Isabella ia saindo do quarto quando viu Carol e Ana Victória aos beijos no corredor, imediatamente voltou ao quarto, esperou alguns minutos para saber se deveria descer ou ficar na cama, quando começou a ouvir gemidos tomou a decisão que a irmã e a cunhada precisavam de privacidade, preferiu dar uma volta, deixar as duas sozinhas naquele momento.
A menina caminhou até a praça, sentou-se embaixo de uma árvore. Parecia o lugar perfeito para pensar, apesar do barulho, alguns colegas de faculdade estavam por ali aproveitando a música alta de alguns bares, bebiam e riam, alguns até se aproximaram a chamando para se juntas, mas a garota logo dispensou alegando que estava apenas olhando de longe. No fim das contas ainda era carnaval, estava tão distraída que não percebeu de imediato a pessoa que sentou ao seu lado.
_Isa._ Laís chamou suave.
_Eu não quero discutir com você. E no momento eu também não posso voltar para casa.
_Nós não precisamos nem nos falar, mas eu sei que você não está no clima para essa curtição. Podemos ir lá em casa, apenas para fugir da bagunça, se você tiver afim pode me contar porque não pode ir para a sua casa agora.
_Não é a melhor hora para nada, muito menos para estamos sob o mesmo teto.
_Do que você tem medo?
_Laís entenda, eu não tenho medo de nada, apenas não acho que devemos ficar juntas, se não se lembra eu te pedi um tempo para pensar.
_Eu não esqueci.
_Então pronto, eu fico aqui.
_Isabella, por favor._ A mulher mais velha implorou._ Sei que deve estar detestando essa música alta.
Com um suspiro a menina aceitou, caminharam devagar até a casa dá outra, entraram e Isabella sorriu. Gostava daquele espaço, só faltava ser um pouco menos formal. Mas refletia bem a personalidade da dona.
Laís foi até a cozinha e voltou com duas taças e uma garrafa de vinho:
_Eu acho que a nossa vida ficou um caos._ Isabella comentou enquanto procurava um cd.
_Você está confundindo a minha cabeça. Uma hora você é a garota que dorme comigo, na outra me expulsa da sua casa e agora está aqui falando da nossa vida._ Laís falou num tom ressentido, sentando-se no chão.
Isabella escolheu uma música e colocou para tocar baixinho.
_Eu achei que tinha ficado claro mais cedo o que eu esperava de você, mas se não ficou novamente eu vou te dizer._ Isabella sentou de frente a Laís, as duas sentadas no chão._ Eu estou completamente apaixonada por você, mas quando ficarmos juntas eu quero que seja por nós, não quero a sombra de Andreia sobre o nosso relacionamento. Se ficarmos juntas eu quero que seja por nós, que possamos cometer os nossos erros e se por um acaso o destino conspirar e ficarmos separadas quero que também seja por nós, por nossos erros, não porque a sua ex está sempre por perto pertubando a nossa paz e confundindo a sua cabeça. Eu não serei a outra nesse relacionamento.
As duas se encararam, era percepitivel o clima tenso:
_Andreia faz parte do passado._ Laís falou de forma simples, servindo o vinho.
_Quando você me provar isto então eu e você voltaremos a conversar sobre nós.
_Já que pelo visto você não mudou de ideia posso pelo menos saber porque não pode voltar para casa?_ Laís perguntou bebericando o vinho.
_Carol sentiu que eu não estava bem e veio atrás de mim junto da Ana, mas acho que enfim minha cunhada resolveu consumar o namoro.
_Você ainda sente algo por ela?
Isabella sorriu, bebeu um pouco mais do vinho, serviu-se de mais.
_Sua cara está de anciedade._ Foi o cometário da menina._ Laís, o que eu preciso fazer para que você compreenda que estou apaixonada por você?
_Você se apaixonou por ela, eu me lembro que você tomou inumeros porres.
_E depois você chegou e bagunçou toda a minha vida que era extremamente organizada.
_Posso dizer o mesmo de você, mas o que eu diria mesmo é que você é muito linda.
_Vejo que concordamos em mais um ponto, quando te olho assim tão livre de toda a formalidade eu compreendo porque a Andreia tem tanta dificuldade em te deixar livre. Laís você é uma mulher encantadora.
_Você não vê um problema nos quinze anos de diferença que temos?
_Eu nunca vi um problema ai, a maior decepção do nosso relacionamento é você ter tantas duvidas.
As duas seguiram pela tarde conversando, quando a noite chegou riam e conversavam como se o mundo do lado de fora não existisse, já abriam a terceira garrafa de vinho, estavam sentadas no chão encostadas no sofá, Isabella contava histórias de como ela e Carol trocavam de lugar quando era necessário.
_Eu não entendo como não percebiam, você e Carol são tão diferentes.
_Laís nós somos gêmeas identicas, mamãe tem dificuldade em dizer quem é quem.
_Não concordo.
_Porque não? O que vê de tão diferente entre nós?
Laís se aproximou, lentamente fez um carinho na nuca de Isabella.
_Eu nunca, jamais seria capaz de me perder no olhar de Carol, assim como faço com você. O seu olhar é como um céu em dia de tempestade, e quando eu te olho o meu mundo para.
_Você sente tudo isso apenas ao me ver?
_Sente Isabella, olha como o meu coração dispara apenas porque estamos próximas.
Laís pegou a mão da menina e levou ao seu peito, o coração acelerado era a prova de que a outra a fazia sentir-se em outro mundo.
As duas se olharam apaixonadas e foi inevitavel as bocas não se buscarem, o beijo foi entregue e cheio de sentimentos, as duas estavam levemente alteradas pelo vinho que já tinham bebido, logo o beijo tornou-se mais exigente, as mãos passaram a tirar as roupas de maneira urgentes:
_Laís, nós não..._ Isabella falou num ultimo fio de sanidade.
_Eu preciso sentir você._ Foi a resposta ofegante.
As roupas foram praticamente arrancadas, Isabella desceu a boca pelo pescoço da outra, mordendo levemente, ouviu um gemido de consentimento e desceu ainda mais, abocanhou um dos seios de Laís, apertando o outro com a mão:
_Eu preciso sentir você AGORA.
Laís praticamente gritou, Isabella sorriu e obedeceu, imediatamente penetrou a outra com dois dedos, permaneceu ch*pando o seio da outra enquanto aumentava um pouco mais a estocadas.
_Você gosta quando eu faço assim?_ Isabella perguntou rouca, aumentando ainda mais o ritmo dos movimentos.
_Porr* Isa.
Laís estava enlouquecida de tesão, arranhava as costas da outra e mordia o ombro, estava sentindo imenso prazer naquela pegada, e o gozo não tardou a vir, avassalador, intenso e junto da mulher mais velha gritando o nome da menina.
Isa abraçou Laís esperando o corpo da outra acalmar-se, para então recomeçarem novamente, amaram-se até a exaustão sem lembrarem do mundo.

Fim do capítulo