim do capítulo


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Comentários para 38 - Capítulo 38 - Clarice:
Lea
Lea

Em: 03/04/2022

E eu aqui não tenho certeza se comento a estória ou o comentário da Bia Ramos ( sim,adoro ler os comentários) hahaha

Esse comentário foi quase uma declaração de amor platônico (minha análise. Adoro as duas autoras)

Sobre a estória,eu com toda a certeza sou a Bárbara na vida,guardo tudo e quando sai é de uma só vez(é errado é,mas às vezes passa dias limites).

Por um momento pensei que a Bárbara não iria na viagem.

Foi bem interessante a  surpresa com os "brinquedos". Estou só querendo a segunda rodada .

  Gostei disso autora,que nem todas as mulheres chegam ao orgasmo facilmente! Assim como acontecia com a Clarice!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 04/05/2017

Uau, que hot. Ah q bom q fizeram as pazes. Foi sufoco.as duas erraram, quem nunca? Sao lindas juntas. Amo. Bjs
Resposta do autor:

Pois é Patty, quem nunca errou numa situação desse tipo, não é mesmo! Mas o amor delas venceu mais essa etapa.

 

Bjs querida, se cuida!

Responder

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Bia08
Bia08

Em: 04/05/2017

Que reconciliação!!! 

Valeu a pena ter esperado  haha 

Bjs 


Resposta do autor:

É sempre prazerosa a reconciliação após uma grande briga.

As nossas meninas estavam merecendo a paz no “paraíso”, rs’.

 

Bjs, se cuida.

Responder

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Bia Ramos
Bia Ramos

Em: 04/05/2017

Bom dia senhorita!! Tudo bem??

Pensando aqui se comento ou não?? Depois da ultima... rs

Primeiramente iria responder a sua resposta ao meu comentário...

Quando as pessoas procuram um romance para ler é natural dessas pessoas escolherem um ou mais personagens para os seus favoritos, não foi diferente comigo, no entanto quando escolhemos, o segundo passo é idealizar na vida real esse personagem... E se perguntar, "Será que existe alguem como tal pessoa?", isso também não foi diferente comigo... E você passa a apreciar cada vez mais aquele romance, porque quer saber até onde pode ir a sua imaginação... De fato viajamos nela!

E qual não foi a minha surpresa ao ler a sua resposta... Você na verdade é a Bah que eu e outras que leem a sua história gostaria que fosse na vida real! rsrs 

Pode imaginar a nossa reação diante disso senhorita? ;)

Enfim... Arrisco em ser ousada em perguntar se existe uma Cléo na sua vida... Barbara da vida real! Como existe na vida da Bah desse conto maravilhoso?

E mais... Fico envergonhada em saber que a minha "paixonite" pela Bah... Seja na verdade pela senhorita... Autora! ;)

Enfim... Sobre o CPT de hoje... Não vai pensar que não gosto da Cleo... Eu não gosto na verdade das atitudes cabeça dura dela... Ser nais confiante, mais centrada na relação... Confiar mais em si mesma e na Bah... Porque esconder e fazer segredos em uma relação não é bacana... Ainda mais quando se é descoberto... E causar o clima que foi visto entre as duas...

De fato a Bah é uma mulher inclivel e deixou de lado o seu orgulho próprio em nome no amor que ela sente pela Cleo, não seria diferente... É bem coisa da Bah isso mesmo... rs

Sobre a viajem, gostei da Bah ter dado um gelo no Cleo a ponto dela pensar que ouve desistencia... rsrs... Bem feito pra ela... Ficou com medo néh... Dá medo mesmo pensar que perdemos quem amamos!! Mas passou e elas estão em lua de mel!!

Resumindo em siglas essa cena que acabei de presenciar a minha sigla seria: PQP!! rsrsr

Arrasaram, a Cleo na verdade... Viu como não odeio a peça? ;)

Nossa... Fiquei tensa aqui... De verdade... Uffa... rsrs

Vamos esperar a Bah, acordar para nos contar... Acredito que qualquer um tenha se rendido depois dessa transa maravilhosa..

 

Bjs autora... Espetando ansiosa aqui pela minha Bah!! ***

Só não direi qual das duas estou esperando... ;)

Até

Bia

 


Resposta do autor:

Olá Bia, tudo bem por aqui!

 

Então, não é bem assim, "a autora ser a Bah da vida real". Vc, autora como eu sabe que volta e meia pegamos características e até mesmo algumas coisas do dia a dia e adaptamos as nossas histórias. Logo a Bárbara tem sim inspiração na minha pessoa, mas não somos gêmeas idênticas.

Quanto a eu ter uma Cléo na minha vida, sim, ela existe, possa ser que não saiba que é a minha inspiração para uma das minhas personagens principais, mas ela é tão incrível quanto a Cléo da Bah do conto.

A Cléo tentou explicar, mas a Bah criou uma certa resistência quanto a isso, elas tem personalidades diferentes, diria que a Cléo não só pela idade, mas por já ter vivido uma relação maior em algum momento da vida é a mais madura da relação. Então vemos constantemente ela falar do que a incomoda ou não, de se preocupar em agradar a noiva, de ter medos, receios e até mesmo insegurança.

Afinal ela passou duas décadas ao lado de uma única mulher e tudo na relação dela com a Bárbara é muito novo. Convenhamos que essa foi a primeira vez q vimos a Bah surtar, e a Cléo traçou o perfil dela pra gente. Ela guarda tudo e quando explode é de uma vez, sem dar espaço para explicações.

A atitude da Clarice pode ter sido fria e até mesmo orgulhosa, mas creio que foi a melhor a ser tomada no momento. Ambas estavam machucadas. Não valia a pena insistir e acabar piorando a situação.

Daí volto a questão do amor verdadeiro. O amor delas é assim, agora que estão juntas não iam deixar que uma "simples" briga as separasse.

A Bah sabe bem o que diz quando fala que a noiva dela é realmente uma mulher incrível.

 

 

Até mais querida, se cuida. Bjs

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