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O caminho da felicidade por stela_silva

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Palavras: 7080
Acessos: 4142   |  Postado em: 22/03/2017

Capítulo 54

Capítulo 55

 

Luiza tomava café pensativa. Lembrava de quando conheceu Rebecca, o quanto a menina era doce. Mas agora tudo era diferente, o tempo havia passado e mudado por completo a doce ruivinha. Não sabia se conseguiria ficar com essa nova Rebecca e isso a deixava angustiada. Luiza não conseguia enxergar a menina pela qual era apaixonada. A verdade era que a médica estava completamente confusa. 

 

Érika entrou na cozinha e estranhou o jeito da prima. 

 

-- Tá tudo bem, Luiza? - perguntou preocupada.

 

Luiza percebeu a presença da loira e a encarou. 

 

-- Não muito, mas acho que uma hora melhora. 

 

-- Foi tão ruim assim? 

 

-- Foi péssimo - disse triste -  Eu não reconheci a Rebecca... É tão... Nem tenho palavras.

 

-- O que exatamente aconteceu? - perguntou sentando de frente para a jovem. 

 

Luiza suspirou e contou tudo que aconteceu na noite anterior. Estava nervosa e triste. Mordia os lábios sem saber o que fazer. 

 

Érika ficou um tempo pensativa. 

 

-- Acho que agora tudo depende da Rebecca. 

 

-- Você acha? 

 

-- Você  vai querer ficar com essa mulher arrogante? - perguntou séria. 

 

Luiza abaixou a cabeça. 

 

-- Não! - disse sem hesitar. 

 

-- Então... - bebeu um pouco de café - Ela sabe disso.

 

-- A Rebecca sempre foi tão doce - disse triste. 

 

-- As pessoas mudam, Luiza. Você não precisa se sentir culpada, ninguém morre por amor não correspondido, bem... Algumas até morrem, mas essas são fracas... Eu sou a prova viva disso. 

 

Luiza fez uma careta engraçada, pois sabia que Érika falava do amor que sentia por ela. 

 

-- Isso ajuda a aprender - Érika percebeu que Luiza havia ficado sem graça -  A Rebecca sempre foi rica e criada nesse mundo onde eles se acham superiores, talvez esse lado só tenha aflorado agora. Não a procure... Deixa ela entender que não pode ter tudo... A Rebecca precisa deixar de ser mimada e entender que não se compra tudo com o dinheiro... Pode ter certeza que ela vai deixar de ser tão idiota. 

 

-- Eu espero que você tenha razão. Vai procurar a Bia? 

 

-- Sim, mas não agora. Eu não gosto de adiar as coisas, mas preciso de um pouco de tempo - disse séria. 

 

-- Vai fazer o que agora? 

 

-- Sei lá... Acho que vou no shopping distrair a mente. Por quê? 

 

-- Posso ir com você, também tô precisando de distração.

 

Érika apertou os olhos. 

 

-- Ok, você pode. Vou me arrumar e não demora. 

 

-- Certo! - Luiza disse um pouco mais animada. 

 

Não demorou para as duas estarem a caminho do shopping. 

 

********

 

Victoria acordou primeiro que Carol e ficou admirando a baixinha por muito tempo.

 

" Tão linda... Eu te amo tanto... Não consigo acreditar que estamos juntas... Sinto uma felicidade indescritível... Você é chata, mas é perfeita"

 

Vick precisava ir no banheiro, não queria acordar a baixinha, mas precisava de suas muletas. Tentou acordá-la com vários beijinhos, mas Carol tinha o sono pesado. Vick começou a sacudi-la, mas menina nem se mexia. Cansada, a pediatra começou a dar leves tapinhas no rosto da baixinha. 

 

-- Carol... - disse baixo e dando os tapas - CAROL! - Gritou. 

 

A baixinha levantou assustada e toda descabelada.

 

-- O que aconteceu?! - falou perdida. 

 

-- Desculpa, eu não queria te assustar. 

 

-- Aiii - resmungou pondo a mão no rosto - Isso é jeito de me acordar? Cadê tua sensibilidade? 

 

-- Eu tentei te acordar com beijos, mas você dorme mais que um panda. Eu tive que gritar. 

 

-- Sei... 

 

-- Será que você pode pegar minhas muletas... Eu preciso ir no banheiro - disse tímida. 

 

-- Ah claro - disse andando em direção as muletas e as pegando - Tá tudo bem, meu amor? - perguntou preocupada. 

 

Vick sorriu boba. 

 

-- Eu nunca estive melhor como estou nesse momento. 

 

Carol se sentou ao seu lado e tocou em seu rosto. 

 

-- Eu também nunca estive melhor - deu um leve beijo na jovem - Melhor você ir logo no banheiro - disse sorrindo. 

 

Victoria concordou e seguiu em direção ao banheiro. Carol foi ver o que tinha para o café. Percebeu que não havia ninguém em casa, além dela e Vick, por sorte haviam deixado todo o café pronto. Sentou-se e ficou esperando por Vick, que não demorou a aparecer. 

 

-- Ué... Cadê as meninas? 

 

-- Sei lá... Tava vazio quando cheguei aqui. 

 

-- Estranho - disse se sentando. 

 

-- Vai falar com a Bia hoje?

 

-- Vou sim, essa garota tá terrível, você vai falar com a Rebecca né? 

 

-- Sim... Essa ruiva tá precisando de um sermão - disse fazendo cara de brava. 

 

-- E você acha que ela vai te escutar? 

 

-- Se ela ama a Luiza... Ela vai escutar sim. 

 

-- Vai quando? 

 

-- Não sei, hoje tenho que ir no jornal - fez careta - Acho que amanhã dá. 

 

-- Enquanto isso eu aproveito pra falar com a Bia. 

 

-- O Jonas vem me pegar... E a gente te leva na casa da Bia. 

 

-- Isso é bom. 

 

-- Vamos sair a noite? - disse sorrindo. 

 

Vick a encarou desconfiada. 

 

-- Toda vez que você inventa de sair é algo proibido. 

 

-- Relaxa, Vivi... Desse vez é tudo tranquilo. 

 

-- Sei não... 

 

-- Por favor... - fez cara de dengo. 

 

-- Ai... Tá bom, Carol. 

 

-- Owt... Sua linda! - falou levantando e beijando a jovem. 

 

******

 

-- Qual a graça de ficar observando essas vitrines? 

 

-- É como uma terapia - Érika falou analisando o vestido que estava no manequim.

 

-- Isso me deixa entediada.

 

Érika virou-se para encará-la. 

 

-- Você não é acostumada, Luiza - disse caminhando - Vem comigo. 

 

Luiza a seguiu sem protestar. As duas pararam em frente à uma livraria.

 

-- Prontinho... Um dos seus lugares favoritos - Érika falou apontando para a loja. 

 

Luiza sorriu. 

 

-- Agora sim! - disse animada. 

 

As jovens ficaram um longo tempo na livraria. Érika comprou dois livros e Luiza três. 

 

-- Érika, vamos no cinema? - disse animada. 

 

A loira fez uma careta. 

 

-- Ah não... Isso é tão sem graça. 

 

-- Deixa de ser chata... Vai ser divertido! 

 

-- Nós podemos fazer isso em casa... Para mim isso é apenas desperdício - disse teimosa. 

 

Luiza revirou os olhos. 

 

-- Érika você devia relaxar as vezes... Vem... 

 

Luiza segurou a mão da loira e a puxou em direção ao cinema. Ficaram um tempo olhando os filmes que estavam em cartaz. 

 

-- Que tal esse? 

 

-- Romance.... Eca! 

 

-- E esse? 

 

-- Terror está a minha vida! - disse chata. 

 

-- Você é difícil hein. 

 

-- Não imagina o quanto. 

 

-- Vamos assistir uma animação então. 

 

-- Desenho? - disse torcendo os lábios. 

 

-- Sim! Vou comprar os ingressos!

 

Luiza não esperou a loira falar nada e se enfiou na fila que estava pequena. Érika ficou sentada em um banco a observando. 

 

No início do filme, a loira fez várias caretas, mas acabou gostando. Até sorriu algumas vezes. Conseguiu relaxar e esquecer por um tempo de seus problemas. Luiza também se distraiu e conseguiu se divertir. Ficava rindo da cara da prima. Érika querendo permanecer séria era hilária. 

 

O filme terminou e as duas estavam saindo. 

 

-- Gostou? - Luiza perguntou a analisando. 

 

-- Confesso que foi divertido - sorriu levemente. 

 

-- Que bom que você gostou Érika. 

 

-- Vamos comer alguma coisa? 

 

-- Claro! 

 

Foram para a praça de alimentação e compraram lanches e suco natural. 

 

-- Luiza... Você já pensou em ficar com outras pessoas? 

 

-- Acho que sempre fui muito obcecada em reconquistar a  Rebecca e nunca olhei ao meu redor. 

 

-- Mas você ficaria? 

 

-- Não sei, Érika... Eu amo a Rebecca. 

 

-- Sim, mas você não está morta... Seu erro durante todos esses anos foi ficar se culpando e esquecendo de viver sua vida. 

 

-- É complicado. 

 

-- Você é que complicou as coisas. 

 

-- Você acha que se eu ficasse com outras pessoas iria resolver alguma coisa? 

 

-- Não sei, Luiza... Mas você nunca nem ao menos tentou. 

 

-- Você sabe como eu sou. 

 

-- Sim... Eu sei... Você é do tipo que acredita que nós amamos apenas uma vez na vida e acabou se tornando escrava desse amor. 

 

Luiza ficou em silêncio, não tinha muita o que falar. 

 

-- Luiza... Eu acreditava que nunca fosse te esquecer. Você foi meu primeiro amor... - era a primeira vez que a loira falava sobre seus sentimentos - A verdade é que você sempre vai ser especial na minha vida, mas algo que ficou para trás. Com você tudo foi mais intenso, porque tudo era desconhecido para mim, eram sentimentos novos... Eu sofri sim, não nego.... É horrível não ser correspondida... Mas isso não é o fim do mundo. Passei anos não permitindo que ninguém quebrasse o bloqueio que eu coloquei em minha volta... Até conhecer a Bia... Ela derrubou tudo... Com ela é tão fácil sorrir... Foi difícil admitir que eu a amava, mas negar se tornou algo impossível... Eu amo a Beatriz... Ela é complicada, mas eu a amo... Só quero que tudo fique bem... Que ela melhore, não para mim, Mas principalmente por ela...  Porque eu não quero ser obrigada a desistir do amor novamente. 

 

Era a primeira vez que Luiza estava vendo Érika demonstrar tão abertamente os seus sentimentos. 

 

-- Eu tenho certeza que a Bia vai abrir os olhos, Érika... Ela pode ser louca, mas não é burra. 

 

-- Eu espero sinceramente que você tenha razão. 

 

-- Eu tenho! Pode apostar! 

 

-- O que eu quero dizer é que talvez você devesse se permitir com outras pessoas. Claro, se não der certo com a Rebecca. O importante é não desistir - falou sorrindo levemente. 

 

-- Uau! Como você mudou, Érika. 

 

-- As pessoas amadurecem, Luiza... Bom, pelo menos a maioria sim – disse divertida. 

 

-- Gostei dos seus conselhos, Érika.

 

-- Estou apenas tentando ajudar. 

 

As duas ficaram conversando por mais um tempo e depois decidiram voltar para a casa. 

 

********

 

Carol deixou Vick em frente à casa de Beatriz. Jonas começou a buzinar e Bia saiu com a cara toda amassada. 

 

-- Parem com esse barulho! - Gritou. 

 

-- Fala cachimbeira! - Carol gritou de dentro do carro. 

 

-- Vai tomar no cu! -  Bia continuo gritando.

 

-- Parem as duas! - Vick disse alto - Bia vem me ajudar. 

 

Bia fez uma careta e aproximou-se abrindo a porta do carro e ajudando Victoria com as muletas. 

 

-- Cuida dela direitinho hein - Carol avisou séria. 

 

-- Pode deixar nanica. 

 

A baixinha mostrou a língua, fazendo Bia rir. Jonas deu a partida e os dois seguiram para o jornal.

 

Bia ajudou Vick a entrar em sua casa e a médica observou todo o local, estava uma bagunça enorme.

 

-- Está tudo bem, Vick? - Bia perguntou preocupada. 

 

-- Estou melhorando a cada dia... Sinto minhas pernas cada vez mais fortes - disse se sentando no sofá. 

 

-- Sente dor? 

 

-- Sim, Bia... Mas é normal por causa do esforço que eu faço na fisioterapia, mas enfim... Não vim aqui para falar de mim. 

 

Beatriz fez uma careta imaginando o que estava por vim. 

 

-- Senta aqui - Vick disse batendo no sofá ao seu lado. 

 

A jovem sentou-se sem muita vontade. 

 

-- O que aconteceu aqui? Parece que um furacão saiu derrubando tudo - falou observando em volta. 

 

-- Eu dei uma festa - disse fazendo careta. 

 

-- Você o que?! - elevou a voz. 

 

-- A gente só queria comemorar por causa do sucesso do show. 

 

-- Você avisou a Érika? 

 

-- Eu acabei esquecendo - disse hesitante. 

 

-- Mas que droga hein... Você sabe que a Érika odeia isso... Que não gosta que você se envolva com esse tipo de pessoas, mas sempre te respeita, no entanto, pra tudo tem um limite, Beatriz! 

 

-- Eu sei... Não estava planejado que as coisas passassem dos limites, mas o povo acabou se "exercendo" um pouco. 

 

-- Excedendo, Beatriz! Isso é um absurdo, você já se olhou no espelho? Já reparou em como está a sua casa? A casa que você divide com a mulher que diz amar? - Victoria estava sendo dura. 

 

-- Eu... Eu... 

 

-- Chega de passar a mão na sua cabeça, Bia! Você não é mais uma adolescente... Tá na hora de crescer né. 

 

-- Mas eu não tô morta né, Vick - se defendeu. 

 

-- Se coloca no lugar da Érika um pouco. Olha como você estar! Olha essa casa! Acha que a Érika vai querer viver assim? 

 

-- Isso não vai acontecer de novo... - disse de cabeça baixa. 

 

-- Realmente... Se você não quer perder a Érika... É bom que isso não aconteça novamente. Bia... Essas pessoas que dizem ser suas "amigas"... Essas pessoas não valem a pena... Reflita sobre isso... Chega de bebidas e noitadas! Chega de maconha! Chega disso... Seja madura... Sei que você é muito mais que essa jovem maluca e a Érika também sabe disso, por isso ela está com você. 

 

-- É tão difícil mudar, Vick... - disse lagrimando. 

 

-- Mas você precisa tentar... Você precisa ser forte! Algumas coisas não são fáceis, mas o importante é não desistir... Olha pra mim, Bia! E como se eu tivesse ganhado uma segunda chance... Embora tenha sido e ainda é difícil... Eu não desistir... Não fiquei frustrada, pelo contrário, eu renasci... Sou muito feliz por isso... Eu dou valor a tudo que conquistei e todos em minha volta... Você também preciso dar valor a isso na sua vida. 

 

-- Você é tão forte, Vick. 

 

-- E você também é, Bia! Para de se fazer de coitada, reaja!

 

-- A Érika não vai mais me querer depois de ontem.

 

-- Você só vai saber se tentar. 

 

-- É difícil... 

 

-- Mas não impossível! 

 

-- Cara... Você sempre tem a resposta certa, credo.

 

Victoria sorriu. 

 

-- Sou prática. 

 

-- Põe prática nisso. 

 

Vick segurou a mão de Bia entre as suas e apertou. 

 

-- Não faça isso pela Érika... Faça por você mesma. Procure sempre o melhor para ti. 

 

-- Obrigada por todos esses conselhos, Vick - disse a abraçando - Você é muito especial. 

 

-- Você também é, Bia... Só precisa ter um pouco mais de juízo. 

 

-- E por onde eu começo? - perguntou perdida. 

 

-- Que tal arrumando essa casa? 

 

Bia fez uma careta. 

 

-- Ok - falou levantando - Vamos pôr a mão na massa! 

 

-- Eu te ajudo no que eu puder. 

 

-- Vai me ajudar com pensamentos positivos pelo visto. 

 

Victoria riu.

 

-- E não reclama – disse divertida.

 

Bia arrumou toda a casa e ficou esgotada. Vick passou a tarde toda com a jovem. As duas conversaram bastante e Bia estava decidida em ser uma pessoa melhor, sabia que poderia contar com a ajuda de suas amigas, as verdadeiras amigas.

 

********

 

Carol ligou para Luiza e disse para a irmã ir pegar Vick na casa de Bia. Luiza concordou e foi pegá-la, não falou muito com Bia, mas disse algumas coisas, ela e Érika tinham plantão a noite, por isso não podia demorar. 

 

Luiza deixou Victoria em casa e foi se arrumar. Não demorou para a pediatra ficar sozinha a espera de Carol. Ficou triste em ver as primas saindo para trabalhar e ela não poder fazer o mesmo. Sentia falta da adrenalina gostosa de ser médica. 

 

Não demorou para Carol chegar. A baixinha correu para abraçar a amada. 

 

-- Tava morrendo de saudade de você, meu doce de morango - disse carinhosa. 

 

-- Estou me sentindo importante nesse momento, até com doce de morango já estou sendo comparada - disse divertida. 

 

-- Mas é pra se sentir importante mesmo. 

 

-- Também estava com saudades - disse docemente. 

 

-- Vamos se arrumar... Nós têm que sair - disse animada. 

 

-- Sério, Carol? - falou apertando os olhos. 

 

-- Sim, esqueceu? 

 

-- Não... É tudo certinho né? 

 

-- Claro, meu amor - disse beijando levemente os lábios da jovem. 

 

Vick sorriu e ambas foram se arrumar. Carol mandou chamar um táxi, pois não sabia dirigir e Vick não estava em condições. 

 

Vick ficou o caminho todo curiosa para saber para onde estava sendo levada. Perguntou algumas vezes, mas Carol não falava. Quando menos esperou estavam entrando pelo portão de uma enorme mansão. Victoria ficou pasma e sem fala. 

 

Carol pagou o taxista e ajudou Vick a descer. A baixinha pegou a chave que estava em sua jaqueta e abriu a porta da casa. 

 

-- Vem, amor... - disse segurando Vick pela cintura. 

 

-- Carol... De quem é essa casa? 

 

-- De um amigo - disse tranquila. 

 

A baixinha conduzia Vick para o fundo da casa, onde tinha uma enorme piscina e uma mesa montada para uma ocasião especial. Victoria ficou cada vez mais surpresa. 

 

-- Vick... Eu não entrei aqui clandestinamente se você quer saber... Eu conheço o dono... Eu pedi e ele deixou... Bem que eu queria ter pulado o muro, mas você não tá podendo no momento - disse divertida.

 

-- E eu não faria de qualquer jeito. 

 

-- Claro que faria. Você adora uma aventura também. 

 

-- Eu cresci, Carol. 

 

-- Tô vendo... Você tá ficando pesada hein. 

 

-- Idiota! - disse sorrindo. 

 

Carol ajudou Vick a senta-se e sentou de frente para ela. 

 

-- Eu queria te dizer que esse é o primeiro jantar de muitos que ainda vamos dividir... Mas eu queria fazer do primeiro especial... Nada exuberante, mas fiz com carinho. 

 

-- Eu amei tudo isso, meu amor - disse observando - Não imaginei que você fosse fazer isso. 

 

Tudo estava no clima de romance. 

 

-- E eu nunca fiz isso e nem imaginava... Mas como é você... Tinha que ser especial. 

 

Vick sorriu. 

 

-- Como pode ser tão perfeita... 

 

-- É fácil quando se trata de mim - disse se achando. 

 

-- Ah tá... Sua boba. 

 

-- Vamos comer porque eu tô faminta... Nossa prato especial será... Tarã... - disse tirando a tampa - Macarronada. 

 

-- Aii que delícia! 

 

-- Fiz tudo com as minhas mãozinhas - falou fazendo gestos com as mãos. 

 

-- Sei... E a fada do dente existe - disse irônica. 

 

-- Deixa eu me gabar, garota! 

 

Victoria riu da cara da baixinha. 

 

-- Ok, vou fingir que acredito. 

 

As jovens jantaram em meio a uma conversa descontraída. Assunto nunca faltou para essas duas. Depois que terminaram de comer, Carol sentou ao lado de Vick e segurou em sua mão a encaixando perfeitamente na sua. As duas ficaram um longo tempo olhando as estrelas, a noite estava linda. 

 

-- Sempre sonhei em ficar assim com você - Vick sussurrou encantada. 

 

-- Você pode não acreditar... Mas eu também sonhava com isso. 

 

-- É tudo tão perfeito quando você está do meu lado. 

 

-- Lembra quando você ficava horas me contando histórias no hospital? 

 

-- Como esquecer... O ruim era quando eu tinha que ir embora.

 

-- Às vezes eu estava tão mal... Mas era só você aparecer que eu me sentia melhor... Meu coração se enchia de felicidade... Você é como um sopro de vida, Vivi... 

 

-- Eu vivia angustiada... Tinha medo de te perder... Chorei tantas vezes... Eu queria ficar o máximo de tempo com você... Meu sentimento ficou muito perceptível naquela época. Minha mãe percebeu, a Luiza, Bia e até mesmo a Julia que chegou a me encurralar uma vez. 

 

-- Nossa, sério? - Carol perguntou surpresa. 

 

-- Sim... - disse com um sorriso leve - Mas naquele tempo eu neguei, falei que ela tava louca, mas a Julia não era besta. Ela só me avisou pra ficar longe de você... Mas eu não a ouvi em nada... Era impossível me imaginar longe de você... Ela desistiu e a Bia deu um puxão de orelha nela. 

 

-- Eu não imaginava que isso tivesse acontecido - falou sincera - A Lia me acusou muitas vezes de ser apaixonada por você... Eu evitava pensar nisso... Mas eu sabia que no fundo ela tinha razão... Me angustiava imaginar que você estaria com outra pessoa... Nossa, era horrível. 

 

-- Como a gente foi boba. 

 

-- Verdade – Carol concordou.

 

-- Mas tudo acontece no momento certo... E o nosso momento é agora - disse carinhosa. 

 

-- Sim, meu amor... - Carol disse ficando de joelhos em frente à jovem e segurando suas mãos - Demorou, mas estamos aqui... Juntas! Eu nunca me senti tão feliz, Vivi... Você é o motivo de tudo, aliás, você sempre foi o motivo de tudo... Desde que éramos pirralhas... Você era o meu motivo e eu o seu... Demoramos, eu sei... Mas talvez esse tempo tenha sido necessário... Agora somos maduras.... Nem tanto assim né, mas eu tento -  sorriu - Ainda temos uma vida inteira pela frente... Sei que nem sempre será perfeito... Mas tudo será inesquecível... Eu só quero aproveitar os momentos ao seu lado e que esses sejam eternos... - Carol tirou uma caixinha do bolso - Bom... Eu comprei há algum tempo, mas eu nunca senti que era o momento certo para te dar... Mas agora... Agora eu sei que esse momento finalmente chegou... É pra você, amor - entregou a caixinha. 

 

Victoria estava  tremendo de emoção. Algumas lágrimas insistiam em descer. Abriu a caixinha com certa dificuldade e sorriu ao ver o anel. Pegou com carinho e leu o que estava escrito. 

 

" Eu + vc = morango e chocolate"

 

Vick riu. 

 

-- Morango e chocolate? 

 

-- Claro, sempre fica uma delícia... A mistura perfeita! - falou piscando. 

 

-- Você não existe mesmo. 

 

-- Vivi... - ainda permanecia de joelhos. 

 

-- Oi, amor. 

 

-- Quer ser meu morango pra sempre? 

 

-- Só se você aceitar ser meu chocolate. 

 

-- Bom, vou precisar ficar no sol alguns dias, mas obviamente que eu aceito.

 

-- Palhaça. 

 

-- Agora sério... Vivi... Você quer namorar comigo? - disse sem graça, mas carinhosa. 

 

Victoria ficou surpresa. 

 

-- Eu... Éeeee... E... Eu... É... 

 

-- Vamos, Vivi... Tô começando a sentir os joelhos - fez careta. 

 

Vick suspirou e tentou se acalmar. 

 

-- É tudo que eu sempre desejei na minha vida... De todos os meus sonhos... Você sempre foi aquele que eu mais quis realizar... Eu amo você, Carol... É claro que eu aceito! Sim! Simmmmm! 

 

Vick a puxou pela nuca e a beijou com desejo. 

 

-- Não acredito que é real! - disse tocando no rosto da baixinha. 

 

-- É muita real, amor... Estamos aqui, juntas, namorando e felizes! 

 

Ficaram nesse clima fofo por muito tempo. Trocaram muitos beijos. Não queriam se desgrudar. Carol teve a ideia de dançar com Victoria, que no início não queria mais acabou sendo convencida como sempre. As duas se moviam bem devagar.

 

-- Vivi... 

 

-- Hmmm... 

 

-- Que tal você fazer um pouco de fisioterapia. 

 

-- Como assim? 

 

Vick nem teve tempo de pensar. Carol a empurrou e a jovem caiu na piscina, a baixinha mergulhou logo em seguida e a segurou pela cintura. 

 

-- Sua idiota! Que me matar? - Vick falou dando tapinhas no ombro da baixinha. 

 

-- Relaxa, amor... A piscina é rasa... Sei que você tem mais força nas pernas dentro da água. 

 

-- Sua louca! - disse com um bico. 

 

-- Ohh, mas ela é tão bravinha - disse beijando o pescoço da jovem que se arrepiou toda. 

 

-- Chata - Vick falou sorrindo e entrelaçou os braços ao redor do pescoço de Carol -  Tá frio né. 

 

-- Sim, amor... Vou te esquentar um pouco. 

 

Carol a  beijou com vontade, deixando Vick mole e aquecida. Um beijo maravilhoso e cheio de desejo. Ficaram um longo tempo se beijando e se aproveitando. Não queriam se desgrudar. Estavam aproveitando ao máximo esses momentos. Tudo era inédito para ambas, só queriam viver intensamente esse amor que por anos foi reprimido, sem medo e sem receios,  e era isso que pretendiam fazer daqui para frente. 

 

***********

 

Rebecca observava distraidamente pela janela do seu enorme escritório, as pessoas passando pela rua, o trânsito da cidade. A ruiva estava aérea, fazia dois dias que não falava com Luiza e aquilo a estava sufocando. Não conseguia se concentrar no trabalho. Ainda lembrava sempre das palavras de Luiza, sabia que no fundo havia uma grande verdade nelas. Rebecca precisava mudar, principalmente com sua única filha. Estava ciente que não era aquele tipo de pessoa... Mesquinha, como Luiza tinha dito. Estava tão distraída que custou a percebe que o telefone tocava, atendeu no automático.

 

-- Oi Marina.

 

-- Senhorita Rebecca - disse a secretária tensa - Tem uma moça aqui, querendo falar com a senhorita.

 

O coração de Rebecca encheu-se de esperança.

 

-- Quem é? - perguntou na expectativa.

 

-- Ela disse apenas que se chama Carol.

 

"Carol?"  Rebecca pensou.

 

-- Deixe-a entrar.

 

Demorou alguns segundos e Carol entrou no escritório da ruiva com um lindo sorriso no rosto.

 

-- Bom dia ruiva poderosa! - disse feliz e abraçando a empresária. Rebecca sorriu, tinha saudade da baixinha.

 

-- Bom dia, Carol! - Rebecca correspondeu ao abraço e depois se afastaram.

 

Carol se sentou em uma das cadeiras de frente para a ruiva, que também havia sentado em sua cadeira. As duas ficaram se encarando por alguns segundos.

 

-- Aconteceu alguma coisa, Carol?

 

-- Não... Só queria conversar com você. Como você tá?

 

-- Estou indo... - a ruiva não conseguiu disfarçar a tristeza.

 

Carol fez sinal negativo com a cabeça.

 

-- Nós somos tão complicadas.

 

Rebecca sorriu.

 

-- Sim... E você, tudo bem?

 

-- Tudo ótimo! Maravilhoso! 

 

-- Vejo que alguém está bastante feliz - disse a ruiva com um sorriso no rosto.

 

-- Sim! Estou super feliz... Eu e a Vick finalmente nos entendemos.

 

Rebecca não escondeu a surpresa.

 

-- Uau! Finalmente hein – disse sorrindo sincera.

 

-- Sim!!! - Carol tinha um sorriso bobo - Mas eu não vim aqui pra falar disso... A Luiza me contou o que rolou entre vocês duas... Que tenso isso.

 

A ruiva abaixou a cabeça e suspirou profundamente.

 

-- Muito tenso... Eu nem sei o que falar. Estou bastante arrependida - falou sincera.

 

-- Está arrependida pelo o que exatamente? - Carol estava estudando a jovem.

 

-- Por tudo, Carol... Estou arrependida pelo que fiz a minha filha por todos esses anos, pelo que fiz a Luiza... E também pelo que fiz a Anne... Aquela menina não merecia aquelas palavras tão duras... Sempre foi uma profissional exemplar... Não sei o que deu em mim – disse irritada com ela mesma.

 

Carol ficou um tempo analisando a ruiva.

 

-- Prove que realmente está arrependida Rebecca... Não apenas faça com palavras... Faça com o coração... Se essa for sua vontade... Eu acredito em você, mas está na hora de agir... A minha irmã te ama e sempre vai esperar por você... Ela sente sua falta, isso é perceptível... Faça ela feliz e a sua filha também, entendeu? Muda! Arrogância não dá, né... No final o futuro é a morte... Você que errou, você que precisa se desculpar. 

 

-- Sim... - disse num fio de voz.

 

-- Vou confiar em você - Carol se levantou e foi andando em direção a porta - Ela está te esperando... Levanta a bunda dessa cadeira e faça alguma coisa! - piscou - Agora preciso ir... Tchau Rebecca.

 

-- Tchau Carol...

 

Carol se foi, deixando uma Rebecca pensativa. A baixinha tinha razão a ruiva precisava agir e foi isso que fez.

 

*******

Luiza observava fixamente Victoria, que lia algo em seu notebook atentamente. 

 

-- O que você tanto me olha Luiza? - Vick perguntou sem tirar os olhos do que lia.

 

-- Você e a Carol estão juntas, não é mesmo?

 

Vick estancou e a encarou imediatamente.

 

-- Está tão na cara assim? – perguntou corando.

 

-- Completamente - disse sorrindo.

 

-- Eu sou louca pela sua irmã! - suspirou - Ela é perfeita - disse de modo apaixonado.

 

-- Eita que o amor é cego mesmo - zombou.

 

Vick riu.

 

--Põe cego nisso - voltou a ler - Você não foi procurar a Rebecca mesmo?

 

-- Não Victoria... Estou esperando o momento certo... Eu não vou procurá-la, não fui eu que errei. Chega de correr atrás. Ela sabe onde me encontrar.

 

-- Hum... Entendo... Mas então, como anda as coisas no hospital? – Vick queria deixara conversa mais leve. 

 

-- A mesma coisa...O pessoal sente sua falta, principalmente o Adriano - disse divertida.

 

Vick revirou os olhos.

 

-- Não suporto ele... Aff! Cara se acha demais!

 

-- Mas você saiu com ele algumas vezes...

 

-- Se arrependimento mata-se... Eu já estaria mortinha.

 

-- E a Elise?

 

-- O que tem ela?

 

--  Vocês ainda andam se falando?

 

-- Bem pouco... Eu disse pra ela que estou com a Carol... Então ela parou de me procurar.

 

-- Isso incomoda você?

 

-- Nenhum pouco... É até melhor... Não quero iludir ninguém.

 

-- Eu sei como é... A Julia já sabe? - Luiza perguntou delicadamente.

 

Vick fechou a cara.

 

--Não sei... Isso é com a Carol - não conseguiu disfarçar o desgosto na voz.

 

-- Elas são amigas, Vick... Eu espero que você compreenda isso.

 

-- Desde que não sejam amigas coloridas, por mim tudo bem... Sei que sempre vou ter ciúme, mas nunca irei proibir a Carol de fazer qualquer coisa... E apesar de eu não gostar nada disso... Sei que a Carol gosta bastante dela - disse enfadada.

 

Luiza riu.

 

-- Fico feliz que você pense assim... Ah!... Eu encontrei com a Mônica esses dias... A Gente acabou marcando um almoço nesse domingo.

 

-- Vish... Se a ruiva descobre isso - riu.

 

-- Tem nada a ver... a Mônica é casada... Já tem até filhos... São gêmeos.

 

--  Legal! Dois meninos?

 

-- Não... Um casal.

 

-- Legal!... Que lindo – disse sorrindo.

 

-- Vick... Você sabe da Érika?

 

-- Bom... Eu acho que ela foi ter uma conversa com a Bia.

 

-- A Bia não entende que precisa parar com isso... Esse negócio de bebida, cigarro e maconha - revirou os olhos - É tenso... Talvez ela pense que a Érika esteja querendo mudá-la... Mas nós sabemos que não é verdade e ela também deveria saber... A Érika só quer o bem dela.

 

-- Eu sei... Fui falar com ela ontem... Espero que ela tenha me escutado.

 

-- Eu também espero...

 

*************

 

Beatriz estava na cozinha preparando o almoço. Escutou bateram na porta.

 

-- Já to indo! - gritou, mas a pessoa continuou a bater na porta de uma maneira irritante - Porr*! É surdo?!

 

Bia foi abrir a porta bastante brava e já estava preparada pra falar algumas besteira ao indivíduo infeliz, mas assim que viu quem era, engoliu imediatamente cada uma dessas palavras.

 

-- Éri... Ka... - gaguejou.

 

Érika passou pela jovem sem dizer nenhuma palavra, entrou e ficou observando o lugar, enquanto Bia fechava a porta atrás de si. Érika ficou surpresa com o que viu. O pequeno apartamento de Beatriz estava completamente limpo e arrumado.

 

-- Oi Beatriz... - disse e virou para encarar a jovem.

 

Bia sorriu bobamente.

 

-- Você era última pessoa que eu imaginava ver aqui - Beatriz falou sincera.

 

-- Eu gosto de resolver logo as coisas... Não adianta adiar mesmo - estava séria e se sentou.

 

-- Eu admiro você ainda mais por isso - sorriu e sentou-se ao lado da médica.

 

-- Vamos falar sério Beatriz... - Érika a encarou - Não adianta enrolar nem nada... Quero que você mude... Não to pedindo pra você fazer isso por mim... Parece egoísmo e a última coisa que sou é egoísta... Faça isso por você pelo seu bem... Pois você sabe que isso é para o seu bem não é?

 

-- Sim... Eu sei que é para o meu bem... Sinto muito pelo o que aconteceu... Eu... Eu fico bastante envergonhada e...

 

-- Tudo bem - Érika a cortou delicadamente - Então?

 

-- Érika eu quero muito mudar essa minha vida... Vou tentar... Eu quero isso! Quero o melhor pra mim e eu sei que o melhor e eu sair dessa vida.

 

-- Ficarei ao seu lado nesse momento – a loira falou suavemente.

 

Beatriz sorriu e tentou beijar a médica que virou o rosto.

 

-- Mas por enquanto será apenas como amiga, Beatriz... Quero que as coisas aconteçam no seu tempo... A gente estava indo muito depressa, antes precisamos superar algumas coisas em nossas vidas... Tudo bem?

 

Bia abaixou a cabeça e segurou as lágrimas, precisava ser forte.

 

-- Tudo bem Érika...

 

A médica sorriu.

 

-- Vem aqui... - a puxou dando um abraço apertado e beijando delicadamente o rosto da jovem - Não precisa ficar triste... Eu quero ficar com você! Mas será no momento certo...

 

Bia a apertou com força, ela sabia o que fazer e tinha essa oportunidade nas mãos, não iria deixar escapar. Não iria perder o amor de sua vida. Não agora, que finalmente tinha provado desse amor. Bia tinha muitos vícios, mas sem dúvida o maior deles era Érika. 

 

*************

 

Rebecca chegou cedo em sua casa. A filha correu para recebê-la e a ruiva a abraçou apertado dando vários beijinhos em seu rosto.

 

-- Mamãe você chegou! - Emily disse feliz.

 

-- Sim, meu amor! Mamãe veio ficar com a princesa dela.

 

Emily tinha um lindo sorriso no rosto. Rebecca admirou profundamente a filha observando cada traço do rostinho infantil. Emily era uma linda menina, ruiva de olhos verdes, que lembravam tanto os de Luiza.

 

" Você é tão linda meu amor. Nunca mais vou te deixar sozinha, você é minha razão de viver, meu anjinho... E Quando ficar mocinha fará um grande sucesso, pois é uma linda criança... Terá muitos pretendentes e eu morrerei de ciúme, tenho certeza... Imagina meu bebê com alguém... Aff! Melhor nem imaginar... Ainda falta tempo... Vamos aproveitar! "

 

Rebecca fez uma careta por causa desses pensamentos, não conseguia imaginar que sua filha iria crescer um dia e ficar com algum garoto por aí, mas sabia que isso algum dia aconteceria. Algum dia bem distante era o que pedia mentalmente. 

 

-- O que foi mamãe? - Emily percebeu que a mãe a olhava de uma forma engraçada.

 

-- Nada meu anjinho... Vamos nos divertir?

 

-- Eba!!! Vamos!!! Quero brincar de xadrez! - disse a ruivinha animada.

 

-- Sério Emily? Você sempre ganha da mamãe sua menina prodígio.

 

-- Eu pego leve com a senhora dessa vez.

 

-- Opa! Então não vou perder essa oportunidade - falou colocando a filha no chão.

 

Rebecca percebeu que Anne observava as duas. A menina estava tensa e olhava para a ruiva com receio. Rebecca suspirou e beijou o rosto da filha.

 

-- Anjinho... Vai deixar tudo preparado no seu quarto, tá bom? 

 

-- Ok mamãe - beijou a ruiva no rosto e seguiu para o quarto saltitante.

 

Rebecca encarou a babá da filha.

 

-- Anne precisamos conversar... Me acompanhe - disse seguindo para seu escritório e sendo seguida por Anne, que já estava nervosa.

 

A ruiva sentou-se em sua cadeira e pediu para Anne fazer a mesma coisa. A babá acatou sem protestar. A jovem não conseguia encarar a patroa e permanecia com a cabeça baixa.

 

-- Anne olhe para mim... - Rebecca pediu de uma forma tão doce que a babá imediatamente a encarou, não por temer a patroa, mas sim porque ficou surpresa - Por que você aceitou vir para o Brasil? Necessidade eu sei que não foi.

 

-- Não tenho o que fazer nos Estados Unidos, senhorita... Além disso eu amo a Emily profundamente. Acho que nunca conseguiria ficar longe dela - disse com lágrimas nos olhos, pois pensava que a ruiva fosse demiti-la. Sentia o coração apertar por pensar que ficaria longe da pequena ruivinha.

 

-- Não irei demiti-la, Anne - fez questão de deixar claro - Minha filha tem adoração por você, sei que ela sofreria com a separação.

 

-- Muita obrigada, senhorita Rebecca - estava aliviada.

 

-- Mas vontade não me faltou... Foi muito  egoísta de minha parte... Só estava pensando em mim e na imensa raiva que estava de você... Anne sei que fui dura com você... Justo com você...  Que sempre cuidou da minha filha como se fosse sua... Estou profundamente arrependida de tudo o que eu disse e só queria te pedir desculpas... Desculpe-me Anne.

 

A babá estava perplexa. Não conseguia formular nenhuma palavra, nunca tinha presenciado essa cena tão surreal em sua vida, nem mesmo em sonhos. Não conseguia acreditar que a poderosa Rebecca Thompson estava se desculpando e o mais inacreditável, estava pedindo desculpas a ela. Sorriu totalmente sem noção e ficou completamente muda.

 

Rebecca ficou preocupada, pois a babá a olhava como se fosse de outro planeta. Riu da cara cômica de Anne.

 

-- Tudo bem, Anne?

 

A jovem foi trazida de volta a realidade pela voz da patroa.

 

-- Si.. Sim - disse gaguejando - Senhora está tudo bem, não costumo guarda as coisas. Suas desculpas estão aceitas! Estou muito aliviada em saber que continuarei ao lado de Emily.

 

Rebecca sorriu.

 

-- Obrigada por tudo que você faz por minha filha.

 

-- Obrigada por ter deixado eu cuidar desse anjinho.

 

As duas ainda falaram mais algumas coisas e a ruiva convidou Anne para jogar junto com a filha. A babá aceitou com prazer, já se conformando pela derrota que sem duvida viria. E foi assim que ficaram a tarde toda... jogando. Rebecca falou para Anne que ela começaria a ter aulas de português, deixando a babá animada com a novidade. A ruiva passaria a ficar todos os finais de tarde e noite com Emily, enquanto Anne iria ganhar folga nesse tempo para fazer o curso de português, além de outros. 

 

As três se divertiram bastante nesse dia, principalmente Emily que durante esse tempo questionou o sumiço de Luiza a mãe, que disse que a médica andava bastante ocupada. Emily sentia a falta de Luiza, e Rebecca mais ainda. Só faltava ela para completar a sua felicidade.

 

**********

 

-- Então Érika.. Como foi a conversa com a Bia - Vick não conseguiu conter a curiosidade.

 

As primas estavam jantando em silêncio, até Victoria falar. Érika a encarou seriamente largou o garfo e suspirou.

 

-- Nós duas conversamos... Eu disse para Beatriz largar alguns vícios... Os que fazem mal a ela... Não estamos juntas se é isso que quer saber... Mas estarei sempre junto dela nesse momento... No entanto, só voltarei com ela... Se a Beatriz realmente mudar... Eu fico realmente preocupada com ela... Eu só quero o bem dela... Mas se ela não parar com esses vícios, será impossível mantermos algum relação - disse seriamente.

 

-- Eu concordo com você, Érika. Acho que a Bia realmente precisa parar com esses vícios... Mas ela vai precisar de ajuda - Luiza falou preocupada.

 

-- É eu sei... Por isso nós ficaremos por perto... Vamos ajudá-la... Nada de álcool, cigarro e muito menos maconha... Isso é uma desgraça! - Érika tinha raiva na voz.

 

-- Falando em desgraça... - Carol disse - Nunca mais aquele cão deu as caras.

 

-- Talvez ela saiba que nós sabemos o que ela fez e decidiu sumir de uma vez por todas - Vick.

 

-- Nem nos seus mais lindos sonhos, Victoria - disse Érika irônica - Conhecendo bem a Daniela... Provavelmente ela está tramando algo bem ruim... Típico de pessoas como ela.

 

-- Você está certíssima, Érika... E é isso que me deixa preocupada - Luiza estava tensa.

 

-- E a mim também - completou a baixinha pensativa.

 

-- Mas já tem quase um ano que aconteceu o atentando e nunca mais soubemos nada dela - Vick era a mais inocente delas.

 

-- Victoria não seja tola... Todas nós sabemos que a Daniela é uma pessoa podre de ruim - Érika disse dura - Sabemos que isso ainda não terminou... Essa cretina come pelas beiradas... Ela não tem tanta pressa assim.

 

-- Então o que vamos fazer? - Vick perguntou preocupada.

 

-- Não sabemos... Mas precisamos ficar sempre em alerta - Luiza.

 

O clima ficou tenso. No fundo todas elas tinham medo, pois sabiam que Daniela era capaz de tudo. Algo ruim estava por vim e Luiza, Carol e Érika sentiam isso.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olha quem apareceu... Rsrs

Espero que tenham gostado do capítulo 

Beijos e até o próximo. 


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Comentários para 54 - Capítulo 54:
JeeOli
JeeOli

Em: 27/03/2017

Erika teve a atitude correta com Bia se for para entrarem num relacionamento Bia precisa amadurecer e muito, Rebeca acredito que vá voltar a ser a pessoa doce que sempre foi... Vick e Carol nem preciso falar nada né? Muito lindas juntas...

Sobre sua pergunta de ser autora, sim eu tento ser né


Resposta do autor:

Sim, ainda mais com Érika que é uma mulher madura e certinha.

Eu tbm acredito na mudança da ruiva... Rsrs. 

Muito lindas mesmo... Essas fofuras!

Opa... Uma conversa de autora pra autora... O bom disso tudo é a diversão! 

Beijos! 

Responder

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mtereza
mtereza

Em: 22/03/2017

Ainda bem que com a ajuda de  Carol parece que a Rebeca resolveu mudar caiu em si amo as duas juntas depois de tudo as duas se separarem de novo vai ser muito triste, amei o momento romântico dá Carol com Vick finalmente e quanto a Bia concordo que ela precisa crescer para de beber e de fumar cigarros se afastar das maus influências agora quanto a maconha só precisa diminuir uma canabis de vez enquanto não faz mal ninguém rsrsrs a Érika tb precisa ser menos careta kkk


Resposta do autor:

Olá leitora...

A Rebecca precisava de um empurrão... É difícil pra ruiva, mas ela ama a filha e a Luiza, ela vai se esforçar... Pra ficar com as duas.

Ja estava na hora de Carol e Vick terem o seu momento. 

Kkkkkkkkkkkk Kkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkk... Mas eu rir muito aqui... Não faz mal né... Alguns usam pra relaxar... Érika é certinha demais. Kkmm

Beijos. 

Responder

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Mille
Mille

Em: 22/03/2017

Olá Stelinha

Carol e Vick juntas lindas e viva o amor ??‘???‘???‘?

Rebecca e Bia tendo que encarar uma conversa séria para mudar e elas estão precisando abrir os olhos e enxergar além dos outros a si mesmas, Beatriz terá que ser forte para vencer os vícios mais com a ajuda dos amigos verdadeiros e da Erika vai conseguir. Já a ruiva começando a colocar em prática a conversa com a baixinha, ela procurar ser mais presente na vida da filha, a vida passa depressa e quando notamos perdemos coisas que não poderá se repetir,  Emily é um amor de menina e se sente carente da mãe.

O sumiço da Daniela não é sinal de coisa boa, a nossa querida autora bem que poderia deixar-la perdida em Marte, mais ela é boazinha com a sucuri.

Bjus e até o próximo


Resposta do autor:

Mille! 

E viva o amor!!! 

A Bia precisa ser forte mesmo, mas ela tem amigos verdadeiros e a Érika... Ela vai conseguir! 

Verdade..  A Rebeca precisa entender isso, mas ela vai se esforçar, assim como a Bia. 

Kkkkkkkkkkkk Kkkkkkkkkkkk...  Daniela é legal.. Kkkkkkkk 

Beijos e até o próximo. 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 22/03/2017

Amei.gostei dá atitude de Érika com Bia. Ela precisa crescer, adolescência passou. Todos somos capazes de mudar e o.primeiro passo é querer. Rebeca entendeu isso. E pega leve com as as maldades dá Dani.bjs
Resposta do autor:

Que bom que vc gostou, Patty. 

Sim, a Bia precisa criar juízo... Com certeza, todos somos capazes de mudar. 

Vou tentar pegar leve..rsrs 

Beijos. 

Responder

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