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Quando os dias mudam. por Luu08

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Palavras: 5822
Acessos: 1350   |  Postado em: 28/03/2017

Mariana não cansa de me surpreender.

Perspectiva - Bárbara 

 

 

- Babi! Babi! Bárbara!! – a voz da Sofia foi entrando nos meus ouvidos aos poucos. Virei meu rosto para o lado oposto de onde vinha a voz e murmurei alguma coisa qualquer. – São 09:00 horas! Acorda!

 

- Fui dormir tarde! – falei ainda de olhos fechados

- Eu também e já estou de pé! Vai almoçar na casa do seu namorado?

 

- Sim!

- Então vou almoçar fora com a mamãe, vamos comigo na praia? Necessito voltar bronzeada para esfregar na cara do Pablo o que ele está perdendo! – dei uma risada e me virei para ela

- Tá bom, mas deixa eu me arrumar com calma!

- Nem pensar, eu conheço esse truque! – bufei e sentei na cama

- Agora sim! – disse sorrindo e eu senti uma vontade imensa de dar com o travesseiro nela, como que ela já acorda com esse pique? Tem dias que eu mal lembro qual o meu nome pela manhã.  - Joga uma água para despertar e vamos!

 

Me arrumei sem pressa, ouvindo umas reclamações da minha irmã, ainda tentamos convencer minha mãe de ir com a gente, mas ela não quis dizendo estar cansada. Passamos em uma cafeteria antes da praia para tomar café e depois seguimos para a praia.

 

- Sinto falta de morar perto da praia! – Sofia disse ao pisar na areia e olhar o mar

 

- Eu também sentiria muita falta! Vem, vamos procurar um lugar!

 

Estendemos duas cangas e deitamos para pegar sol, fui me dando cada vez mais conta do quanto estava sentindo falta da minha irmã, das nossas conversas, da nossa amizade, até mesmo dos nossos desentendimentos.

 

- E a mamãe? Como ela está? – perguntou me olhando

 

- Trabalhando cada vez mais!

 

- Sabia que ela ia fazer isso!

 

- Pois é, e piora a cada dia!

 

- Você já conversou com ela sobre isso?

 

- Sim, não adianta! Ela diz que o trabalho ocupa a mente dela e faz bem!

 

- Não em excesso. Vou tentar conversar com ela depois!

 

- Talvez ela escute você!

 

- Acho que ela só ouvia ele! – ela disse sorrindo

 

- Ele faz falta, né? – falei nostálgica

 

- Muita!

 

- Você já se perguntou por que aconteceu isso com a gente? – perguntei apoiando o corpo nos cotovelos e a olhando

 

- Muitas vezes! Mais do que deveria!

 

- E achou alguma resposta?

 

- Algumas coisas não têm resposta, Babi, simplesmente acontecem! Por mais doloroso que seja, acho que dói muito mais eu remoer, ficar questionando, entende?

 

- Sim, eu comecei a pensar dessa forma também, mas é difícil!

- Eu sei que é!

 

Voltei a deitar e começamos a conversar sobre a festa à noite, tomamos uma água de coco e realmente o sol do Rio de Janeiro não estava perdoando, só saímos quando já estava perto da hora do almoço, pois eu tinha compromisso com o Diogo. Falando nele, ele me ligou e combinou de me buscar para almoçarmos juntos.

Passamos uma tarde tão gostosa juntos, namoramos, conversamos e no meio de uma de nossas conversas me lembrei de algo que ele havia me dito.

 

- Amor, o que você disse que tinha descoberto?

 

- Eu falei que tinha descoberto o quê? – perguntou franzindo a testa

 

- Sim, da Mariana!

 

- Ah, é verdade! Eu descobri que a filha do Marcelo tem preferência por mulheres! – fiquei olhando para ele por um tempo processando a informação.

 

- Como você descobriu isso? – realmente fiquei curiosa

 

- Por acaso. Meu pai encontrou com o Marcelo essa semana e parece que o Marcelo deixou escapar algo sobre uma suposta namorada dela! – disse dando ênfase à palavra namorada

 

- Como assim?

 

- Não sei muita coisa também, meu pai não quis ser invasivo e o Marcelo é tão discreto, ele não fala da vida pessoal da Mariana não.

 

- Hum... – falei pensativa

 

- Que desperdício! Uma mulher tão bonita como ela!

 

- Ai, Diogo, que comentário nada a ver!

 

- Não precisa ficar com ciúmes, loira, você sabe que só tenho olhos pra você! – disse pousando a mão direita em minha perna rapidamente

 

- Não é ciúmes, só achei um comentário maldoso! – ele me olhou rindo como se não acreditasse na resposta que dei, mas não falou mais nada.

 

Então Mariana mentiu para mim quando disse que aquela mulher não era namorada dela e me perguntei o por que de ela fazer isso, apesar da notícia me pegar de surpresa, acabei não estendendo o assunto, Diogo começou a me perguntar se eu tinha que ir mesmo na festa e eu expliquei que seria bom já que foi um convite direto do meu chefe, ele já tinha mandado até  e-mail com o endereço e dizendo que confirmou nossa presença. Voltei para casa já eram 19:00 da noite, minha mãe e Sofia conversavam na sala.

 

- Até que enfim, pensei que não ia mais à festa! – Sofia falou me olhando

 

- Bem que o Diogo não queria mesmo que eu fosse!

 

- Também acho que você não deveria ir a uma festa sem seu namorado, minha filha!

 

- Que besteira, mãe! Ela não tá casando com outra pessoa, é só uma festa de trabalho! – Sofia rebateu.

 

- Mas ela tem namorado, deveria levar ele!

 

- Ele não quis ir, mãe! – Sofia insistiu

 

- Já acabaram de falar de mim? - interrompi

 

- Sim, vamos subir, a gente tem que começar a se arrumar! – Sofia levantou e foi me puxando pelo braço até lá em cima, fui para o meu quarto e ela para o antigo dela.

 

Tomei um banho primeiro e saí enrolada na toalha, sequei meu cabelo e fiz um babyliss nas pontas dele, o jogando para o lado. Comecei a me maquiar com calma, para fazer algo bem mais chamativo do que a maquiagem do dia-a-dia, realcei meus olhos e os lábios, por fim coloquei uma saia longa preta com uma pequena abertura na lateral da perna, na saia tem uma fivela dourada na altura da barriga, uma blusa branca com preta por dentro da saia, colar, brincos e pulseiras, nos pés um salto mais baixo na cor preta. Procurei no meu armário minha bolsa de mão e coloquei meus cartões e celular dentro, passei meu perfume e me olhei mais uma vez no espelho.

 

- Nossa, tá linda, Babi! – minha irmã disse e me virei para ela que também já veio do seu quarto pronta.  Usava um vestido azul marinho de renda, um pouco acima do joelho, com uma bolsa branca de mão também.

 

- Olha quem fala, mana! Adorei o vestido! – ela deu uma voltinha e veio em minha direção, pegou o celular na bolsa dela e me puxou pela cintura para ficar de frente para o espelho.

 

- Merecemos uma foto! – ela disse já batendo várias fotos

 

- Me passa que eu vou mandar pro Dio!

 

- Tem certeza? – ela perguntou

 

- Sim, por quê? – perguntei confusa

 

- Porque se ele te ver assim,  vai ficar te ligando de cinco em cinco minutos até você voltar para casa! – eu gargalhei e dei um tapa leve em seu ombro

- Boba! Vamos? – perguntei

 

- Vamos!

 

Quando chegamos à sala escutamos vários elogios da minha mãe, depois disso fomos em direção ao carro e foi uma luta para decidir quem ia dirigir, lembra que eu detesto dirigir de salto?

 

- Se eu dirigir eu vou ter que ir lá em cima pegar uma sapatilha para colocar enquanto dirijo! – revirei os olhos.

 

- Eu também estou de salto! – Sofia reclamou, quando eu ameacei virar ela me chamou. – Tá, Bárbara me dá a chave! Só liga o GPS porque eu não lembro direito como chega nesse lugar!

 

- Eu guio!

Logo ela esqueceu a raiva por ter que dirigir e voltamos a conversar normalmente, acabou que chegamos mais rápido do que pensei. Deixamos o carro no estacionamento da casa de festas e recebemos olhares dos rapazes que estavam guardando os carros e de alguns outros convidados.

- A noite mal começou e já estou me sentindo maravilhosa! – Sofia falou baixinho no meu ouvido e eu ri

- E o Pablo?

- Não estraga minha noite, estou aqui para curtir! – no fundo eu sabia que ela não sairia com ninguém já que ainda estava com a história dela mal resolvida, mas não discuti.

Entramos e eu sentia que cada vez mais olhares paravam sobre nós, procurei alguém conhecido com os olhos e encontrei Sandro e Tainá, ambos acenaram para mim e eu me encaminhei até eles.

 

- Oi, gente! – cumprimentei os dois com beijos. – Essa é minha irmã Sofia! Sofia, esses são Sandro e Tainá, eles trabalham comigo! – os apresentei

 

- Prazer, Sofia! Vocês estão lindas! – Sandro falou e olhou descaradamente para minha irmã.

 

- Obrigada! – respondi sorrindo

 

- Obrigada e prazer, Sandro! Prazer, Tainá! – Sofia os cumprimentou com um aperto de mão.

 

O garçom passou servindo taças de bebidas e nós pegamos e engatamos uma conversa.

 

- Sandro e eu viemos de companheiro um do outro! – Tainá disse rindo

 

- Não sabia que vocês estavam se relacionando! – falei surpresa

 

- Não estamos! – Sandro se apressou em dizer e imaginei que o motivo estava ao meu lado.

 

- Ah, desculpe! – falei sem graça

 

- Mas deveriam, fazem um belo casal! – Sofia falou sorrindo simpática, e eu percebi que isso deu um banho de água fria em Sandro.

 

- Olha quem chegou! Nosso chefinho!  – Tainá falou olhando para a entrada, por instinto virei o rosto para olhar e meus olhos foram fisgados de imediato por um par de olhos verdes que já me olhavam.

 

- A Mari também veio! – Sandro falou acenando para eles

 

Eu fiquei um pouco desconcertada com a situação, não estava esperando encontrar Mariana aqui, mas pensando com mais calma é até meio óbvio que ela venha acompanhar o pai. À essa altura eu já sabia que Sofia estava atenta ao que acontecia e já tinha se ligado de quem era a pessoa que nos olhava, por isso nem ousei olhar para minha irmã, eu provavelmente revelaria minha mudança repentina de postura. Olhei novamente para o meu chefe e Mariana, mas eles conversavam com um grupo de homens, Mariana parecia extremamente entrosada na conversa. Olhei para ela e a analisei rapidamente, ela usava um macacão todo branco de calça pantalona com um decote discreto, mas que realçava seu busto, fui interrompida pela conversava do meu grupo.

 

- Em que mundo você está, Babi? – Tainá perguntou

 

- Eu faço uma ideia! – Sofia falou e apenas eu entendi a leve indireta que ela deu. Os outros dois à minha frente sorriram e tentaram disfarçar o fato de terem ficado sem entender.

 

- Do que falavam? – perguntei

 

- Sua irmã estava nos contando que se mudou para Portugal há dois anos, você nunca nos falou que tinha irmã!

 

- Nunca surgiu uma oportunidade! – falei olhando para Sofia que me sorria

 

- Devo estar mesmo desvalorizada! – falou e eles riram, e eu acabei rindo também.

 

- Boa noite! – engoli seco e demorei uns cinco segundos antes de olhar para trás para ver de onde vinha a voz.

 

- Oi, Mariana! Você está lindíssima! – Tainá falou indo em direção a Mariana e dando dois beijos em seu rosto, Mariana sorriu largamente com toda aquela pose de segurança que ela carrega e agradeceu ao elogio.

 

- Oi, Bárbara! – falou comigo, mas não se aproximou.

 

- Oi, Mariana! – falei dando um breve sorriso e meio desconcertada por estar sendo observada pelos três, mas quem mais me preocupava era Sofia.

 

- Acho que não nos conhecemos! Sou Mariana! – Mariana disse esticando a mão para minha irmã

 

- É um prazer te conhecer, Mariana! Sou Sofia, irmã da Bárbara! – Mariana pareceu surpresa com a informação e olhou para mim e Sofia.

 

- Prazer, Sofia! É impressão minha ou você tem um pouco de sotaque português? – perguntou dando um leve sorriso, Sofia deu uma risada e concordou com a cabeça.

 

- Tenho, é o convívio, moro há dois anos em Portugal!

 

- Que interessante! O que você faz por lá? – Mariana apresentava um perfil todo simpático, instantaneamente me subiu um incômodo por raras vezes ter experimentado aquela simpatia comigo.

 

- Eu sou formada em Psicologia!

 

- Psicóloga? Você não tem cara de psicóloga, não se ofenda! – Mariana disse e deu um gole na taça de champanhe.

- Tenho cara de quê? – Sofia perguntou divertida. Mariana sorriu e pareceu pensar

- De atriz, de modelo, algo que envolva estar à frente de um público!

 

- Atriz? Modelo? – Sofia perguntou surpresa

 

- Sim, pelo pouquíssimo que estamos conversando achei você expressiva, desenvolta, sempre sorrindo ao falar, seu sorriso parece seu cartão de visita! É muito bonito! – Sofia riu e me olhou

 

- Dizem que eu e Babi temos um sorriso muito parecido! – Sofia disparou, me fazendo ficar sem graça e em uma cena inédita de Mariana também ficando levemente desconcertada. Olhou para mim e depois para Sofia.

 

- Sim, é verdade! – Mariana por fim falou

 

- Tão bom ver meus funcionários reunidos em um bom papo! – meu chefe chegou e colocou uma mão sobre o ombro de Sandro que é bem mais alto.

 

- O que uma festinha não faz, né, chefe? – Sandro disse brincalhão e todos riram

 

Estávamos em um conversa descontraída, às vezes percebia uns olhares de Mariana, o que me deixava sem jeito, parecia que ela queria me dizer algo, talvez quisesse pedir desculpas novamente pelo ocorrido da sua casa.

 

- Babi, vamos ao banheiro comigo? – Sofia pediu ao meu ouvido e eu concordei com a cabeça. Pedimos licença da roda e fomos caminhando lentamente até o banheiro, recebendo olhares novamente pelo caminho.

 

- Então, essa é a famosa Mariana! – Sofia disse ao entrar no banheiro. Olhei para os lados e por sorte ele estava vazio. – Que foi? O que tem demais falar isso?

 

- Sofia, vai que alguém escuta?!

 

- E? Não falei nada demais, eu hein, Bárbara. Por que tá tão encanada com essa mulher? – perguntou cruzando os braços

 

- Não estou encanada!

 

- Não é o que parece, tá toda tensa aí!

 

- Ela estava dando em cima de você! – falei em tom acusador e até mesmo preconceituoso

 

- Não fala besteira, Bárbara! Não sabia que você era preconceituosa assim, ela fez um elogio, isso quer dizer que ela está dando em cima de mim? Aposto que se não soubesse da sexualidade dela não ia levar o elogio à mal! – fiquei sem argumento e com cara de babaca. – Mas agora eu entendi o que você quis dizer!

 

- Como assim? – voltei a encará-la

 

- O olhar dela! Ela olha no fundo dos olhos mesmo, que intensidade! – falou rindo

 

- Você é ridícula, Sofia!

 

- E você chata! Posso dar uma opinião? – perguntou

 

- Não! – respondi de imediato

 

- Mas vou dar mesmo assim! – revirei os olhos. – Ela não olha para ninguém daquela roda como olha para você! – senti um pequeno calafrio ao ouvir isso e Sofia parecia observar cada reação minha

 

- Você é realmente ridícula! – falei indo em direção ao espelho me olhar

 

- Babi, não estou dizendo que ela dá em cima de você, eu só estou dizendo que ela te olha de uma forma diferente, curiosidade, talvez? – falou pensativa

 

- Do que você está falando, Sofia? – me virei para ela e foi minha vez de cruzar os braços

 

- Não sei, mas já parou para pensar que você pode não ser a única confusa? Talvez ela não entenda as suas atitudes também, nem eu que sou sua irmã estou te reconhecendo.

 

- Que papo chato, hein? – reclamei indo em direção a porta, mas ela me segurou de leve pelo braço

 

- Mana, me responde uma coisa: você está curiosa em relação a essa mulher? – perguntou olhando nos meus olhos e tudo que eu não tinha me permitido pensar até então, invadiu meus pensamentos, e comecei a questionar a mim mesma, tudo que eu sou e a ótica de vida que eu tinha até o momento em que conheci Mariana. Fiquei tão assustada comigo mesma, que puxei meu braço da mão de Sofia e saí do banheiro sem nem ao menos responder.

Voltei para o salão ainda meio desnorteada, procurando com os olhos Sandro e Tainá, os encontrei à mesa com Mariana e vi que agora tinham mais duas pessoas, o amigo de Mariana e aquela ruiva da foto que eu vi no Facebook, senti meu desconforto aumentar e me arrependi de não ter escutado o Diogo e ficar em casa.

Assim que puxei a cadeira para sentar todos me olharam, o amigo de Mariana me analisou e olhou para ela por um breve momento. Resolvi desfazer minha cara de poucos amigos e tentar ser simpática com ele.

 

- Oi, prazer!

 

- Oi, meu bem! Nos conhecemos? – falou e pude ver um leve riso em seus lábios

 

- Acho que de vista sim, mas não fomos apresentados! – respondi sendo realmente simpática

 

- Ah, sim, perdoe a minha amiga, ela anda mais distraída do que de costume! Sou Tiago e essa é minha amiga, Lorena! – falou apontando para a ruiva que me sorriu e deu um aceno com a cabeça.

 

- Sou Bárbara!

 

- Bárbara... – ele repetiu. – Tenho a impressão de conhecer alguém com esse nome, mas não me recordo quem! – ele disse e recebeu um olhar que eu não consegui decifrar de Mariana

 

- Não é um nome muito diferente! – falei e sorri, sendo retribuída por ele

 

Minha irmã voltou e se apresentou aos novos integrantes da mesa, estávamos conversando, rindo, e minha irmã se deu tão bem com Tiago que eles não paravam de trocar informações, Sofia dada do jeito que é convidou ele e o namorado que agora eu sabia que se chamava Vitor para irem para Portugal qualquer dia.

 

- Você tem planos para hoje, Sofia? – Tiago perguntou à Sofia que dava um gole em sua bebida

 

- Hoje? Mas são 23:30 e já estamos em uma festa! – ela disse e arrancou risadas de Tiago

 

- E daí, a noite é uma criança! Clichê, mas é verdade. Meu namorado e eu vamos à uma boate, marquei com ele 00:30, mas Mariana não quer me fazer companhia, ela anda muito azeda ultimamente, foi um sacrifício tirar ela de casa ontem! – ele só parou de falar quando percebeu que Mariana o olhava séria, mas ele parecia se divertir com isso.

 

- Acho que topo! Vamos, Babi? – Sofia perguntou toda alegre para mim

 

- Não, mana! Hoje não!

 

- O namorado dela quase morreu por ela ter vindo em uma festa sem ele, imagina se ela fosse em uma boate! – ela disse e dessa vez quem a olhou sério fui eu, essa gente não cansa de falar mais do que deve?

 

- Por isso eu e Vitor fazemos tudo juntos! Não ficamos sem uma festa, música, dança! Mariana costumava ser mais participativa nessas idas!

 

- Ok, acho que já entendi o recado, você quer que eu saia mais com você! – Mariana disse sarcástica

 

- Pensei que teria que desenhar, querida! Não quer mesmo ir com a gente? – ele insistiu

 

- É, Mari, vamos! – Lorena que até então estava só observando, colocou uma mão sobre a de Mariana. Ela não tem namorada, gente? E deixa a mulher colocar a mão nela assim? Parei para pensar e talvez eu realmente estivesse sendo preconceituosa como Sofia falou, o que tinha demais a moça tocar na mão de Mariana? Observei o gesto em silêncio e senti que era analisada por Sofia. Mariana com muita educação e descrição retirou a mão que estava embaixo da de Lorena e deu um sorriso amarelo.

 

- Hoje não, já fui com vocês ontem!

 

- Deixa ela, Lore! Sofia, pode ir no carro com a gente!

 

- Já vi que vou ter que voltar de táxi! – Mariana falou rindo

 

- Não, Mariana, você pode voltar com a Babi! Ela está de carro! – quase dei uma cabeçada na minha irmã para ver se ela desmaiava e parava de falar um pouco. Mariana me olhou e esperou que eu falasse algo, mas eu não consegui, ela provavelmente entendeu meu silêncio como uma forma de dizer para ela não aceitar.

 

- Obrigada, Sofia, mas eu posso voltar com meu pai também! – Mariana respondeu educada, mas me senti sem graça com o olhar que recebi de Sofia e Tiago e falei:

 

- Não tem problema, Mariana, pode voltar comigo! Nós moramos perto, eu te dou uma carona. – ela concordou com a cabeça e sussurrou um obrigada.

 

Quando foi 00:10 Tiago, Sofia e Lorena se despediram da gente, pedi pra Sofia se cuidar e não chegar muito tarde, minha irmã apenas riu e perguntou quem era a mais velha, afinal.

 

- Você e sua irmã parecem ser muito próximas apesar da distância! – Mariana afirmou pulando uma cadeira e sentando ao meu lado

 

- Sim, muito! – respondi observando Sofia indo embora, antes de passar pela porta ela se virou e me deu tchau piscando um olho. Eu apenas ri.

 

- Você nunca havia falado dela! – Mariana me chamou de volta

 

- Acho que nunca conversamos por tanto tempo para ter chance de falar sobre! – respondi dando um gole no meu vinho branco

 

- Ela é mais velha quantos anos?

- Dois!

 

- Tirando o sorriso e o cabelo loiro, vocês não se parecem em nada! E você tem as covinhas também! – ela disse e eu a olhei, ela sustentou o olhar até eu pra variar desistir e abaixar a cabeça.

 

- Ela puxou mais à minha mãe e eu ao... meu pai. – falei depois de uma pausa. Mariana que me olhava atenta percebeu a mudança no meu tom de voz

 

- Desculpa se falei algo indiscreto! – disse abaixando a cabeça buscando meus olhos, voltei a olhá-la.

 

- Não tem problema, eu já consigo conversar sobre esse assunto um pouco melhor! – ela me esperou voltar a falar com um semblante calmo. – Nós perdemos nosso pai há quatro anos atrás em um acidente de carro! – falei desviando o olhar para um canto qualquer. Me surpreendi ao sentir a mão quente de Mariana envolver a minha por cima da mesa, olhei o gesto e aos poucos ela soltou parecendo estar surpresa consigo mesma.

 

- Eu sinto muito, Bah! Não queria tocar em um assunto indelicado num momento como esse! – seu tom voz era surpreendentemente solícito, eu não estava acostumada àquilo. – Podemos mudar de assunto se você quiser!

 

- Eu não me importo de falar sobre esse assunto, não mais, ainda sinto uma saudade que sei que jamais vai embora, mas não acho que aqui seja o local pra isso, afinal estamos em uma festa. – falei e olhei ao redor, percebendo que estávamos sozinhas na mesa, nem vi Sandro e Tainá saindo.

 

- Eu concordo! Que tal você me falar sobre sua irmã?! – disse sorrindo

 

- Gostou de Sofia, né? – perguntei erguendo uma sobrancelha e ela ficou sem jeito, parecendo ter entendido o que eu quis dizer, acho que a ofendi.

 

- Não dessa forma que você está insinuando, acha que por que sou lésbica me interesso por toda mulher que conheço? – perguntou e senti que ela estava realmente ofendida, mais que ofendida, chateada. Será que não conseguimos conversar mais do que dez minutos sem brigar?

 

- Me desculpa, Mariana!

 

- Nossa, Bárbara, as conversas que temos estão recheadas de pedidos de desculpas, vamos deixar isso para lá! Vou procurar meu pai, me lembrei que tenho que tratar um assunto com ele! – disse ameaçando levantar, mas em um impulso segurei sua mão de leve.

 

- Fica, por favor! Eu vou me sentir mal se você for, não quis te ofender! – pedi com a voz baixa, ela pareceu me analisar e respirou fundo antes de relaxar de novo na cadeira.

 

- Tudo bem, vamos mudar de assunto.

 

- Você percebeu algo na festa? – falei dando um sorriso discreto e tímido

 

- Não, o quê? – ela respondeu olhando para os lados procurando o que eu queria dizer

 

- A música! – eu falei me referindo ao Jazz que tocava nesse momento, ela deu uma risada leve e concordou

 

- Eu já tinha reparado! Gostou?

 

- Sim! Realmente combina com você! – falei e a encarei, sentindo seus olhos cravarem nos meus

 

- Nós já vamos embora, meninas! – Sandro disse aparecendo na mesa, desfizemos o contato e olhamos para eles.

 

- A gente se vê segunda, Babi, e Mari, vê se aparece por lá! – Tainá nos abraçou e foram embora

 

- A hora que você quiser ir embora, me avisa, Bah! – Mariana disse assim que eles saíram

 

- Você quer ir? – perguntei doida para ela dizer que sim, pois eu já estava querendo ir

 

- Por mim! – ela deu de ombros

 

- Então vamos! – respondi e ela riu. – O que foi?

 

- Você! Estava doida para ir embora, só estava esperando eu falar! – disse ainda rindo e ri também

 

- Claro que não, eu só concordei!

 

- Ok, ok! Só vou me despedir do meu pai!

 

- Eu vou com você, também quero dar tchau!

 

Nos despedimos de Marcelo e caminhamos para o estacionamento lado a lado, mais uma vez o rapaz que nos recebeu ficou olhando, fiquei um pouco sem jeito pois agora estava com Mariana e não Sofia.

 

- Não sabia que os funcionários eram autorizados a ter esse tipo de comportamento! – Mariana disse alto para o rapaz ouvir, ele ficou tão sem graça, e eu fiquei por ele também, Mariana sabia ser extremamente intimidadora quando queria. Ele me entregou a chave e falou um boa noite quase mudo.

 

- Ele ficou sem graça! – falei assim que entramos no carro.

 

- É bom que da próxima vez ele pensa antes de fazer! – eu ri

 

- Calma, Mariana! Relaxa!

 

- Estou relaxada! – disse revirando os olhos

 

Ao ligar o carro e passar a primeira marcha me lembrei que estava de salto e bufei

 

- O que houve? – Mariana perguntou olhando o painel do carro procurando algum sinal de problema

 

- Estou de salto! – falei começando a andar com o carro

 

- E o que que tem? – Mariana parou de falar quando sentiu o carro dando uma tremida e começou a rir de mim. Mais uma! – Você não sabe dirigir de salto?

 

- Saber eu sei, mas eu detesto, e o carro fica desse jeito que você tá vendo!

 

- Você não deve estar colocando o pé direito, o salto tá agarrando! – esse tom de voz deixava claro que ela queria rir de mim

 

- Não consigo, não adianta!

 

- Só quero chegar viva, por favor! – disse colocando o cinto

 

- Engraçadinha! Espero que esteja com o seguro de vida em dia! – falei entrando na brincadeira

 

- De repente a ideia de pegar um táxi não parece tão ruim! – eu ri alto

 

- Agora você vai ficar aqui comigo, se morrer, morre nós duas!

 

- Credo! Eu passo essa! – disse rindo

 

- Mariana, acabei de perceber uma coisa!

 

- O quê?

 

- Não sei até hoje com o que você trabalha! – ela deu um sorriso provavelmente se perguntando de onde eu tinha tirado esse assunto do nada.

 

- Eu tenho um blog, eu e o Tiago, na verdade.

 

- Blog? Sério? De quê? – perguntei curiosa

 

- Tudo! Falamos de todos os tipos de notícias que são interessantes, criamos debates, tentamos criar um senso crítico de quem tá lendo. Nossa intenção é que as pessoas comecem a despertar o hábito de pensar e ter uma opinião a partir de algo que estão conhecendo e que elas não apenas reproduzam o que escutam de terceiros, entende?

 

- Que legal! Que diferente do que pensei!

 

- E o que você pensou?

 

- Eu acho que tinha uma imagem de você coordenando várias pessoas, tendo uma equipe gigante, indo à reuniões  o tempo todo!

 

- Às vezes você dá a entender que eu sou uma pessoa bem diferente de como eu mesma me enxergo!

 

- Talvez seja a imagem que você me passa! – parei em um sinal e a olhei, ela me olhou de volta.

 

- A primeira impressão é a que fica? – ela perguntou e eu voltei a andar com o carro

 

- Acho que depende da situação, geralmente sim, mas acho que dá pra mudar as vezes.

 

- Será que consigo mudar? – ela perguntou e eu fiquei um tempo calada.

 

- Isso depende de você!

 

- E do quanto você está aberta a me conhecer!

 

- Por que não estaria?

 

- Não sei, Bárbara! Você também não é a pessoa mais fácil de entender!

 

Liguei o rádio do carro que estava com o meu pen drive conectado e começou a tocar John Mayer. Cantei baixinho, acompanhando a música e me sentindo observada pela mulher ao meu lado, mas resolvi sustentar minha postura, fingi que não percebia seu olhar e continuei cantando. Próximo ao fim da terceira música eu cheguei ao seu prédio.

 

- Está entregue! – falei dando um sorriso sincero, Mariana continuou séria, olhando meu sorriso, senti minha firmeza indo embora e um medo diferente me invadir.

 

- Bárbara... – Mariana começou a falar, mas parou. Senti meu coração disparar e xinguei mentalmente meu corpo por ter reações que estavam me assustando tanto. Eu senti a respiração da Mariana um pouco mais pesada e seus olhos ainda estavam me olhando, eu via curiosidade, mas dessa vez, pela primeira vez eu consegui ver tão claramente o desejo neles. Ela passou a língua nos lábios lentamente e eu inevitavelmente acompanhei o gesto, quando menos percebi sua mão direita levantou e fez um caminho da onde seria minha covinha no rosto até meu pescoço, ela fazia carinho no meu pescoço e eu sentia minha pele querendo queimar, meu rosto devia estar vermelho, eu estava sem jeito pela situação, mas algo além de mim me prendia, parecia que tinham me hipnotizado e eu não era capaz de mover meu corpo e parar o que acontecia. Meu silêncio permaneceu e Mariana com a mão esquerda soltou seu cinto, quando se viu livre dele, prendeu suavemente meu pescoço entre suas duas mãos, os seus carinhos não paravam, as minhas reações não paravam, o seu rosto foi ficando cada vez mais perto de mim, ela chegou tão perto que eu era capaz de sentir a respiração no meu rosto, surtei internamente pensando que ela ia me beijar, mas quando centímetros nos separavam ela desceu a boca passando a língua devagar no meu pescoço, começou a beijar meu pescoço e sua mão parou na minha nuca puxando de leve meus cabelos, me arrepiando, eu comecei a respirar mais descompassado, sentia sua boca morder meu pescoço de maneira leve e firme, ela parecia estar descobrindo as minhas reações. Subiu a boca beijando meu pescoço, rosto, e falou sussurrando no meu ouvido:

 

- Eu quero você, Bárbara! – senti meu corpo travar e prendi a respiração sem perceber quando a voz rouca chegou ao meu ouvido.

 

Estava tão concentrada, tão avessa ao mundo que dei um pulo no banco, quase bati com a cabeça no teto do carro quando meu celular tocou. Mariana parecia meio desnorteada, peguei minha bolsa no banco de trás e com a mão meio trêmula peguei o celular, era um número desconhecido:

 

- Alô? Alô? – eu não conseguia ouvir direito

 

- Babi? Sou eu, Sofia! Meu celular descarregou, estou ligando do celular do Tiago!

 

- Oi, Sofia! – falei passando a mão no cabelo e olhei rápido para Mariana que olhava para frente pensativa

 

- Fiquei preocupada, você não avisou que chegou! Já tá em casa?

 

- Ainda não, estava deixando a Mariana em casa! Vou para casa agora!

 

- Na Mariana? Ah... Tudo bem! Cuidado! Beijos, te amo.

 

- Também! Beijos. – eu parecia um robô

 

Desliguei a ligação e joguei meu celular na bolsa de novo, eu suspirei e atraí a atenção da Mariana.

 

- Bárbara, olha...

 

- Não, Mariana! Não fala nada, eu só vou pedir para que isso não se repita! Eu tenho namorado, não sou lésbica, me desculpa se eu dei a entender algo diferente, não foi a intenção. – falei e voltei a olhar pra frente, nem a deixei falar. – Agora eu realmente preciso ir! Boa noite!

 

- Boa noite, Bárbara! – ela disse e saiu do carro.

 

 

Arranquei com o carro assim que ela bateu a porta, estava desesperada para chegar em casa, tomar um banho para ver se tirava essas sensações que me assombravam de mim, sentia que não era dona do meu corpo, me sentia invadida por sentimentos intensos , sentia minhas mãos trêmulas e minha cabeça girando, avancei alguns semáforos, mas cheguei em casa e fui direto pro chuveiro. Quando eu toquei meu pescoço senti meu corpo sair do meu controle novamente, sentia que precisava extravasar algo que eu nem sabia o que era. Justo agora que eu precisava de Sofia, ela não estava aqui. 

Fim do capítulo

Notas finais:

E vocês, o que acharam da atitude da Mariana? 

Quero opiniões rs. 

Beijos! Até o próximo! 


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Comentários para 13 - Mariana não cansa de me surpreender. :
Dessinha
Dessinha

Em: 30/03/2017

Gosto muito de ler essas descobertas da Barbara e da Mariana, sao duas lindas. Olha, eu nunca comentei antes mas estou sempre aqui, passo pra ler seu texto na maior correria e nao escrevo nada, vou me.policiar quanto a isso. Muito boa sua estoria, querida. Muito mesmo. A Mariana.acho que que.perdeu o controle de si agora, quero ver.como vai resolver isso e a Barbara? Gente do ceu... uma.tentacao... Enfim, cenas dos proximos capitulos. Linda autora,.desejo tudo de bom pra voce,.sucesso saude e paz!! Ah, e mais texto.. ansiosa ao extremo ja. Beijaço!! 

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JulianaS
JulianaS

Em: 28/03/2017

Que bom que você está de volta!

Para quem não consegue perceber essa inquietação no ínicio, é tão difícil lidar com o desconhecido.. Saber que supostamente deveria ser hetero e não entender esses sentimentos que não estão claros!! Ai, ai... mas ao mesmo tempo é gostoso descobrir como as coisas depois de um tempo fazem sentido e não era fácil perceber até conhecer alguém..

 

Mto boa sua escrita!! Aguardando os próximos capítulos...

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Rita
Rita

Em: 28/03/2017

No Review

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