Capítulo 5- ciumes
Quando saio, passo pela recepção procurando por Ivan mas não o encontrei, já ia retornar para recepção quando me lembro que ele gostava sempre de ir à praia aquele horário, dizia que era o único horário que aproveitava. Sigo pela trilha que há entre os chalés e a praia, e não o encontro, sigo em direção ao lugar que mais amava naquela ilha, quando estou chegando próximo a gruta que os moradores denominavam gruta dos prazeres paro estática Mari conversava bem próximo a Giulia, as duas pareciam estar conversando sobre algo íntimo. Mari segurava a mão da Italiana acariciando levemente.
-posso saber o que está acontecendo aqui ?!
A aproximação das duas, o modo que Mari segurava a mão de Giulia, com toda a certeza se eu não houvesse interrompido, ia rolar mais do que eu presenciava e só de pensar em tal possibilidade me causava mal estar.
-Sabrina, o que faz aqui?!- Mari pergunta sem soltar a mão de Giulia- estava mostrando a gruta para Giulia- a Italiana retira a mão percebendo a direção em que meus olhos rumavam.
- bom pelo que me consta, tenho direito de andar por essas terras- eu não estava conseguindo controlar minha raiva, aquela situação mexeu comigo mais do que gostaria- estou procurando Ivan.
Giulia puxa a mão que estava presa a mão de Mari, ela me olhava de uma forma que não conseguia decifrar, parecendo estar fazendo algo errado.
-bom já vou indo ainda tenho algumas coisas pra resolver-Mari faz uma expressão de desgosto-realmente é linda a gruta, obrigada por me mostrar. Outra hora venho visitar com mais calma.
Passa por mim, mas antes de seguir me dar um olhar penetrante que me causam arrepios, deixando pra trás um cheiro maravilhoso de um perfume amadeirado.
-Mari, preciso conversar contigo-eu precisava falar algo senão ia explodir, minha cabeça já latej*v* de tanto pensar na italiana.
-sobre o que?
-você sabe que nunca me importei com sua condição sexu*l*, não é? -ela confirma com a cabeça-pelo contrário sempre te defendi de quem falasse de você, mas queria te pedir um favor.
-pode pedir, você sabe o quanto te respeito. Você e a Berta foram umas das únicas pessoas que me ampararam e me protegeram depois que meus pais me expulsaram de casa.
-é a respeito de você se engraçar com as hospedes- a vejo arregalar os olhos, com certeza ela achou que nunca havia percebido-sua vida fora do trabalho não me interessa, quer dizer somos amigas e você sabe que pode contar comigo sempre. Mas aqui dentro da pousada queria que você fosse mas profissional.
Mas eu nun...
-todos aqui sabem o que acontece, só não te chamei a atenção antes porque nunca me...-para de falar bruscamente, “o que estou falando” meus pensamentos estavam voltados para italiana, eu estava me sentindo confusa- só não quero que fiquem falando, já tenho muitos problemas e não quero mais um, me entendeu.
-me desculpe Sabrina, se te causei algum incomodo-vi em seu semblante que havia ficado entristecida, ressentida pela conversa.
-não estou falando isso pra te magoar Mari, só não quero ter futuramente algum problema em relação aos hospedes-fala mais branda não era sua culpa, o que eu estava sentindo-você viu o Ivan? - mudo de assunto, queria voltar pra casa e descansar um pouco, minha cabeça estava incomodando.
Ela fez que não com a cabeça e segui de volta para a pousada. No meio do caminho avisto Ivan conversando com uma de suas namoradas, converso com ele e sigo pra casa pro meu tão merecido descanso.
Não queria encontrar com ninguém, queria ir direto pra casa de preferência me jogar em minha cama e dormir um pouco, sigo pela lateral da pousada onde havia um caminho independente.
Estava tão distraída, que quase caio quando esbarro em alguém no caminho pro meu chalé.
-me desculp...-paro quando meus olhos encontram o da Italiana, ela estava com os cabelos molhados, usava uma camiseta colada e um shortinho que mostrava toda suas coxas, meu coração disparou outra vez quando inalo aquele cheiro amadeirado.
-me desculpe, estava olhando a paisagem daqui...é linda- ela fala ainda com sua mão em meu braço. Com o esbarrão ela acabou me segurando pelo braço pra evitar que eu caísse.
A paisagem a que se referia, se tratava do campo de flores da chácara ao lado da pousada. O dono da chácara era amigo de meu pai.
-realmente e muito bonito- meu olhar não desgrudavam dela, enquanto essa observava a paisagem-fique à vontade- me viro para entrar em casa, precisava agora de um banho, não entendia o que aquela italiana causava em mim.
-você não vai almoçar? -pergunta. Sentia seu olhar em minhas costas enquanto eu andava, aquilo de uma certa forma me fez ficar envergonhada.
-já almocei-respondo sem me virar-talvez a Mari esteja sem companhia- me odiei em falar aquilo, mais não tinha mais como voltar atrás.
Não entendo que raiva é essa que sinto, só de imaginar Mari junto a Italiana. Minha cabeça já fervilhava de tanto pensar. Assim que tranquei a porta de meu chalé, deixando a Italiana lá fora plantada, fiquei algum tempo sentada ali mesmo no chão na porta de entrada.
-preciso de um banho pra acalmar, na verdade preciso relaxar.
Entro em meu banheiro tiro a roupa e deixo a agua escorrer por meu corpo, não queria pensar em nada mais, toda as vezes que fechava meus olhos a imagem de Giulia vinha como fogo queimando meu corpo.
Depois do banho fiquei deitada na esperança de conseguir dormir um pouco, mas foi em vão. Visto um biquíni e vou falar com Berta. Se queria realmente relaxar, só tinha um lugar que tinha esse efeito sobre mim.
Já na cozinha encontro Berta como sempre em suas atividades, já havíamos conversado sobre eu contratar outra pessoa pra cozinhar, mais ela se recusava a dividir a cozinha dela com outra pessoa que não fosse com Eliza.
-Berta vou nadar um pouco, estou precisando relaxar- ela me olha séria, se tinha uma pessoa que me conhecia muito bem era Berta.
-aconteceu alguma coisa?
-não se preocupe, só quero relaxar um pouco-jamais ia admitir pra alguém, mesmo que fosse pra Berta, que certa Italiana estava tirando meu sossego.
-Giulia, a italiana esteve aqui mais cedo- “uma coisa era certa, não se pode fugir de seus problemas, onde você for eles sempre te encontram” penso ao escutar o nome de Giulia- Ela queria conversar com você, pra ver se dava pra ela cavalgar amanhã por uma das trilhas- não entendi, ela era hospede e tinha todo o direito a isso- me parece que a Mari ira sair com outro grupo amanhã, mais em direção diferente- me explica ao ver minha cara de “não entendi”
- mas ela pode se perder se sair sozinha, você sabe como essas trilhas enganam. Pra quem não conhece é um perigo!
-por isso que falei a ela, que você poderia acompanhar- quase tive uma sincope ao ouvir aquilo “como eu acompanha-la?” minha cabeça não parava de perguntar- mas depois ela conversa com você, ai vocês acertam.
Dei os ombros e sai dali o mais rápido possível, agora que eu precisava relaxar mesmo, só de pensar em passar o dia com a Italiana.
...
Não entendia por que dos olhares de raiva da dona da pousada em direção a mim. Mas uma vez me perguntava se ela tinha alguma coisa com a Guia, aquilo parecia ciúmes. Ao passar por ela depois de agradecer a Mari a olho nos olhos, querendo entender o que aqueles olhos me lembravam.
Vou direto para o chalé, precisava de um banho a cavalgada pela manhã havia surgido efeito desejado em seu corpo, estava relaxada. Depois do banho deito somente de toalha na cama, estava com fome mas estava tão relaxada ali que resolveu aproveitar um pouco daquele aconchego antes de ir ao restaurante da pousada.
Fecho meus olhos e o único pensamento que me vem à mente, é o da noite anterior. O olhar da ragazza olhando pra mim enquanto dançava, seus quadris remexendo sensualmente, era quase palpável a sensação de tê-la em mim, automaticamente minhas mãos tomam o caminho por minha barriga, até chegar a meu sex* que encontrava-se molhado com a sensação gostosa que aquela ragazza conseguia me fazer sentir.
Mexo em meu sex*, ao mesmo tempo em que prendo minhas pernas, pois uma dorzinha por conta do tesão abaixo de meu ventre, se fazia presente.
-preciso saber quem é essa mulher?
Dou um pulo da cama e vou me vestir, precisava comer minha barriga já reclamava de fome. No caminho resolvo pegar a lateral da pousada, queria ir direto a cozinha cumprimentar Berta sem passar pela recepção. Paro maravilhada com que vejo, um campo mais adiante totalmente florido, me distraio com a visão que me assusto quando Sabrina da de encontro a mim, a seguro pelo braço evitando que essa caísse.
Conversamos um pouco ali, eu a todo momento olhando aquela maravilha de campo. Sentia os olhares dela em cima de mim. Pura curiosidade, Pois agora achava que era isso, ao invés de me causar desconforto me causa desejo. Aquele olhar tinha alguma coisa de definitivamente mexia comigo.
Quando pergunto a ela se vai almoçar a resposta que recebi me fez sorrir, ainda bem que ela estava de costa, com certeza ela se sentia incomodada pela minha aproximação com a Guia. Observo seu rebol*do enquanto caminha para um o chalé. Aquele rebol*do me causou um frisson como o daquela ragazza na noite anterior “será que é ela?”
Quando a vejo trancar a porta sigo para a cozinha, Berta estava com sua ajudando organizando o almoço dos hospedes.
-boa tarde-cumprimento, ela me olha sorrindo.
-pensei que estivesse no restaurante minha filha.
-vim aqui te agradecer por de ontem-ela me olha sem entender- o lanche que você me fez. Sei que já era tarde, mas realmente estava com fome.
-fico feliz em poder ajudar. Então está gostando da nossa ilha?
-até onde vi, fiquei encantada. A Mari me mostrou uma das grutas...
-dizem os antigos, que essas grutas são encantadas, principalmente a gruta dos sonhos. Segundo a lenda, quem está apaixonado e entra lá com a amada ou amado escuta-se um som suave abençoando o casal se for amor de verdade-jamais ia falar a aquela senhora tão gentil, que eu era cética em relação a isso. Não acreditava em tal fantasia.
-queria até falar com a Sabrina, pra saber se posso cavalgar amanhã em uma das trilhas. Sei que a Mari estará ocupada amanhã e não poderá me acompanhar.
-acho que não vai ter problemas, qualquer coisa ela mesma te acompanha- meu coração dispara só de pensar em tal possibilidade-agora vá almoçar, porque não aproveita a tarde e passeia explora um pouco a ilha, ainda tem muitos locais maravilhosos e tenho a certeza que você irá ficar encantada.
-será que a noite vai ter luau-minha curiosidade não estava no luau em si, e sim na ragazza da noite anterior.
-com certeza, os mais jovens daqui da ilha gostam muito de se reunir para uma boa conversa, e uma boa música-Elisa é quem responde-escutei a Sabrina combinando com os meninos que tocam.
Estava a caminho do restaurante quando meu celular toca, era um número restrito não queria atender mais lembrei que meu irmão sempre fazia isso, ligava de número restrito. Já havia discutido várias vezes com ele a respeito disso, mais ele parecia não se importar.
-oi Gino, quantas vezes vou insistir pra não ligar em restrito- silencio total- Genaro, fala alguma coisa!
-não é o Gino, Giulia – aquela voz, que outrora me fez tão feliz, naquele momento me causava repulsa.
-o que você quer Pietra?
- queria conversar com você, liguei pra sua casa e ninguém atendeu, depois Liguei pra Viviane e ela me falou que havia viajado. Onde você está? -sinto um desespero em sua voz. De alguma forma aquilo me incomodou, não queria vê-la sofrer, mas não queria mais aproximação não depois do que vi.
-ela não mentiu, estou realmente fora do País.
-quando você volta, nós precisamos conversar Giulia.
-Pietra, põe uma coisa na cabeça, não existe mais “nos”, você procurou por isso...
-eu sei que errei, mas me arrependi amargamente de ter te traído.
-que bom que você se arrependeu, quem sabe no seu próximo relacionamento não comenta o mesmo erro-desligo sem ao menos dizer tchau. Por algum tempo, vivi com a esperança de tudo não ter passado de um mal entendido, todas as manhas acordar sem ela era uma tortura, Mas nada melhor que o tempo pra aliviar a dor de um coração sofrido.
Depois do almoço resolvi caminhar um pouco pela praia, relembro minha vida com Pietra. Hoje olhava pra trás e via como havia sido cega em relação a ela, todos os sinais apontavam uma possível traição, as viagens constantes, a negação quando me dispunha a acompanha-la. Tudo bem que várias vezes ela havia reclamado de minha vida corrida, de minha atenção excessiva aos negócios da família, principalmente depois de meu pai haver se afastado, Mas não era motivos pra traição. Se não dava ou se tivesse se sentindo excluída de minha vida que conversasse, teríamos resolvido tudo. não procurasse consolo nos braços de outro.
Estava mesmo distraída, quando me dou conta estou caminhando para a gruta que Mari havia me mostrado pela manhã, aquele lugar me encantou, me fazia sentir uma paz que a muito tempo não sentia.
Fico algum tempo ali, pensando em tudo que me levou até aquela ilha. Apesar de não falar nada, sabia que Tia Vivi me escondia algo, só não questionava mais porque meu pai não se pronunciava.
Aquele lugar era tão calmo que se caísse uma única folha no chão, com certeza seria ouvido. Já estava fora da gruta, ia retornar para meu chalé pois a noite queria presenciar a luau e tentar descobrir se realmente Sabrina, era a Ragazza que havia me hipnotizado com sua dança. Estou já fora, quando de repente escuta passos vindo em direção ao local. Não queria se fazer presente pois poderia ser outro hospede em busca de paz, Me escondo atrás de uma arvore “quando a pessoas entrar eu irei embora” penso olhando na direção da entrada.
Qual não foi minha surpresa quando vejo Sabrina entrando na Gruta, ela trazia uma toalha no ombro “com certeza vai nadar”, dou um tempo pra que minha presença não seja notada por ela, assim que me vejo a sós, já ia pegar o caminho de volta a praia quando alguma coisa me puxa para a gruta, vou sorrateiramente parando na entrada, Me escondendo atrás de uma pedra enorme que tinha ali. Vejo quando ela tira sua roupa ficando somente de Biquíni, meus olhos não perdiam nenhum movimento.
-Ela é linda! -Falava baixinho- que corpo e esse! – seu bumbum arrebitado empinava no momento em que ela se agacha pra retirar o short, ela era muito diferente de sua ex , Pietra era magra, não se via uma gordurinha fora do lugar, Sabrina não era totalmente magra, mais sua barriguinha era lisa acho que devido a exercícios.
Ela entra na agua, nadando até a metade do riacho. Nadava não, deslizava. Pensava ao acompanhar seus movimentos. Já ia me fazer presente quando o inesperado acontece, ela puxa a parte de cima de seu biquíni deixando a mostra seus seios lindos, enchendo minha boca de agua, eu estava hipnotizada. Penso outra vez em me pronunciar quando a vejo nadar de volta a margem. Quando ela sai da agua tenho uma visão dos Deuses, ela estava completamente nua.
-eu quero essa mulher pra mim!
Fim do capítulo
bom dia meninas!
esperam que curtam mais esse capitulo.
bjss
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Ciely Alves
Em: 19/04/2017
Olá, Roberta.
Já estou presa nesse seu novo romance, mas não é para menos, você vem sempre me surpreendendo com esses romances maravilhosos que estão cada vez melhores, e me deixando sempre com gostinho de quero mais, a cada final de capitulo.
As vezes quando estou lendo algumas histórias que inclusive as suas estão na lista, fico me perguntando de onde vem tanta imaginação,e tanto talento de vocês autoras.
Parabéns pelo seu dom maravilhoso e obrigada por compartilhar conosco!
Bjos.
Resposta do autor:
boa tarde meu anjo!
obrigada meu anjo, que bom poder dividir um pouco com vcs, dessa minha fertil imaginação.
bjss
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joanna costta
Em: 18/04/2017
Como sempre o capítulo foi perfeito, Rob.
E esse ciúme hein? Essas duas ainda vão dar o que falar.
Fiquei uma dozinha da Mari.
Bjs gatona
Resposta do autor:
boa tarde gatona!
obrigada minha linda, essas duas ainda vao dar o que falar...
bjss
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