CapÃtulo 3- aquele olhar
-não vi. Acho que já tinha ido dormir quando ela resolveu descer para a praia- não conseguia entender o porquê da vergonha, que estava sentindo. Não era normal aquele desejo que senti por alguém que não conhecia, nem o rosto direito.
-Bom dia dona Berta! - senti meu corpo estremecer ante aquela voz, sem ao menos olhar, já sabia se tratar hospede que atormentou meus sonhos durante aquela madrugada.
-bom dia Giulia, e por favor só Berta! - me senti insegura de olhar para a tal Giulia, parecia que estava estampado em meu rosto, o que se passava em minha mente- Sabrina essa é Giulia a hospede que te falei.
Devagar virei-me para ficar frente a frente com ela, fiquei paralisada. Sua beleza era fora do comum, fiquei literalmente sem palavras ao fitar aqueles olhos, que possuíam uma força e um mistério que pareciam desvendar minha alma.
-prazer Sabrina! - ela estende a mão para o cumprimento, ainda titubeei em tocar-lhe, seu sorriso de canto de boca era sexy e ao mesmo tempo provocante.
-oi Giulia, bem vinda a pousada dos sonhos- aperto sua mão, sinto como se uma corrente elétrica tivesse atravessado meu corpo naquele momento. Como era possível meu corpo reagir só com a presença dela, estava me desconhecendo.
-obrigada Sabrina! -ela continuava a me olhar intensamente, seu olhar agora percorria meu corpo discretamente. Sabia estar sendo analisada, só não entendia porque?. Do jeito que ela era linda estava acostumada a mulheres tão bonita quanto, nunca me considerei uma pessoa sem graça, não era linda mais tinha meus atrativos. Balanço minha cabeça para afastar aqueles pensamentos.
-se estiver interessada em alguma atividade temos várias aqui, desde cavalgada até trilhas, vários hospedes se reúnem pra saírem em grupo principalmente nas trilhas, temos um guia para ajuda-los a conhecer um pouco mais das histórias da ilha dos sonhos.
-vou querer sim, principalmente cavalgar. Uma de minhas paixões, os cavalos.
-sente-se minha menina, deve está com fome só fez um lanche a noite passada-Berta se intromete no assunto mas os olhos de Giulia não desgrudavam dos meus- acordou cedo, não conseguiu dormir direito, algo te incomodou?
-não Berta, acho que devido ao fuso horário dormi muito ontem. Ainda estou me acostumando.
Ela sorrir para Berta, percebi não ser o mesmo sorriso que havia me presenteado.
-amor porque não me chamou? - Léo entra naquele momento na cozinha, percebo o olhar avaliador dela, quando ele se aproxima de mim e me beija. Não sei por que mais me senti mal com aquele gesto, tudo bem que não era apaixonada por ele, mas nunca o havia rejeitado, mas naquele momento preferia que ele não tivesse me beijado.
-acordei muito cedo Leo por isso não o chamei!
-bom, vou aguardar o café no restaurante- ela se vira falando com Berta que estava entretida no preparo do dejejum. Foi ai que Leo percebeu sua presença e se afasta de mim.
-hospede nova?- pergunta quando Giulia já não estava mais na cozinha, havia ficado curiosa sobre ela, mais com a chegada do namorado não tive tempo nem de iniciar uma conversa.
-Sim Leo, já falei que não quero que você fique me beijando na frente dos hospedes.
-o que você tem? -como explicar algo que nem eu sabia o que era- está preocupada com alguma coisa- me arrependi de ter sido rude, afinal ele não tinha culpa de eu, ter passado metade da noite acordada e a outra metade tendo sonhos eróticos com a hospede nova.
-me desculpe, acho que o medo de perder esse lugar que tanto amo, está me deixando rabugenta-dou um sorriso pra acalma-lo.
Nos sentamos ali mesmo para tomar café, o tempo todo Leo conversou comigo, mas eu, não fazia noção do que falava, pois meus pensamentos estavam naqueles olhos e em seus mistérios.
...
Quando retorno para o chalé naquela noite, tinha os pensamentos na Itália, por mais que ainda doesse não conseguia parar de pensar totalmente em Pietra. Estava sem sono, tomo um banho relaxante antes de dormir, pego uma latinha de cerveja que tinha na geladeira do chalé e vou para a varanda pra tentar relaxar. Olho ao longe a praia, algumas pessoas ainda caminhavam por ali, mas meu olhar procurava uma única, a ragaza que dançava sensualmente a horas atrás.
Fico a pensar, “quem será aquela mulher?” Não conseguia tirar da cabeça o modo sensual com que rebol*va. primeiramente para aquele rapaz, e logo depois pra mim. Sim pra mim, tinha a certeza disso. Retorno para o quarto e me deito, mas continuava sem sono e novamente meus pensamentos são invadido pela mulher misteriosa, mas em minha cabeça ela dançava exclusivamente pra mim, do mesmo modo sensual de antes.
-preciso descobrir quem é essa mulher! - olhava para o teto tentando concentrar meus pensamentos-Será que ela é hospede da pousada? Ou será que trabalha aqui? –eram muitas indagações, e muitas perguntas sem resposta.
Quando consegui dormir já passavam das três da manhã, em nenhum momento deixei de pensar outra em Pietra, outra na dançaria como a classifiquei. Antes das 6:00hr estava acordada, aquele fuso horário ainda ia acabar comigo, penso antes de sair para tomar um café de preferência bem forte, para espantar o resto de sono que me incomodava.
Quando chego na pousada, não havia ninguém ainda no restaurante devido o horário. Vou direto para cozinha falar com Berta, não me importava de fazer minhas refeições ali mesmo, principalmente que havia gostado muito da companhia da senhora. A medida que me aproximo escuto mais vozes, além de Berta.
-Bom dia dona Berta! – cumprimento, mais meu olhar era direcionado a mulher que estava junto a senhora, percebi que ela ficou sem jeito com minha chegada, mais disfarçou.
Seu nome era Sabrina, a dona da pousada, ou seja a pessoa que tinha que me aproximar para saber mais daquele lugar maravilhoso. Ela me fala das atividade que o lugar dispunha mas evitava me olhar nos olhos, parecia com vergonha. Apesar de não me olhar diretamente percebo como seu sorriso é lindo, e tão familiar que fiquei me perguntando senão já tinha visto havia visto antes.
No momento em que conversávamos, entra na cozinha um rapaz chamado Leo. Ela não me apresentou como seu namorado, mas percebi ser. Achei melhor me retirar até porque aquela manifestação de carinho estava me incomodando, nunca fui alguém muito carinhosa, até mesmo Pietra reclamava as vezes desse meu jeito, mas meu incomodo ali era pela forma que ele a abraçava, possessivo como se fosse seu dono.
Volto para o restaurante, já havia algumas pessoas ali. Precisava de alguém para me guiar pela ilha, sabia que a pousada disponha de alguém qualificado, só não tive tempo de perguntar para Sabrina o nome da pessoa responsável por guiar os hospedes.
Naquele momento vejo entrar Amália a moça da recepção, com certeza ela me informaria o que precisava saber. Aceno para ela, que sorrir, um sorriso encantador, agora sabia que os nativos daquele lugar eram sempre cordiais.
-Bom dia- Amália senta-se sem ao menos ser convidado, tive vontade de rir do jeito descontraído da moça mais preferi não, ela poderia se ofender- quer falar comigo?
-na verdade, queria uma informação. Queria explorar a ilha e queria o nome do guia contratado da pousada.
-na verdade é a Guia, se chama Mariana mas todos a chamam de Mari ou Ana, você escolhe- era fácil gostar de Amália, seu jeito extrovertido contagiava.
-e onde posso encontrar essa tal Mari ou Ana?
-bem ali-aponta para uma garota que entrava no restaurante, ela deveria ter no máximo 24 anos muito linda por sinal, Caminhava sensualmente. Uma indiscreta Amália só faltou pular onde estava para chamar da tal Mari, que sorri ao ver a amiga.
-está parecendo um chipanzé, pulando- a ragazza se aproxima, ao escutar o chamado de Amália-indiscrição é o seu segundo nome.
-na verdade acho que é o primeiro- eu e a tal Mari gargalhamos, das palavras da recepcionista- mas deixa de onda que você sabe, que se não fizer isso, não sou a Amália.
-com certeza não...
-deixa te apresentar Giulia, ela é hospede e está precisando de um guia para explorar a ilha- não entendi o sorriso de Amália ao final da frase. Mari me olha de cima a baixo, me analisando. A olho sem desviar um segundo meu olhar de seus olhos, acho que aquilo a desconcertou, pois ela voltou a atenção pra sua amiga.
-temos muitas lugares pra conhecer, inclusive lindas cachoeiras...
-quero conhecer o haras- amava cavalgar, e pelo que tudo indicava na ilha devia ter trilhas e lugares, que poderia desbravar somente a cavalo.
-tudo bem, tem outros hospedes que marcaram comigo também- a tal Mari volta a me olhar, como se me analisasse, Amália só observava.
Agradeço e a vejo seguir para uma mesa desocupada, ela era realmente bonita, apesar da pouca idade que devia ter, tinha um ar imponente. Quando volto minha atenção para minha acompanhante, essa me olhava com as sobrancelhas erguidas, como se questionando algo.
-o que foi- fui direta ao perguntar-quer perguntar alguma coisa?
-Não só queria te avisar que a Mari tem um gosto meio peculiar- a olho sem entender, mas pela sua expressão sabia que logo me falaria- Ela gosta de mulher.
-você ver algum problema nisso? - queria saber a opinião daquela ragazza , com certeza Mariana deveria sofrer preconceito com sua opção , principalmente em se assumir em um lugar não tão desenvolvido, e que as pareciam ser bem tradicionais.
-kkk eu, logico que não. Ainda mais, ninguém tem nada a ver com a vida dela. Minha mãe sempre fala que pessoas amam pessoas, e se ela tem atração por alguém do mesmo sex*, quem sou eu pra questionar- ela me olha parecendo só agora ter se tocado de estar falando com uma verdadeira estranha- e você, tem algum preconceito.
-Não, como diz dona Berta, pessoas amam pessoas- Logico que não ia falar de minha opção, até porque percebi que Amália não sabia ficar calada.
-Sabrina! –novamente me vem aquele reconhecimento quando vejo a dona da pousada sorrir para Amália, que a chamava como fizera com Mari. Era incrível, seu sorriso me parecia tão familiar, ficava puxando pela memória de onde já o tinha visto.
Ela se aproxima com o tal de Leo, aquele cara me incomodava de uma tal forma que sentia um incomodo fora do comum. Ela para bem ao lado de Amália, bem em minha frente, em nenhum momento ela me olhou nos olhos, outra vez percebia que eu a incomodava de alguma maneira, só não entendia porque, já que a havia conhecido naquela manhã.
-estava apresentando a Giulia para Mariana, ela quer conhecer nossa ilha e nada melhor que a Mari para guia-la- só depois daquela palavras, ela me olha novamente. Sinceramente não entendi, ela parecia confusa. Aquela ragazza me confundia.
-a Mari não tem outros hospedes que queiram também seus serviços? -ela pergunta sem tirar os olhos dos meus, parecia que ela estava incomodada com minha aproximação com a tal Mari “será que elas tem algo?” me perguntava, pois só isso explicaria tudo.
- tem sim, mais alguns desejam conhecer o haras como a Giulia.
Vejo Mari se aproximando de onde estávamos, se posta ao lado de Sabrina.
-Sa vou precisar sair pela tarde pra resolver algumas coisas, tem como me liberar?- a garota olhava com adoração sua chefa, mas percebo também que Sabrina parece nem se dar conta daquela paixão.
-tudo bem Mari, se quiser resolver pela manhã posso ficar no seu lugar como guia-acompanhava a conversa quieta, os olhares de Amália estava em Leo que acompanhava o dialogo calado. “Aquele cara devia ser um pé no saco”.
-não precisa, só preciso do período da tarde, além do mais, prometi a Giulia que a ajudaria a conhecer a ilha- Mari me lança um olhar nada discreto, o que foi percebido tanto por Sabrina, como por Amália. A primeira me dá um olhar acusador. Ainda ia descobrir qual a relação daquelas duas! - irei sair em meia hora, me encontra em frente a pousada-Mari se dirigi diretamente a mim. Confirmo com a cabeça, ela se despede dos demais e vai em direção a saída do restaurante.
-eu também vou cuidar- Amália, a conta gosto se despede. Vejo Leo lançar um olhar para ela e penso “ai tem...” realmente aquela pequena ilha estava se tornando um mistério.
...
Fiquei conversando com Leo e Berta, mas meus pensamentos não saia da nova hospede. Lembro do sonho que tive com ela, só de lembrar da cena meu sex* se contraia. “Não sei o que está acontecendo, já achei mulheres bonitas antes, mais nunca sonhei e tão intensamente com nenhuma delas, ainda mais com uma, que só vi o rosto hoje” não cansava me questionar sobre isso.
-Sabrina está me ouvindo- Leo pergunta, olho pra ele ainda área sem saber o conteúdo da conversa-estou falando que seria bom você conversar com estevão, já que conseguiu uma parte do dinheiro com o banco, seria bom saber com ele, quais as contas mais urgentes. O outro empréstimo que fizemos já está pra vencer, fico preocupado.
-vou conversar com ele sim- me sinto culpada, Leo pensando como resolver meus problemas, e eu sonhando com a nova hospede.
Sai da cozinha e fui direto para o restaurante, acho que minha intenção era ver mais uma vez Giulia. Leo o tempo todo grudado em mim, tudo bem que namorávamos, mais aquilo dele estar sempre grudado em mim quando estávamos próximos, me tirava do sério.
Ao chegar no restaurante meus olhos percorrem o local na intensão de localizar Giulia, a vejo conversando com Amália. Minha amiga, como sempre nada discreta acena incessantemente até que eu me aproxime.
Não queria dar nenhum indicio que me aproximei justamente por conta da hospede, converso com Amália normalmente até escutar o nome de Mari, minha amiga conta que a nova hospede ia sair com a guia para conhecer o local, eu sabia que Mari era lesbica assumida, conhecia suas histórias com algumas hospedes que passaram por ali, e aquilo nunca havia me incomodado até o momento.
Meus olhos procuram os de Giulia como se procurasse algum vestígio de interesse de sua parte em relação a guia, sinceramente não sei o que acontecia comigo, o que me interessava se a tal Giulia ia ou não cair nos encantos de Mari, pois é, me interessou principalmente depois de ver os olhares que minha funcionaria lançava em direção a italiana.
Quando Mari me pede a tarde de folga, vejo a oportunidade perfeita para afasta-la da hospede, mais ela dispensou, me deixando ainda mais convencida que iria investir na italiana. Me despeço e vou para minha sala. Tinha uma sala próximo a recepção que usava como escritório, Leo me segue sinceramente queria ficar sozinha, mais parecia que ele não estava nenhum pouco disposto a me deixar no momento.
-você não vai pra loja hoje?- pergunto quando me vejo a sós com ele em minha sala.
-só pela parte da tarde, pedi para o Samuel ficar lá pela manhã- Samuel era o rapaz que de vez enquanto ajudava Léo na loja, quando esse precisava resolver alguma coisa.
-você vai sair pra resolver algo? - queria entender porque ele continuava ali.
-daqui a pouco. Aposto como a Mari vai dar em cima da Italiana, ela é muito bonita e parece ser bem gostosa também- as vezes achava que Leo era um completo sem noção. Tudo bem que era uma excelente pessoa, mas muita das vezes falava as coisas sem pensar. Eu já estava constantemente me perguntando sobre aquilo e ele vinha atiçar mais minha curiosidade, e alimentar minha angustia.
-ela que não se atreva a fazer isso-falo por impulso, na mesma hora me arrependo pelo que escuto de Leo.
-posso saber porque? Mari sempre deu em cima das hospedes que lhe deram brecha e isso nunca te incomodou- como explicar pra ele, que com a Italiana era diferente.
Fim do capítulo
boa tarde meninas!
espero que curtam mais esse capitulo de " A ilha dos sonhos"
bjss
Comentar este capítulo:
Estou amando! Fiquei com gosto de quero maiiiiis!
Não demore Rob
Bjs
Resposta do autor:
bom dia meu anjo!
ja estou postando minha linda.
bjss
NovaAqui
Em: 07/04/2017
Agora, Sabrina, explica que está ficando com ciúmes da bela italiana kkk
Acho que Mari pensa que vai ficar com a Giulia, vai tomar um fora kkk
Gostando bastante
Já ansiosa pelo próximo capítulo
Abraços fraternos!
Resposta do autor:
bom dia linda!
obrigada por seu comentario.
kkk a Mari ainda nao percebeu que giulia estava de olho na dona da pousada.
bjs
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