Capítulo 51

 

 

Três meses se passaram

 

Nesse tempo não houve melhoras no estado de Victoria. A jovem pediatra permanecia em coma, para a total tristeza de seus familiares e amigos.

 

Não houve um único dia que Luiza e Érika não se doassem por inteiras naquele caso da prima e também não houve um único dia que elas não se frustrassem e ficassem triste por nada mudar em relação a prima. Quanto mais o tempo passava mais triste elas ficavam, mas não pretendiam desistir de Vick nunca. Lutariam pela prima até o fim.

 

Nesse tempo algumas coisas haviam mudado.

 

Rebecca mudou-se para o Brasil. A ruiva trouxe junto seu maior tesouro: Emily. A menina estava entusiasmada com a mudança. Tudo era novo para a pequena ruivinha, mas ela não tinha medo adorava explorar o desconhecido, diferente de sua mãe quando era criança, Emily não era nenhum pouco tímida e amava mudanças. Luiza adorava a menina, as duas se davam super bem. A garotinha amava escutar as histórias que a médica contava e as duas conversavam bastante. Luiza sentia uma grande felicidade dentro de si. Amava aquelas duas ruivas lindas, sua felicidade poderia ser maior se não fosse pelo estado da prima.

 

Ao contrário do que todos pesavam, Luiza não foi morar diretamente com a ruiva, as duas estavam querendo ir devagar em relação a isso e não havia mais tanta pressa assim, já que Rebecca agora morava pertinho da médica e podiam se ver sempre.

 

A ruiva sentia-se triste pela situação de Victoria, mas não poderia negar que estava feliz por estar morando perto do seu grande amor. Todas as vezes que via Luiza não esquecia de agradecer mentalmente por tê-la de volta em sua vida. Não entendia como um dia foi capaz de duvidar daquela jovem de olhar doce, perfeito e sincero. Arrependeu-se por não tê-la atendido há alguns anos, quando Luiza foi procurá-la nos Estados Unidos. Mas entendia que aquele não era o melhor momento para elas, pois a ruiva ainda possuía uma grande mágoa e raiva da medica, mas isso tudo ficou no passado. Agora ela só  pensava em sua felicidade ao lado de Luiza e sua filha. Aquilo sim era uma vida perfeita.

 

Érika apesar de ser considerada muitas vezes uma moça azeda e de pedra, não tinha quase nada disso, ao menos era o que Bia pensava. Durante esses três meses que se passaram, Érika demonstrou toda a sua sensibilidade perto de Beatriz. A medica passou a ser bem mais carinhosa e a entendê-la. Tinha uma grande paciência com Bia que muitas vezes se surpreendia, pois conhecia a falta de paciência da namorada. Érika que era bem séria passou a sorrir mais e isso era visível, todos percebiam essa mudança, os olhos brilhavam bem mais e o lado azedo havia diminuído consideravelmente, mas claro que nunca deixando de existir, afinal se tratava de Érika. As duas se amavam e estavam muito felizes, praticamente já moravam juntas, na verdade Beatriz já havia se mudado para o apartamento das médicas, pois Érika não queria de forma alguma deixar as primas sozinhas naquele momento. Só havia uma coisa que deixava a médica triste e  essa tristeza era compartilhada por todas... A situação de Vick. Apesar disso ela e Luiza não perdiam a esperança nunca. Acreditavam e persistiam nisso até o fim. Jamais desistiriam. Isso era fato. 

 

Daniela sabia que todas suspeitavam dela, principalmente Carol. A morena resolveu dar um tempo do seu plano de vingança contra Rebecca e Luiza. Naquele momento não tinha nenhuma pressa, no momento certo ela iria agir. Fernando havia voltado a  Nova Iorque e estava com uma profunda raiva da morena, tanto que nem havia ido falar com ela até aquele momento. Daniela pouco se importava para as crises do rapaz, ao menos ele não havia falado nada, isso que importava. Nesses meses a jovem tinha seus comparsas que a deixavam atualizada sobre o que acontecia no Brasil, foi através deles que descobriu que Rebecca havia ido morar de vez perto de Luiza, isso despertou a ira da jovem que quando ficou sabendo quebrou tudo o que via pela frente, falando vários palavrões e jurando vingança, e ela esperaria, aquelas duas não perdiam por esperar. Durante esse tempo aproveitou para curtir bastante, saía, se divertia e dormia com várias pessoas diferentes, homem ou mulher, isso nunca fez diferença para a morena, era tudo resumido em sex*, prazer, corpo e nada mais. Bruna que sofria vendo o quanto era desprezada e tratada como um lixo pela a morena, sendo que ela foi a única pessoa que a amou de verdade e aguentava tudo por esse amor, todas as humilhações e desprezo, mas para tudo tem um limite e a jovem cansou de tudo aquilo e decidiu voltar para o Brasil, Daniela nada disse sobre isso, apenas deixou a garota ir, afinal para ela aquilo sempre foi diversão e não nutria nenhum sentimento por Bruna, aliás, Daniela não nutria sentimento por ninguém que não fosse Rebecca, um sentimento doentio. Sorria loucamente quando pensava em Rebecca e Luiza juntas, esperava que elas aproveitassem muito bem o tempo juntas, pois logo ela colocaria fim em toda aquela felicidade que a irritava imensamente.

 

Carol... Sem duvida a mais afetada com tudo que havia acontecido com Vick. Carol estava totalmente recuperada, ao menos fisicamente, pois dentro de si havia uma grande tristeza. Seus olhos tinham perdido uma boa parte do brilho... Agora tudo o que se enxergava neles era um brilho profundo de esperança. Nesse três meses não houve um único dia que a baixinha não fosse visitar a prima. Contava todas as novidades para Victoria. Conversava com a pediatra como se ela realmente pudesse ouvi-la. Carol amava Vick e todo esse tempo que se passou só tinha servido para a jovem jornalista confirmar todo esse amor. Um amor puro e intenso que a dominava por completo. Não desistiria de Vick nunca, nem que tivesse que esperar por anos. Lia ainda ficou com Carol por algum tempo, ficou pasma com a força que a baixinha tinha, apesar da tristeza, Carol não se deixava abater. Lia apesar de ainda amar a baixinha torcia com toda a sinceridade do seu ser que Carol fosse feliz com Victoria, já tinha se conformado com isso, logo teve que viajar novamente, abraçou a baixinha apertado e chorou, Carol também chorou e mais uma vez se desculpou com Lia, mas a jovem só disse que queria a baixinha feliz e partiu. Mesmo sabendo que estava sendo egoísta ou sei lá, Carol não conseguia evitar o desagrado todas as vezes que Elise ia ver Victoria, mas sempre deixava esse sentimento de lado, afinal, a mulher também se preocupava com sua Victoria e a baixinha imagina que as duas tinham alguma coisa antes do dia trágico e isso angustiava muitas vezes a jovem. Carol estava sentada olhando a TV, mas seus pensamentos estavam distantes, Luiza chegou nesse momento e tocou levemente no ombro da irmã. Carol levantou a cabeça para encará-la e sorriu.

 

-- Oi Luh...

 

-- Oi minha linda - disse a médica sentando-se ao lado da baixinha - Vai ver a Vick hoje?

 

-- Lógico... Não posso deixá-la sozinha, Vivi precisa de mim.

 

Luiza suspirou.

 

-- Carol são três meses e você só vive assim... De casa para o hospital do hospital para a casa. Confesso que estou ficando preocupada.

 

-- Luh... Relaxa. Não estou deprimida nem nada... Só não me sinto preparada ainda... Estou bem assim.

 

-- Mas Carol e seu trabalho? - Luiza não conseguia evitar a preocupação - Você precisa voltar a trabalhar e a se distrair mais.

 

-- Eu to bem, Luh... O Jonas tá segurando as pontas pra mim... Ainda não estou com cabeça pra pensar em trabalho.

 

-- Tudo bem... Só não fique muito tempo sozinha.. Isso me preocupa.

 

Carol riu.

 

-- Relaxa maninha... Me dá uma carona?

 

-- Claro.

 

As duas seguiram para o hospital conversando amenidades. Vick estava em um quarto e isso facilitou as visitas para a jovem. Carol foi direto para o quarto da prima, enquanto Luiza foi conversar com Érika.

 

-- Como ela está? - Érika perguntou vendo a baixinha sumir pelo enorme corredor.

 

-- Não sei... Hoje eu conversei com ela, mas parece que está tudo bem... Só me preocupo com o jeito dela... Em relação a outras coisas.

 

-- Eu entendo... Ela realmente parece bem... Não vamos nós preocupar antes... Ela precisa disso.

 

-- Sim... Eu acho que faria a mesma coisa que ela... Se fosse com a Rebecca... Sei lá... Não saberia como agir.

 

-- É compreensível... - disse distraída.

 

-- E a Bia, cadê?

 

-- Foi fazer um show em outra cidade. Volta em três dias. E a Rebecca?

 

-- Na empresa... Anda cheia de trabalho... Tá pra ter um troço - falou rindo.

 

Érika sorriu.

 

-- Nem parece aquela garotinha que a gente conheceu né?

 

-- Ela tem muito da Rebecca de antigamente, mas realmente sobre várias coisas ela mudou... É uma mulher muito mais decidida e de personalidade forte, diferente daquela menina indecisa e medrosa de antes. Mesmo assim permanece aquela mesma menina doce e simpática.

 

-- Se você diz... Bom vamos trabalhar isso sim.

 

-- Vamos

 

Carol estava no quarto com Victoria, ao menos as visitas ficaram melhor. A baixinha falava sem parar.

 

-- Vick eu comprei uma coisa pra você... - disse sorrindo e abrindo a mochila lentamente, retirando um embrulho de lá - Sei que você adora, apesar de ser horrível - fez uma careta e abriu o pacote tirando um brigadeiro delicioso - Sente o cheiro... - aproximou o doce perto da boca da prima - Hum... Uma delícia hein... Você bem que poderia acordar agora e pegar esse doce da minha mão e depois você poderia me falar essas suas coisas de nerd que eu fico boiando... Mas quando você fala essas coisas sempre acaba sorrindo e seus olhos ficam brilhantes... Confesso que nunca escutava o que você dizia, só gostava de ficar te olhando - disse sorrindo.

 

Carol escutou a porta se abrindo e virou para ver quem era.

 

-- Oi Carolina - Elise disse simpática e sorrindo.

 

-- Oi Elise...

 

-- Como está essa nossa menina linda? - Elise falou simpática.

 

Carol fez muxoxo.

 

-- Na mesma.

 

Elise reparou no doce na mão de Carol.

 

-- Hummm... Que delícia - apontou para o brigadeiro na mão da baixinha.

 

Carol encarou o doce e sorriu tristemente.

 

-- Toma...

 

Entregou o doce para Elise que ficou surpresa com a atitude da jovem. Carol e a empresária ficaram um tempo olhando para Victoria em silêncio. Elise comeu o brigadeiro e se despediu de Carol agradecendo pelo doce. Carol ficou novamente sozinha com Vick e voltou a conversar com a médica...

 

E mais um mês se passou...

 

Carol voltou a trabalhar, pois realmente gostava e se distraia muitas vezes.

 

Luiza e Érika agora aguardavam ansiosas que Victoria respondesse as várias tentativas, mas nada havia mudado. Ao menos no lado do amor, tudo era flores para as primas. Érika estava feliz com Bia e Luiza então..  Era a felicidade em pessoa ao lado de Rebecca.

 

Era aniversário de 21 anos de Carol e todas as meninas haviam se reunido para fazer uma pequena festinha, apenas para essa data não passar em branco. Todas estavam reunidas novamente, Luiza, Rebecca, Érika, Beatriz, Lia, Murilo, Jonas e até Gabriela que era o assunto do momento, sem esquecer a aniversariante, que estava sorrindo um pouco mais.

 

-- Então você agora é uma mulher divorciada? - Bia perguntou.

 

-- Sim! Graças ao meu bom Deus, estou livre daquele lixo do Rafael Castilho - Gabriela não disfarçava a felicidade.

 

-- Quanto amor hein - Érika falou irônica.

 

-- Ai Érika... Se tem uma coisa que nunca teve nessa história toda com o Rafael foi amor... A única coisa boa da minha relação com ele foi o Victor.

 

-- Falando nisso e como ficou a situação da guarda do Vitinho? - Luiza.

 

-- No início, quando pedi o divórcio, Rafael me ameaçou de várias formas, inclusive ameaçando tirar o Victor de mim, mas eu também tenho minhas armas... Sei de quase todos os podres dele, então ele acabou ficando pianinho e aceitou tudo o que eu disse e no final acabou concordado que isso era o melhor, ele nunca fez muita questão do filho mesmo... Hoje estou muito aliviada.

 

-- Então já está livre pra outros? - Murilo aproximou-se interessado.

 

Gabriela riu.

 

-- Sinto muito Murilo, mas já estou comprometida e mesmo se não estivesse você não faz meu tipo.

 

Murilo a encarou fazendo uma cara cômica.

 

-- Que?? ... Eu sou o tipo de todas! - disse exibido.

 

-- Meu você não é - Érika.

 

-- Nem o meu - Rebecca disse rindo.

 

-- Idem - Bia e Luiza.

 

-- Ahhh vocês não contam... Nem gostar da fruta vocês gostam! 

 

-- Então eu também não conto - Gabriela falou rindo.

 

-- Pera lá... Tu também é?

 

-- Sim.

 

-- Puta que pariu... To no meio de um monte de gatas e nenhuma gosta de pinto... Ohh desperdício hein.

 

-- Você é um babaca! - Érika estava irritada.

 

-- Ihh calma ai, priminha... É só brincadeira.

 

-- Então você está se relacionando com uma mulher? - Rebecca estava interessada.

 

-- Sim. Já estamos juntas há dois meses. Estamos felizes e eu estou apaixonada - suspirou.

 

-- Nossa Gabi... Feliz por você - Luiza falou apertando a mão da amiga.

 

-- Já estava na hora de sair do armário mesmo, tá com quase trinta na cara - Érika disse irônica.

 

-- Eu já deveria ter saído há algum tempo, Érika. Mas quem eu queria de verdade nunca me quis - encarou Luiza que ficou sem graça - Mas o coração dessa pessoa sempre esteve ocupado - disse olhando para a ruiva.

 

Rebecca sorriu ao ouvir isso deu um pequeno selinho em Luiza.

 

-- Ainda bem que você já está com outra pessoa e esqueceu a Luiza, afinal, ela tem dona e eu não divido o meu amor com ninguém! 

 

-- Amor! - Luiza a repreendeu.

 

-- Só estou deixando as coisas claras, meu amor.

 

-- Tudo bem, Luiza. A Rebecca está certa... Tem que cuidar mesmo - Gabriela levou tudo na esportiva, afinal, Rebecca tinha um pouco de razão mesmo.

 

A conversa mudou e o assunto agora era Murilo que também estava divorciado e curtindo a vida, como ele mesmo falava. Carol estava na enorme varanda do apartamento, adorava o vento que batia ali. Lia fazia companhia a baixinha e as duas comentavam sobre as proezas do passado.

 

-- Lembro que rolou atrito assim que a gente se viu - Lia disse rindo.

 

-- Lógico você me chamou de bebê e ainda falou que a Luh era minha babá, fiquei irada - Carol falou fazendo biquinho.

 

Lia gargalhou alto.

 

-- Eu fiz isso apenas pra te encher. Adorava a sua carinha bravinha. Quando eu te vi... Te achei super linda, aquele rostinho corado do sol, cabelo uma bagunça... Simplesmente perfeita!

 

-- Eu tava horrível, Lia!

 

-- Não... Tava perfeita... Acho que foi ali que me apaixonei por você.

 

-- E eu te achei muito linda, apesar de arrogante.

 

As duas riram.

 

-- Apesar de tudo... O tempo que namorei com você foi lindo – Lia falou pensativa.

 

-- Foi mesmo... Você foi minha primeira em tudo... Eu te amei muito, mas...

 

-- Nunca foi intenso... Você  nunca se apaixonou por mim.

 

-- É por ai...

 

-- Isso é passado.

 

-- Sim.

 

-- Quando eu conheci a Victoria logo percebi o enorme sentimento que existia entre vocês. Percebia de longe o grande amor que sua prima tinha por  você, ela te olhava com devoção, confesso que isso me incomodava pra cacete, porque esse era o mesmo olhar que você dirigia a ela... Vocês sempre estavam dispostas a fazer tudo uma pela outra, quantas vezes eu fui abandonada pra você ficar junto dela e eu sempre aguentava tudo e tal. Depois que a gente terminou as coisas ficaram ainda mais visíveis. Só não entendia o porquê das duas não ficarem juntas, mas acho que isso foi por causa do medo, eu até entendo... Hoje vendo você simplesmente dedicada a ela, percebo o tão grande é esse amor... Você me lembra a ela quando você ficou doente, nunca vi menina mais dedicada a você do que ela, e posso dizer a mesma coisa de você agora. Depois de todo esse tempo, as duas merecem ser felizes e com toda a sinceridade desejo isso a vocês.

 

Carol estava emocionada e abraçou Julia apertado.

 

-- Obrigada por tudo, Lia.

 

-- Obrigada por tudo, Carol - Julia também estava emocionada.

 

As duas se juntaram ao grupo e todos estavam descontraídos. Luiza estava em seu quarto com Rebecca, as duas estavam no maior amasso, as mãos da médica já estavam por baixo da blusa de seda da ruiva, quando pensaram em avançar um pouco mais, o celular de Luiza começou a tocar, claro que a jovem poderia ignorar, mas ela era médica e podia ser algo importante e mesmo não querendo parou o que estava fazendo e atendeu. Luiza ficou um tempo escutando o que a pessoa dizia. Rebecca que a observava ficou preocupado com estado que seu amor estava ficando. Luiza não demorou muito e desligou. Estava perdida em pensamentos sem reação alguma, lágrimas em abundância começaram a rolar pelo seu rosto e  isso deixou a ruiva desesperada.

 

-- My God! O que houve Luiza? O que aconteceu? Amor....

 

Luiza abraçou Rebecca apertado e a beijou delicadamente e disse com toda a emoção do mundo.

 

-- Ela acordou...

 

Rebecca entendeu e abriu um lindo sorriso.

 

-- Finalmente.

 

Luiza levantou-se rapidamente passando a mão sobre a roupa.

 

-- Preciso ir para o hospital.

 

-- Claro, amor.

 

As duas seguiram para a sala onde todos ainda estavam por lá. Carol riu das duas e disse ironicamente.

 

-- Tava bom lá né.

 

Rebecca corou e Luiza ignorou se aproximando de Érika.

 

-- Doutora temos uma emergência - disse com um meio sorriso.

 

-- Agora?... Putz... Médicos tem que ter muita energia viu... Deixa eu só me ajeitar um pouco, sorte que não bebi nada e...

 

Érika foi cortada por Luiza.

 

-- A Vick acordou.

 

O silêncio foi enorme entre todos. Até Carol abrir a boca.

 

-- Vou com vocês! - disse categórica e com uma enorme emoção na voz.

 

Ninguém ousou discutir. Foram as três para o hospital e os outros foram para suas devidas casas, menos Bia e Lia que iriam dormir no apartamento das médicas.

 

Carol chorava em silêncio no banco de trás, enquanto Érika dirigia atenta e Luiza pensava em várias coisas ao mesmo tempo, tudo relacionado a Vick. Carol disse baixinho em agradecimento.

 

-- Obrigada, meu Deus... Esse sem duvida é meu melhor presente... Vi.. Você voltou pra mim, minha chatinha perfeita...

 

Fim do capítulo