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Minha Doce Empregada por XenAry

Ver comentários: 2

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Palavras: 1918
Acessos: 4909   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

 

Capítulo 1

Juliana considerava seu casamento nada excepcional. Imaginava que essa era uma característica comum dos matrimônios por causa do passar dos anos.  Tinha poucas amigas, nunca soube lidar muito bem com popularidade, por isso guardava debaixo de sete chaves a amizade fiel de Alice e Vitória; ambas casadas mas com modos de vida completamente diferentes. Vitória era reservada, conservadora, frequentava a igreja semanalmente e tinha dois filhos. Alice sempre cultivou a liberdade e levou isso pra dentro do casamento; vivia em uma espécie de poligamia regrada; saia com outros homens na companhia ou não de seu marido e praticava troca de casais com frequência;  não tinha filhos e nem a pretensão de tê-los um dia.  Juliana conhecia as duas como a palma de sua mão e respeitava a decisão de levar a vida do modo que cada uma desejava e se considerava o meio termo entre o exagero de uma e a chatice de outra.

Ju se formou em letras e sempre sonhou em escrever livros de romance, mas nunca conseguiu o apoio de editora alguma, por isso resolveu dar aulas de literatura para o ensino médio de uma escola particular da cidade.  Casou aos dezenove anos e raramente se arrependia dessa decisão, pois de qualquer modo, apesar de algumas brigas e pouca química sexual, Ju sempre foi bem tratada e jamais descobriu traição alguma de Mário. Falando nisso, Mário era um Advogado de grande renome que  conseguira dar a sua esposa a casa de chácara que ela tanto sonhou, assim como carros do ano e muitas viagens, mesmo que ele não estivesse em todas.

Apesar dos pesares, Mário era um homem bom que zelava pelo bem estar da família e se preocupava muito com o problema da esposa em não poder ter filhos. Entrou em uma fila de adoção há cerca de um ano para que conseguisse dar o prazer a Juliana de ser mãe.  Mas esse era um processo demorado e Ju tentou não focar muito nisso, muito por medo de criar grandes expectativas fora do tempo certo.

Era um casal que frequentava algumas festas da sociedade, mas não costumavam sair de casa para ir ao teatro, por exemplo. Mário não tinha muito tempo, mas sempre pagava o ingresso de Alice e Vitória para que fizessem companhia a amiga. E quando sobrava tempo, o marido preferia ficar em casa na piscina ou curtindo um carteado com os amigos na sala de jogos  com muito whisky e charutos.

Juliana não era de família rica e detestava aquela coisa de ter milhares de empregados em casa como sua sogra. Sempre teve uma empregada e uma cozinheira, nada além.  A propósito, ela sabia cozinhar, mas tinha preguiça. Mário não comia muito em casa e cozinhar para si era algo demasiadamente sem graça. Teve poucas empregadas que pararam no serviço por muito tempo, no máximo ficavam três, quatro anos e pediam demissão. Ju sofria muito pois sempre cultivou uma amizade com suas funcionárias e não sabia lidar com essa separação um tanto quanto repentina. Ela entendia, a casa era grande,  o trabalho era muito e mesmo que o salário fosse bom, ninguém aguentava por muito tempo.

Há dois dias uma nova funcionária foi contratada. Juliana viu o anúncio em um jornal da cidade e pelas referências, a mulher era exatamente o que ela precisava: cozinheira e faxineira; dois em um! Obviamente que o salário foi duplicado e foram colocados valores para horas extras e adicionais noturnos, caso necessitasse. A entrevista foi  realizada por Mário em seu escritório e logo na segunda ela já estava trabalhando pontualmente às 9 da manhã.

Juliana não conheceu a mulher, apenas sabia que seu nome era Daniela e que tinha cerca de vinte e cinco anos. Achou muito nova, mas desconsiderou esse fato ao lembrar-se que também precisou trabalhar cedo para se sustentar; e o que realmente importava era a qualidade do trabalho a ser feito.

Na segunda, quando Daniela começou o trabalho, elas apenas se encontraram no portão de casa quando Ju estava saindo para dar aulas; quando chegou, a moça já tinha ido embora. Ju checou alguns cômodos da casa e ficou estupefata com a limpeza. Mário havia feito uma agenda de tarefas e tudo estava completo. A professora então respirou aliviada por ter contratado alguém eficaz e correu para a cozinha afim de beliscar algo na geladeira, como sempre fazia quando chegava depois da academia. Na geladeira, ela encontrou pratos prontos, cobertos e organizados juntamente com um bilhete à caneta que dizia

“Sra. Juliana Dominatto, me atrevi a cozinhar uma janta para vocês. Espero que gostem. Ass Daniela.”

A letra era delicada e levemente voltada para o lado esquerdo. Juliana sorriu e achou muito carinhoso da parte da funcionária surpreendê-la assim, ela pensava que não faziam-se mais seres humanos assim. Seu sorriso foi extremamente maior quando ela encontrou um estrogonofe de frango esperando para ser esquentado e comido. Depois de se fartar, Ju deixou um recado também para Daniela

“Srta. Daniela Correia, a janta estava magnífica! Muito obrigada.”

Na terça elas também não se encontraram. Dani chegou e Juliana já estava no laboratório fazendo seus exames anuais de prevenção. Ela já tinha quarenta e cinco anos e não deixava de se cuidar de forma alguma. Ao chegar em casa, outra comida a esperava na geladeira, juntamente com uma torta de morango, o que deixou  Juliana ainda mais impressionada, pois a casa estava “um brinco”.

Ansiosa para finalmente conhecer sua nova funcionária, Juliana esperou Mário chegar do escritório como de costume e logo foi dormir, não sem antes conversar com Alice pelo Whatszapp e comentar como tinha sorte de ter encontrado uma empregada tão eficiente.

Quarta era o dia de folga de Juliana, ela não tinha adolescentes em crise existencial para atormentá-la nesse dia. Acordou as onze, esparramou-se no lençol e notou a falta usual de Mário ao seu lado. Ao chegar na sala, ainda de pijama , pantufa e o cabelo mal amarrado em uma “piranha”, Juliana teve sua primeira visão real de Daniela, que lustrava os móveis com toda atenção do mundo. Ju parou a poucos metros da morena e percebeu como seus cabelos voavam enquanto ela se movia; eles eram compridos em um tom de loiro escuro e levemente ondulado. Estava frio e ela vestia um casaco com um capuz, calças de ginástica e tênis. Daniela não a notou, pois estava usando fones de ouvido enquanto trabalhava e então, Ju perdeu a noção do tempo em que ficou ali reparando nela, até que se tocou de que tinha que tomar seu remédio de reposição hormonal e caminhou até a cozinha para fazer um chá. Sentou-se em uma das cadeiras tomando seu chá de Camomilla enquanto verificava seus recados recebidos no celular.

- Senhora Juliana?

Uma voz suave e muito feminina a fez retirar os olhos do visor do celular e derramar um pouco de chá na mesa, pelo susto que levou.

- Me desculpa! – a garota se aproximou limpando prontamente o chá em cima da mesa – Não deveria ter chegado assim, de mansinho...

- Imagina... – Ju tentou se recompor e percebeu que um perfume amadeirado vinha de Daniela – Eu estava perdida aqui no celular e não vi você entrando.

Daniela terminou de limpar, colocou-se em pé na frente da sua mais nova patroa e sorriu, enquanto esticava o braço.

- Prazer em conhece-la, finalmente!

Juliana também fez o mesmo gesto e apertou a mão pequena de Dani.

- Então é você que faz eu querer chegar em casa mais cedo para comer aquelas gostosuras?

As duas sorriram e Daniela apresentou um certo rubor nas bochechas.

- Que bom que gostou!

- Onde aprendeu a cozinhar tão bem? – indagou

- Minha mãe. – respirou fundo lembrando-se da sua falecida mãe – Desde pequena ela me ensinava a cozinhar. Ela fazia bolos e pratos quentes para uma instituição de reabilitação vender e arrecadar fundos. Ela me ensinava a bater a massa, a achar o ponto da carne e a plantar cebolinha no fundo de casa. Nós tínhamos até uma horta!

Juliana de repente percebeu que nunca havia conhecido alguém tão entusiasmado com a vida como Daniela. De todas as pessoas que ela conversava, nenhuma se preocupava em detalhar nenhum tipo de informação e respondiam de forma monossilábica na maioria das vezes. Fora o fato dela sorrir enquanto falava, isso realmente deixava Ju encantada com tanta delicadeza.

- Nossa! Minha mãe e eu nunca... tivemos algo assim. – Ju pareceu pensativa – Mas ela me levava pra andar de carrossel.

- Nunca andei de carrossel. Não da tontura?

- Muita! – as duas riram juntas – Mas quando se é criança, parece que você está voando. Em círculos, com tontura, mas voando.

- Sua mãe mora na cidade? – Dani perguntou curiosa

- Mora.  - olhos de Juliana abaixaram encarando o piso do chão e logo se voltaram pra cima.  -Mas ela não se lembra de mim.

- Como não???

A pergunta de Daniela foi “super audível”.

- Ela tem uma doença degenerativa chamada Alzheimer... Ela só se lembra de coisas do passado, mas são poucas.

O semblante de Ju era triste, fazendo com que Daniela se agachasse perto da cadeira onde a professora estava sentada.

- Sabe, tem uma coisa boa aí. – ela encarava Juliana dentro de seus olhos verdes – Quer dizer que ela não se lembra muito das coisas ruins também. E que provavelmente não deve nem saber que está se esquecendo de algo.

- É mesmo. – Ju soltou um sorriso fraco – Mas eu queria que ela soubesse quem sou, pelo menos de vez em quando...

Daniela segurou as mãos de Juliana, que estavam pousadas em seu próprio colo.

- Você sabe a mulher que ela é, não sabe? Não se lembra de todos os momentos que estiveram juntas? Do que ela fez você sentir?

- Lembro... – respondeu pensativa

- Então ela está a salvo. – sorriu

Juliana conseguiu se perder naquele olhar calmo de Daniela. Como alguém que nem a conhecia direito poderia tocar tão dentro de sua alma? Ela não entendia. De repente seus olhos estavam cheios de lágrimas e as lembranças de sua mãe ainda jovem, elegante e feliz surgiram em sua mente, assim como as memórias dos dias ruins, como o de quando seu irmão mais velho morreu em um acidente de carro e de que foi ela quem cuidou da mãe a noite toda.

- Você é incrível... – Juliana soltou enquanto respirava profundamente após limpar o molhado do rosto

Daniela apenas sorriu, levantou-se de forma calma e começou a preparar alguma coisa na pia da cozinha.

- O que está fazendo?

- Algo pra você comer...

- Não precisa! – Ju disse firme – Sério, já tomei meu chá e...

- E ele esfriou.

Uma bandeja com maça, goiaba e  um copo de suco foi colocada em frente a Juliana, que sorriu embasbacada.

- Quem é você? – encarou Dani

- Seu anjo da guarda. – riu enquanto saia pela porta da cozinha –Vou voltar ao meu serviço porque aquela sala não vai ficar limpa sozinha...

Ju ficou ali, estática, encarando a bandeja. Nunca tinha sido tão bem tratada assim na vida. Quer dizer, ela já tinha ganhado um carro com aqueles laços vermelhos, uma casa dos sonhos e várias jóias, mas um café da manhã assim, depois de uma conversa tão profunda... Nunca. E de uma desconhecida!

Sorriu enquanto tomava seu suco de caju, pensando em quantas “Danielas” haveriam por aí no mundo...

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Meu email para críticas: aryazemello@gmail.com


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Comentários para 1 - Capítulo 1:
kerol
kerol

Em: 09/01/2017

Muito interessante esse início, vou continuar acompanhando!

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Mille
Mille

Em: 08/01/2017

Olá

Ju nos surpreendeu com essas escritas e Dani danda asas a sua imaginação depois de ler o livro.
Bjus e até o próximo

Responder

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