• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Freedom
  • Capítulo 01 - Mademoiselle

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Nuestro Secreto
    Nuestro Secreto
    Por akamora
  • Uma paixão secreta
    Uma paixão secreta
    Por Van Rodrigues

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Freedom por XenAry

Ver comentários: 13

Ver lista de capítulos

Palavras: 3200
Acessos: 7263   |  Postado em: 09/04/2017

Capítulo 01 - Mademoiselle

O vento frio cortava meu rosto enquanto caminhava em direção a Mercedes. Alguns alunos me cumprimentavam, mas eu estava com pressa, afinal, ministrar quatro aulas de literatura inglesa não era o meu único compromisso da noite.  

 

Cheguei ao meu prédio e como de costume, fui recebida com muita educação pelo porteiro, que evitava fazer muitas perguntas a respeito dos meus horários de saída, os quais eram nada convencionais. Afinal, eu era uma mulher de trinta e seis anos, tinha doutorado em Literatura Contemporânea, sem filhos, sem marido e nitidamente antissocial.

 

Muitos estranhavam a minha vontade deter a vida pessoal privada dos holofotes, me acusavam de ser fria e calculista, principalmente os vizinhos. Nunca fui de dar bom dia, muito menos de esbanjar sorrisos. Sempre acreditei que quem fosse merecedor da minha simpatia, teria. Entre os amigos, mesmo sendo poucos, também mantinha um distanciamento em relação a algumas partes mais obscuras da minha personalidade. Certas coisas não precisam ser expostas, muito menos compartilhadas. Rede social, por exemplo, era um fardo que eu não fazia questão nenhuma de carregar. É uma invasão quase insuportável.

 

Era constantemente fuzilada por olhares curiosos no elevador, principalmente quando chegava beirando às seis da manhã aos sábados e domingos. Entretanto, mantinha a pose e não dava satisfação para absolutamente ninguém. Às vezes era convidada para alguma reunião chata de condomínio e precisava comparecer, mas não via necessidade em expressar opiniões abrangentes, assim como não criticava as situações ali implantadas. Eu fugia de problemas e sempre saia à francesa antes do término.

 

Desde os meus dezessete anos, quando fui morar fora por causa da graduação, deixei de dar explicações aos meus pais. A vida solitária em uma cidade grande fez com que eu encarasse as pessoas com um olhar mais desconfiado. Aprendi a não crer tão cegamente nas pessoas, principalmente naquelas que não tinham nada a acrescentar. Tive alguns relacionamentos passageiros e muitas vezes me senti emocionalmente envolvida com alguém, mas nada que fizesse com que encarasse algum compromisso mais sério. Embora meus pais parecessem sentir falta de uma posição da minha parte em relação à vida amorosa, eu fazia questão de desapontá-los com uma solteirice planejada para a vida inteira. É como seu eu fugisse de qualquer relação que não fosse entre eu e eu mesma.

 

Demorei vinte minutos para me vestir adequadamente e mais trinta para a maquiagem. Meu perfeccionismo sempre foi um tormento. Coloquei um sobretudo preto que cobria meu corpo até os calcanhares, peguei minha bolsa onde levava apenas o essencial e desci o elevador. No carro, tive a impressão de ter esquecido alguma coisa, mas desencanei ao ver o horário ultrapassado.

 

Ao chegar, estacionei no local privativo de sócios e desci, pressionando o asfalto com meu salto alto. A casa noturna não aparentava estar cheia e isso era comum. Poucas pessoas tinham acesso a ela e aquelas que vinham pela primeira vez, raramente voltavam.  Vesti a máscara de renda preta, que era estrategicamente abandonada no porta-luvas. Jamais me identificava em um local como aquele, o risco era grande e eu não poderia pagar por ele.

 

Passei pela recepção e entreguei meu cartão magnético, que logo desbloqueou livre acesso a todas as portas e me deu permissão a um gasto ilimitado de consumação. O cartão estava ligado diretamente a minha conta bancária, o que facilitava bastante as coisas por ali.

 

As cortinas vermelhas espalhadas por toda a boate mudavam de cor conforme a luz dos refletores era movimentada. Tudo estava calmo e algumas dançarinas faziam seu trabalho nos pole dances acima do palco central. Sentei no bar e pedi uma dose de Martini, minha bebida favorita. Desabotoei a parte de baixo do casaco a fim de cruzar as pernas e também, de revelar a minha pele para quem tivesse interesse em ver. Exibicionismo sempre foi algo interessante, mas não completamente praticado. Ser desejada era um dos pontos fortes da noite, mas não o objetivo principal.

 

- Boa noite, mademoiselle Emma.

Rubens chegou com seu carisma típico.

- Boa noite.

- Já temos um candidato na mesa sete.

Meus lábios esboçaram um sorriso sarcástico.

- Eu sei, o vi assim que entrei. Não tirou os olhos de mim. – mordisquei a azeitona embebida de álcool – Não tenho interesse.

Rubens fez uma cara surpresa.

- Ele é jovem, tem menos de trinta... Carne fresca.

Olhei para o rapaz que bebia chopp e sentava-se de maneira nada convidativa.

- Não tenho interesse. – reforcei

- Tudo bem... – revirou os olhos

 

Rubens saiu do meu ângulo de visão e não o vi mais naquela noite. Era teimoso e egocêntrico, achava que poderia dar ordens e comandar tudo ali dentro, mas não passava de um serviçal.

 

O tempo foi passando e nada de interessante acontecia ao meu redor. Uma das mulheres que trabalhavam ali como dançarinas para ganhar a vida veio ao meu encontro,  oferecendo uma dança sensual. Não neguei, ela era uma das minhas prediletas. Seu corpo era fora do comum, tinha seios grandes, coxas grossas; o cabelo era platinado, liso e amarrado em um cóque. Sempre quis saber o seu nome, mas não era o tipo de informação que se conseguia em um lugar desses.

 

Ela dançou para mim se esfregando em meu corpo. Usou a parte aberta do meu casaco para mostrar o quanto estava excitada. Sorri para ela no final da dança e coloquei uma nota de cinquenta reais em sua calcinha. Ela me olhou com gratidão e saiu atrás da sua próxima presa.

 

Eu estava entediada. O máximo que tinha para fazer era acompanhar o movimento dos outros ao meu redor e analisar qual seria o próximo passo deles. Todos tão previsíveis... Os homens eram mais escancarados e logo levavam suas acompanhantes para os quartos, já as mulheres, quando queriam conquistar alguém para a “noite especial”, se ofereciam através de mordidas no canudo ou tocavam levemente o próprio sex* por baixo da mesa. Os movimentos eram sutis, muitas pessoas jamais pensariam que aquela era uma casa de prática BDSM. Mas eu já estava lá há meses, sentia no ar a presença da libertinagem.

 

Fui ao banheiro e peguei algumas mulheres se agarrando na pia. Poderia ter ficado ali assistindo até o final, mas respeitei o momento delas. Afinal, eu não gosto de ser vouyer sem permissão. 

 

Quando voltei ao bar, notei que um grupo de garotas havia adentrado o local e olhavam com curiosidade para cada canto. Isso sim era carne fresca! Arrumei minha máscara e sentei em uma mesa próxima ao bando de novatas. Todas elas estavam vestidas para uma noite de balada qualquer e provavelmente entraram ali sem saber como funcionavam as coisas. Como a casa era aberta ao público em geral no seu salão principal, elas não foram barradas, ninguém era. Mas poucos chegavam a descobrir as salas que ocupavam o corredor aos fundos do prédio. Um lugar reservado apenas para os sócios. Era um departamento estritamente focado em práticas sadomasoquistas e bondages. O funcionamento não tinha um padrão, mas algumas regras eram impostas para que não houvesse uma disseminação do comportamento local, pois existia muito preconceito com o gosto sexual diferenciado.

 

As três garotas riam histericamente. Estavam em pé, próximas ao bar. Eram duas loiras – de tons diferentes de louro – e uma de cabelos negros um pouco encaracolados, mas não muito comprido. Essa terceira demonstrava uma admiração pelo lugar ao seu redor; seus olhos brilhavam e ela não parava de olhar para as dançarinas vestidas apenas de lingerie prateada. Ela parecia estar alheia a conversa das amigas, embora risse de vez em quando para acompanhá-las. Seu rosto era de uma beleza absurda, de modo que eu não conseguia parar de olhá-la de maneira alguma! Em um dado momento, seus olhos – delineados e com cílios postiços longos – encontraram os meus. Foi o bastante para que o interesse se despertasse em mim como uma manhã de sol depois de dias intensos de chuva tropical. Logo ela voltou-se para o garçom, pedindo um drink.

 

Terminei meu Martini e pedi uma água para dar um intervalo no fígado. Sabia dos meus limites e raramente os ultrapassava. Muitas pessoas se dispersavam pela pista de dança onde o DJ tocava algo dos anos setenta. Eu não costumava dançar, não por deixar de saber, mas por ter interesses mais específicos naquele local.

 

Acompanhei os movimentos das novatas, motivada pelos gestos encantadores da morena baixinha. Trocamos olhares outras vezes, mas nenhum se sustentou tanto quanto o primeiro. Eu estava encabulada, precisava agir! Mas não conseguia encontrar abertura o suficiente para uma aproximação convencional. Foi então que as amigas resolveram sentar-se em uma mesa que acabara de vagar e por coincidência do destino – embora eu não acredite nisso – a morena tomou o rumo do banheiro, culminando ideias interessantíssimas em minha mente que fariam valer a pena aquela noite.

 

Levantei da mesa depositando meu copo e com passos compridos, segui a garota. Estava caminhando a poucos metros dela e podia contemplar a visão de seu quadril em movimento. Ela usava um vestido preto com parte das costas abertas, na altura das coxas. Deslizei meus dedos pelos botões do meu casaco e o abri, deixando exposta toda minha roupa íntima especialmente escolhida.  Ela entrou no banheiro e eu fiz o mesmo. Ela estava em frente ao espelho, retocando a maquiagem. Seus olhos me viram pelo espelho assim que coloquei meus pés dentro do banheiro e fechei a porta atrás de nós.

 

Ela segurava um rímel em uma das mãos e o manteve no ar, como se estivesse paralisada pela minha presença. Eu sorri maliciosamente, ainda com o sobretudo sobre meus ombros, mas agora completamente aberto. Deliciei-me com a boca semi-aberta da minha vítima, que não conseguia disfarçar o nervosismo. Aproximei da pia fazendo barulho no piso frio por causa do salto alto. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e guardou o rímel na bolsa, tentando distrair-se da visão que eu lhe proporcionava.  Parei ao seu lado e fingi estar preocupada com o retoque do lápis de olho. Ela não conseguia fechar o zíper da bolsa corretamente. Voltei a sorrir e lancei um olhar sobre ela, virando meu corpo para o lado. Coloquei uma das mãos na pia e a outra descansei em minha cintura. Eu estava mais alta por causa dos doze centímetros de salto e era exatamente assim que eu gostava, da visão superior da situação. Os seios dela faziam um formato perfeito no vestido apertado ao corpo, de modo a fazer com que eu mordesse os lábios.

 

A garota deu uma risada divertida e continuou mexendo na bolsa. Eu sabia que ela estava nervosa e aquilo mexia comigo mais ainda. Meu coração disparou, a boca ficou seca... Porém, eu não poderia demonstrar nenhum tipo de fraqueza.

 

- Gostou da boate? – perguntei sem tirar meus olhos famintos de seu decote

Ela sorriu enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha e depois virou o rosto para me fitar nos olhos.

- Não sei. – me olhou de cima abaixo – Estou meio confusa nesse momento...

 

Ela terminou de responder e também virou-se para ficar de frente pra mim. Era surpreendente a beleza daquele rosto jovial. Não havia nenhuma mancha, nenhuma sarda e nada de espinhas. Sua pele era perfeita, assim como os olhos delicadamente encaixados em uma bochecha redonda.

 

A garota sorria de canto, como se entendesse minhas intenções.

- Quero lhe propor uma coisa...

Aproximei mais um pouco, ficando há poucos centímetros dela, que abriu a boca ao sentir meu hálito tocando seu rosto.

- Quero que passe a noite de hoje comigo.

 

Mordi os lábios. Queria beijá-la, queria sentir sua língua devorando a minha, mas não podia, precisava seguir os passos de sempre, ao mesmo tempo em que não poderia assustá-la.

 

- Você sempre chega nas pessoas assim? – sua voz estava rouca, quase inaudível

- Não, nunca. Elas que me procuram, mas às vezes eu gosto de caçar...

Enrolei uma mecha do seu cabelo em meu dedo indicador. Ela acompanhou com o olhar.

- E quem disse que eu quero ser sua presa?  - mostrou um sorriso irônico

Era disso que eu gostava, de quando eles entravam no meu eficaz jogo maquiavélico.

- Você não precisa dizer...

 

Aproximei meus lábios e senti os dela entrando em contato com os meus. Empurrei seu corpo para a parede logo atrás e enrosquei minha língua na sua. Ela estava completamente entregue, solta...minha.

 

Afastei um pouco e quando ela abriu os olhos ainda ofegante, puxei seu cabelo para trás, arrancando um gemido de dor.

 

Estava colando minha boca em seu pescoço quando a porta do banheiro se abriu e duas mulheres desconhecidas entraram afobadas. Precisei soltá-la, mesmo sem querer. Odiava ser interrompida, principalmente em momentos tão articuladamente estratégicos.

 

Depois de segundos descobri que elas eram as amigas que acompanhavam a moça com a qual eu estava em processo de ebulição há pouco tempo antes. Elas entraram tão afoitas que aparentemente não perceberam o que acontecia entre nós.  Trocaram meia dúzia de palavras e então a bela garota de vestido preto virou-se para apanhar sua bolsa em cima da pia. Trocamos um olhar rápido e ela saiu pela porta acompanhada pelas duas, que pareciam preocupadas com algo.

 

Eu coloquei as mãos na cintura e a olhei aquele belo corpo se distanciando. Fechei os botões o mais rápido que pude e caminhei rapidamente. Não podia admitir que ela saísse dessa forma. Aliás, não entendia aquele comportamento.  Foram raras as vezes que algo assim aconteceu, pra não dizer nenhuma. Era difícil eu correr atrás de alguém, principalmente naquele local cheio de pessoas descartáveis. E quando isso aconteceria, eu jamais recebia um “não” como resposta. Aquela saída neutra da garota estava me tirando do ponto gravitacional. E mesmo que ela tivesse motivos, nenhum seria justificável o suficiente.

 

Ela caminhou por entre as pessoas que dançavam carregando o aparelho de celular nas mãos. Seu cabelo estava bagunçado por causa do acontecimento anterior e a boca avermelhada por causa do meu batom. Consegui segurar em sua mão quando nos aproximamos do palco e a puxei para que pudesse dizer algo em seu ouvido, pois a música estava tempestuosamente alta.

 

- Me diz seu nome! – eu disse com meu nariz em seus cabelos escuros e cheirosos

- Camila!

 

Foi rápido, mas claro o suficiente para que eu compreendesse. Depois eu a perdi de vista e minha noite acabou.

 

Cheguei em casa antes do horário normal e deitei no sofá retirando os sapatos.  Acendi um cigarro e tentei organizar os pensamentos que pareciam borbulhar. Ainda podia sentir o gosto dos lábios dela em minha boca e isso funcionava como um interruptor para que meu sex* molhasse.

 

Dormir foi um sacrifício. Eu não conseguia simplesmente parar de imaginar as mil coisas que gostaria de fazer com ela. Pensei em me tocar, mas isso só aumentaria o meu desejo, eu me conhecia. Precisava me satisfazer de verdade, na raiz do problema. E ele se chamava Camila.

 

O sábado demorou a passar. Eu até coloquei em ordem a leitura dos livros que estava atrasada, mas não foi suficiente. O relógio custou a trabalhar e embora  negando, eu sabia bem o porquê.  Contudo, a minha expectativa foi bem menor do que minha decepção. Ela não apareceu na boate durante a noite do sábado. E a mim, pereci através de drinks que me fizeram pedir um táxi no final da noite mais tediosa da minha vida. Acertar a chave no buraco da porta foi a parte mais fácil, pois a dificuldade apareceu na manhã seguinte, onde a cabeça parecia uma bomba nuclear prestes a explodir.

 

Durante a semana precisei me esquivar dos pensamentos que me atormentavam a sanidade. Enquanto isso, problemas familiares me assolavam. Minha mãe tinha uma queda severa de glicose, a hipoglicemia. Quando isso acontecia, ela precisava de cuidados com a alimentação e medicamentos. Mas já fazia um tempo que os remédios não surtiam muito efeito, de modo que ela se sentia constantemente fadigada e por vezes chegava a desmaiar. Meu pai sempre ligava pra mim às pressas, como se eu pudesse resolver tudo em um passe de mágica. E nessa semana tive que leva-la a um especialista para procurar meios alternativos para o problema, que se tornou mais emocional do que fisiológico.

 

A universidade tomava meu tempo todos os dias durante a noite, mas era divertido humilhar alunos insolentes e beneficiar aqueles que pareciam querer aprender alguma coisa.

 

O ruim era o momento de ir para a cama e me afundar na repetição involuntária do nome dela em meu cérebro. Ansiei diariamente pela chegada do próximo final de semana, que parecia mais longe a cada manhã. E quando ele enfim chegou, lá estava eu indecisa sobre a roupa que vestiria. Era desastroso não ter auto controle.

 

Eu vestia um scarpin preto alto e envernizado; calça social risca de giz e um casaco de couro preto fechado. Por baixo, escondia um collant em látex preto com abertura frontal desde o contorno dos seios até o início da calça.

 

Meu coração palpitava como se eu tivesse treze anos, prestes a dar meu primeiro beijo. Essa sensação era definitivamente perturbadora. Como uma desconhecida poderia me desequilibrar daquela forma? Eis a incógnita.

 

Vesti a máscara e adentrei o recinto cheio de balões dourados em meio as cortinas vermelhas tradicionais. Ainda era cedo, muitas mesas estavam vazias e o DJ parecia ainda estruturar sua coletânea de músicas.

 

Já estava no meu terceiro Martini quando visualizei Camila. Meu sex* contraiu de uma maneira inesperada e eu precisei apertar uma perna contra a outra para conseguir dar algum tipo de controle aquela sensação inapropriada. Contemplei a imagem de vê-la em pé, usando um vestido curto de cor amarela, colado ao corpo e salto alto. Ela segurava uma bolsa pequena na mão direita e uma cerveja long neck  na outra. Eu a admirava com os olhos fixos e um sorriso maquiavélico. Dois dedos meus estavam entre meus lábios e eu os mordia com certa força e era nítida a minha vontade de substituí-los por Camila.

 

Ela parecia perdida, como uma ovelha prestes a encontrar seu maior predador. Tive de meconter pra não correr até ela no primeiro momento, mas isso seria extremamente incorreto. A dança precisa ter sua coreografia, assim como a caça tem a sua delicada racionalização de movimentos.  

 

Estava medindo categoricamente a distancia que precisaria percorrer para chegar até ela e quais as palavras usar, quando nossos olhares nos encontraram. O meu despreparo foi evidente, pois o meu sex* reagiu, fazendo com que meu sorriso malicioso aumentasse e meus dentes mordessem agora o meu lábio inferior, me causando uma dor incômoda, porém suportável.  Camila sorriu de volta, timidamente e recolheu seu olhar, caminhando para um local escuro por causa da falta de luzes.

 

Em um ato apressado, fiquei em pé, deixei o matini na mesa e caminhei em busca da minha presa, que provavelmente encontrava-se solitária e desprotegida naquele ambiente tão hostil.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Críticas são sempre aceitas, desde que haja respeito e educação.

Sendo assim, comentem! Esse é o nosso maior presente!


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Próximo capítulo

Comentários para 1 - Capítulo 01 - Mademoiselle:
Vanessaduda
Vanessaduda

Em: 03/07/2020

Veja bem... olhei a última  atualização  e disse FODA-SE...me fudi pq estou intrigada e com uma vontade enorme de saber onde isso vai parar hahahaha 

 

Você  escreve muito vem...detalhes que te coloxam dentro da história  e tudo dentro do tempo de raciocínio.

 

Se caso desejar continuar, NÃO vou axhar ruim viu...

 

 

 

 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

ReSant
ReSant

Em: 29/04/2017

adorei isso, essa mistura de sedução e poder é algo que me prende a atenção

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Nany lupita
Nany lupita

Em: 18/04/2017

Hummm... Muy Caliente! Posta mais please.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lary_ferreira
Lary_ferreira

Em: 11/04/2017

Já me apaixonei  no primeiro capítulo <3 *-*


Resposta do autor:

Obrigada moça!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

MariliaC
MariliaC

Em: 10/04/2017

Olá! Parabéns pela estória, tem todas as características para se tornar uma das melhores estórias do site. 

Ansiosa para ler os próximos capítulos, este jogo de sedução é delicioso!!

Bjs.


Resposta do autor:

Uau, muito obrigada Marilia! Espero sempre poder impressionar vocês, que são o grande motivo do meu "trabalho".

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sorriso
Sorriso

Em: 09/04/2017

Estou de Boca aberta ate agora nossa sensacional 


Resposta do autor:

É um prazer causar isso em vocês!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 09/04/2017

Nossa! A estória começou muito caliente. O ambiente, a personagem são fascinantes, esse clima de sedução tá ótimo. Espero q a Camila não seja uma presa tão fácil, a caçadora vire a caça. Kkkkk. Bom fds. Bjs gata, vc arrasa.
Resposta do autor:

Muuuuita coisa vem por aí, Patty, prepare-se!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Vanessaduda
Vanessaduda

Em: 09/04/2017

A capa me chamou atenção, resolvi ler e pahhhh, adorei! Talentosa, meus parabéns! Fico imensamente feliz qdo encontro uma estória que me envolva. O Lettera é assim, berço de escritoras maravilhosas, vcs tem o poder!

Digo isso pq eu sou apenas uma leitora do Lettera, que as palavras fogem até qdo vou escrever uma redação...rsss

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

RoseLucy
RoseLucy

Em: 09/04/2017

De todas as escritas que já li aqui, a sua é a melhor (Não significa a melhor estória, por enquanto... rs). E independente do tema a narração é boa e não é maçante.

Parabéns, vc tem talento para escrever.


Resposta do autor:

Nossa, que comentário foi esse, mulher! rsss

Estou lisongeada! É um prazer escrever pra pessoas que sabem dar valor ao nosso trabalho, ao tempo que doamos a isso e principalmente, a escolha das palavras que são tão importantes em relação ao desenrolar da história.

 

Obrigada e por favor não suma!!

 

Um beijo gigante! Semana que vem tem mais...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Valentine
Valentine

Em: 09/04/2017

Olá, acompanhando.. 


Resposta do autor:

Obrigada por tudo, mocinha!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 09/04/2017

Uau

Ansiosa pelo próximo

Adorei muito desse início bem gostoso.

Abraços fraternos procê!

 


Resposta do autor:

Espero que sua ansiedade não acabe nunca!

 

beijão

Responder

[Faça o login para poder comentar]

preguicella
preguicella

Em: 09/04/2017

Cadê o próximo capítulo?!? hahaha 


Resposta do autor:

Semana que vem a Camila aparece pra vocês...xD

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Cristiane Schwinden
Cristiane Schwinden

Em: 09/04/2017

Além de bem escrita, está instigante e sensual, parabéns!


Resposta do autor:

Obrigada pelas palavras, Chefa!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web