Capítulo I Apenas mais um dia
A chuva caia calma e serena, como há muito tempo não ocorria. Era uma manhã como qualquer outra sem grandes acontecimentos. Pelo menos, era o que Carol pensava.
- Com licença, Senhorita Portman. – A secretária se pronunciou após bater na porta.
- Aconteceu algum problema, Marta?
- Não, Senhorita. Apenas vim lhe informar que a candidata à vaga de assistente executiva acabou de chegar. – Disse a mulher com pouco mais de quarenta anos.
- Quanta eficiência, eu só a esperava para daqui a dez minutos. Tudo bem então... Não devemos deixar uma jovem moça esperando, não é mesmo Marta? – Carol sorriu com um ar de malicia no olhar, e Marta sabia o que estava se passando pela cabeça de sua chefe. Com certeza Carolina iria se divertir muito, assim como foi com as outras candidatas dispensadas. Na verdade Marta não entendia muito bem essa demora de Carolina para encontrar a sua assistente. Tudo bem que ela era exigente, dedicada, apaixonada pelo seu trabalho, como nem seu pai chegou a ser... Mas dispensar mais de quinze candidatas em menos de uma semana, era demais, até para ela.
- O que foi Marta? Vai ficar aí parada, ou irá mandar a moça entrar? Deve ser a idade pegando né, Martitha! – Riu da cara que Marta fez ao ouvi-la.
- Olha o respeito menina. Fique você sabendo que estou no auge dos meus vinte e cinco! – Encarou Carol com um olhar desafiador.
- Só se for, em cada perna! – Carolina ria sem parar, deixando a jovem senhora com um ar de indignação.
- Com toda a licença, Senhorita Portman! E não se esqueça de quem limpava suas fraldas quando você vinha passar o dia com seu pai... – Saiu batendo a porta atrás de si. Carol apenas parou de rir e fez uma cara, de quem, poderia ter passado o dia sem essa.
Era estranhamente linda a relação que Carolina e Marta possuíam. Desde que a jovem senhora entrou para a empresa de seu pai, aos dezenove anos, quando Carol ainda era uma criancinha de ch*peta. Considerava Marta como uma mãe, por isso dentre todos que trabalhavam na empresa, apenas Martitha – adorei o “Martitha” – tomava liberdade para “dizer umas verdades à Grande Chefona”.
Carolina recém havia pegado a pasta com a documentação da candidata, que Marta lhe entregou enquanto conversavam – se é que pode chamar de conversa – quando escutou batidas na porta. Sem tirar os olhos dos papeis mandou que entrasse.
- Boa tarde Senhorita Portman. – Aquela voz... Não poderia ser...
Quando Carolina levantou seus olhos o inevitável aconteceu. Ela sabia quem era a dona daquela voz, e como sabia, apenas quis confirmar se realmente era Manuela que estava em sua frente. Não pode conter a surpresa e falou seu nome sem intenção.
- Manu? – Disse sem esconder a cara de surpresa e espanto.
- Desculpe, mas a Senhorita me conhece? – Manuela estava em pé na porta sem saber o que fazer e mais estranho foi ouvir seu apelido sair dos lábios da moça a sua frente.
- Oh, desculpe meu jeito. Seu nome está na pasta. Manuela, não é? – Carol tentou remediar a situação.
- Claro, que ideia a minha. Como poderia me conhecer. – Respondeu sem ação, pela intensidade com que aqueles olhos castanhos a miravam.
- Sinta-se a vontade Manuela... Sente-se, por favor. – Deu um leve sorriso, pois percebeu que a moça havia ficado sem reação.
Por mais de vinte minutos Carolina ficou conversando com Manuela. Tempo este, que teve com todas as candidatas a vaga, era um processo ao qual já estava acostumada. Manuela por sua vez se matinha objetiva e clara em suas respostas, todas com argumentos concretos. Não havia duvidas, Manuela era a melhor candidata que esteve ali nos últimos meses, mas será que seria o certo a se fazer? Essa pergunta não saia da cabeça de Carol.
- Então Senhorita Fernandes, por que eu deveria lhe contratar para ser minha assistente executiva? – Levantou levemente a sobrancelha esperando a resposta, que sabia, viria decisiva.
- Estagiei por anos no setor administrativo da empresa “Alvin Advogados”. Foi quando resolveram me contratar, que me senti apta a sair de lá.
- Espera... Eles lhe oferecem um cargo e você resolve sair? – Carolina não acreditava no que estava ouvindo, mas vindo da mulher a sua frente... Não lhe surpreendia tanto.
- Sim! Quando me ofereceram, ficou mais que evidente para mim, que já poderia andar com minhas próprias pernas. Toda a base para o setor administrativo, que eu poderia ter, adquiri no tempo em que fiquei lá. Mas como meu sonho sempre foi trabalhar no ramo de construção... Nada melhor que trabalhar para a empresa mais renomada de toda a Califórnia. – Falou sem conter um sorriso nos lábios e aquele brilho no olhar.
- Então por que não cursou arquitetura ou engenharia? – Era uma pergunta a qual Carol sabia a resposta.
- Pais... – E sorriu sem jeito para a mulher a sua frente, que por algum motivo se sentia a vontade, e ao mesmo tempo inquieta, em sua presença.
- Compreendo. Bom... É isso então.
- Isso o que?
- Você começa amanhã, se aceitar o emprego, é claro. – Carol falou sem demonstrar nenhuma emoção, apenas sorriu.
- Serio?... Quero dizer, claro que sim. Será uma honra trabalhar ao seu lado, Senhorita Portman. – E estendeu a mão para cumprimentá-la.
- Acredite o prazer será todo meu, Senhorita Fernandes. – Respondeu apertando sua mão.
Manuela sentiu uma emoção enorme ao toca-la... Com toda certeza, era por, finalmente estar no ramo que amava, e só se consolidou graças à mulher que agora apertava sua mão.
- Não irá se arrepender eu prometo. Até amanhã! – E saiu em direção à porta. Assim que Manuela saiu Carol jogou-se na cadeira...
- Será que não Manu... Será?
Contudo esta resposta somente o tempo trará... Mas a angustia da espera é o que nos enlouquece.
Fim do capítulo
Eaee Timee...
To repostando... então até o XV capítulo, não haverá meus comentários...
Bjaoo Moças...
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Val Maria
Em: 16/02/2017
Está estória me chamou atenção pelo título, já no primeiro capítulo me apaixonei. Parabéns pela enredo, escrita e o tempo das personagens, Perfeito.
Val castro.
Resposta do autor:
Eaee
Obrigada pelas palavras... Espero que continue agradando!
Bjao Val
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silverquote
Em: 13/12/2016
Olá autora... Comecei a ler agora, digamos que sinopse me chamou atenção.
Gostei da Carolina, aparentemente ela conhece a Manuela, mas porque a Manuela parece não conhece-la?
Resposta do autor:
Eaee
Você é a primeira que fala da sinopse... Que bom saber, pois eu havia mudado ela, pq n tinha gostado de como tava, hehehe... Deu resultado então.
Provavelmante, olhando a data, vc já sabe pq ela n lembra, neh?
ashausauh
Bjaoo Naty...
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BrunaElidia
Em: 30/11/2016
Por que essas duas não param de cu doce e se beijam logo.? Kkkkkkk
Carol não é nem doida de ficar com outra, manuzinha tem que é admitir pra Carol que tá apaixonada por ela mesmo.
O importante é elas ficarem juntas no fim.
Bjos, amo sua história !!!!!
Resposta do autor:
Eaee
Putz... To louca pra ver esse beijo... To contigo nessa!!
kkkkkk
Manu tem que admitir logo... Antes que perca...
suahushah
Bjaooo BrunaElidia
Obrigada pelo carinho!!!
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Maria Gi
Em: 10/11/2016
Mas BAH essa Ana realmente é muito boa... convivo diariamente com alguém que tem a mesma cara de pau dela eheheh
Estou louca pra ver oque acontecerá na viagem...
Beijinhos Ka <3
Resposta do autor:
Eaee Gi...
Mas BÁH... Já to notando esse convivênica, pode ter certeza!
kkkkkk
Esse viagem... O que esperar?
Nunca Saberemos...
kkkkkkkkkkkk
Bjaooo Gi <3
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