Fiquei completamente paralisada com a cena. Juro que não esperava aquela ação da ruiva. Meu corpo estava fervendo. Ela ainda se encontrava de pernas abertas, olhando diretamente para mim. Sua respiração foi se acalmando.Em passos lentos me aproximei, deitando sobre seu corpo na cama.

- Ruiva... Você é linda uma delícia, ainda mais assim nua completamente exposta para mim... Quer me matar é?   - falo mordendo sua orelha, seu pescoço.

- Eu quero você, sua boca seu cheiro, ainda estou queimando Mirian! Fecha a jenela e vem, me toma pra você...  - falo sentindo seua boca em minha orelha me fazer vibrar. Meu corpo ainda ardia, queria sentir a morena, eu precisava.

Não contralando mas meu desejo, levantei atendendo o pedido da ruiva, porem logo após fechar a janela e voltando para a cama, paro ao escutar um barulho forte logo atrás, seguido dos gritos de Beatriz. Sinto os estilhaços de vidro baterem em minhas costas, me fazendo agaixar por conta do susto.

Logo após o fato, levanto rapidamente já com a arma em punho, verificando se a ruiva estava bem.

- Você se machucou, Beatriz ? - pergunto olhando se há ferimentos nela.

- N-não eu estou bem! Meu Deus o que foi isso?!  - fala ainda assustada, com as mãos levadas ao peito, que subia e descia rapidamente.

- Sua mão está machucada Mirian! Deus! Deixa eu ver isso. - falo tentando segurar a mão da morena.

- Agora não da ruiva. Veste uma roupa e vai para minha casa. Vou dar uma olhada ao redor.   - saio apressada sem ouvir resposta da ruiva.

Desço corrrendo pelas escadas, seguindo para a porta dos fundos. Os seguranças estavam desmaiados, segui com a arma apontada. Sabia que ainda não tinha dado tempo para o meliante fugir.

Sigo devagar, atenta olhando para todos os lados, quando escuto passos apressados, sigo na mesma direção, vejo uma pessoa encapuzada correndo em direção ao portão de saída.

Saio correndo logo atrás, mais ele está mais a frente, e começa a atirar. Me protejo atrás de uma das mureta, começando atirar contra ele logo em seguida. O mesmo para tentando se proteger, porem começar a correr novamente. E com uma agilidade incrível, sobe no muro. Eu volto atira contra ele tentando evitar sua fuga, pois sabia que não o alcançaria, o desconhecido consegue pular fugindo em disparada.

Volto à casa de Beatriz, a encontrando ainda sentada na cama, creio que ficou com medo ao escutar os tiros, pois seu olhar ao me ver foi de alivio.

Ela correu em minha direção, me abraçou chorando, retribui o contato esperando a ruiva se acalmar aos poucos, para tentarmos uma conversa.

- Não consegui pegar o desgraçado! Fica calma ruiva, não vou deixar nada de mau te acontecer. Não chora já passou. - ainda estávamos abraçadas.

- Mirian eu não sei mas o que fazer! Sua mão! Deixa eu cuidarr disso.   - sigo em direção ao banheiro, voltando com uma quite de primeiros socorros.

- Senta aqui.    - falo chamando a morena para sentar, para que eu podesse cuidar do corte.

O corte não era muito profundo, para o meu alívio e Mirian não parecia esta muito preocupada com o machucado. Eu estava com medo, não sabia quem estava praticando aqueles atentados, não sabia como eles conseguiram entrar no condomínio que era cercado de seguranças, tão fácil! Com esses pensamentos escuto Mirian gem*r de dor.

- Aiii! Ruiva ta apertando ai, Afmaria!    - falo sentindo uma fiscada forte no ferimento.

- Ai desculpa! Desculpa! Não quis te machucar, estava com meus pessamentos longe aqui.   - falo com a cabeça baixa, não querendo transparecer minha preocupação para a morena.

- Jà esta bom! Sei que está preocupada ruiva. Mas não vai acontecer nada te prometo ok ?  - falo beijando a mão que à poucos cuidava de meu machucado.

- Eata a certo. Irei tentar não me preocupar, vai ser um pouco difícil mas tentarei.   - falo com sinceridade. Aceitando o abraço dado pela morena.

Me desfaço do contato com a ruiva, indo em direção a janela, observo o estrago feito. Analiso quarto, procurando o objeto causador do estrago.

Giro os calcanhares observando todo o espaço, me deparando com uma pedra enrrolada em um papel proximo a cama. Me agaixo pegando a mesma que estava com linhas em volta, desfaço o laço e leio o que está escrito. Beatriz se encontrava de cabeça baixa parecia pensativa, não percebendo o objeto encontrado.

Não adianta contratar mas seguranças você vai pagar pelo que me fez, vou ter o prazer de acabar com sua vida com minhas próprias mãos...

Minha preocupação almentou ainda mas. Não mostrei a carta para ruiva, ela já estava nervosa demais, guardei a carta em meu bolso seguindo em direção a cama, à tirando de seus pensamentos.

- Ei! Ruiva linda, fica assim não, vamos toma um banho pegar umas roupas, porque você vai ficar lá em casa, é mas seguro, vamos!   - falo tentando anima-la, à levando em direção ao banheiro.

Minha cabeça estava a mil por hora, já despida entro embaixo do chuveiro, sentindo a água fria descer relaxando meu corpo. Sabia que eu estava correndo perigo, mas não tinha medo só por mim, e sim por minha morena, sei que o trabalho dela é me proteger mas, meu coração aperta só de pensar que algo pode aconter à ela por minha causa.

Beatriz estava demorando, chego próximo a porta do banheiro, a ruiva se encontrava com a cabeça recostada no azulejo, de olhos fechados. Tiro toda minha roupa, indo até seu encontro. Encosto meu corpo nu ao seu, lhe dando um abraço, ela joga a cabeça para trás encostando a mesma em meu ombro.

- Não sei mas o que fazer Mirian, estou com medo não só por mim, mas por você também. Hoje ja se machucou e amanhã o que vai ser?  - sinto uma lágrima quente descer por meu rosto.

- Não se preocupe comigo Beatriz, já passei por situações piores no exército, acredite...  - lhe cubro com meus braços dando conforto.

- Não tem cam... - sou interrompida pela morena.

- Xiu! Vamos terminar o banho e seguir para minha casa, vem... - falo a retirando do banheiro.

Ela me segue. Pego uma toalha, e começo a secar todo seu corpo, fazendo o mesmo com o meu logo em seguida. Beatriz some no closet voltando já vestida.

Seguimos em silêncio para minha casa. Para falar a verdade, eu nem estava com medo desse vagabundo(a) que está ameaçando minha ruiva. Mas nesse momento eu estava é com medo de mainha. Pois é! Faz até vergonha eu falar um negócio desse mas, a coroa é braba. Afinal com ela não tem discussão

.

Chego à frente da porta, aperto com um pouco de força a mão de Beatriz que provavelmente percebeu meu nervorsismo.

Cara! Acho que eu tava tremendo. Pego as chaves, abro a porta bem devagar, e me deparo com mainha sentada no sofá, com uma cara que não tem nem como eu descrever... Ou seja fudeu!

- Então é assim agora não é senhorita Mirian!! Sai não fala quando volta, acha isso certo? - fala se levantando.

Dei dois passos para trás. Ate porque eu não podia arriscar né?

- Então mainha, eu estava na ca... - ela me interrompi, não me deixando completar. Là vem bronca!

- Psiu!! Sem justificativas! Fiquei a noite toda aqui, lhe esperando, morrendo de preocupação. Você só avisa que vai sair, e para completar não leva està PORCARIA! Chamada celular! Mirian pelo amor de Deus, seu trabalho já é perigoso demais, e você ainda faz isso comigo... - senta-se novamente. Aparentemente norvosa, mas aliviada por me ver.

- Desculpa mainha. É que acabei perdendo a hora e dormindo. E esqueci de levar o celeular, mais eu estava na casa de Beatriz... - falo suavemente tentando amenizar a situação.

Só então ela se dà conta da presença da ruiva. Para vocês terem idéia do quanto ela estava brava!

- Bom dia Beatriz. Desculpa a cena, mas essa pequena as vezes esquece que tem mãe.   - mainha fala abraçando a ruiva.

- Sem problemas Dona Renata. Mas acho tenho uma parcela culpa também.   - eu estava um pouco envergonhada. Afinal sabia o motivo da morena ter adormecido, provavelmente sua mãe também.

- Ta vendo mainha eu não fiz por mau, realmente esqueci!  - falo passando a mão pelos cabelos.

- Ok Mirian! Já imagino o motivo do seu esquecimento... E que machucado foi esse ?   - fala com um ar sorridente. Porem é encerrado ao ver o machucado em minha mão.

Mainha também não perde uma chance de me deixar sem jeito.

- Mainhaaa! Que pensamento maldoso é esse eu em! Não foi nada foi um pequeno corte.   - a vergonha já me consumia. Eu estava vermelha gente!!

- Não tem nada de maldoso Mirian. Eu lhe conheço muito bem! Você saiu desse lindo e bem trabalhado ventre, minha querida!   - fala sorrindo, se juntando a Beatriz que tambem rui do comentário.

Eitha! Que mainha não tem jeito mesmo, mas fazer o que né? É minha coroa, devo tudo que consegui na minha vida a ela que sempre me acomponhou, me ajudou nas horas de aperto, e foi quem sempre secou minhas lágrimas, nos momento de tristeza.

Agradeço a Deus todos os dias por eu ter saído daquele lindo ventre, como ela mesmo disse. Ela que se dispos a cuidar do João, depois que se assumiu. O moreno foi expulso de casa, não tinha mas para onde ir, minha mãe o acolheu e hoje ela o considerado um de seus filhos, e sabe que o sentimento é recíproco e não só ele mas Diana e Mateus, que não tinham o apoio da família.

Fim do capítulo