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Vidas Cruzadas por freitasregiane

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Palavras: 2262
Acessos: 1371   |  Postado em: 10/03/2017

Capítulo 1

    O ser humano possui a capacidade incrível e terrível de se adaptar. Incrível porque em algumas situações isso salva nossas vidas. Terrível porque em outras, acabamos nos adaptando a coisas que nos ferem e com o tempo passamos a achar isso normal.

                Eu, como em quase tudo, tendia ao lado terrível da adaptação. Estava em um “relacionamento” de quase três anos em que podia-se contar nos dedos as vezes em que eu tinha sido realmente feliz. Como alguém se prende tanto tempo em um relacionamento assim? Calma que eu já vou contar pra vocês, deixa só eu me apresentar antes.

                Meu nome é Camila, eu tenho 20 anos e sou estudante de Gastronomia (comer é algo tão bom que me motivou desde nova a amar a cozinha). Nasci no Rio de Janeiro mas me mudei com meu pai para Vila Velha aos cinco anos, quando eu perdi minha mãe e desde então as terras capixabas me conquistaram de coração. Muita informação e poucos detalhes, né? Eu sei, mas relaxa que eu prometo ir explicando tudo na medida que for preciso.

                Mas vamos ao meu maravilhoso namoro, que é o que interessa por enquanto. No meu último ano do ensino médio, caí em uma turma de desconhecidos, o que poderia ter sido o fim do mundo, mas não foi por motivos de: eu passei bem longe da fila da timidez. Logo nas primeiras semanas já conversava com quase todo mundo e já tinha criado uma intimidade maior com algumas meninas, que infelizmente, quase não tenho mais contato atualmente.

                Desse grupo de amigas, fiquei mais próxima de duas especificamente. Uma se chamava Maria Luísa, mas pra mim desde o início foi Malu. Malu era o tipo de pessoa que todo mundo queria ter por perto: simpática, divertida e absolutamente linda. A outra era a Gabi, uma amiga dessas que você pode contar em qualquer hora, pra qualquer coisa.

                Em uma sexta-feira, tivemos o último horário vago e eu estava com o celular da Malú ouvindo música quando chegou uma mensagem. Gritei pra ela, que estava do outro lado da sala e ela me disse pra ler e ver se era algo importante. Quando abri a mensagem precisei ler umas cinco vezes e ainda assim, devo ter ficado com uma cara de interrogação, porque assim que olhou pra mim, Malú veio voando pegar o celular para ver o que era. Ela leu a mensagem e me olhou com uma cara de quem não fazia ideia de como me explicar, mas quando a minha ficha caiu, ela nem precisava se dar ao trabalho. A mensagem era:

 

“Ei, Lu. Sei que não deveria te procurar mais, mas não consigo evitar. Sinto saudades de nós, de dormir e acordar com você, de tudo que a gente viveu. Por favor, eu errei feio, mas não desiste de mim tão fácil assim.

Beijo, Poli.”

 

    Malú me encarou por alguns minutos, esperando minha reação. Eu não sabia o que dizer, mas o motivo de eu estar sem palavras não era a tal Poli que mandou a mensagem e sim o fato de que a minha amiga tinha alguém com quem costumava “dormir e acordar” e eu nem fazia ideia disso. Nós não nos conhecíamos a tanto tempo assim, mas eu sempre me abri com a Malú e nunca pensei que ela manteria algo desse tipo em segredo pra mim. Olhei pra ela e vi que ela estava prestes a chorar.

                - Ei, por que essa cara de choro? Pode me dizer o que está acontecendo?

                - Você está brava comigo?

                - Claro que não, Malú. Só um pouco chateada em saber que você não confia em mim o suficiente para me contar as suas coisas. Mas isso é uma escolha sua, né?

                Me virei para sair da sala, mas Malú segurou meu braço para que eu esperasse. Ela estava visivelmente nervosa e parecia ser um assunto delicado pra ela, então abracei minha amiga, tentando tranquilizá-la. Pouco tempo depois ela se soltou do meu abraço e parecia mais calma, então começou a falar:

                - A mensagem que você leu, é da minha ex-namorada. Eu nunca te contei, porque quando nos conhecemos eu já nem estava com ela. O que acontece é que mesmo depois de terminar, nós ficamos algumas vezes. Mas eu não quero nada com ela, sabe? O que nós tivemos foi bonito, mas também muito confuso e nós duas saímos machucadas. Então pra mim realmente acabou, mas ela não quer aceitar...

                - Pela mensagem ela parece gostar muito de você, Malú.

                - Não, Cami, ela só não quer ficar sozinha. Quando nos conhecemos, acabamos nos descobrindo juntas e por ser algo novo para nós duas, foi intenso e bem especial, mas só isso. Com o tempo nós conhecemos outras pessoas, ela se assumiu bissexual e eu percebi que era lésbica. Namoramos alguns meses, mas ela não estava na fase de se prender a ninguém e eu até entenderia isso se ela tivesse conversado comigo antes de ir para todas as festas e sair beijando todo mundo que a atraía.

                - Então ela não quis ficar só com você mas também não quer ficar sem você?

                - É, agora que ela viu que voltar das festas bêbada sem ter ninguém pra cuidar dela não é tão bom assim, resolveu me querer de volta. Mas pra mim já é página virada faz tempo.

                - Eu posso te fazer uma pergunta, Malú?

                - Claro que sim, Cami.

                - Por que você não me contou sobre você?

                - É complicado, sabe? Perdi tanta gente só por ser gay, que preferi não arriscar sua amizade....

                - E você não me conhece o suficiente pra saber que isso não faz diferença nenhuma pra mim, Malú? Porr*, quantas vezes eu já te disse que sempre vou estar do seu lado, aconteça o que acontecer?

                - Eu sei, Cami, eu errei feio. Desculpa, tá?

                - Tudo bem, Malúzinha. Só não deixa de confiar em mim de novo, pode ser?

                - Pode sim. Eu já disse o quanto sou grata por ter te conhecido?

                - Hoje ainda não – eu disse rindo e levei um tapa da Malú por ter sido tão convencida.

                Quando terminou o horário, me despedi de todo mundo e fui pra casa pensando na tal mensagem. A Malú era gay. Isso me incomodava? Não, de forma alguma. Mas havia algo em mim que não me deixava esquecer disso um minuto e eu ainda não conseguia identificar o que era. Tentava mudar o foco mas quando me dava conta, já estava pensando na mensagem outra vez.

                Costumo ter a memória péssima, mas daquele dia especificamente, me lembro de tudo que fiz. Cheguei em casa, fiz um miojo porque a preguiça era maior do que a vontade de comer algo decente e passei a tarde inteira tanto ler Nada dura para sempre, o livro preferido da minha mãe, mas sempre perdendo o foco e pensando na Malú. Quando meu pai chegou do trabalho, assisti com ele um episódio de The Walking Dead e depois preparamos o jantar juntos.

                Meu pai se chama Marcelo e é a melhor pessoa que eu tenho na vida. Quando nós perdemos a Vanessa, minha mãe, ele fez o que podia para suportar a própria dor ao mesmo que tempo em que me ensinava a lidar com a minha. Cresci com a presença dele em todos os momentos e além de pai, ele se tornou meu melhor amigo e sabe de todos os meus segredos.

                Naquele dia eu disse a ele que estava muito cansada e fui pro quarto logo após o jantar. Quando me deitei, deixei a mente vagar, como sempre costumava fazer, e outra vez me peguei pensando na Malú. Me lembrando do que havia acontecido na escola, justifiquei pra mim mesma que eu só estava muito surpresa com tudo aquilo. Demorei a pegar no sono e quando o fiz, adivinhem com quem sonhei? Malú. É, nem dormindo minha mente me deu trégua.

                Meus planos para o fim de semana eram: ficar em casa com meu pai e não pensar na Malú o dia todo. Acha que deu certo? Não mesmo. Acordei no sábado com meu telefone tocando e era ela:

                - Ei, Malú. Bom dia.

                - Bom dia, Cami. Te acordei?

                - Sim, mas não tem problema, já estava na hora de abandonar o papel de Bela Adormecida. – na verdade, se ela não tivesse ligado eu ainda dormiria pelo menos umas duas horas, mas de certa forma era bom não perder a metade do dia na cama, então realmente estava tudo bem.

                - Então tenho uma sugestão... Sai do papel de Bela Adormecida e encarna a Cinderela hoje à noite, pode ser?

                - Ih, sem chance! A vida já é bem difícil sem uma madrasta e duas meias-irmãs que me odeiam e me fazem de empregada – eu disse caindo na gargalhada e ouvindo ela gargalhar junto.

                - Não, não é isso. Você encarna a Cinderela e eu apareço de Fada Madrinha, aí você pega só a parte boa, que é o baile.

                - Que baile, Malú, tá maluca?

                - Não é baile e não tem castelo nenhum, é festa e na Fluente, mas acho que dá quase na mesma, né?

                - Ah, mas não dá mesmo! Fluflu é ótima, mas tá longe de ser castelo...

                - E você tá longe de ser a Cinderela mas esses são só detalhes, então para de show que você vai sair comigo hoje sim e fim de papo! Se quiser, a gente chama a Gabi também.

                - Cinderela que tá bem longe de ser eu – disse no tom mais esnobe que eu consegui – mas ok, te darei a honra da minha presença. Vou mandar uma mensagem pra Gabi pra ver se ela anima, ok?

                - Ok. E você vai me aceitar de fada madrinha?

                - Claro que sim. E vem preparada porque se não for pra lacrar na maquiagem, eu nem saio de casa.

                - O que seria de você sem mim, hein?

                - Uma adolescente de cara limpa, despenteada e cheia de espinhas bem aparentes.

                - Exagerada! Vou pra sua casa cedo, tá? Lá pelas 14:00h...

                - Tudo bem, Malú. Beijo e até mais tarde.

                - Beijo.

                O plano era não pensar nela e eu acabaria passando o sábado inteiro com ela. Ok, Universo, valeu mesmo! Como em poucas horas ela estaria chegando lá em casa, me permiti pensar nela para tentar entender o porquê saber que ela era gay tinha mexido tanto comigo. Saí do quarto e encontrei meu pai na cozinha, preparando o café da manhã.

                - Bom dia, papi! – falei já me jogando no pescoço dele pra dar um abraço.

                - Bom dia, Mila! – só ele e minha mãe me chamavam assim e sempre que ele dizia, eu me lembrava dela.

                - Dormiu bem?

                - Sim, e você?

                - Também, pai. Só tive sonhos demais.

                - Pelo menos foram sonhos e não pesadelos, né?! Poderia ter sido pior... – ele disse sorrindo e já emendou – Quer me contar o que sonhou?

                - O que sonhei não é o problema, pai e sim com quem sonhei... – decidi me abrir com meu pai pra ver a opinião dele sobre o que estava acontecendo, porque se tem alguém no mundo que me conhece melhor até que eu mesma, esse alguém era ele. – A Malú me contou umas coisas ontem na escola e desde então eu não consigo parar de pensar nela e sonhei com ela a noite inteira.

                - Mas o que ela te contou que mexeu tanto assim com você, Mila?

                - Eu acabei lendo a mensagem que uma menina enviou pra ela e aí ela me contou que é gay. – contei sem nenhum receio porque sei que isso não faria diferença nenhuma pro meu pai. Ele adorava a Malú antes de saber e continuaria adorando agora que eu contei. Eu disse, meu pai é o máximo.

                - E você ficou chateada por ela não ter te contado antes ou está assim só porque ela é gay?

                - Na hora eu até fiquei chateada, pai. Mas ela me explicou que não contou antes por medo e eu entendi o lado dela. E eu não me incomodo por ela ser gay, por isso não entendo porque não consigo parar de pensar nela e na nossa conversa.

                - Ela é sua melhor amiga, Mila, talvez você só não gostou da ideia de ter que a atenção dela com a namorada.

                - Que namorada, pai, ela não tem namorada nenhuma. – eu disse tão rápido e tão seca que até eu estranhei. – A menina da mensagem é uma ex. – eu completei, torcendo pro meu pai não ter notado o que eu mesma tinha acabado de perceber: saber que a Malú era gay não estava me incomodando e sim me deixando aliviada porque inconscientemente eu me sentia atraída por ela. Pensar nela com alguma menina me perturbava porque eu queria ser essa menina.

 

                - Ok, não está mais aqui quem falou. – ele disse jogando as mãos pro alto e rindo da minha irritação repentina. Nesse exato momento eu soube que ele já tinha sacado tudo.

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo 1:
Val Maria
Val Maria

Em: 01/05/2017

Começei a ler sua história hoje e estou completamente apaixonada. É uma estória completa. 

Parabéns autora 

 

 

Val castro 


Resposta do autor:

Dá até um quentinho no coração quando leio esses comentários lindos de vocês <3

Só mais um pouquinho de paciência comigo que em breve tem capítulo novo na área!

E eu fico muito feliz por você ter gostado!

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Lly
Lly

Em: 20/03/2017

Parabéns menina moça pelo grande começo de sua estória!!! ^^

Começou a mil emoções e transformações, mas um ótimo começo! Tem talento e com a prática irá desenvolvendo seu enredo melhor ainda. ;)


Bem, alguns toques queria te dar no pessoal, mas que podem até ser útil no lançamento do livro quem sabe! hahaha 

Estou aguardando o iV capítulo ein?

Kisses


Resposta do autor:

Geeeeeeeente, que lindeza você. 

Obrigada pelas dicas, viu? E com o tempo eu espero ir evoluindo sim (:

Fico feliz por você ter gostado e por estar acompanhando. E o capítulo 4 já está no mundo, corre lá pra ler.

Beeeeeijo <3

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Rita
Rita

Em: 10/03/2017

Kkkkk só tenho a dizer que eu já amo o pai da Camila!!! kkkk e essa irritação quando ele falou namorada kkkk "ela não tem namorada" kkkk ai ai Camila kkkk

Adorandoooo

Bjs ^^


Resposta do autor:

Ele é o máximo! Hahaha. Camila ainda tem muito pra aprender sobre si mesma e sobre o que está sentindo. Resta saber se isso vai acontecer de forma tranquila, né?

Fico feliz por estar gostando e agradeço pelo feedback.

Beijo!

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