Becca

 

- Meninas, vocês estão lindas... – Marcela falou assim que entrou no quarto. Emi estava muito linda com aquele vestido preto rendado, suspirei sem querer.

 

- Olha quem fala... – sorri para ela.

 

- Isso tudo é pra Jaque? – Emi sorriu e Marcela também.

 

- Pode ser... – piscou.

 

- Olha ela... – falei admirada.

 

- Cadê o carinha? – minha namorada perguntou.

 

- Tô aqui, tia... – ele entrou no quarto e estava a coisa mais linda desse mundo.

 

- Mas, que gato... – Emi o pegou no colo. – E cheiroso também...

 

- Obrigada, tia Emi... – beijou a bochecha da Emily, que ficou mexida com o gesto.

 

- Vamos? – chamei.

 

- Vamos... – disseram animado.

 

- Você será uma ótima mãe para nossos filhos... – sussurrei em seu ouvido, Emi me olhou sorrindo.

 

- Vem cá... – deixou a Marcela sair com o Nando. – Não aguento... – tomou os meus lábios em um beijo voraz que me  fez ficar fraca.

 

- Nossa... Amor... – recuperei o fôlego.

 

- Você será a melhor mãe que uma criança possa querer... – ela disse com os olhos úmidos. Sorri.

 

Logo estávamos ganhando as ruas de Belém, o clima estava agradável e a noite bonita, eu me sentia completa e ansiosa, desde que tivemos aquela conversa sobre filhos, meus pensamentos eram somente esse. Olhei para o lado e meu peito se encheu de felicidade ao vislumbrar a face serena da minha namorada, senti vontade de abraça-la e não soltar mais. A boate estava próxima e podemos ver ao longe o tanto de motos e carros, Emi me olhou e acho que compartilhamos o mesmo pensamento “pouco mais de cem”. Ao sair do carro, avistamos o da Nick e o da Flávia estacionar.

 

- Nossa... Só tem modelo hoje... – Juliane sorriu.

 

- É pra chegar, chegando... – Paloma disse animada. – Cássia já deveria tá aqui...

 

- Também acho... – Flávia olhou as horas.

 

- Vamos entrar? – chamei.

 

- Esperamos que tenha ficado perfeito, Paloma... – Amanda falou.

 

- Eu sei que ficou... – ela sorriu sincera.

 

- Chegamos bem a tempo... – Henrique falou e ao seu lado a Carolina, que estava linda. Eles faziam um lindo casal.

 

- Acho que a Cássia vai se atrasar... – Paloma olhou em volta e suspirou.

 

- Calma, linda... – falei. – Logo ela chega.

 

- Não esquenta, mana... – Flávia procurou a mão da irmã. – Vamos entrar...

 

Todos queríamos ver a reação da Paloma, que ao entrar abriu um sorriso gigante, haviam várias fotos espalhadas por todo o ambiente, desde quando ela era pequena até as mais recentes. Haviam fotos sozinha, com as irmãs, com os pais, com os amigos e logo na entrada um painel que já não tinha mais espaço, estava lotado de pequenos bilhetes que cada convidado escrevia a mão ao passar pela entrada. As luzes davam um show à parte, Emi saiu discretamente para subir até a cabine do Dj, o lugar estava cheio.

 

- Gente... Tá incrível... – os olhos dela marejaram, sorrimos em satisfação.

 

- Ainda falta muito, então guarda suas lágrimas, linda... – Isa falou por nós.

 

- Vocês são as melhores... – olhou em volta.

 

- Boa noite, galera... – ouvimos a voz da Emi, olhamos para a cabine, alguns gritos foram ouvidos, como já disse, Emily estava muito linda. – Nossa aniversariante chegou... – bateram palmas. – Meu nome é Emi e eu serei a Dj dessa noite... – muitos gritos. – Divirtam-se! -Chandelier de Sia começou a tocar.

 

- A noite é sua, meu amor...

 

Paloma abriu um sorriso gigantesco ao ver a Cássia, pareceu admirar por uns instantes a namorada para logo abraça-la. Sorrimos com aquele carinho, elas faziam um casal muito fofo e amor era o que não faltava entre as duas.

 

- Que saudade... – Paloma disse e Cássia sorriu.

 

 

 

Nick

 

- Amor... – as duas se abraçaram e eu mal podia esperar o momento para ter uma conversa com a Cássia.

 

- Meninas, vamos dançar... – minha tia chamou e fomos para a pista de dança. Tentei esquecer por um momento as duas e me concentrar na Isa que estava simplesmente tirando o meu fôlego com aquele vestido preto.

 

- Isa, você é absurdamente linda... – dançávamos de frente uma para a outra. – Linda...

 

- Se olhou no espelho antes de vir? – ela sorriu. – Acho que combinamos até no vestido... Você tá linda... Muito... – sorri feito boba, a mulher era quase um pecado de tão bela e estava me chamando de linda.

 

- Vou me achar assim... – ela passou os braços sobre meus ombros.

 

- Você pode... – passamos a dançar com as testas coladas.

 

Se me dissessem há um tempo atrás que eu estaria totalmente apaixonada por uma mulher, certamente diria que a pessoa estava bêbada, mas agora, sentindo todos esses novos sentimentos, digo que nada poderia ser mais perfeito. Me perdia nos movimentos leves, no sorriso doce, no jeito que ela arqueava as sobrancelhas, a deixando a coisa mais fofa do mundo. Eu sentia a cada dia mais a necessidade de estar com ela, Isabela virou o meu vício ao qual não quero reabilitação.

 

- No que pensa? – ela perguntou próxima ao meu ouvido por causa da música alta, aquele gesto me deixou arrepiada.

 

- Em você... - sorri ao ver que os pêlos dos braços dela ficaram como o meu. Ela abriu aquele sorriso que deixa o meu espirito leve.

 

- Tá querendo me deixar sem graça? – minhas mãos seguravam a sua cintura.

 

- Apenas sendo sincera... – aspirei o perfume dela. – Adoro o seu cheiro...

 

- E eu adoro você... – ficamos dançando coladas. – O que fez comigo?

 

- Te faço a mesma pergunta... – fechei meus olhos e continuamos a dançar.

 

A música não era lenta, era agitada, mas aquele contato estava tão bom que eu não estava nem um pouco afim de parar. Ficamos muito tempo dançando, Flávia se aproximou e nos chamou para sentar em uma mesa que havia sido reservada para nós, Isa entrelaçou os nossos dedos e fomos até a mesa.

 

-  Vou no banheiro, volto já... – disse à Isa, assim que ela sentou.

 

Enfrentei o mar de pessoas, que a Paloma havia dito que seria pouco mais de cem, contei mais de duzentos. Finalmente cheguei ao banheiro e sorri quando vi quem estava lá retocando a maquiagem.

 

- Senhorita Duarte... Finalmente! – Cássia me olhou como se houvesse visto um fantasma.

 

- Já terminei... – ela tentou sair.

 

- Opa! Não senhora, vai ficar aqui. – ela respirou fundo e me encarou.

 

- Sério que vamos ter essa conversa aqui?

 

- Muito sério... – cruzei os braços sobre o peito.

 

- Tudo bem... – deu alguns passos à trás. – Pode falar, Nick...

 

Levantei a sobrancelha, Cássia brincava com as mãos, porém não desviava o olhar nem por um segundo.

 

- Acho bom dá uma noite fantástica à minha irmã... – ela arregalou os olhos. – Pois se não eu costuro você sabe o que e passo super cola nesses gravetos... – Cássia fechou as duas mãos e escondeu atrás de si.

 

- Nick... Eu. – passou as mãos fechadas pelos cabelos que estavam soltos. – Tá brincando, não é?

 

- Acha que eu tô brincando? – me aproximei, quase ri do desespero da garota.

 

- Não... – Cássia podia estar com medo, mas seus olhos fitavam os meus sem nem um constrangimento.

 

- Lembre-se disso quando estiver tirando a pureza da minha irmã... – mantive a pose.

 

- Eu amo a sua irmã... – ela tentou se defender.

 

- Sei disso, mas não vai deixar de me ouvir... – dei mais um passo e ela bateu a costa na parede.

 

- Cunhada... Linda... – Cássia estava suando e eu me divertindo muito.

 

- Não adianta me bajular... – ela colocou as mãos sobre a boca. – Eu quero que ela tenha flores, velas... – fiquei a centímetros da amarela. – Chocolates e se machucar ela...

 

- Não, vou... Não vou... – ela fechou os olhos e eu coloquei as mãos na boca para sufocar o riso.

 

- Entendeu tudo direitinho? – recuperei minha pose.

 

- Sim, perfeitamente...

 

- Ótimo...

 

Sai quase rindo, mas me segurei até sair do banheiro e lá fora gargalhei.

 

 

 

Marcela

 

Desde que sentamos que percebi os olhos de Jaque não me abandonavam, retribui a ele pois não posso negar que gostava de sua atenção. Desviei de seus olhos para olhar o meu filho que estava em uma parte mais reservada no andar de cima com Henrique e Carolina. O lugar parecia ser um camarote e as enormes janelas de vidro permitiam vermos as pessoas que lá estavam.

 

 - Sobrinha linda... Te trouxe um presente... – Juliane falava alto por causa do som. Nick chegou e sentou ao lado da Isa, logo Cássia chegou e sentou com a Paloma. – Agora a festa tá completa...

 

- O que... – Paloma iria dizer alguma coisa, quando Juliane despejou sobre a mesa uma sacola cheia de camisinhas.

 

- Não exagerem... – a cínica falou e caímos na gargalhada. Cássia escondeu o rosto no pescoço da namorada que apenas ria do ‘presente’ da tia.

 

- Não vão precisar para o resto da vida... – Flávia zombou.

 

- Melhor presente... – Cami completou.

 

- Pessoal, essa música é para as melhores amigas do mundo... – Emi anunciou e logo uma música que eu gostava muito passou a tocar.

 

When tomorrow comes I'll be on my own
Feeling frightened of the things that I don't know
When tomorrow comes, tomorrow comes
Tomorrow comes

 

I know the road is long, now look up to the sky
And in the dark I found last hope that I won't fly
Then I sing along, I sing along
Then I sing along

 

I got all I need when I got you and I
I look around me, and see a sweet life
I'm stuck in the dark but you're my flashlight
You're getting me, getting me through the night...

 

 

 

Levantamos e fomos para o meio da pista, cantávamos a plenos pulmões a música, fechei os meus olhos e senti duas mãos envolverem a minha cintura. Abri meus olhos e encontrei os verdes da Jaqueline. Sorri com sua atitude e enlacei o seu pescoço, ela abriu aquele sorriso maravilhoso e o famoso frio na barriga se espalhou por meu corpo.

 

- Eu não aguento mais sufocar essa vontade que sinto de te beijar, Marcela... – sua boca dizia ao pé do meu ouvido. Fiquei toda arrepiada, a voz dela estava rouca, mesmo com a música alta, eu pude ouvir. – Você tá linda demais...

 

- Então não sufoca... – falei também junto ao seu ouvido.

 

Me afastei para contemplar o sorriso enorme que se formou no rosto lindo da Jaqueline, sua mão buscou o meu rosto e eu fechei meus olhos ao sentir a macies de seus dedos. Senti sua respiração se misturar com a minha e esperei o momento que desde que vi aquela menina pela primeira vez, eu desejei. Seus lábios quentes e macios cobriram os meus em um selinho, arfei. Entre abri os meus lábios, queria sentir a textura daquela boca dentro da minha, Jaque me apertou contra si e passou a ch*par suavemente meus lábios. Como aquele beijo era bom e como eu perdi tempo esperando.

 

 

 

Juliane

 

- Finalmente!  - as meninas se separaram daquele beijo digno de oscar quando gritamos.

 

- Juliane... – Jaque me olhou com uma falsa raiva.

 

- Já estava achando que não ia rolar nunca... – Paloma falou sorrindo.

 

- Eu também... – Marcela falou e Jaque a olhou surpresa.

 

- O nosso mais novo casal... Um brinde! – Isa brincou e brindamos com sucos, refrigerantes e outras bebidas mais pesadas.

 

- Mais um casal pra esfregar na minha cara que eu sou solteira... – falei revirando os olhos.

 

- Porque quer... – elas gritaram de volta e riram.

 

- Vou dá uma circulada. – falei. Não queria ficar de vela. Iria até o bar beber alguma coisa.

 

No caminho vi a Camila quase sendo engolida por um carinha, Samantha estava se dando bem com uma ruivinha. Sentei em um banco alto do bar, pedi uma caipirinha e tive que mostrar a minha identidade, quase ri disso.

 

- Um campari, por favor... – tirei meus olhos da bebida, olhei para a mulher que estava ao meu lado, distraída com o celular. Seus cabelos eram castanhos e longos, o nariz arrebitado, mas era somente o que conseguia ver, ela estava de lado.

 

- Micaela, me deixa explicar... – um rapaz alto e moreno se pós a sua frente.

 

- Me deixa em paz, Gustavo... – ela se alterou.

 

- Não, você precisa me ouvir... – a segurou pelo braço.

 

- Eu não preciso nada... – o peitou. – Vai comer a sua vagabunda no banheiro e me deixa em paz... – ela gritou em seu rosto. Olhou para os lados e me encarou. – Eu tenho mais o que fazer.

 

A menina se desvencilhou do cara, me puxou do banco e me tacou um beijo, fiquei surpresa no início, mas passei a corresponder. Senti umas coisas estranhas, não faço a menor ideia do que era, mas só me fazia querer passar mais tempo ali. A senti ser puxada, o cara estava furioso e eu totalmente perdida nos acontecimentos.

 

- Que palhaçada é essa, Micaela? – ele berrava, tendo a atenção de algumas pessoas ali.

 

- Me solta... – ela gritou, não sei o por que, mas puxei ela e a escondi atrás de mim quando o vi levantar a mão. O soco que seria para ela, me acertou em cheio e eu fui ao chão.

 

- Segura esse imbecil. – ouvi um homem dizer e outros imobilizarem o cara.

 

- Me soltem... – ele berrava e foi levado dali.

 

- Você tá bem? – a garota se agachou e segurou o meu rosto. – Me perdoa, eu não pensei que ele seria capaz de uma coisa dessas...

 

- Tá tudo bem... Só me ajuda a levantar... – passei a mão sobre a maça do rosto. “Merda, isso dói pra porr*!”.

 

- Claro... Desculpe... – ela me ajudou a levantar. – Você precisa por gelo... Vem.

 

E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa a garota saiu me puxando, perguntou para um dos garços que passou aonde poderia encontrar gelo. Eu estava meio zonza e me deixei levar pela garota que se chamava Micaela e que tinha olhos fantásticos.

 

 

 

Cássia

 

A ansiedade estava acabando comigo, perdi as contas de quantas vezes chequei as horas. As palavras da Nick ecoavam em minha cabeça, olhei mais a frente e vi minha namorada conversando com duas colegas da escola. Olhei o relógio e confirmei que a hora havia chegado, ela me viu e sorriu. Pareceu pedir licença para as meninas e passou a vir em minha direção. O vestido verde, o cabelo preso em uma trança de lado, os lábios pintados de vermelho, meus batimentos cardíacos.

 

- Oi... – ela beijou o canto da minha boca.

 

- Oi... – sorri. – Vem comigo?

 

- Pra onde? – ela franziu o cenho.

 

- Confia em mim? – ela acenou que sim. – Então vem...

 

Ela segurou a mão que eu estendi, saímos com certa dificuldade e chegamos até um balcão que eu havia entregado a minha mochila e os capacetes para a recepcionista. Paloma me olhou não entendendo nada, sorri.

 

- O que é isso? – ela me perguntou quando estávamos em frente a boate. – Moto?

 

- Moto... – abri a mochila, tirei duas jaquetas e entreguei uma para ela. Vesti a minha, joguei a mochila no ombro, me equilibrei com os dois capacetes em minha mão e com a outra segurei a dela. – Vem...

 

Atravessamos a rua, fomos até aonde eu havia deixado a CBX do meu pai, olhei para a minha namorada e vi os seus olhos brilharem. Paloma pegou a mochila da minha mão e colocou em sua costa.

 

- Que moto foda, amor... – sorri.

 

- Meu pai tem bom gosto... – falei orgulhosa e entreguei o capacete para ela. – Coloca, amor...

 

Coloquei o meu, encaixei a chave e liguei a moto. Paloma ajeitou o vestido e sentou, passando suas mãos por minha cintura e apoiou o queixo em meu ombro. Arfei, dei partida na moto, o caminho até a casa da Becca seria de pouco mais de 15 minutos. A sensação de liberdade explodia em meu peito da mesma forma que ansiedade, adrenalina e a excitação duelavam dentro de mim.

 

As mãos de Paloma me apertavam com firmeza, meu coração estava parecendo o motor da moto. Desejava com toda a minha alma poder dar a melhor noite de todas para a minha mulher, amaria Paloma da forma que ela merece. Ao longe vi o prédio da Becca, cada segundo a ansiedade ficava quilométrica. Nos identificamos na portaria, Rebecca havia deixado o porteiro ciente de nossa vinda. Estacionei, Paloma saiu da moto e quando retirou o capacete, esqueci de como se respirava.

 

- Estou nervosa... – ela disse. Sai da moto, enrolei o fio do chaveiro em minha mão e com a outra passei a mão em meus cabelos.

 

- Eu também... – sorri.

 

Pegamos uma na mão da outra, seguimos até o elevador, estava feliz e nervosa. Não cansava de olhar para ela que mantinha os olhos no meu. Paramos no último andar, respirei fundo e paramos em frente a porta do apartamento.

 

- Deixa eu pegar uma coisa... – Paloma me entregou a mochila e de lá tirei um lenço branco.

 

- Vai me vendar? – ela sorriu incrédula.

 

- É surpresa. – fiquei atrás dela, coloquei o lenço sobre os seus olhos. Abri a porta, empurrei a mochila e os capacetes para dentro do apartamento. – Vamos...

 

Segurei a mão dela e a guiei para dentro, minhas mãos suadas, meu coração acelerado, a cabeça a todo vapor. A fiz sentar no sofá, ela tirou a jaqueta e eu também.

 

- Espera só um pouco...

 

Fui até a cozinha em busca do fosforo, voltei as pressas para a sala e passei a acender vela por vela. Espalhei as pétalas de rosas vermelhas sobre as inúmeras almofadas espalhadas pela sala, ajeitei as taças e o vinho sobre uma pequena mesinha de centro que coloquei ao lado, alguns morangos que a Paloma tanto amava e os chocolates ao leite. Desliguei as luzes, fui até o pequeno aparelho de som e escolhi uma música que minha namorada dedicou a mim, logo quando começamos a ficar. Coloquei para repetir e dei play.

 

Just the way you are

 

Oh, her eyes, her eyes
Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair
Falls perfectly without her trying
She's so beautiful
And I tell her everyday

 

Yeah, I know, I know
When I compliment her she won't believe me
And it's so, it's so
Sad to think that she doesn't see what I see
But every time she asks me, do I look okay
I say...

 

 

 

- Amor... – ela sorria. Me aproximei e retirei o lenço. – Cássia...

 

 

 

Vi os olhos dela ficarem úmidos, eles analisavam cada cantinho da sala, seus olhos caíram sobre mim. Fiz um gesto para que ela levantasse e foi o que fez, me aproximei dela e busquei a pele macia de seu rosto e a vi fechar os olhos. Tirei a minha mão de seu rosto e ela imediatamente abriu os olhos, respirei e virei de costa.

 

 

 

Paloma

 

- Tira pra mim... – ela pediu e eu engoli em seco, nossa música tocava. Minhas mãos tremulas foram até o zíper do vestido branco que a deixou tão sexy. Senti a minha boca salivar ao ver sua costa nua. Meu coração batia a toda velocidade, toquei com as pontas dos dedos a sua costa, ela arfou.

 

- Linda... – abaixei as alças finas do vestido e minha boca não resistiu e tocar os ombros nus. – Perfeita...

 

Ela se virou e o vestido foi ao chão, deixando amostra os seios médios com os bicos pequenos e rosados, a barriga seca com sua cintura fina e a calcinha rendada branca. Mais uma vez a minha boca salivou. Ela percorreu os meus braços com as pontas dos dedos até meus ombros e alcançou o zíper na nuca. Seus olhos não desviavam dos meus e a sua boca a poucos centímetros da minha. Passei tanto tempo perdida no brilho de seus olhos que só percebi que o vestido havia sido aberto quando as curtas mangas passavam por meus braços e cair aos meus pés.

 

- Oh, Paloma... – seus olhos me analisaram e um sorriso tomou os seus lábios. Meus seios estavam expostos e nesse momento eu estava apenas com uma calcinha rendada preta. – Como você é linda...

 

Ela estendeu sua mão e eu logo a segurei, Cássia me fez deitar sobre os travesseiros macios, sentou ao meu lado e sorriu.

 

- Eu te amo...

 

Ela disse, aproximou o seu rosto do meu e beijou os meus lábios da forma mais lenta possível, enquanto senti as pontas dos seus dedos trançarem linhas imaginarias entre meus seios e abdômen. Meu coração estava louco e os arrepios por meu corpo se espalhavam, sua boca deixou a minha e seus olhos voltaram a me mirar.

 

- Eu te amo... – eu falei e vi o seu sorriso perfeito aparecer. – Me ame...

 

Pedi e vi seus olhos brilharem, Cássia passou a beijar cada centímetro do meu corpo, sentia o meu sex* reagir. Coxas, braços, colo, barriga e o vale entre meus seios. Fechei meus olhos e minhas mãos apertavam com força os travesseiros. Senti suas mãos pararem nas laterais da minha calcinha, abri meus olhos e ela pedia permissão com os seus.

 

- Por favor... – minha voz saiu em um sussurro. Um sorriso doce surgiu em sua face.

 

Ela tirou a última peça do meu corpo, olhou para o meu sex* com adoração e desejo, respirei fundo e sentir o meu sex* pulsar. Ela se pós de joelhos e tirou a própria calcinha, prendi a minha respiração e senti a umidade em meu centro. Afastou as minhas pernas e deitou-se sobre mim.

 

Seu sex* molhado tocou a minha coxa enquanto o meu tocou o dela, seus seios pousaram sobre os meus e o meu gemido foi alto de ambas as bocas. Seus olhos rasgavam os meus e sua boca centímetros da minha.

 

- Meu amor...

 

Ela começou a se mexer sobre mim, seu sex* molhado se esfregava em minha coxa e o meu igualmente úmido deslizava na sua. O atrito era gostoso, lento e fazia a minha cabeça dar voltas.

 

- Não fecha os olhos, amor... – a voz dela estava desgraçadamente sexy, me causando arrepios. – Oh... – o ritmo deu uma leve acelerada e sentia meu sex* cada vez mais molhado. – Cássia...

 

De repente ela parou e antes que eu dissesse alguma coisa, sua boca me beijou com tanto carinho, que eu pensei que iria me desmanchar embaixo dela. Seu corpo saiu de cima do meu, sua mão passou entre meus seios, deslizou sob meu abdômen e fez um pequeno carinho em meu clit*ris. Arfei em sua boca, mas o beijo só foi cessado quando o ar nos faltou. Cássia colou a testa na minha e mais uma vez seus olhos me pediram permissão.

 

- Me faz mulher... – ela puxou o meu lábio inferior.

 

Seu dedo deslizou de meu clit*ris até a entrada do meu sex*, me fazendo respirar mais forte. Cássia passou a introduzir de forma lenta a ponta do dedo, beijou os meus lábios de leve.

 

- Quer que eu pare?

 

- Não... Continua...

 

Senti uma barreira sendo rompida, causando uma leve ardência e um movimento lento de vai e vem. Ela depositava beijos leves em meus lábios, o polegar massageava o meu clit*ris e senti mais um dedo me invadir de forma lenta, um gemido me escapou.

 

- Amor? Te machuquei?

 

- Não... – minha respiração estava forte. – Não para...

 

Ela fez o que pedi e o ritmo foi aumentando, mais gemidos foram saindo de minha garganta, meus dedos quase rasgaram o tecido do travesseiro. Uma sensação maravilhosa se apossava do meu corpo e quando não suportei, meu gozo inundou os dedos da minha namorada.  

 

- Cássia...

 

Minha respiração estava descompassada, ela tirou os dedos devagar do meu sex*, beijou com carinho o meu rosto e deitou ao meu lado, mesmo de olhos fechados, eu sabia que ela me olhava e via o sorriso que preenchia o meu rosto.

 

-  Como eu te amo... – falei rindo. Ela se colocou sobre mim.

 

- Pensei que fosse impossível te amar mais ainda... – abri meus olhos e ela me fitava. – Não somente por esse momento, mas por cada segundo que eu passo ao teu lado...

 

- Eu sempre esperei por você amor... – ela me olhou surpresa. - E valeu a pena cada segundo.

 

- Você não vai sair da minha vida, Paloma... – ch*pou o meu lábio. – Serei sua e você minha, somente minha...

 

Senti a sua língua explorar a minha boca em um beijo guloso que eu correspondi muito satisfeita. Sua boca desceu por meu maxilar e explorou o meu pescoço com ch*pões e mordidas. Suas mãos faziam uma massagem gostosa em meus seios, enquanto as minhas unhas arranhavam a sua costa. Gemidos preenchiam a sala, a boca que antes ch*pava o meu pescoço agora me roubava o juízo devorando os meus seios.

 

- Amor... Aaah...

 

Sua língua quente deslizou por minha barriga, chegando ao meu sex* e nesse momento eu fui ao paraíso. Sua língua passeou por todo o meu sex*, abri as minhas pernas e senti as suas mãos segurarem firmes o meu bumbum. Foi quando ela passou a me ch*par mais forte e em resposta os meus dedos se perderam em seus fios macios.

 

- Oh, que delícia...

 

Sua língua me invadiu, levei a mão até a minha cabeça, mordi o meu próprio lábio, passei a rebol*r contra a língua habilidosa que estava me levando a loucura. E assim g*zei pela segunda vez aquela noite, mas estava longe de ser a última.

 

 

 

Fim do capítulo