A viagem fora tranquila, fomos conversando e revivendo nossos melhores momentos até o ultimo, claro que sempre prestando atenção na estrada, quando chegando próximo ao chalé o cansaço tomou conta de nós, fora um dia corrido, mas não temos que reclamar do cansaço, pois valera cada segundo e a noite longa, precisávamos repor nossas forças.

Então, assim que chegamos descarregamos o carro, ligamos para o Haras para comunicar a todos e tomamos um banho para relaxar, preparamos a banheira e ficamos por lá algumas horinhas brincando de fazer amor... Quando finalmente saímos do banho Jessy ficou no quarto e eu fui pegar uma garrafa de champanhe que tínhamos trazido do casamento, duas taças e um balde de gelo e voltei para o quarto, ela estava na janela olhando para o céu.

Coloquei a garrafa no gelo e as taças sobre a mesa e caminhei até ela, deslizei meus braços abraçando-a pela cintura, coloquei meu queixo em seu ombro e fiquei ali apenas ouvindo o vento e a orquestra da noite, grilos e cigarras brindavam a noite com suas canções... ficamos assim por algum tempo, depois de algum tempo curiosa perguntei:

-Está tão pensativo amor?

Ela se virou em meus braços, acariciando meu rosto sorrindo respondeu:

-Ainda estou assimilando tudo o que nos aconteceu conosco.

Beijei seu rosto deslizando meus lábios pelo pescoço dela sussurrando perto de seu ouvido:

-Não vai dizer que está arrependida, porque não estava no acordo, devoluções!

Sorri mordendo de leve o lóbulo de sua orelha gem*ndo baixinho sentindo o aroma que exalava dela, jogara a cabeça para trás em total entrega respondendo quase que sussurrando:

-Claro que não sua boba! Estava pensando em nosso casamento...

E levantou a mão esquerda olhando a aliança, olhei na direção também levantando minha mão contendo a aliança e entrelacei nossos dedos trazendo nossas mãos e beijando de leve onde pousava a aliança dela, sorri dizendo:

-Que durara a eternidade se depender de mim!

Ela me olhava com aquele mar verde que eu tanto amava e um brilho surgiu, não precisou dizer mais nada, concordara comigo e seu coração me disse através de seus olhos... Tomei seus lábios com os meus e seguimos para a cama, andando lentamente onde brindamos o nosso amor... Não com o champanhe que eu trouxera, mas sim com o gozo de prazer que nossos corpos suados liberaram.

Depois de algumas horas finalmente abrimos o champanhe e o tomamos, com os corpos cansados deitamos uma nos braços da outra e sucumbimos ao sono, ultimas palavras de amor trocadas naquela noite fora um “Eu te amo!” vindo de ambas.

No dia seguinte acordei com o meu corpo todo dolorido, me espreguicei na cama e senti ela ressonando ao meu lado, sorri, dizendo mentalmente “minha esposa”, algo mágico aconteceu comigo, meu coração disparou e sussurrei aquelas palavras:

-Minha Esposa!

-Falando sozinha amor?

Jessy sussurrou ao meu lado me abraçando sonolenta, olhei para ela e sorri recebendo-a em meus braços e respondendo:

-Estava saboreando o sabor dessas palavras amor!

-Que palavras?

Ela coçara a ponta do nariz fazendo careta aconchegando-se ainda mais em meus braços que achei tão fofo que quase perdi a linha de raciocínio, ela abriu os olhos quando não respondi insistindo:

-Que palavras amor!?

Voltei em mim e sorri respondendo:

-Minha Esposa! Tão cheia de significados que não sei se sou digna de ter uma!

-Não fala bobagem, agora é tarde você mesma disse que não tem devolução e já consumou esse casamento, devo admitir que foi uma bela consumação.

E sorriu me beijando, inspirei fundo deixando ela tomar conta do meu corpo, estava entregue aquela mulher de corpo e alma...

Depois daquela manha maravilhosa que tivemos saímos do banheiro ambas enroladas em roupões e cabelos molhados, fomos em direção a cozinha, passava das 13hs e estávamos com fome...

Preparamos uma massa rápida e nos alimentamos, ela sentada em meu colo colocava comida em minha boca e lambuzava meu rosto, por diversas vezes tentei evitar, mas ela estava gostando da brincadeira e aquilo começou a me excitar involuntariamente, as consequências foram várias, acabamos no chão da cozinha nuas cheias de molho com os corpos entregue ao êxtase do momento.

Levantamos e arrumamos aquela bagunça sorrindo ainda nos provocando, acabamos tendo que tomarmos banho novamente, ela acabara primeiro e saíra do banheiro, quando terminei e saí enxugando meus cabelos, percebi que deixara um conjunto de roupas separada na cama para eu vestir, sorri devido ao carinho demonstrado, fora a primeira vez que ela fizera aquilo.

Saí do quarto a sua procura e de longe a avistei no laguinho novamente alimentando os patinhos, sorri e fiquei ali observando-a por um longo tempo, logo acabara o pão e ela retornou para o chalé, me deu um beijo e se sentou comigo na rede, a abracei forte e disse:

-Obrigada por ter separado a roupa para mim, achei muito fofo!

-De nada meu amor, se depender de mim farei tudo para cuidar de você!

Apertou minha bochecha sorrindo, agradeci aos céus por ter ganho na loteria, fui sorteada com o melhor presente que alguém poderia ter... Ficamos ali naquele grude até a tarde passar por nós e a noite chegar com chuva e um vento frio, nos fazendo recorrer ao interior do chalé enroladas em cobertores e tomando chocolate quente.

Ao contrário do que pensam, tínhamos muito o que conversarmos, acontece que vocês só nos pegaram nos momentos mais “calientes” do nosso relacionamento... Agora talvez possam nos conhecer mais a fundo... Jessy tinha um lado muito contagiante que me fazia rir horrores quando ela se soltava.

A medida que o tempo passava, fomos nos descobrindo cada vez mais, entre conversas e carinhos sendo trocado a cada momento... Ser mais feliz era possível sim, mas não ostentava tanto, não naquele momento, depois de dois dias confinadas no chalé, por dois motivos, primeiro: nossa companhia nos bastava no momento; segundo: a chuva não deu trégua um só segundo.

No terceiro dia pegamos o carro e fomos almoçar naquele restaurante fofo e familiar, lembram? Da nossa escapada romântica? Então, lá estávamos nós sendo recebidas como se fossemos da família, ali eu prometi a Jessy que a próxima vez que voltássemos ao chalé, traríamos Anna conosco, ela amaria aquele lugar.

Fomos levadas para um lugar agradável aos fundos do ambiente com músicas italianas tocando baixinho, fizemos nossos pedidos e no final de nosso almoço fomos brindadas com bombons e flores vinda com felicitações de amor e felicidade sempre... Como eles descobriam?

Boa memoria, pois na última vez que tivemos ali, comentamos que voltaríamos em nossa lua de mel, e lá estávamos nós sendo recebidas com abraços e beijos dos senhores donos do pequeno restaurante, não tinha como não amar... A briga foi na saída que eles se recusaram aceitar que pagássemos a conta, fomos contra é claro e fizemos um acordo.

Quando completássemos um ano de casadas voltaríamos para comemorar ali naquele lugar e eles não cobraria o nosso almoço, foram um tanto teimosos, mas no fim conseguimos reverter a história, pagamos a conta e voltamos para o chalé prometendo voltarmos no dia seguinte para almoçarmos.

De volta ao chalé, Jessy ligou para o Haras para saber da pequena, ligava três ou mais vezes que sentisse saudade dela, ficavam alguns minutos conversando, depois eu falava com a pequena que como havia prometido estava fazendo planos para a nossa aventura quando voltássemos, desliguei o celular ela me abraçou por trás perguntando:

-O que você e Anna tanto planejam amor?

A puxei para meu colo apertando-a em meus braços, estava com saudades daqueles lábios colados aos meus, não respondi de imediato tomando-lhe a boca com a minha sugando sua língua doce, ficamos ali nos beijando até perdermos o folego... Sorri ao perceber que seus lábios ficaram inchados, dei-lhe vários selinhos e contei sobre o plano feito com Anna antes de viajarmos.

Curtimos bastante os momentos e fizemos diversos planos para o futuro, a cada segundo que passávamos confinadas ali a saudade apertava, embora vivêssemos constantemente em lua de mel, ter alguns momentos somente para nós era complicado em casa, sempre tinha a preocupação com o trabalho, com a casa ou até mesmo com nossa pequena.

Infelizmente a nossa lua de mel estava acabando e no ultimo dia ali fizemos questão de aproveitar cada segundo, nos amando e nos entregando aos carinhos... Registramos muito do nosso passeio em fotos e filmagens rápidas, inclusive com os nossos novos amigos os quais nos receberam de braços abertos.

No mundo em que o preconceito tomava conta das pessoas, encontrar o respeito e o carinho nos braços daquelas pessoas foram uma deliciosa surpresa, não nos importávamos com as opiniões alheias, mas tomávamos conta do contato que isso tinha com a nossa filha e futuros filhos, porque nós sabíamos nos defendermos, mas eles inocentes não tinham essa defesa ainda.

O dia do retorno chegou e optamos por viajar e volta pela manhã, cansaríamos menos e poderíamos passar o restante da tarde com nossa família... Entre abraços e beijos de boas-vindas fomos recebidas, na minha família... Quero dizer, na nossa família, onde encontramos a paz e o lar verdadeiro... Enfim tudo em minha vida começara a dar certo, pelo menos no lado amoroso... E devia essa felicidade a mulher que estava ao meu lado sorrindo e abrindo os braços para me receber...

Passamos o final de semana arrumando o nosso cantinho de amor, com a ajuda de toda a nossa família que fizeram questão de deixar sua marca em nossa casa, isso é bom... Pois nos sentiríamos mais em casa quando nos mudássemos para a fazenda... Ainda não tínhamos acertado essa questão, mas muito em breve nos mudaríamos para lá...

Final de domingo chegou e terminamos a noite como sempre, rodeados de amigos e da nossa família em volta de uma fogueira, com os violões em mãos e música boa para todos ouvirem... O começo de uma nova etapa na nossa vida fora brindado em meia a alegria e amor dos nossos entes queridos.

Fim do capítulo