Através do Tempo por Nik
Prólogo
Ano de 2016 e seus acontecimentos históricos. Que um dia estarão nos livros de historia dos meus filhos, netos, um dia leram (se é que terei um dia).
Vi a economia despencar, a presidenta perder o mandado para um cara muito pior. Não entendo como as pessoas, as vezes, se deixam ser manipuladas tão facilmente.
- Eu estava deitada na grama divagando em como as coisas vão mal no Brasil e no mundo. Sim gosto de política, acho que todos deveriam se preocupar em saber mais sobre o assunto. Mas naquele momento isso me confortava, o mundo vai pior que minha vida amorosa.
Deixe-me explicar para vocês, a vadia da minha namorada, ou melhor ex, me trocou por um cara que mais parece o Ken da Barbie na vida real. Um Mauricinho de merd*. Mas se pensarmos bem, até que faz sentido.
Ela sempre quis que eu fosse mais feminina (não que eu não seja, sou bastante vaidosa), mas felizmente, nunca fui frescurenta.E o mauricinho que alias estuda comigo, passa mais tempo se olhando no espelho do que prestando atenção na aula.
- Argh. Como ela pode ter me trocado por esse panaca ?!
Estava ali, a horas e horas. Não resisto a uma boa tortura psicológica, e ela mexeu, e muito, com meu ego.
Mas o pior veio em seguida, quando disse que poderíamos continuar tranzando, só que ninguém poderia saber. Tenho cara de consolo e não sabia?!
Juntei o restinho de dignidade que tinha e vim parar aqui.
-Maria Clara, já chega. Para com isso, mulher. Você consegue ser muito melhor que isso. Então levanta essa cabeça, e vai beijar umas bocas. - Meu inconsciente me repreendeu.
Escuto um chiado barulhento e rapidamente começo a ficar molhada.
- Ótimo, só faltava essa, Maria clara. Ta chovendo, meus parabéns!!
Sentei rapidamente na grama molhada, olhando a minha volta, a procura de um lugar para me abrigar da chuva forte e gelida. Como o dia tava otimo, não tinha nada por perto, a não ser umas arvores que não serviriam de muita coisa.
Me levantei e corri em direção de uma arvore gigantesca e com muita folhagem. Eu já estava completamente molhada e tremendo de frio.
- Maldita hora que sai da cama hoje. - Disse assim que consegui chegar em baixo da arvore. Sentei com o corpo apoiado no tronco, abraçando minhas pernas. Trovejava forte, e a chuva parecia que não ia passar nunca.
O céu estava escuro, e eu sentia ainda mais frio com o passar do tempo. Comecei a cogitar a ideia de sair dali, e tentar alcançar meu carro que estava no estacionamento a duas ruas dali.
Mas infelizmente não tive chances de por meu plano em pratica, derrepente um clarão, senti meu corpo queimar, e o claro se fez escuro.
Tudo aconteceu muito rápido, mas ainda pude ver, por um segundo, a arvore pegar fogo. Pouco antes de mergulhar em uma escuridão quente e profunda.
Fim do capítulo
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