CapÃtulo 89
Becca
- Emi? – ela não me ouvia. – Emi? Olha para mim...
- Vai embora... – sua voz era fria.
- Por que?
- Eu não te amo mais... – ela andava apressada e eu atrás, tentando alcança-la.
- Não é verdade! – gritei desesperada.
- Vai Becca... – ela parou e eu fiquei com o corpo dormente.
- Por que tá fazendo isso Emily? – meus olhos embaçaram.
De repente tudo ficava escuro e no momento seguinte, muito claro. Estava em uma rua, totalmente vazia, logo se enchia de gente. As pessoas passavam por mim, mas não tinham rostos. O silencio era perturbador, o ar estava preso em minha garganta. Me ajoelhei desesperada, tentando em vão, respirar. Senti mãos sobre os meus ombros e olhos castanhos me miravam, havia doçura e amor nas orbes.
- Respira, meu amor... – ela sorriu. – Eu estou aqui...
- Emi...
- Calma... Becca... – acordei e era abraçada fortemente. – Isso... Calma...
- O que aconteceu? – o quarto estava escuro. Emi me fitou, mesmo na penumbra, via os castanhos.
- Você estava tendo um pesadelo... – ela beijou a minha testa. – Me assustou. – sua voz era doce.
- Desculpe... – me aconcheguei a ela.
- Tá tudo bem? – ela passava os dedos sobre a minha costa.
- Agora tá... – sussurrei. – Que horas é isso?
Ela me moveu e logo uma claridade invadiu o escuro.
- Cinco da manhã. – ela beijou os meus cabelos. – Meu sono passou...
- O meu também... – disse me afastando.
- Tenho uma ideia para passar o tempo... – a voz dela soou maliciosa.
- Me diga o que se passa nessa cabeça... – me aproximei e beijei o pescoço de Emi.
- Faço melhor do que falo...
E em um movimento rápido, me encontrava com Emi sobre mim, enquanto seus lábios macios beijavam a minha boca com fervor. Emily não dormia vestida, então podia sentir os seios duros se esbarrando ao meu que ainda estava coberto por uma camiseta da banda favorita dela. Em pouco tempo, nossos corpos se tocavam sem nenhuma barreira. Nossos sex*s se esfregavam em um ritmo frenético e de nossas bocas saiam palavras desconexas ou até mesmo sujas. Senti uma onda de prazer invadir o meu corpo, Emi logo depois deitou sobre mim. Sua respiração forte batia em meu pescoço, enquanto um sorriso gigantesco estava estampado em mim.
- Eu quero mais... – ela não perdeu tempo e me beijou com voracidade.
As mãos brincavam os meus seios, deixando os bicos sensíveis. Logo a boca fazia o trabalho que antes era das mãos. Gemi baixinho quando senti a boca quente me devorar com fervor. Gritei com o prazer que a sugada me fez sentir. Segurava os seus cabelos, os segurando com certa força, mas Emi não reclamou. A trilha molhada foi feita até o meu sex* encharcado de desejo por aquela mulher.
- Oh, como você tá molhada... – aquilo me pareceu mais miado.
- Você me deixa assim... – gemi quando senti a língua experiente se chocar contra o meu sex*.
- Delícia...
Perdi as contas de quantas vezes cheguei ao ápice pelos dedos e boca de Emily. Nos amamos com voracidade e paixão. Aquela mulher era tão viciante, fazer amor com ela nunca era igual. Vimos o dia amanhecer, depois que o cansaço nos alcançou, nos abraçamos e ficamos daquela forma.
Acordei sozinha horas depois, tentei me livrar da preguiça e depois sentei sobre o colchão. Estava nua e com os seios marcados. Sorri ao lembrar da boca voraz sobre eles. Olhei para o lado e uma rosa vermelha repousava sobre o travesseiro que Emi deitava. A pegou com carinho e levou até o nariz, inalando o perfume gostoso.
- Emi... – sorri.
Tomei um banho rápido, vesti uma roupa leve e ao sai do quarto, senti um aroma gostoso. Me aproximei da cozinha e ouvi a gargalhada gostosa de Nando. Parei na entrada, enquanto Emi preparava o almoço junto com Marcela e o Fernando assistia a um filme na pequena tevê que minha esposa havia lhe dado.
- Que animação... – ela me olharam.
- Bela adormecida... – Emi veio até a mim. Beijou de leve os meus lábios. – Te amo...
- Te amo... – sorri.
- Tia Becca... Vem ver filme comigo? – o loirinho me chamou.
- Ele não parava de perguntar por você... – Marcela sorriu.
- Então enquanto a mamãe e a tia Emi fazem o nosso rango delicioso, esse gato e eu vamos ver filme. – ele sorriu.
- Senta tia... – fiz o que ele pediu.
- Sim senhor... – Emi me lançou um sorriso sacana e depois fez um gesto sobre o colo.
“Estava falando das marcas que ela deixou”.
- Se comporta... – ralhei com ela, que gargalhou.
Depois de algum tempo, estávamos os quatro na mesa. o almoço foi descontraído, cheio de risos. Marcela nos contava da empolgação de Jaque sobre o centro cultural. O lugar iria abrir as portas logo, dando espaço a muitas crianças.
- Ela tá muito feliz... – Marcela falava com um brilho no olhar.
- A Jaque merece... Já passou tanta coisa. – Emily comentou séria.
- Ela falou com os pais? – perguntei.
- Não... – Marcela suspirou. – Eles não a procuraram e ela não quer vê-los.
- Jaqueline tem um espirito independente, mas espero que um dia eles possam se acertar. – falei com pesar e lembrei do meu pai.
Ele se foi e não pudemos conversar ou qualquer coisa do gênero. Ele agia como se houve um rei em sua barriga, mas era o meu pai. Com todo o seu jeito torto, eu sabia que me amava. Queria ter dito a ele que não sentia ressentimento, que não o queria mal e sonhava com o dia que poderíamos conviver pacificamente. Eu queria ter tido tempo para isso, mas infelizmente aquela doença ingrata o levou.
- Amor? Você tá bem? – Emi me olhava com preocupação.
- Só divaguei... – sorri fraco.
- Mesmo? – ela quis saber.
- Mesmo. – beijei o seu rosto.
- Vou por o Nando para dormir. – Marcela sorriu.
- Vamos ver filme? – Emily segurou o meu rosto. Seus olhos carregavam preocupação.
- Eu posso escolher? – sorri abobada.
- Será terror? – ela ergueu a sobrancelha.
- Com certeza! – sorri e ela fez o mesmo.
- Por isso que amo essa mulher... – gargalhei.
Nos acomodamos no sofá, abraçadas. A casa estava silenciosa, pois a minha mãe voltou para o seu apartamento e a minha sogra havia viajado novamente. Emily convenceu a mãe a procurar a primeira namorada. Devo dizer que a conversa foi bem engraçada e que Emily tem um poder de persuasão assustadora. Ela torcia para que a mãe encontrasse a moça e eu também.
Ela estava concentrada no filme, fazia carinho em minha costa. Admirei a minha mulher e agradecia diariamente a Flávia por ter me levado naquela viagem. Por ter trago, mesmo sem querer, aquela morena linda para a minha vida. Eu queria ser dela para sempre e isso seria o meu objetivo todos os dias. Fazer aquela mulher me amar todos os dias um pouco mais.
- Por que tá me olhando assim? – ela me encarou com as sobrancelhas erguidas.
- Não posso admirar a minha mulher? – ela sorriu. – Ainda não notou que esse é o meu passa tempo favorito?
- É? – beijou a ponta do meu nariz.
- É!
- E sabe qual é o meu? – me encarou séria.
- Qual?
- Te amar...
Jaqueline
15 de fevereiro de 2016
Estava ansiosa, muito ansiosa. Chequei tudo não fazia ideia de quantas vezes. Juliane ria de meu nervosismo. Todas estavam ali, e olha que ainda era sete e meia da manhã. André arrumava os últimos detalhes. Becca estava fotografando tudo, enquanto as outras estavam cada uma em uma função.
Estava tudo tão bonito, tão perfeito que senti vontade de chorar de felicidade. Olhei em volta e ver aquelas garotas compartilhando daquele momento, me deixava emocionada. Hoje eu estava fazendo dezenove anos. E apesar de Henrique e o meu avô não estarem ali, não conseguia me sentir triste.
- Pronta? – Flávia e Nicole se aproximaram.
- Pronta... – olhei para Marcela. Ela me lançou um sorriso lindo. – Vamos lá.
A porta do centro cultural Ernesto Viana estava abrindo as suas portas. As divulgações trouxeram muitas crianças a se matricula. Jovens com poucas oportunidades, mas que teriam naquele espaço o incentivo para seguirem os seus sonhos.
- Quanta gente... – Cássia falou sorrindo.
- Vai ser muito legal dá aula aqui... – Paloma estava com um olhar emocionado.
- Parabéns, Jaque. – Emi me abraçou.
- Nossa menina do coração de ouro... – Ju falou.
- Obrigada por tudo... Não sei se seria possível sem vocês. – de repente fui consumida por um abraço grupal. Gargalhei, sendo envolvida.
André iniciou um pequeno discurso. Montamos um pequeno palco na área poliesportiva. Eu estava ao seu lado. As meninas estavam na primeira fileira de cadeiras, me fazendo rir, pois Camila e Ju estavam jogando bolinhas de papel em dois garotinhos que pareciam zangados, enquanto Micaela olhava feio.
- Jaqueline? Todo seu. – André falou e eu ouvi as palmas. Senti o rosto corar, mas não fugi.
- Bom dia a todos...
- Bom dia... – a resposta veio em coro.
- Lembro que uma vez, sentada em uma pracinha, junto com o meu avô, ele e eu tivemos uma conversa sobre um desejo seu... – lembrava daquela tarde com perfeição. – Ele queria fazer um lugar onde música, teatro, esporte e tantas outras coisas poderiam se encontrar. Um lugar cheio de crianças e seus sonhos. Um lugar onde eles poderiam ser quem quisessem ser. Ele sonhava em ver os sorrisos de satisfação, os olhos brilhando. – respirei fundo. Meu avô era uma pessoa magnifica. – Infelizmente, ele não poder viver para ver este momento, mas eu acredito que onde quer que esteja, deve tá feliz de ver sua vontade ganhando vida. Este lugar é para vocês e não precisaram gastar um centavo para estar aqui... Peço que cuidem, que protejam este lugar com todo carinho. Sejam bem-vindos ao centro cultural Ernesto Viana!
Ouvi os aplausos e sorri. As meninas se puseram de pé, até mesmo gritavam, me fazendo ri. Marcela se aproximou com Nando em seu colo e os dois me abraçaram. Fechei meus olhos para conter as lágrimas, mas foi em vão.
- Estou muito orgulhosa de você amor... – ela me beijou o rosto demoradamente.
- Obrigada meu amor. – sorri.
- Mãe Jaque... Posso vim aqui todos os dias?
Olhei surpresa para o loirinho. Marcela tinha a mesma expressão no rosto, me fazendo ficar toda boba. Peguei o pequeno no colo e o apertei forte. Sentia um amor enorme por aquele garoto e o protegeria de qualquer coisa.
- Pode vim todos os dias... Filho. – lágrimas molhavam o meu rosto. Marcela se aconchegou a mim.
- Por que tá chorando mãe Jaque? – ele passou os pequenos dedos em meu rosto.
- Porque a mãe tá feliz meu anjo...
Aquele momento significou tanto. A sensação que me trouxe foi a de paz, de não querer está em outro lugar, a não ser ali, juntos com aquelas pessoas que eu amava incondicionalmente.
- Eu amo vocês... – os apertei.
- Tem espaço para mais gente ai? – as meninas chegaram fazendo algazarra.
Depois da abertura do centro, decidimos voltar para casa. André ficou no centro e as aulas e atividades iniciariam no dia seguinte. Dentro do carro da Flávia, um silencio estranho se instalava. Flávia, Amanda, Cássia e Paloma as vezes se olhavam, mas nada diziam. Resolvi esperar e ver o que essas malucas estavam aprontando.
- Lar doce lar... – Flávia falou assim que chegamos. Os outros carros das meninas já estavam ali.
- Vamos? – Paloma chamou. Antes de alcançar o pequeno caminho de pedra que levava a porta, senti duas mãos cobrirem o meu rosto.
- O que é isso? – perguntei assustada.
- Espera e verá... – Cássia falou e passamos a andar.
- Vão aprontar comigo? – perguntei nervosa.
- Nossa... Que mal juízo ela faz de nós... – elas gargalharam.
- Nem preciso responder... – falei rindo.
- Culpadas! – Paloma falou.
- 1...
- 2...
- 3...
- Surpresa!!!
Quando Cássia tirou as mãos, pude entender o que se passava. Tudo estava decorado com balões brancos, uma mesa cheia de guloseimas e um bolo de brigadeiro enorme com duas velhinhas sobre. Todas estavam ali, Carolina e Henrique sentados em um sofá da varanda.
- Não acredito... – sorri.
- Achou que não sabíamos? – dona Lili falou rindo.
- Feliz aniversario Jaque! – eles disseram juntos.
- O melhor da festa vem ai... – Cássia falou.
- Olá criançada!
Quase morri de rir ao ver a Juliane vestida de palhaço, com um saco enorme na costa. As meninas apontaram para Flávia e Cássia, me fazendo rir mais ainda. Aquelas garotas eram inacreditáveis! Não existia pessoas melhores.
- Olha os presentes! – tirou de dentro do saco uma boneca inflável e passou a enche-la.
- Onde arranjou isso? – Micaela perguntou. As meninas estavam vermelhas de tanto rir.
- Comprei pra Jaque. – ela me deu a boneca.
- Você não tem jeito minha irmã. – Carolina falou rindo.
- É pra quando a Marcela fazer greve... – ela me deu um sorriso sacana e explodimos em gargalhadas. Aquele era o meu melhor aniversario, sem sombra de duvida.
- Estou honrada... – tive que fazer força para parar de rir. – Obrigada... Vocês... – controlei o choro.
- Seus presentes então no quarto... – Nicole me abraçou forte. – Maninha...
- Nada de choro! Hoje é dia de comemorar! – Camila gritou.
- Cadê a música Emi? – falei sorrindo.
- É pra já!
- Assim que eu gosto maninha! – Paloma me abraçou. Ganhei um abraço carinhoso de cada uma.
- Estou muito feliz por você... – Isa falou com um sorriso. – Te adoro...
- Também te adoro... – a abracei.
- Agora somos da mesma idade... – Marcela se aproximou. Nando e Cássia atacavam a mesa com doces. – Vai mesmo usar isso quando estivermos brigadas? – ela apontou para a boneca que ainda estava em minha mão.
- Oh, sim... Claro... – controlei o riso. – É uma loira muito sexy e com toda certeza vai quebrar o galho... Au!
- Engraçadinha... – ela me deu um tapa no braço. – Não vai ter espaço pra essa aí..
- A é? – a abracei pela cintura.
- É... – beijou o canto da minha boca. – Não sobrará tempo... Mesmo brigadas... – a voz dela estava cheia de malicia.
- Desculpa interromper o momento de tesão... Digo, tensão, mas as duas estão paradas e hoje não queremos ninguém assim. – Flávia não tinha jeito. – Mais tarde você pega a sua loira, mana. – piscou para mim.
- Tudo bem... – beijei de leve os lábios de Marcela. – Mas tarde você não me escapa...
- Espero que não... – ela mordeu o lábio.
Oh, God!
Fim do capítulo
Olá, minhas lindas...
boa noite a todas.
mais um capítulo pra vcs...
espero de verdade que gostem e mais
uma vez desculpem a demora
beijos a todas...
LEH E LUH.
Comentar este capítulo:
Japa
Em: 11/11/2016
Acredita que sonhei com Nick e Isa? rsrsrsrsrs
As meninas sugeriu um briguina delas e acabei ate sonhando. Casal mara é assim mesmo, faz ate a gente sonhar
Resposta do autor:
Jura??...
Que legal, vc deve pensar muito
nelas então pra sonhar. rsrsrrs
as meninas??
Poise, esse casal é fofo mesmo, muito toppp
Beijos
LUH.
lay colombo
Em: 11/11/2016
Ai q lindo o Nando chamando a Jaque de mãe, tô apaixonada por esse momento.
Resposta do autor:
Sim, foi um momento muito emocionante...
Jaque se derreteu todinha ao ser chamada de mãe...
Beijos
Leh e Luh.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]