Gente obrigada obrigada obrigada obrigada obrigada
nem sabem como fiquei feliz em ver os comentários de vocês =^.^=
muito obrigada mesmo gente.
Capítulo 2
Max
Com o barulho de uma porta sendo arrombada me levantava assustada. Durante anos me escondendo acabei conseguido desenvolver um sono leve.
Começava a reunir minhas coisas de forma apressada sem me importar muito com a organização da mala, afinal não havia muito que levar mesmo.
Já podia ouvi-los subindo as escadas, sabia que já não tinha muito tempo, abrindo à janela te tentando em meio ao medo não fazer nenhum barulho me pus a descer pelas escadas de incêndio.
Organização
Nossas ordens eram claras, precisávamos encontrar e trazer Maxine Alanik viva.
Durante anos aquela garota esteve a fugir de nós, porem semana passada ela acabou por cometer um deslize.
Usou seu RG para comprar três passagens aéreas.
Nós já esperávamos que ela fosse deixar a cidade cedo ou tarde, por isso monitorávamos constantemente cada uma das possíveis saídas de Nova York.
Ainda me pergunto como que em 10 anos aquela garota acabou por desaparecer sem deixar nenhum rastro.
Olhava para a foto que havia sido tirada no aeroporto, uma garota entre seus 17, 18 anos, enormes cabelos pretos escorriam até sua cintura, suas roupas eram em sua maioria escuras exceto por um jeans já a muito desbotado, em seu rosto poderia se ver que usava um piercing de nariz.
Max
Sentindo meu coração acelerar descia o mais rápido que podia tentando não fazer o menor ruído possível. Pude ver um dos esquadrões da organização passando por mim enquanto me encolhia contra a parede rezando para que não tivesse a infelicidade de esbarrar em algum deles.
Podia fazer que não me vissem, mas não podia evitar que não me percebessem ao se chocarem contra mim.
Com calma esperei eles passarem, sabia que levaria algum tempo para poderem revistar todo aquele prédio (um dos motivos pelo qual eu o escolhi).
Quando finalmente cheguei ao chão me deparei com as típicas vans pretas que agora já cercavam o prédio onde eu estava, comecei a correr o máximo que eu podia. Tudo que eu queria era estar o mais longe possível daquele lugar e daquelas pessoas.
Enquanto corria, imagens sobre a prisão tomavam a minha mente, à dor, angustia, todas as vezes que eles haviam me espancado, os castigos com colares de choques, jurava que podia voltar a sentir a as agulhas perfurando minha pele enquanto minha visão começava a embaçar.
Quando havia passado por três quarteirões me desviei indo em direção ao bairro mais movimentado da cidade, naquele lugar parecia que as pessoas nunca dormiam. Também como poderiam dormir as fortes luzes dos letreiros em neon e as musicas dos pares tocando durante toda a noite.
Assim que cheguei me escondi em um beco e esperei algumas pessoas passarem.
Respirava profundamente tentando manter a calma, me misturei entre elas mudando minha aparência, sentia meu cabelo crescer (era muito estranho como as ilusões também poderiam enganar os sentidos) e meu rosto mudar. Sentir meus músculos sendo rasgados enquanto meus ossos eram quebrados e deformados não era a mais agradável das sensações, mas após ter feito isso várias vezes a dor já não mais me incomodava.
Havia tentando imitar a aparência de uma garota que a pouco havia passado em frente ao beco, agora estava usando um colete de couro e uma camisa branca, enquanto que meus cabelos ruivos alcançavam o meio de minhas costas, olhei para as calças jeans ao qual não pude reconhecer a marca. Sinceramente não entendia por que as pessoas se preocupavam com a marca de uma roupa.
Nesse momento a única coisa com que deveria me preocupar, era que nenhuma garota daquele grupo soubesse quem eu devia ser.
Seguindo ainda com o grupo, tomando muito cuidado para não ser notada, imaginei uma forma de chegar ao aeroporto por ali. Sabia que a organização não tinha ideia de como era minha verdadeira aparência agora que havia feito 18 anos, mas mesmo assim não queria arriscar que uma câmera me pegasse enquanto estava em Nova York , havia ficado tempo de mais nessa cidade, e isso estava me custando caro .
Acabo por sorrir diante da minha enorme estupides sabia que ficar era um risco, mas... Estar com as pessoas novamente terminar o colégio ter uma formatura, esquecer um pouco que sou uma aberração que pode criar ilusões e machucar outras pessoas, esquecer que estava sendo caçada e às vezes tinha de roubar para viver, era tudo o que eu mais queria.
Lembrava-me das fotos que havia tirado enquanto estava aqui, teria de me livrar delas.
Senti meu coração apertar enquanto mudava para outro grupo de pessoas que seguia na direção oposta, pensava em todas as amizades que havia feito na escola e em como não mais os veria.
Mas era muito arriscado, mesmo que me livrasse de todas as fotos que havíamos tirado e todas as lembranças que havia conseguido, se alguma dessas pessoas que me perseguem descobrissem sobre meus amigos, cada um deles correria perigo.
Quando fugi eu prometi a mim mesma que jamais voltaria, para aquele laboratório, mesmo que tivesse de viver sabendo que por minha culpa uma pessoa inocente que apenas teve o azar de se encontrar comigo, acabou sendo assassinada.
Por sorte o grupo que eu seguia acabou por se separar enquanto duas meninas falaram que iam pegar um taxi para casa.
As seguia já sabendo que se alguém estivesse me perseguindo teria que confirmar qual das três sou eu.
Olhei em meu relógio já era 00:40 faltavam 20 minutos para meu voo para Toresfald, para me precaver caso eles estivessem me monitorando acabei por comprar três passagens para lugares distintos mas muito distantes da onde eu realmente iria.
Achava que com isso pelo menos poderia ganhar algum tempo para saber mais sobre a misteriosa cidade em que eu havia nascido.
Procurei um pouco sobre Toresfald na internet, parece ser uma cidade pequena que ficou parada no tempo, de acordo com o site a cidade tem o maior índice de chuvas do país.
Cada um dos voos que eu comprei em meu nome saia amanha as oito da manha. Em minha mente implorava para que eles ainda não tivessem tido tempo de começar a revistar as pessoas do aeroporto. Bem mesmo que revistassem já tinha uma maneira de passar por eles só não queria ter de continuar a trocar de ilusões, sentia meus ombros pesarem só de imaginar o quão cansada estaria no final da noite.
Esperei até que o taxi chegasse por sorte não demorou muito.
Pedi para que ele me levasse ao aeroporto, não pude deixar de olhar para o taxímetro, embora pudesse fazer qualquer pedaço de papel se passar por dinheiro (algo que realmente odiava fazer) não achava certo que alguém que poderia estar contando com aquele dinheiro. Perceber que os 50 dólares que havia ganhado misteriosamente haviam se transformado em folhas de arvores, não seria uma situação agradável para ninguém.
Apertei meus punhos de raiva se não fossem pelas pessoas que insistiam em me perseguir eu poderia ter tido uma vida comum, poderia ter feito amigos e poderia ter encontrado uma família que me adotasse, até mesmo poderia estar trabalhando nesse momento.
Sentia meus olhos se encherem de lágrimas, sabia que esse não era um momento para chorar, mas eu simplesmente não podia deixar de amaldiçoar cada um daqueles idiotas que me perseguiram durante anos.
Olhei para fora das janelas do taxi, me lembrando de tudo oque aqueles idiotas haviam feito.
Sentia meu coração doer enquanto me lembrava daquela sala escura em que haviam me prendido um arrepio percorria minha espinha ao me lembrar das agulhas perfurando minha pele, acordar sem saber em que dia estávamos ou o que eu havia feito, várias vezes minhas roupas se encontravam cobertas de sangue e eu só conseguia implorar aos deuses que eu não tivessem machucado ninguém.
Ainda não sabia como havia conseguido sair daquele lugar, nem ao menos o que eles queriam comigo, mas quando fugi não podia deixar de olhar horrorizada para todo o sangue que cobria a minha roupa e me sentir imunda. Não podia deixar de ficar preocupada e de me sentir como tivesse feito uma coisa horrível.
Como se tivesse traído a mim mesma.
Faltava pouco para chegar ao aeroporto assim que o taxi parou abri minha carteira rezando para que não precisasse enganar o motorista que devido aos meus problemas nem ao menos acabei perguntando o seu nome.
Dei a ele duas notas muito amassadas e sujas (as únicas que conseguia achar) embora ele tenha me olhado com desconfiança, seguiu seu caminho.
Faltavam 10 minutos para meu avião decolar e em minha mente rezava implorando aos deuses que ninguém estivesse me procurando no aeroporto.
“Os deuses me odeiam” – era o meu primeiro pensamento ao ver as mesmas pessoas que haviam invadido minha casa revistando s passageiros que iriam embarcar.
Respirei fundo tentando me acalmar. Já havia passado por coisas assim antes. Quanto mais desesperada eu ficasse pior as coisas aconteceriam
--relaxa Max você tem um plano B—Pensava comigo mesma
--Plano B o caramba, se eles me pegarem vão acabar me levando para aquela sala novamente, vão me drogar de novo—sentia meu corpo começar a tremer com aqueles pensamentos, cada um dos meus sentidos estava implorando para eu sair dali.
--pense no plano B, não se desespere. Você já imaginava que eles poderiam estar aqui— pensava respondendo enquanto soltava a minha respiração cuja qual não havia percebido que estava segurando até agora.
Com calma me dirigi para o banheiro mais próximo, rezando para ninguém notar o quanto estava nervosa.
Trancando-me em uma cabine passei a olhar para passagem de avião.
Vendo em qual portão as pessoas iriam para embarcar.
Portão 3.B, não era tão distante de onde eu estava
Concentrava-me tentando me lembrar sobre o rosto da aeromoça, que tinha escolhido para esta ocasião.
Sentia meus cabelos começarem a encurtar e meus olhos mudarem de cor saia da cabine fazendo minha mochila desaparecer em minhas costas. Diante do espelho podia ver uma mulher alta, com olhos castanhos, usando saltos pequenos e com um uniforme de comissário de bordo meu cabelo havia sido preso em um pequeno coque.
Sorria ao olhar no espelho, porem não podia deixar de olhar para a grossa camada de maquiagem que a comissária usava.
Suspirei sabendo que embora pudesse me transformar em quem eu quisesse mudar os detalhes de seu rosto era impossível.
Eu só poderia retirar aquela maquiagem se tivesse visto a mesma mulher sem usa-la e como da ultima vez que vim ao aeroporto eu queria sair o mais depressa possível acabei por não ter muito tempo para escolher quem eu iria me transformar, caso as pessoas que me perseguiam estivessem vigiando.
Saia do banheiro sentindo meu coração gelar, a cada paço era como se meu estomago tivesse ganhado vontade própria e agora se debatia dentro de minha barriga em uma reprovação aos meus atos.
Por sorte nenhum dos guardas da organização me percebeu, acho que assim como os que haviam invadido minha casa esses deveriam ser novatos, geralmente as pessoas que já me perseguiam há mais tempo tinham o cuidado de analisar todo mundo que passava por eles incluindo os funcionários.
O avião já havia pousado. Assim que entrei pude ver que duas outras comissárias preparavam tudo para os passageiros.
Elas logo me perguntaram o que eu estava fazendo aqui. Disse que havia sido transferida para cuidar desse voo.
Elas olharam uma para a cara da outra sem entender nada.
--Falem com á gerencia, eles trocaram todo mundo de lugar nos últimos voos—já estava impaciente com o rumo que aquela conversa tomava, queria que elas fossem embora o mais rápido que pudessem.
Por sorte as duas acreditaram no que eu lhes havia falado e logo saíram do voo querendo tirar essa história a limpo, tudo que precisava era de alguns minutos sozinha para poder voltar a ser eu mesma e me misturar com os passageiros que estariam entrando.
Fui para o banheiro do avião e lá voltei a ser eu mesma. Fiquei olhando pelo vão da porta já vendo as duas aeromoças subindo, com uma cara muito irritada, provavelmente haviam tomado uma bronca por não estarem dentro do avião para receber os passageiros. Para minha sorte os passageiros vinham logo atrás, então não tinha como elas saberem a onde eu estava escondida.
Esperei até alguns passageiros virem pelo corredor cobrindo à vista para o banheiro e me espremi tentando não abrir muito a porta. Por sorte o lugar que havia comprado era no fundo do avião e perto do banheiro.
Fechava a janela e inclinava a cadeira, tentando descansar, acreditando que finalmente teria algumas horas de paz.
Porem não conseguia dormir até que o avião tinha deixado à pista, pelo menos por enquanto estava segura.
Fim do capítulo
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