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Quando ainda acreditávamos na desconstrução: uma história contra a monogamia, a posse e o amor romântico por izagama

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Palavras: 2789
Acessos: 1054   |  Postado em: 12/03/2017

Capítulo 2

Mariana,

 

Como me considero tradicionalista, começarei rememorando o lugar de onde vim. Ainda não lhe contei inteiramente os detalhes da minha árvore genealógica, ao passo que vejo nesta uma boa oportunidade.

Você sabia que meus pais eram médicos. Minha mãe se formou na USP em 1990 em Medicina Obstétrica, assim como meu pai. Mas ele foi um pouco antes, em 1987. Ambos eram de São Paulo e pertenciam a famílias não exatamente ricas, mas muito bem de vida. Especificamente, de comerciantes da região Sul, que foram para a cidade metrópole em busca de dinheiro fácil. Isso a do meu pai. A família da minha mãe era um pouco mais modesta e pertencia ao ramo da metalurgia paulista, ocupando altos cargos de confiança - o que lhes havia rendido economia para mandar a filha estudar Medicina. Como se orgulhavam, haviam vencido na vida, a despeito de tanta gente pobre e maltrapilha que começava a se empertigar nas favelas paulistas, tomando os espaços urbanos, mesmo sendo erguidos por sobre morros altos.

Minha mãe pode ser categorizada com o que se convencionou chamar nos anos 80, de militante de esquerda, resquício da luta armada, já na contracorrente de sua geração. Se pudermos estabelecer uma lógica para a geração dela creio que seja a do desengajamento. Gente que não está muito aí para a luta de classes e para a questão social, a despeito da luta de seus pais contra a ditadura nos anos 60 e 70. Diferentemente, minha mãe, no tempo em que permaneceu na universidade, consciente que era das desigualdades de renda, de educação, etc, foi filiada ao PCO. Algo não tão absurdo se pensarmos que a sua família era operária, embora quisesse esquecer-se disso.

Conto isso porque me interesso por minha linhagem, acho que explica diversas coisas, como por exemplo, a minha repressão sexual. Meu pai, sempre foi um homem da direita mais fervorosa desde o berço. Como eles se casaram não é um mistério, uma vez que em 1990 minha mãe abandonara essas “besteiras de movimento estudantil” e casara-se com um médico que não era exatamente progressista do ponto de vista social. Minha mãe passou então a sustentar esse ar arrogante e presunçoso das mulheres de militar que também exercem ocupação profissional privilegiada. Eles se tornaram praticantes do presbiterianismo.

Como você bem notava, se havia algo de que eu não podia me queixar era que tinha sido bem nascida. E seria a vida toda muito bem financiada. Sei disso e não reclamo. Prefiro escapar dessa idiotice de explicar tudo pelos erros dos pais. Mas não posso deixar de considerar que fui bastante cuidada, o que foi responsável pela minha inação boa parte da infância. Fui inoculada. Minha infância lembra a das crianças rosadas que brincam alegres nos parquinhos do clube que seus pais freqüentam aos sábados. Fui tão bestificada por uma educação burguesa que sempre fiz questão de escondê-la, mesmo quando não tinha mais parâmetro do qual escapar ou expor. O estrago foi tão grande a ponto de me transformarem numa criança que pede bonecas de presente. E, como sabemos, não há nada de muito interessante que possa vir de meninas que pedem bonecas de Natal, a não ser aquilo que já é esperado delas: obediência e dependência sentimental.

Fui uma dessas criançolas que choram por qualquer coisa e tem medo de desagradar a todos, a ponto de bater em um colega para agradar a melhor amiga de infância que me usava como bode expiatório. Eu havia sido feita para obedecer às pessoas. Não tenho muita consciência do que eu estava fazendo quando tinha medo de desagradar, mas penso que na minha ingenuidade eu só queria ser amada.

 Voltando para o escrutínio dos meus pais. Atribuo a eles o fato de eu não poder descobrir minha sexualidade mais cedo. Prometi a mim mesma que não tocaria mais nesta ferida. E não vou falar sobre isso com você, porque você já está cansada de saber. Só preciso lembrar que, obviamente, não foi possível explorar este âmbito da minha vida até chegar à faculdade. E não fico perplexa por isso. Meus pais eram bastantes conservadores, como eu mostrei.

O fato de julgar sex* um tabu até os vinte e poucos anos não foi gratuito. É incrível o quanto achamos estar ilesos das influencias externas, quando, na verdade, estamos totalmente enquadrados. Nunca te contei essa história porque eu tinha receio de que você me julgasse frívola. Até posso imaginar o seu discurso confesso, depois de poucas doses de vinho seco: “Pobre menina rica que reclama do quanto sofreu por ter tudo e não poder amar”. E para completá-lo: “Se você soubesse o que é sofrer privação porque nem sequer teve o direito de ter um pai, você pensaria antes de ficar aí reclamando, à toa”.

Você era uma doçura de delicadeza, às vezes. Mas não deixa de ser inteligente e justificável o pacto que fizemos: eu não precisava te dar satisfação da minha vida antes de você, quer se relacionando a outras mulheres ou a qualquer tópico. Éramos e deveríamos lutar incansavelmente pela nossa autonomia e liberdade. Face a face. Eu te entendia, embora você não desse crédito ao meu sentimentalismo e apego com o passado. Para você, as coisas simplesmente eram como dois mais dois são quatro. Enquanto que eu tinha um gosto pelo masoquismo melodramático. O que quero dizer, é que certas marcas ficam, e eu era mais frágil que você.

Lembro-me da primeira briga que tivemos. Estava noite já, e você tinha ido me buscar na escola no seu carro. Você estava enormemente irritada naquele dia enquanto que eu cantarolava aos ventos o sucesso das minhas primeiras turmas de alunos. Você estava cansada talvez de escutar os meus encantos apaixonados pelas coisas que eu fazia pela primeira vez, e soltou sem dúvida: “Acho que você sempre pensou que as pessoas fossem idiotas por não serem como você. Por que faz isso? É obvio que uma criança de oito anos vai aprender qualquer coisa ao final do semestre, se é que você está fazendo alguma coisa além de fingir que ensina”. 

Lancei-lhe um olhar desconfiado e sem jeito: “Eu sei que sim, mesmo assim, eles me encantam a cada progresso. Sinto-me útil e dou um sentido real às coisas que faço. É diferente de quando era só eu quem aprendia.” Eu estava encantada com a minha nova vida.

Você não parecia, porém, ainda contente e me desafiou. “Se você tivesse que trabalhar ao mesmo tempo em que estuda não teria porque ficar tão maravilhada com essas coisas”. Eu estava também muito cansada e não retruquei. Então você quis continuar sem parecer muito deselegante. Até hoje não sei se eu tinha certeza de por que você perdia tanto tempo tentando me irritar e deixar pra baixo: “Você devia ter aprendido a ser mais autônoma”.

O silencio que se instaurou no seu carro enquanto íamos para casa, quase que nos engoliu. Faria um ano que estávamos morando juntas por opção, e havíamos passado momentos muito bons, havíamos dado muito prazer uma à outra e nunca tínhamos brigado porque eu segurava a sua onda. Mas naquele dia, eu estava tão feliz e completa, realizando finalmente o sonho da minha vida, que não deixaria você sair ilesa “Não é porque é uma pessoa indiferente a tudo, que todos também são. Se você fosse capaz de enxergar o quão feliz eles estavam ao notarem que haviam vencido algumas barreiras, não zombaria do meu trabalho”.

E aí, você continuou dizendo que, do contrário que eu julgava, a minha satisfação era egoísta porque eu sempre fora apegada a essas besteiras de luta de classes e marxismo, o que só tornava o meu empenho algo ainda mais idiota porque eu não ficaria ilesa da marca do individualismo contemporâneo: eu nunca deixaria de ser a classe que oprime mesmo que o fato de fazer migalhas para essa gente aliviasse a minha culpa. Não contente, você levou a discussão para um campo mais pessoal dizendo que era por causa de gente como eu, que seu pai havia morrido à espera de tratamento nas filas dos hospitais públicos.

Ah, você adorava me fazer sentir culpada pelas nossas diferenças. Se você pudesse, esfregaria na minha cara toda a desgraça da sua vida. Nunca entendi porque você não acreditava na minha sinceridade. Eu era uma moça simples que havia recusado aquela vida burguesa que todos, inclusive você, matariam para sentir o gosto. Não sei se naquelas alturas você se preocupava um pouco mais que fosse com meus sentimentos, a ponto de fazer questão de descartá-los, mas ao fazer isso, você se esquecia de que há várias razões para sofrer e que, a pobreza abjeta que transforma os sentimentos dos pobres em tabu, pode ser tão perigosa quanto os valores que entopem meninotas feias da classe média, e que são veiculados por produtos mercadológicos cujos padrões propagandeados elas jamais alcançariam.

Em resumo, escolhi ficar calada e não atirar como cacos de vidro em você essas reflexões ressentidas que faço agora. Eu apenas flertei: “Não comece com isso de novo, você não entende como é. Na verdade, estou com saudade de você e gostaria de aproveitar para jantar fora hoje. A gente podia comer algumas porcarias cheias de óleo naquele bar mequetrefe...”. A despeito da discussão, você pareceu animada com a idéia. Virou o carro, e nos dirigimos para um boteco que era bem freqüentado por universitários da cidade. Chegando lá, encontramos uns amigos seus que, você bem sabia, eu tinha um pouco de preguiça de me aproximar. Eu achava a companhia de homens tão agradável quanto a de um pedaço de algodão e estava estacionada naquela fase femista que você achava démodé, mas tinha certo fetiche com os meus ataques de misandria. Mesmo sabendo de tudo isso, ao adentrar o bar, você se dirigiu à mesa deles, se portando com aquele jeito elegante e aristocrático que é tão próprio de mulheres altas e magras a la française e não lembro de ter lançado, antes de fazer isso, um olhar de cumplicidade para mim, para que eu pudesse recusar ou aceitar a sua escolha. Não me lembro de você ter feito isso.

Mesmo assim fui boazinha e te segui até a mesa dos caras. Nunca te disse, mas achava incrível a maneira como você se sentia poderosa no meio dos homens. Você lançava mão de todo poder guardado em seu ser, você se transformava numa leoa pronta para exercer um tipo específico de poder, o de querer dominar a qualquer custo. Não conhecia as peças presentes ali, ao passo que você me apresentou como “a moça que mora comigo”. É uma sorte eu não corar com facilidade; do contrário, eles teriam notado que eu estava furiosa de tanta raiva de você, naquele momento.

Já havíamos conversado sobre esse negócio de tornar nossa relação pública. Você não era muito a favor dos outros se metendo em sua vida e preferia ser safada, mas discreta. Enquanto que para mim também não fazia diferença a publicidade de quem eu fodia, mas naquele período, eu pensava que a questão da minha homossexualidade era de militância. Procurava sentir-me livre e segura estando com uma mulher, e parte disso implicava tornar a relação mais real para mim e para os outros, ou seja, contando o que estava ou com quem estava. Você era a minha primeira trepada contínua, a ponto de dividirmos a mesma casa, etc. Então eu pensava que era de bom tom entender-me como sua namorada. Sua. Neste ponto eu me permitia o deslize da posse. De fato, eu pensava que era toda sua. Era a primeira vez que me sentia segura para enfrentar a droga do domínio do macho que castra a sexualidade das mulheres, e, considerar em tais termos a nossa relação, era sim, importante. Ainda mais porque eu fazia parte de um grupo LGBTT que me prestava imensa força em favor da minha liberdade sexual e afetiva.

Por sorte, eu sabia separar o público do privado e disfarçar muito bem a intensidade de minhas emoções, ao passo que não dei quaisquer indícios do meu descontentamento com a situação que você armara ali. Tentei prestar atenção nos rapazes e no possível teor inteligente da conversa deles. Se não me falha a memória, eram conhecidos seus de algum passado recente. Depois vim a saber que você já havia trans*do com todos. Ainda eram estudantes em torno de vinte, trinta anos. Todos bastante distantes do estereótipo de homens bonitos e sarados. Em contrapartida, aparentavam ser um tipo interessante e cheio de coisas para contar sobre o que leram sobre o século XIX ou  suas experiências alucinógenas. Até achei-os sexies, mas penso que isso se deveu a minha intuição do laço entre vocês.

Não pude deixar de participar das conversas reinantes na mesa, algo sobre história e educação fundamental da qual fiz alguns comentários chocantes sobre a situação do sistema de educação atual, para além das críticas comuns entre a esquerda, mas ainda fazendo parte dela. Aventei uma polêmica que eles sustentaram por uma hora e meia. Fiquei feliz de fazer parte do grupo naquele tempo, e não sentir-me deslocada. Eles te disseram depois que gostaram de mim, e que eu era uma professora inteligente. Você não conseguiu esconder o seu ciúme que eu não podia ter, mas que você abusava quando queria.

Mas voltando à mesa de bar, não pude disfarçar que notei que você mantinha uma conversa com um dos caras mais velhos. Era um barbudo, afetado e meio gordo; tinha uma beleza distinta e parecia atrair mulheres como você, que gostavam de excentricidades. Ouvi o seu tom de flerte com ele e logo me lembrei do seu lema: “Seduza para dominá-los”, de modo que não tive problemas. Eu queria fazer, já que estava ali, um completo trabalho de campo.

Ele olhava nos seus olhos como se você fosse impenetrável, concentrado, e soltava verdades do tipo “Você sabe como é, não se pode confiar em mulher”, expondo um tipo arcaico de machismo tolo. Fiquei observando como você responderia aquela afronta, ao que você não pareceu ficar muito irritada e apenas retrucou “Não é bem assim, ao menos não com todas as mulheres”. Depois disso, preferi preservar a minha centralidade, me calando. Fui conivente com ele.

Mas o melhor estava por vir. De esguelha, vi você passando a mão pela tatuagem que ele estava te mostrando, bem perto da região pélvica. Fiquei bastante desconcertada: você nunca havia dado em cima de outra pessoa na minha frente. Desviei o olhar, sem disfarçar um muxoxo e fui fumar lá fora. Você estava impossível naquele dia.

Esperava ficar sozinha e curtir o meu cigarro, quando um deles veio puxar assunto. Ao meu lado, ele disse “Vocês não são só colegas de casa, não é mesmo?” Como pode notar, ele é quem sugeriu um assunto. Eu poderia abrir o meu coração melancólico e dividir os nossos problemas conjugais com aquela alma caridosa, mas optei por continuar fria. “Não, na verdade somos mesmo só amigas”. Ele me olhou sem jeito e fez um sorriso tímido. “Ela não é uma pessoa má, acho que faz essas coisas porque quer ser sempre o centro. A Mariana preza pela liberdade das pessoas mais do que tudo.” Em seguida eu lhe enviei um olhar ressentido e lânguido, de aviso para que ele parasse, mas ele me ignorou e prosseguiu: “Ela é muito gente boa, acho que você pode aprender a se envolver no ponto certo. Aliás, posso te ensinar alguns truques, se você quiser”.

Não sei se estava entendendo bem a situação, mas fingi que não estava. Fiquei calada e voltei para dentro, já num nível impaciente. Não estava mais me sentindo bem ali. Comecei a me sentir uma idiota. Esperei que me acalmasse, respirei fundo e pedi que fossemos embora, e disfarcei o mal-estar com algo do tipo “Amanhã acordo cedo para trabalhar”, ao que eles entenderam perfeitamente. Quanto a você, minha querida, não perderia a chance de infernizar até o último grau a minha paz até que eu perdesse a cabeça e abrisse espaço para assumir que eu não estava apta para levar adiante uma relação não monogâmica. Com os olhos no futuro, você soltou triunfantemente: “Por que você não vai com o meu carro, e depois eu volto com o Bruno?” Ao fazer a sugestão, você direcionou um olhar piedoso para o tal de Bruno e falou quase resmungando: “Pode ser?”. Neste momento, me levantei da mesa num pulo e um fervor tomou conta de mim. Eu estava decidida a ir embora, não sem antes te avisar e tornar público agora algo que havia se transformado em raiva crescente. Então eu não me contive: “Isso. Aí você aproveita e trans* com todos eles”.

 

Este foi o nosso aniversário de um ano de namoro.

Fim do capítulo


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