O domingo foi perfeito, eu e Liara passamos o dia inseparáveis.

 

Na segunda ela teve que retornar para casa, eu ainda estive que ficar, pois ainda pediria demissão e precisava organizar todo o resto.

 

Despedimos já com saudades.

 

Durante a semana conversávamos pelo telefone, ela havia negociado uma casa, esta não morava ninguém há um bom tempo e precisava de uma reforma antes de nos mudarmos.

 

Como precisava de um tempo para sair da capital pareceu perfeito, tudo estaria pronto em 15 dias.

 

Não vendi meu apê, mas levaria alguns móveis para a minha nova casa, e quando voltasse a capital teria onde ficar.

 

Em uma quarta-feira parti, meus pais iriam no sábado para o almoço em família. Ainda não conhecia a casa que moraria, mas Liara havia me enviados fotos.

 

Como sempre fazia, deixei meu carro no estacionamento e levei uma mochila, depois pegaria as malas, mas não me esqueci de um buque de flores, que fiquei “devendo” da outra vez.

 

Liara me esperava na casa dos pais, pois fiquei de ir direto para lá.

 

Fui recebida por abraços, Liara me beijou e agradeceu o buquê. Já seus familiares me abraçavam saudosos, pois fazia um bom tempo que não os via.

 

-- Amor, acho melhor dormimos aqui hoje porque o cheiro de tinta ainda está forte.

 

-- Tudo bem por mim.

 

-- Tá cansada? Quer tomar banho ou comer algo?

 

-- Não querida, obrigada!

 

Avisei que havia trazido presentes para todos, mas entregaria só no dia seguinte, pois o carro estava cheio de objetos.

 

Entrei no quarto de Liara e deitei em sua cama um pouco cansada, mas logo alguém bateu na porta.

 

-- Posso entrar? -- era Liara brincado.

 

-- Se o quarto não fosse seu, eu não deixaria! -- falei e ela entrou.

 

-- Ah! Então não me quer deixar entrar! -- sorri e ela abaixou-se para me beijar -- Meus pais te encheram de perguntas?

 

-- Gosto de respondê-las, não são iguais da minha mãe.

 

-- Isso é verdade, e o quê Yure tanto conversava com você?

 

-- Ela me cobrava uma coisa que prometi.

 

-- Sei... Já que não quer me contar... -- beijou-me não concluindo.

 

-- Você tem ainda roupas minhas aqui no seu quarto? -- perguntei.

 

-- Sim, todas que você deixou.

 

-- Bom, porque não quero ir no carro, peguei a mochila errada! -- sorri e ganhei mais um beijo.

 

-- Quer ajuda no banho?

 

-- Amor...

 

-- Estamos em lua de mel não?! -- ela questionou.

 

-- Mas estamos na casa dos seus pais ainda.

 

-- E qual o problema?! Já estamos casadas e pronto.

 

-- Amor você tá muito ninfo...

 

-- Nem termina, toma seu banho aí sozinha...

 

Ela jogou-me uma toalha limpa e saiu do quarto.

 

Encostei a toalha sob minha cabeça e acabei adormecendo.

 

******

 

Acordei pela manhã sendo abraçada por Liara.

 

Tentei sair e ela me segurou.

 

-- Não tomou banho né? -- falou em meu ouvido.

 

-- Dormi -- falei sem graça.

 

-- Percebi.

 

Ficamos por um tempo deitadas e nos curtindo.

 

Só após um café recheado de frutas que, enfim, fui conhecer minha nova casa. Meus cunhados também queriam ir, mas Liara disse que era nosso momento e logo eles não insistiram.

 

A casa era bem modesta, de cor branca, apenas um quarto com banheiro, uma cozinha e uma sala, de um lado da casa tinha uma pequena varanda. Ali na Aldeia não precisávamos de muito, além disso, os móveis eram também simples, mas aos poucos poderíamos mudar.

 

-- Gostou? -- ela me abraçou por trás.

 

-- Muito, achei perfeita!

 

-- Te amo porque você é simples... -- me beijou, da sala fomos aos beijos para o quarto, não precisou dar muitos passos.

 

Liara me empurrou para a cama ficando sobre mim, retirou minha roupa não desviando seus olhos dos meus.

 

-- Vou te fazer muito feliz -- ela sussurrava.

 

-- Você já faz -- respondia.

 

Ela passou sua língua em todo meu corpo, queria senti-la em mim e pedi.

 

Liara conduzia meu corpo perfeitamente, era extremamente habilidosa e sabia me proporcionar prazer mutualmente.

 

A primeira noite em nossa casa, foi perfeita, nos amávamos e conversávamos, queria saber detalhes de como ela tinha organizado tudo e ela queria saber a história da recusa de minha demissão, iria continuar trabalhando, mas vitualmente e a distância agora.

 

*****

 

Com o fim de semana, o almoço em família estava sendo servido.

 

 Mamãe havia vindo com meu pai e também com a Karin, uma amiga que faria o site e que apresentei ao meu cunhado, ele estava todo derretido por ela.

 

Karin era loira, logo quando chegou já foi se ambientando a ficar nua, não só ela como mamãe e papai, que já estavam envolvidos com o naturismo.

 

Estávamos na varanda da casa dos meus sogros, abraças só observando e rindo.

 

-- Amor sabe o que eu vou fazer? -- Liara disse chamando minha atenção.

 

-- O quê?

 

-- Uma tatuagem.

 

-- Ah, não!

 

-- Já decidi o que vou fazer.

 

-- Não quero você tatuada.

 

-- Amor você não manda em mim.

 

-- Mas amor, não gosto de tatuagens.

 

-- Já decidi Pillar, para de ser chata!

 

-- Onde vai fazer? -- rendi-me.

 

-- O local no corpo ainda não decidi, mas vou fazer com sua mãe, decidimos fazer uma igual.

 

-- Tinha que ter adivinhado que mamãe estava no meio.

 

-- Para de implicar, amor!

 

-- O que vão tatuar?

 

-- Um sol, mas estou em dúvida no modelo também.

 

-- Quando irão fazer?

 

-- Na próxima vez que eu for para capital.

 

-- Nossa! Planejou tudo e só me conta agora?

 

-- Por que será né? Acho linda a rosa que sua mãe tem nas costas.

 

-- Não quero que fique um álbum igual mamãe está ficando, será só essa tá? -- ela concordou e me beijou.

 

Agora tinha que ficar de olho em mamãe, pois daqui a pouco ela transformaria a Liara em uma cópia dela. Não que eu seja tão dura com ela, mas conhecia muito bem a mãe que tinha.

 

Após o almoço meus pais ficariam hospedados no meu sogro, pois eram convidados deles, assim Karin também ficou.

 

-- Está feliz filha?! -- era mamãe que havia se aproximado quando Liara havia saído de perto.

 

-- Muito!

 

-- Ela é tão perfeitinha! Acho que não faria escolha melhor.

 

-- Obrigado! -- agradeci a opinião da minha mãe.

 

-- Sabe... Fui convidada para ficar mais uns dias! A família dela é tão gentil.

 

-- Sério?! Mãe não faz nenhuma maluquice tá?!

 

-- Não sou maluca!

 

-- Só um pouquinho né?!

 

-- Certo, não farei e nem falarei nada de mais.

 

-- Tudo bem, então!

 

-- Agora me responda, você não vai pedi-la em casamento oficialmente?

 

-- Não, mamãe! Não precisamos disso agora.

 

-- Como não? Por acaso você perguntou a ela?

 

-- Não, mas isso agora não é importante para nós.

 

-- Acho que nunca te entendo!

 

-- Nem eu a senhora! -- rimos.

 

Era verdade, nos dávamos bem, mas quase sempre não concordávamos com a mesma coisa, éramos muito diferentes.

 

Do almoço passou para um jantar, meu pai havia levado algumas bebidas e acabaram todos animados dançando e tocando violão.

Nem preciso falar quem começou a dançar e incentivar todos né?!

 

-- Não aguento mais esses passinhos que sua mãe dança, são hilários! -- Yure falou em meu ouvido gargalhando.

 

Também não aguentava, acaba me rendendo e curtindo as maluquices da minha mãe.

 

-- Primeira vez que bebo álcool sabia?! -- quando caminhávamos para casa Liara confessou.

 

-- Sério? Está se sentido bem?!

 

-- Não sei! -- sorriu -- Sinto tão leve! -- sorriu mais.

 

-- Mamãe te embebedou?!

 

Liara só sorria, ajudei ela no banho e claro que ela não quis só o banho.

 

-- Vamos ao mar?!

 

-- Liara!

 

-- Venha! -- ordenou.

 

Fui atrás dela, já estava tarde da noite.

 

-- Não fica aí fora! -- ela gritava d’água.

 

Dessa vez não resisti e fui tomar banho com ela... Nua. Não tinha ninguém por perto mesmo.

 

No mar fizemos amor, Liara estava um fogo sob a água, não queria raciocinar e muitos menos lembrar as regras que ela mesma sabia de cor.

 

-- Havia sonhado uma vez... Nós duas aqui...

 

-- Hum... Então isso não tem nada haver com bebida?

 

Ela balançou a cabeça negativamente, foi à deixa para continuarmos mais um pouco no mar e mais uma vez nos amar.

 

*******

 

Um mês depois...

 

-- Amor, vou andando!

 

-- Certo, já estou indo -- respondi.

 

Era aniversário da minha cunhada e haveria uma festinha, com a minha demora no banho Liara foi sozinha na frente. Até gostei, pois iria fazer uma surpresa.

 

Depois de tanto tempo conhecendo as pessoas dali, convivendo diariamente com o naturismo, me sentia na obrigação de está “livre”, mas demorei tanto a me sentir assim que minha atitude seria surpresa de verdade a todos. Havia superado todos os quesitos de resistência que existia na minha personalidade, agora me sentia completa e totalmente à vontade.

 

Penteei os cabelos, calcei as sandálias, peguei o presente que era um ursinho, possivelmente a Liara não iria gostar muito do presente da irmã, logo saí.

 

******

 

Caminhei em passos largos, a sensação era de liberdade, o vento batendo em meu corpo era ótimo,  alguns conhecidos me cumprimentava e eu de cabeça erguida sorria.

 

A recepção dos meus sogros foi natural, mas claro que um comentário pela surpresa.

 

-- Ficamos felizes que esteja se sentindo finalmente em casa -- meu sogro falou.

 

-- Obrigada! -- agradeci e logo meus olhos pausaram-nos da minha esposa.

 

Liara me olhava curiosa, deveria está se perguntando como resolvi “me mostrar” assim do nada.

 

-- Aê, cunhadinha! -- Ynês abraçou-me, pois um grito -- Antes tarde do que nunca!

 

Com ela ao meu lado aproveitei e entreguei seu presente.

 

Liara chegou até mim e abraçou-me, mas não comentou nada.

 

O aniversário da minha cunhada foi muito divertido, Liara só comentou minha nudez quando chegamos em casa.

 

-- Está se sentindo bem mesmo? -- ela perguntou.

 

-- Muito! Por quê? -- fingi que não havia acontecido nada.

 

-- Porque não me contou que já havia se decidido.

 

-- Porque perderia a graça de ver sua expressão, foi tipo: “Meu Deus! Como ela não me conta nada? Ainda tenho que me segurar aqui para não pular nela”.

 

-- Então se divertiu comigo né?! -- ela disse manhosa.

 

-- Sim, e me divertirei mais agora...

 

Fui a empurrando para o nosso pequeno sofá, entre nossos beijos a via sorrindo, sussurrando incansavelmente que me amava como sempre fazia. Deitei-a e fiquei com meu corpo sobre o dela, da sua boca passei para seu pescoço e desci para seus seios, ela começava a se alterar e sua respiração falhar, era sinal que queria mais contato, e assim fiz. Massageei seu clit*ris e sentindo-a cada vez molhada penetrei-a dois dedos, calmamente iniciei um vai e vem, Liara soltava alguns gemidos e me arranhava as costas. Comecei a rebol*r em sua perna e continuando as entocadas, mutualmente goz*mos. Não parei, desci para seu sex* e suguei tudo que havia ali, nesse tempo Liara voltava a querer mais “carinho”, dessa vez além dos meus dedos utilizei minha boca fazendo-a chegar ao orgasmo novamente.

 

-- Amor! -- chamou-me atenção.

 

-- Fala carinho!

 

-- Eu te amo! -- sorriu me olhando.

 

-- Eu também!

 

-- Sabe... -- ela falou e deitei ao seu lado -- Não sei o que vou fazer para me concentrar, porque vê-la nua o dia todo será difícil -- ela confessou.

 

-- Pois é, sei bem como é uma tentação dessas -- sorri -- Mas também sei resolver.

 

-- Como?!

 

-- Só você me chamar aqui e resolvemos...

 

-- Perfeita ideia! Por isso que te amo, você é uma solucionadora de problemas! -- disse gargalhando.

 

-- Que mente interesseira -- entrei na brincadeira -- Mas eu te amo de qualquer jeito.

 

Agora foi a vez de ela fazer tudo que eu havia feito, mas, com requinte de provocação. Abusou de sua língua e unhas em meu corpo, me fez ficar de bruços e iniciou seu completo domínio sobre mim.

 

Neste dia descobrimos que nenhuma distância importa, nenhuma filosofia de vida é o bastante para impedir um amor, nenhuma insegurança é definitiva e que só não precisamos nos render a “qualquer” obstáculo, pois o amor pode e deve superar tudo, mas quando existe.

 

 

FIM!

 

Fim do capítulo