Capítulo 1
Em um certo dia, eu estava chegando na rua de casa e vi um aglomerado de pessoas em frente a minha casa. Já me dando conta do que poderia estar acontecendo, me aproximo e ouço vozes exaltadas. Minha mãe estava aprontando como sempre.
-Você se acha muita coisa aqui, mas com meu marido ninguém mexe não!- Minha mãe falou enquanto fazia sinal negativo com sua mão.
Minha mãe estava discutindo com a minha mais nova vizinha, a Sheila, uma mulher loira, tem um corpo com belas curvas, o que deixava as mulheres do nosso bairro tudo enciumadas.
-Ah! Minha filha, é teu marido que me procura- A Sheila falou e minha mãe olhou para o meu pai com uma cara, que o fez engolir em seco.
As mulheres que estavam assistindo toda aquela confusão começam a falar para a minha mãe bater na Sheila. Será que todas ficaram malucas?
-Isso é mesmo verdade, José?- Minha mãe perguntou a meu pai e ele deu aquele sorrisinho fraco... Que me fez ter certeza que meu pai também tinha culpa no cartório, mas é aquela coisa, minha mãe achava que meu pai era um santo e que a Sheila que ficava atentando ele.
Mainha ficou com uma cara naquele momento, que me fez até ter dó da Sheila.
-Sua quenga!- Minha mãe pulou no pescoço da loira.
E por incrível que pareça, naquele momento, ninguém quis ajudar a Sheila, fizeram foi pedir para minha mãe bater mais.
Foi aquele bafafá danado e eu tive que correr para acudir a Sheila, que estava já vermelha de tanto apanhar.
Não deu outra, todo mundo foi parar na delegacia e como minha mãe é do tipo de gente que não sabe ficar quieta, a situação só piorou.
-Então a senhora agrediu a sua vizinha?- O delegado perguntou.
-Sim, eu agredi e se pudesse teria batido mais- Minha mãe respondeu e eu já levei a minha mão até a minha face. Pra que tanta sinceridade?
-A senhora confessa?- O delegado perguntou surpreso para a minha mãe.
-Confesso! Quem manda mexer com o marido dos outros- Mainha falou e levei a minha mão até o ombro dela.
-Mãe, desse jeito a sua situação só vai piorar- Falei e eu estava certa, a situação piorou e minha mãe chamou o delegado de racista e tudo mais, pois só havia prendido ela que era negra e a loira não.
Com mainha lá na cadeia, tive que ir atrás de um advogado. Tive sorte, pois meu melhor amigo conhecia uma tal de Marcela... Quando ouvi esse nome um sorriso se formou em meus lábios, sei lá, gostei do nome.
Até que fiquei feliz naquele dia, a doutora Marcela pôde me atender sem ao menos marcar um horário. Mainha sairia solta logo, ainda bem.
Entrei na sala da advogada e a encontrei de costas para mim olhando para algo que estava passando na rua... Sabe, não sou de ficar reparando em mulher, mas a Marcela tinha um belo corpo. Até fiquei sem jeito, pois eu era muito magra. Tanto me faltava na frente como atrás.
-Boa tarde!- Ela falou com sua voz sensual enquanto se virava para mim.
Rapaz, a mulher não era bonita não, era uma deusa.
-Boa... Tarde!- Ai que nervosismo da peste.
-Então sua mãe foi presa por agredir a vizinha e por desacato?- Me indagou com aquele olhar penetrante, após eu me sentar na cadeira, que ficava em frente a sua mesa.
Engoli em seco naquele momento.
Marcela é morena, cabelos longos, aparentava ter uns trinta anos e era muito, muito bela.
-Sim- Respondi um pouco sem jeito ao passar a minha mão sobre meus cabelos.
Sei lá o que aconteceu viu, mas a Marcela estava me olhando de um jeito... Parecia querer me comer com os olhos.
-Bom, vou ver o que posso fazer por sua mãe- Ela me falou enquanto mexia em alguns papeis que estavam sobre sua mesa.
Depois de ter dito sobre como havia acontecido toda aquela confusão, eu me despedi da Marcela, no entanto recebi um convite inesperado da mesma.
-Você não quer tomar um café comigo não?- Ela me perguntou e eu não achei nada demais, pois era só um café. Um cafezinho não faz mal a ninguém.
Pois bem, a Marcela e eu fomos tomar um café na cafeteria que ficava em frente ao escritório dela.
A conversa que tivemos foi tão agradável... Ela estava me fazendo sentir coisas que nunca havia sentido por outras pessoas.
Às vezes colocava a sua mão sobre a minha... Ai que mão macia, meu paizinho.
E quando me beijou me senti nas nuvens... O seu beijo era muito bom.
Ah... Meu pai, para tudo... Acho que me esqueci de mainha.
Como uma advogada competente que era, a Marcela conseguiu soltar a minha adorável mãe e nem cobrou nada por isso...
Acabei apresentando a Marcela a minha mãe. Mainha olhou para a morena um pouco desconfiada, achava que toda mulher era igual a Sheila.
Quanto a meu pai, ele levou uma bela surra de mainha, pois ele também tinha culpa nisso tudo, mas eu achava que ele não merecia, tadinho.
E com relação a Marcela e eu, resolvemos nos conhecer melhor... Ela estava me fazendo bem e isso é que importa.
Fim!
Fim do capítulo
Oie,
Mais um conto meu!
Escrevi já faz um bom tempo!
Espero que esteja legal!
Beijoss
Van^^
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