Capítulo 4
Passado alguns dias, pouco menos de uma semana, Diana e Sophia estavam cada vez mais envolvidas. À noite tinham marcado de se encontrarem escondidas para enfim terem sua primeira noite juntas. As duas esperavam que fosse perfeita, já que desde o momento que se conheceram tinham a intenção de dormirem juntas.
Já Alice que a cada dia estava mais isolada acabou caindo na mira da detenta Lili Carabina, que a cercava dia e noite sem dar trégua.
Na mesma noite em que Diana e Sophia resolveram dormirem juntas, Alice passaria bem diferente da amiga, sentiu um calafrio na nuca e uma enorme sensação que essa noite não seria igual as outras. Depois de um tempo Alice se rendeu ao cansaço, mas não demorou muito para que sentisse uma mão pesada tocando seu ombro. A mão subia pela nuca e logo em seguida pegava em seu cabelo puxando-o com força.
- Não grita. Fique quieta ou vai ser pior para você - Lili Carabina sussurava ao pé do seu ouvido. Alice com muito medo só conseguia chorar e pensar em qualquer outra coisa para que aquilo passasse rápido. Tentava pensar em sua vida fora dali, e principalmente em Diana.
Já em outro local, Diana vivia uma situação bem diferente com Sophia, as duas estvam vivendo momentos inesquecíveis para elas, num turbilhão de desejos e hormônios as duas se pegavam loucamenta, e a tensão de serem pegas a qualquer momento por um dos guardas as deixavam mais excitadas. Beijos, mordidas, enfim, sex* puro e selvagem era o que acontecia naquele momento, coisa que Diana não fazia há um bom tempo. Por um minuto Diana pensou alto e sussurrou o nome de Alice, aquilo saiu naturalmente a sorte que Sophia não ouviu, estava tão envolvida que nem se os guardas chegassem ela iria vem.
De volta a cela de Alice, Lili estava saindo, mas antes mandou um recado.
- Melhor você ficar bem quieta, não sair por ai falando demais, porque se não, não vou ser tão amiga da próxima. E para de chorar, pois sei que você gostou, sua vadia fingida! - Com isso Lili sai dando risada de Alice, que por ali ficou, se sentindo a última pessoa do mundo.
Pela manhã, Paula chega eufórica chamando Diana.
- Acorda, me conta tudo, não me esconda nada, vamos, levanta, hora do café e de conta tudo o que aconteceu.
- Bah, a pessoa não pode nem descansar após uma noite estonteante de sex*! Cala boca, Paula! - fala irônicamente. - Vamos para o café que tô morrendo de fome e preciso de uma opinião sobre algo que aconteceu. Paula ficou mais curiosa que já estava.
- Então vamos logo, atira uma água nesse rosto, escova os dentes e vamo logo vou guarda seu lugar na mesa, não demora
- Que merd* Diana - Diana falava consigo mesma enquanto estava no banheiro fazendo sua higiene matinal. - O que foi aquilo? Eu com uma tremenda gata, nua, se esfregando em mim, e pensando na Alice. Qual o seu problema? Essa mulher é problema. - Diana falava alto, se perguntava e respondia as próprias perguntas. - Meu problema é saudade, e gostar daquela menina doce e gentil.
*******************************************
Agora devidamente recomposta, Diana vai ao encontro de Paula para fazer um resumo da loucura que fez com Sophia noite passada.
Diana toda sorridente começa a contar a noite quente que teve com Sophia mas, de repente ela parou de falar, e dá um longo suspiro.
- Num único momento eu me peguei pensando na Alice - confessou envergonhada.
- O que? Como assim? - Paula a interrompe. - Pensando na magrela? Que tipo de pensamento? Anda mulher, fala!
- Calma Paula, foi só um pensamento, porque, há muito tempo não a vejo, e ela é minha amiga, gosto muito dela, e quer saber? Nem sei porque te contei, deveria ter previsto que iria pensar bobagem. Você não pensa em suas amigas, não? - Diana disse irritada.
- Penso, mas não na hora do sex*, ainda mais quando estou na seca como você estava, Lady. - disse Paula em tom de deboche. Sophia se aproxima da mesa onde estavam Diana e Paula, com uma cara de satisfeita.
- Bom dia Paula - a cumprimenta - Bom dia gostosa - diz em tom de malicia para Diana - Não vejo a hora de outra noite como a de ontem. Diana abre o sorriso
- Quando você quiser moça. - rebate Diana.
Na hora do banho de sol Diana e Sophia estavam no maior clima de romance. Beijos, carícias, risadas, numa intimidade tremenda. Quando Diana avista Alice entrando no pátio, tão timida, frágil e tão linda, pensa Diana.
- Ei, terra chamando Diana - com um tom de ciúme Sophia chama a atenção de Diana. - O que foi?
- Nada, eu vi minha amiga. - Diana sai as pressas. - Já volto, Sophia.
- Oi Alice - diz Diana um pouco tímida. - Que saudade... Quanto tempo. - Alice estava com uma expressão triste, estava abatida e com um hematoma perto do pescoço, que tentava esconder.
- Oi Diana, é faz muito tempo mesmo. - se afastou assim que terminou a frase. Diana foi atrás dela.
- Espera! Onde você vai? Por quê essa atitude? O que eu te fiz? - Pergunta Diana.
- Aí que está Diana, a pergunta seria: O que você não fez?!. Acho que não preciso dizer, você não é burra, não se faz de sonsa, acha que não percebi que estava me evitando desde aquele dia? Mas não te culpo, porque se importar com alguém que você conheceu na prisão, boba eu pensar o contrário.
- Alice, não fala assim, por favor! Você é importante para mim, mesmo que tenhamos nos conhecido aqui, eu me importo com você, sei que fui idiota, mas foi porque tive medo. Tentei não me importar, me afastar, mas você estava sempre nos meus pensamentos... - Confessou. - Como é dificil admitir isso! - Suspirou. - Eu sou egoísta, só penso em mim, mas com você é diferente, eu me importo, juro. Me dá uma chance de provar isso.
- Não, Diana. Me deixa em paz, vai ficar com sua namorada, me esquece. - Alice fez menção de sair, mas Diana a pega pelo braço e nota que ela sentiu um desconforto.
- O que foi isso Alice?
- Me deixa em paz.
- Não mente, o que aconteceu Alice? - Diana pergunta com medo da resposta. - Alice, me fala, foi aquela mulher?
- Sim, mas o que importa agora? Já to me sentindo um lixo, sozinha, e com uma dor maior que a física. - Alice começa a chorar como uma menina desprotegida. - quer saber? Isso é bem feito para mim, nunca deveria ter me deixado enganar, fui boba, conivente agora to pagando pelos meus erros, porque omissão tambem é uma forma de errar.
- Alice, do que você está falando? - Diana estava ficando preocupada.
- Eu nunca deveria ter cometido aquele crime! - começou a chorar desesperdamente. - Se eu não tivesse vindo pra esse lugar, eu nunca teria sido estuprada por aquela mulher nojenta! - Alice chorava muito, e Diana espantada com o que ela acabou de dizer não sabia o que fazer. Abraçou a amiga se culpando mentalmente por não estar por perto para protegê-la.
- Eu vou matar aquela mulher! - Diana abraçava forte. Alice chorava, estava desolada pelo que aconteceu, mas ainda sim se sentia protegida por Diana.
- Não, não! - olhou para Diana, tentando secar as lágrimas. - Ela vai te matar se você fizer algo, se ela souber que eu te contei vai matar nós duas. Por favor Diana, tem que me prometer que não vai fazer nada! - Diana estava de mãos atadas, a raiva dominava todo o seu corpo só de pensar em outra pessoa tocando em Alice, ainda mais a força.
- Desculpa Alice, mas não posso deixar barato, eu vou matar aquela mulher, ninguém toca em você, ainda mais a força.
De repente, chega Sophia marcando território, tascando um beijo bem caloroso em Diana.
- Oi, acho que não fomos apresentadas. Eu sou a namorada da Diana, e você seria quem mesmo?
- Espera aí, que namorada? Acho que temos um engano aqui, Sophia. - interrompe Diana. Alice apenas abaixa a cabeça e se afasta calmamente sem falar sequer uma palavra. Diana vê a amiga se afastando e vai tentar ir atrás, mas Sophia a pega pelo braço.
- Onde pensa que vai? - diz Sophia cruzando os braços.
- Depois disso, para bem longe de você, não gostei da sua atitude e quero deixar uma coisa bem clara, não sou sua namorada, não gosto de pessoas ciumentas e possessiva, isso sempre dá merd*. Se quiser a gente pode continua fazendo sex* casual, mas seria só essa a nossa ligação, você não se mete nas minhas coisas e eu não me meto nas suas, espero que tenha ficado bem claro.
- Não está nada claro, você pensa que é quem para me tratar dessa forma? Acha que sou umas dessas presas que vai aceitar ser um objeto seu? Eu gostei de você como pessoa e na cama, mas quero respeito, não sou prostituta, estou aqui mas não admito que ninguém me menospreze, sou ciumenta sim, mas se falei algo a mais foi porque você me fez pensar isso.
- Espera! Desculpa Sophia, eu fui muito grossa com você. Não quero te usar e muito menos te tratar como uma prostituta, usei mal as palavras, vamos deixar para conversar depois, preciso ficar sozinha e pensar numas coisas, te peço desculpas de novo.
Nesse mesmo dia, no final da tarde, Alice entra em contato com seu advogado conta o que aconteceu e pede para que ele faça de tudo para tira ela dali.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Sem comentários
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook: