-- Tenho tanta coisa para te perguntar... -- falei a olhando quando ela se divertia comendo folhas variadas em seu prato.

 

-- Também tenho! Mas faço questão de responder primeiro -- ela falava e aquela voz doce dela chegava ao meu ouvido como música.

 

Logo veio o prato principal, era uma macarronada integral com strogonoff vegetal.

 

-- Vai passar alguns dias comigo? -- perguntei.

 

-- É um convite?

 

-- Pode ser, mas quero saber sua resposta antes de fazê-lo.

 

-- Certo, ficarei até segunda.

 

-- Hum... Então temos que fazer compras?

 

-- Pois é, você não come em casa, sua geladeira não tinha nada além de água.

 

-- Amor quase não fico em casa! -- quando percebi que havia a chamado de amor ela já estava sorrindo.

 

-- Eu sei amor... -- ela disse e continuou sorrindo.

 

Comemos a sobremesa em silêncio, adorei, nunca havia provado antes, era arroz doce com banana.

 

Realmente já a sentia como namorada novamente, saímos do restaurante e fomos ao supermercado fazer algumas compras. Ela escolhia tudo, prometera fazer um belo jantar para nós. Durante a tarde que passamos juntas não conversamos sobre o passado, mas quando chegamos em casa ela iniciou o assunto.

 

-- O clima está bom, mas prefiro conversar o que evitamos o dia todo -- Liara falou e me puxou para sentarmos na cama -- Quero começar me desculpando por ter dito que você não respeitava minha filosofia, errei muito, sei que respeita, mas queria te machucar -- seus olhos encheram de lágrimas.

 

-- Te desculpo! -- a abracei -- Você me magoou e me decepcionou muito naquele dia, mas eu te amo demais! -- dessa vez ela que me abraçou -- E o Caio? -- perguntei.

 

Ela suspirou, senti que ela ficou tensa.

 

-- Aquele beijo que você viu eu correspondi, mas não aconteceu nada antes e nem depois dele, foi o único entre mim e o Caio -- colocou uma mecha dos cabelos escuros atrás da orelha -- Ele vinha insistindo para termos algo, e como eu estava insegura com você acabei correspondendo.

 

-- Então a culpa foi minha?! -- não resisti.

 

-- Pillar não comece com sua ironia, estou falando o que senti.

 

-- E o que acha que eu senti quando vi você beijando aquele cara? Você não faz ideia o quanto sofri...

 

-- Me perdoa amor! Estava em um momento escuro, não enxergava a verdade, só acreditava no que eu queria.

 

-- E me fez sofrer esse tempo todo... -- nesse momento eu já chorava e ela também.

 

-- Sofri muito também... Meu orgulho não deixava te procurar.

 

-- Como você me encontrou no bar?

 

-- Você trocou seus números então liguei para sua mãe, ela me contou como você andava se comportando e não pensei duas vezes em vir -- passou a mão em meu rosto -- Cheguei aqui e você não estava, fui até minha sogra e também não estava lá, ela me aconselhou a te procurar nos bares do centro, então saí em cada bar até te encontrar -- sorriu.

 

-- E encontrou...

 

-- Muito bêbada! Ainda quer casar comigo? -- ela me perguntou sentando-se em meu colo e chegando ao meu ouvido.

 

-- Está me seduzindo para eu responder sim, acha que é assim tão fácil?! -- quando eu falava ela aproveitava-se do meu pescoço.

 

-- Não consegui fazer outro plano, minha intenção é te reconquistar.

 

-- Se eu aceitar... -- beijei delicadamente seus lábios -- Onde vamos morar?

 

-- Na Aldeia, claro!

 

-- Hum... A Senhorita não está com esse crédito todo para me levar para lá... Não quer ficar aqui de vez? -- perguntei, mas imaginava a resposta.

 

-- Vamos ter que conversar sobre isso de novo? -- ela mostrou-se cansada.

 

-- Não... Porque irei morar com você! -- falei decidida.

 

-- Verdade?!

 

-- Sim! -- respondi, para em seguida ser “devorada” pela boca de Liara que rapidamente buscou a minha.

 

Após infinitos beijos, fomos tomar banho regado a muito carinho, nada aconteceu, pois ela faria nosso jantar e afastou-se de mim.

 

Liara saiu do banheiro e eu ainda fiquei no mesmo, novamente minha vida havia mudado.

 

 No quarto me troquei e me perfumei, depois saí atrás de Liara na cozinha.

 

Cheguei lá e ela desligava o telefone.

 

-- Liguei dando notícias a mamãe -- ela disse me abraçando.

 

Liara havia penteado os cabelos e se enxugado, já estava nua como eu gostava de vê-la.

 

-- Contou a ela?

 

-- Sim, ela ficou muito feliz, disse que tínhamos de marcar um almoço com nossas famílias.

 

-- Vamos fazer isso, mas agora... Quero um beijo, na verdade dois... Três... -- fomos interrompidas pela campainha.

 

Minha mãe que chegou, a deixei entrar, não tinha escolha...

 

-- Fiquei preocupada Pillar, não me deu notícias!

 

-- Desculpa mamãe, acabei esquecendo!

 

-- Sei... -- minha mãe percebeu meu sorriso.

 

Logo entrou e foi conversar com Liara, que a convidou para acompanhar no jantar.

 

 

Mamãe ajudou Liara com os legumes, nisso, contei a ela a novidade de ir morar na Aldeia, ela adorou e nem preciso dizer que além de aceitar o almoço oferecido pelos pais de Liara, ainda se convidou há passar uns dias na nossa casa, assunto esse que eu e Liara precisaríamos resolver logo como faríamos.

 

 

O jantar estava sendo ótimo até mamãe começar as perguntas dela nada convenientes.

 

-- Liara me responda uma coisa... -- Liara a olhou -- O que você usa naqueles dias? Sempre tive curiosidade em saber.

 

-- Mamãe!

 

-- Deixa amor, respondo...

 

-- Desculpa a indelicadeza, mas sempre tive curiosidade em saber e agora que somos mais do que nunca parentes...

 

-- Tudo bem, eu particularmente uso absorventes, calcinha, biquínis...

 

-- Ah! Entendi, posso fazer mais uma pergunta?

 

-- Mamãe olha lá...

 

-- Quando um rapaz fica excitado, o que acontece? Ele é penalizado ou existe outra coisa do tipo?

 

-- Mamãe que pergunta hein?!

 

-- Minha sogra não punimos, só pedimos descrição, quando o membro fica ereto aconselhamos entrar no mar, se sentar, se cobrir, coisas assim.

 

-- Muito interessante, quando me aposentar vou ser totalmente naturista, amo a filosofia de vocês.

 

-- Mamãe!

 

-- Para de me chamar, estou conversando com minha nora, posso?

 

-- Tem mais alguma dúvida? -- Liara dava corda a ela.

 

Levantei e comecei lavar a louça, enquanto mamãe continuava seu interrogatório.

 

-- Quem fez ou faz as regras do Naturismo? -- mamãe continuou.

 

-- Seguimos FBrN(Federação Brasileira de Naturismo), mas claro que cada praia também tem suas regras próprias, assim temos as nossas particulares que são realizadas a partir de um conselho, temos estatutos, tudo bem organizado.

 

-- Cada vez fico mais fascinada! -- mamãe dizia.

 

Esta só se despediu bem tarde da noite, e só foi embora porque no dia seguinte tinha um aniversário de uma amiga.

 

-- Sua mãe é uma figura! -- Liara me disse deitando-se na cama.

 

-- É sim -- deitei-me também -- Por isso que sou tão chata, o lado engraçado ficou todinho com ela.

 

-- Você não é chata, só um pouquinho séria.

 

-- Sou é?!

 

Ela confirmou com a cabeça e me puxou para ficar sobre ela, quando ela me puxava assim sabia exatamente o que ela queria...

 

Lentamente tirei minha roupa sobre ela, que mordia seu próprio lábio em desespero, percorri seu corpo com minha língua, queria deixa-la bem excitada, ela correspondia gem*ndo, encaixei nossos sex*s e comecei a rebol*r lentamente, ela me arranhava e eu começava a intensificar o contato em nosso sex*s, sussurrei que a amava e ela com a respiração ofegando disse o mesmo, no ritmo alucinante goz*mos momentaneamente.

 

Estávamos com muita saudade reprimida por tantos dias, Liara não queria parar e confesso que eu muitos menos. Toda as noites chegamos ao orgasmo de várias maneiras, os dias que Liara passou comigo foram intensos,  não só nos amávamos, mas também fazíamos planos e imaginávamos como seriam nossos próximos dias.

Fim do capítulo