Sei da demora, leiam as notas finais.
Capítulo 44 Chantagem
CAPÍTULO 44: Chantagem.
“Eu não sou mais assim, não sou mais...” Júlia repetia isso como um mantra para si mesma.
Saiu da mansão após a briga com Amanda e andou sem destino apenas querendo esquecer tudo que ouviu e respirar fundo. Acabou indo parar no playground que costumava ir quando pequena, o mesmo que levou Sophia no dia em que se conheceram.
Fazia tanto tempo que não ia ali...
Sophia
Não sentia mais a mesma coisa por ela, era uma confusão de sentimentos.
O único sentimento que conseguia distinguir era o de magoa e até mesmo um pouco de raiva, mas não conseguia desejar o mal para aquela a quem um dia amou, porem a magoa que tinha dela ainda era grande, tão grande a ponto de não querer a presença dela em nenhum lugar.
Mas se tinha uma coisa que estava certa é de que a historia delas duas já estava no passado, acabada com ponto final.
Não restava nem um sentimento de amor.
Respirou fundo.
Era tanta coisa na sua cabeça tanta coisa acontecendo que queria saber em que ponto perdeu as rédeas de sua vida, se é que um dia teve controle sobre isso.
Porem sentia que a cada dia a mais se perdia no caminho.
Após um longo tempo se balançando devagar naquele balanço antigo daquele playground, Júlia se levantou ainda respirando fundo e resolveu visitar sua irmã.
... ... ... ...
Manuela se sentia confusa, começava a sentir-se extremamente nervosa só em pensar em tomar uma decisão sobre o que estava sentindo e sobre o que iria fazer.
... ... ... ...
Rebecca que ficou sozinha no hospital não esperava muito da sua família, imaginou que ficaria só, não esperava muito de sua mãe.
Desde que brigou com a doutora ela não voltou, outro medico veio lhe dizer que logo estaria de alta e que precisaria de fisioterapia para que conseguisse retomar o movimento das pernas por completo já que teve uma evolução de ter a sensibilidade nas mesmas.
Quando refletiu sua atitude com a medica percebeu que estava errada, mas não queria estar.
Não sabia o por que, mas queria que ela voltasse no seu quarto nem que fosse para dar outra bronca daquelas.
Sorriu de lado e balançou a cabeça negativamente.
Aquela doutora era folgada, abusada, destemida.
Essa constatação a fez ficar feliz, mesmo sem saber o porque. Apesar de não querer dar o braço a torcer, por que afinal, ela era uma San’Germany podia fazer o que quiser e todos tinham que aceitar suas birras, mas apesar de estar acostumada com isso, não queria dar o braço a torcer que a medica de coragem estava fazendo falta. Tinha algo nela que apesar de deixá-la nervosa, irritada, ainda assim era algo bom vê-la.
Saiu dos seus pensamentos com sua irmã aparecendo na porta meio receosa.
-- Posso entrar? – Júlia perguntou a olhando.
-- Claro – abriu um sorriso a convidando entrar.
Viu a loirinha se aproximar com as mãos nos bolsos como se estivesse sem jeito de estar ali.
-- Como você esta?
-- Com saudade – respondeu ainda sustentando seu sorriso e arrancando um outro tímido da caçula – que bom que você veio, vem aqui perto.
Júlia balançou a cabeça em sinal positivo e se aproximou dando um beijo na testa de sua irmã.
-- Sente muita dor?
-- Apenas quando tento forçar a mexer minhas pernas, coisa que eu não estou tentando mais.
-- Já esta as sentindo? – perguntou alegre por sua irmã.
-- Sim, os médicos disseram que estou com sensibilidade e por esse motivo quando ganhar alta vou ter fisioterapia.
-- Isso é uma ótima noticia Becca.
-- É sim, mas agora me diga, como estão as coisas lá em casa?
-- Mamã... Elisabeth mandou Otton embora – disse se corrigindo e fazendo Rebecca arregalar os olhos espantada.
-- Ela fez o que?
-- Eu me surpreendi também, mas ela o mandou realmente embora, depois ele ainda conseguiu entrar lá e você já pode imaginar né?
-- Ele te machucou?
-- Um pouco, mas nada que me mate – fungou um riso.
-- Por isso esse olho inchado?
-- Você só não vê o roxo por que tem muita maquiagem aqui – falou tentando fazer graça.
-- Eu sinto muito Júlia...
-- Não tem que sentir nada Becca, isso não foi culpa sua.
-- Júlia tudo isso desde que você foi embora é culpa minha, se você não tivesse se metido no meio da briga minha e dele daquele dia nada disso teria acontecido, você não teria ido embora, não teria descoberto o que descobriu aquele dia e...
-- E ainda estaria sendo enganada e sendo maltratada por ele, deixaria de conhecer Olávo, minha avó Cecília, Amanda, meus amigos – respirou fundo – eu de alguma forma me libertei dessa família Becca, e isso foi bom.
-- Fico feliz que você esta bem.
-- Eles são boas pessoas – esboçou um sorriso olhando para o nada – mas mesmo assim eu ainda tenho algo que me prenda aos San’Germany’s
-- Desculpe te trazer de volta para esse inferno – Rebecca falou esboçando um sorriso triste e chamando a atenção de sua irmã.
-- Não se desculpe por isso, você é minha irmã Becca, e eu tive tanto medo de te perder...
-- Mas não perdeu, eu estou aqui – pegou na mão da loira que a encarou – não vamos falar de coisas tristes sim? Me conta como é sua família do Brasil, percebi que já chamou sua avó de vó, como ela é?
Júlia abriu um largo sorriso ao lembrar de sua avó.
-- Ela é incrível Becca, você precisa conhecê-la, é carinhosa, cuidadosa e me trata como se me conhecesse a anos, eu gosto muito dela.
-- Humm isso é muito bom, quer dizer que ela roubou definitivamente o posto da nossa vovó Leonor? – falou debochada sorrindo.
-- Leonor é uma bruxa, nunca gostou de mim – riu também com sua irmã – dona Cecília não parece nada com a Leonor, ela é aquelas avós de filmes sabe? Aquelas que protegem, que compreendem etc.
-- Ela parece ser incrível mesmo.
-- É sim.
-- E seu pai? É melhor do que Otton?
-- Não se compara ao Otton, Olávo é diferente, ele é um pouco mimado, acha que tudo tem que ser no tempo dele, mas ele é um cara legal sabe? Acho que estou me acostumando com ele.
-- Você descreveu você no seu pai – Rebecca lhe disse sorrindo.
-- Eu não sou desse jeito...
-- Júlia, você exatamente assim.
-- Ta, talvez, mas você também é assim.
-- Não nego, talvez eu tenha um pouco de Otton, e Olávo e eles são irmãos ou seja, algo eles tem parecidos, e nós querendo ou não temos um pouco deles.
-- É talvez você tenha razão.
-- Eu sempre tenho – sorriu mais uma vez e levou um leve empurrão de sua irmã.
-- Convencida.
-- E a Amanda, como foi que começaram a namorar?
-- Foi meio estranho no começo – falou rindo – ela me odiava Becca...
Começou a contar suas historias no tempo que esteve fora fazendo Rebecca rir dos relatos da loirinha.
Já era bem tarde quando decidiu ir embora, tinha saído sem informar onde ia, talvez estivessem preocupados, mas prometeu voltar no outro dia cedo para ver como sua irmã estava e ver quando a mesma teria alta.
Apesar da falta que aqueles ares lhe faziam, Júlia não queria prolongar sua estadia naquele lugar. Apenas teria certeza que sua irmã estava bem e que não precisaria de sua ajuda e então voltaria para o Brasil.
Não pertencia mais aquele lugar.
... ... ... ...
Assim que chegou na mansão foi bombardeada por um Olávo e Elisabeth muito bravos e preocupados assim como Amanda e até Manuela que estava na sala junto de Caroline.
-- Onde você estava Júlia?! – foi uma pergunta em coro assim que pôs os pés para dentro da mansão.
-- No hospital – respondeu franzindo o cenho para aquelas pessoas que estava exigindo uma explicação.
Viu na face de cada um deles preocupação, observou Amanda, Caroline darem um passo em sua direção e logo depois seus pais.
-- O que aconteceu? – Amanda perguntou preocupada, mas antes de chegarem perto dela, ela deu um passo para trás e tratou de se explicar.
-- Estava com a Rebecca e acabei me perdendo na hora, mas estou bem.
Olávo e Elisabeth param e se mantiveram olhando ela e viram as outras garotas pararem de irem em direção de Júlia quando a mesma deu um passo para trás.
-- Esta bem? Sabe como nos deixou preocupados Júlia?! – Olávo disse ríspido.
-- Estou aqui e estou bem, já disse onde estava, não precisa de show Olávo.
-- Júlia! – Elisabeth chamou sua atenção e teve apenas o olhar de Júlia frio em sua direção.
-- Não vou conversar com ninguém agora – disse passando por todos e indo em direção ao quarto.
Amanda fez menção de ir atrás, mas Caroline foi mais rápida.
-- Deixe a prima falar com ela Amanda, talvez funcione – Olávo disse a fazendo parar e respirar fundo.
... ... ... ...
-- Júlia? – Carol entrou no quarto e viu sua prima sentada de costas para porta – o que aconteceu?
-- Nada Carol.
-- Eu te conheço – aproximou-se – o que esta acontecendo?
-- Não é nada, eu só não quero mais ficar aqui.
A forma direta que sua prima falou surpreendeu Caroline que desejou ser apenas um mal entendido.
-- Então vamos lá pra casa tigrinha.
-- Não Carol, eu não quero mais ficar aqui mesmo, no país, quero voltar para o Brasil.
-- Você não pode estar falando serio né?
-- Estou Cah, não quero mais ficar aqui.
-- Ei mas e o plano de completar maior idade e voltar?
-- Acho que meus planos mudaram Carol, eu não pertenço mais a este lugar.
-- Lógico que pertence Júlia, você só deve estar confusa amor.
-- Não Carol, eu não me sinto mais bem aqui, eu não posso mais ficar aqui.
Caroline se aproximou mais e pegou suas mãos.
-- Ta, eu posso me acostumar a morar no Brasil por você.
-- Só você Carol – Júlia riu e abraçou a prima apertado – eu te amo sabia?
-- Eu sei, e eu te amo muito mais – falou baixo no meio do abraço.
-- Ei ta tudo bem? – Júlia perguntou se afastando.
-- Não, eu sinto sua falta Júlia, eu...
-- Isso é falta de cócegas – interrompeu a prima a jogando na cama e fazendo-a rir.
-- Para Júlia, para, eu vou fazer xixi!
Júlia riu e beijou sua bochecha parando, respirou fundo e deitou-se no colo de sua prima.
Uma das únicas coisas que restavam ali era sua prima.
Um tempo depois quando Júlia pegou no sono com os carinhos de Caroline, a mesma desceu as escadas informando que ela estava bem e que tinha dormido.
Se despediu de todos e saiu deixando uma Amanda muito irritada.
... ... ... ...
No outro dia Júlia acordou e viu Amanda que dormia ao seu lado, ainda não queria conversar, se levantou e foi tomar seu café encontrando por lá uma Manuela muito ansiosa.
-- Até que enfim você acordou – Manuela a puxou antes dela se sentar a mesa – preciso conversar com você.
-- Bom dia primeiro né – disse sorrindo.
-- Bom dia – respondeu seria ainda segurando seu braço.
-- Que foi, caiu da cama? Posso pelo menos tomar meu café?
-- Não, depois você toma, eu preciso falar com você urgente.
-- iih não to gostando disso, pode dizer Manuela.
-- Júlia, eu preciso de você, mas preciso que seja totalmente imparcial por favor.
-- O que aconteceu Manu?
-- A Rachel quer que eu tome uma decisão sobre nós, eu e ela.
-- Hmm e por isso esta nervosa desse jeito?
-- Eu não sei o que fazer Júlia.
-- Eu não gosto dela, péssima pessoa para pedir conselho Manu.
-- Júlia por favor me ajuda!
Júlia viu desespero na face de sua amiga e balançou a cabeça em negativo fechando os olhos.
-- Olha só, você tem que se decidir e saber o que quer, você a conhece, sabe quem ela é e se esta disposta a correr o risco de se machucar ou seja lá o que for que possa acontecer entre vocês então vai la, vá em frente, porem só tome qualquer decisão quando tiver certeza do que sente e o que quer.
-- Você quer dizer que eu deva ficar com ela, mas agüentar as conseqüências?
-- Não, eu quero dizer que só tome alguma decisão do tipo ter algo serio com alguém quando você realmente conhecer a pessoa ou sentir que deve mesmo se jogar de cabeça, mas sim depois terá que agüentar as conseqüências.
-- Certo – disse pensando.
-- Ajudo em algo mais?
-- Acho que não
-- Então ótimo, vamos tomar café.
Manuela assentiu e seguiram para se alimentarem, a morena seguiu o tempo todo em silencio pensando no que devia fazer.
... ... ... ...
Pauline evitou o quanto pode ter contato novamente com Rebecca, mas quando Nicolas exigiu que acompanhasse a paciente por saber que ela não estava fazendo isso, Pauline teve que seguir suas ordens.
Respirou fundo e se preparou para encarar aquela garota novamente.
Pegou sua prancheta e entrou quarto a dentro sem nem olhar para Rebecca.
-- Bom dia, hoje você terá alta.
-- Já posso ir? – perguntou esperando que a medica a olhasse.
-- Sim, ligo para alguém vir buscá-la? – perguntou ainda encarando sua prancheta.
-- Sim.
-- Ótimo, vou pedir para uma enfermeira te auxiliar para que se arrume, você esta oficialmente liberada.
Rebecca já estava ficando irritada e quando viu Pauline lhe dar as costas indo em direção a porta acabou explodindo.
Queria ter atenção.
-- Da para pelo menos você me olhar quando fala doutora?!
Pauline respirou fundo e se virou novamente dessa vez a encarando.
-- Pois não?
-- Por que você é tão... tão... af! – exclamou irritada e tentando se erguer na cama para se sentar melhor, porem qualquer movimento brusco a fazia sentir dor – Ai aii ai!
-- O que foi? – Pauline se aproximou a pegando pela cintura e ajudando-a se elevar e encostar-se no travesseiro que ajeitou atrás de si.
-- Ai que droga – choramingou fechando os olhos e respirando com dificuldade.
-- Calma – Pauline pediu ainda segurando sua cintura.
-- Isso dói.
-- Eu sei, só me diz onde ta doendo.
-- Você sabe onde é – falou já começando a ficar irritada.
-- Se acalma esta bem? Eu preciso saber o ponto exato da dor pra te ajudar Rebecca.
-- Aqui, dói aqui – pegou uma de suas mãos que estavam em sua cintura e levou até o ponto que doía.
Pauline fez uma leve pressão e teve seu jaleco agarrado com força e um pequeno urro da garota em seus braços.
-- Por favor não faça isso!
-- Eu vou te dar um analgésico, tenta relaxar.
-- Como eu posso relaxar com dor?!
-- Espera Rebecca, eu sei que dói mas o que eu posso fazer eu estou fazendo.
-- Incompetente! – gritou explodindo de nervoso.
-- Graças a Deus você tem alta hoje – Pauline disse e saiu sem olhar pra trás.
Pediu para a enfermeira que iria a auxiliar, que levasse seu remédio para dor, e não voltou mais no quarto da jovem até ser chamada.
... ... ... ...
Quando Rebecca já iria sair do hospital dr. Nicolas foi pessoalmente lhe liberar, viu a garota que estava já sentada na cadeira de rodas aguardando que fossem lhe buscar.
-- Bem, acredito que já tenham lhe informado que você deverá continuar sendo acompanhada por um especialista e um profissional certo? O doutor Michael irá acompanhar seu caso junto com a doutora Gorete.
-- E a doutora Pauline? – perguntou erguendo as sobrancelhas.
-- Ela sai do seu caso hoje, sei que vocês tiveram desentendimentos por isso e peço desculpas, as providencias com a doutora Pauline já estão sendo tomadas.
-- Não! – disse de repente – não houve desentendimento algum doutor Nicolas, e eu gostaria que ela se mantivesse no meu caso.
-- Senhorita, creio que não seja possível...
Rebecca respirou fundo e o encarou seria.
-- Eu não estou pedindo doutor Nicolas, eu estou exigindo que a doutora Pauline continue acompanhando meu caso de perto!
O medico engoliu em seco. Não queria ser intimidado por aquela garota, mas tratar uma pessoa do porte dela podia por em jogo sua carreira, então respirou fundo.
-- Certo – bipou Pauline – irei deixá-la no seu caso.
Minutos depois Pauline estava no quarto ouvindo a decisão de Nicolas que não lhe deixou nem contestar, informou e se retirou do quarto quando foi chamado as pressas por residentes.
-- O que você quer afinal garota?! – Pauline explodiu olhando para Rebecca.
-- Que você acompanhe o meu caso – falou com cinismo fingindo que não sabia do que a outra estava falando.
-- Uma medica leiga como eu? Não foi assim que você me tratou esse tempo todo? Pra que isso Rebecca?!
-- Pra você senhorita Rebecca – provocou sorrindo de lado – e sim, mesmo você sendo uma má profissional eu quero que continue acompanhando, quem sabe assim você aprenda alguma coisa.
-- Aaaa – falou de forma grosseira e pegando nos encostos da cadeira de rodas em que Rebecca estava ficando bem próxima – você é muito prepotente não? Eu não preciso aprender nada com você, pelo contrario você quem precisa de mim garota!
-- Talvez, mas o negocio é que você não vai se livrar de mim tão fácil – sorrindo ainda em deboche – vai ter que me agüentar doutorazinha, vamos ver ate onde vai sua paciência.
-- Pra que isso?
-- Talvez para que aprenda ser mais profissional, ou apenas só por diversão.
Viu Pauline trincar os dentes e fechar os olhos, estava realmente conseguindo tirar a jovem medica do serio.
E queria mais, queria ver até onde a paciência a doutora iria, o porquê disso tudo ela não sabia, mas queria muito a atenção da medica, queria irritá-la.
-- Você só tem que aprender doutorazinha que por mais que você não queira baixar a cabeça sou eu quem mando aqui como qualquer San’Germany então se você não tem medo de nós vai ter ou ao menos temer nosso nome – sorriu mais ainda – ao menos vai saber quem é que manda, você é minha, uma mera boneca pra mim, quando eu terminar com você ai eu te libero.
Pauline ainda apertando os encostos da cadeira de Rebecca a encarava sem acreditar no que estava ouvindo, teve ganas de bater naquela garota, mas ouviu tudo calada.
-- Engano seu se acha que você pode fazer o que quiser comigo garota.
-- Já disse que pra você é senhorita Rebecca, e sim eu posso, a menos que queira que eu arruíne parte da instituição que seu avô ajudou a construir.
-- Você o que? – Pauline perguntou surpresa.
-- Eu pesquiso bem as pessoas e gosto de saber com quem eu estou mexendo, então apenas uma ligação me informou tudo sobre você, sei que não quer que nada de mal aconteça certo? Vai ou não vai acompanhar meu caso Pauline?
Pauline teve que engolir em seco e tentar acalmar sua respiração, seu maxilar estava tensionado e encarava de perto Rebecca, o olhar da doutora estava causando um quase arrepio em Becca, mas ela queria mais da medica.
-- Então doutora?
-- Me terá como medica Senhorita Rebecca – falou ainda se controlando.
-- Era o que eu pensava, agora acabe com a sua pose de dona de si e me obedeça esta bem? – pediu com sarcasmo.
-- Sim senhora – Pauline arrumou sua postura e saiu porta a fora.
Naquele instante foi bom para Rebecca ver Pauline daquele jeito, mas depois que ela saiu porta a fora ficou irritada.
-- Mas que droga! – gritou chamando a atenção de algumas pessoas no corredor.
... ... ... ...
-- Júlia podemos conversar? – Amanda perguntou depois de uma manhã inteira vendo a loira fugir de si.
-- Agora não da Amanda, vou buscar a Rebecca.
-- Eu vou te esperar.
-- Como quiser – disse indo atrás do motorista.
Amanda suspirou passando as mãos pelos cabelos ruivos e foi surpreendida por seu pai.
-- Tudo bem filha?
-- Tudo pai, só estou com... com saudade da mamãe e da vovó.
-- Eu imagino meu anjo, mas logo estaremos de volta.
-- Uhum – balançou a cabeça em positivo.
... ... ... ...
Rachel acordou quase no horário do almoço, tinha apagado no dia anterior, sua dor ainda estava ali, só Manuela que não.
Quis ir para casa.
Queria ver sua mãe e sua babá.
Levantou-se xingando e apoiando-se da forma que podia, a cada passo uma respiração profunda, foi ate sua mala com dificuldade e pegou uma muda de roupa, se dirigiu ao banheiro para que pudesse tomar seu banho mas a dor que sentiu ao tentar tirar sua roupa quase a fez desistir.
Sentou-se na patente do vaso e com calma tirou a parte de baixo e para tirar a camisa pensou que morreria mas conseguiu tirar.
Entrou na água quente e tomou seu banho devagar quando terminou preferiu buscar uma camisa de botões, ficaria mais fácil de tirar quando tivesse que tomar outro banho.
Já arrumada saiu do quarto e desceu as escadas devagar, era como se a cada passo estivesse levando facadas. Chegou depois de quase uma eternidade na cozinha e conversou com o cozinheiro coisas bobas.
A ausência de Manuela era a resposta da decisão que pediu para que fosse tomada.
Ela estava a evitando, não queria nada, e Rachel não queria perde-la.
-- Problemas amorosos senhorita? – Giorgino perguntou a analisando.
-- O que? – perguntou surpresa – não, não mesmo.
-- Certeza? Esse olhar é de quem esta sofrendo por amor.
-- Foi uma confusão da minha cabeça, mas eu já estou me pondo no meu lugar entende? Não é necessário ficar com alguém que não sabe ou não quer estar com você.
-- Eu entendo – disse ele a analisando – bom, você tem que fazer o que acha ser bom para você.
-- É isso o que eu vou fazer.
-- Certo – esboçou um sorriso – o que a senhorita gostaria de comer?
-- Qualquer coisa menos sopa – sorriu de volta.
-- Ótimo, vou fazer uma comida especial para te alegrar senhorita.
-- Obrigada Giorgino.
O cozinheiro assentiu e começou a cozinhar cantando uma musica que Rachel nunca ouvira na vida.
Fim do capítulo
Oi meninas, eu senti a falta de vocês, espero que tenham sentido a falta da pessoa que vos fala aqui...
Ta, isso ta fornal demais haha desculpem... vamos la de novo:
Gente! To aqui, to sabendo que sumi, demorei um tempão pra postar maaas (quem é vivo sempre aparece né?... ta vou explicar) maaas, é que como com todo mundo, todos passamos por momentos inesperados ou dificieis e vou dizer que esse ano de 2016 ta sendo meio punk (então 2016 por favor, ja que você esta quase indo, bate devagar porque ja deu né cara?)... eu espero que dessa vez tudo desande melhor, e eu não abandonei a historia e nem pretendo, só tive muitos contra tempos e momentos nao muito bons, me perdoem.
PS: Se tiver muitos erros, me desculpem também, não tive tempo para revisar pois estou escrevendo os proximos capitulos, então se quiserem opinar, me ajudar, assinalar erros ou falhas seja la o que for, sintam-se a vontade.
PS2: (nao é o playstation 2 pq eu não sou o Yudi u.u haha ta piadinha sem graça, mas não podia deixar escapar, mas eeeeeeenfim...) Eu senti muita muitaaa mesmo a falta de vocês que eu considero como se conhecesse faz tempo... me perdoem com quem estou em falta.
Comentar este capítulo:
Talita Araujo
Em: 04/09/2016
Que história incrível!!!
Apaixonada por todos os personagens, sua estórias, seus dramas, seus romaces....
História muito bem escrita, muito bem narrada. A cada novo capítulo você consegue deixa-lá ainda mais incrível, instigante, fascinante, perfeita, envolvente. Uma delícia de ler.
Obs: Isso mesmo Júlia, facilita pra Amanda não, seja difícil. ela ta precisando mesmo de um choque de realidade.
E Bianca, deixa a gente de castigo de novo não, posta logo mais um capítulo, ansiedade a mil aqui.... Rsrsrs
Beijos, Bianca!!!
Resposta do autor:
Amor para de puxar meu saco tu ja me ganhou rs bobona <3
Ada M Melo
Em: 03/09/2016
feliz demais com o seu retorno para perceber erros...kkkkkk essa Rebecca ta me saindo uma ditadorazinha e meus dois casia favoritos nesse impase..kkkkk
Resposta do autor:
Ai gente eu fico feliz praaa caramba quando vcs demonstram saudades haha (sim sou emotiva, estou emotiva haha me julguem haha) a Rebecca esta confusa beeem confusa por sinal não é?
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Mille
Em: 03/09/2016
Ai, que tudo oce está aqui de novo ;) tava com saudades dessas turminha a da nossa escritora.
Rebecca pegando pesado com a Pauline, como ela é teimosa em admitir que a médica só quer o melhor para ela e também não leva desaforo de pessoa mimada que pensa que o sobrenome as pessoas tem que baixar a cabeça.
Bora juntar a Amanda e Julia, não fica legal a lourinha longe da ruiva.
Manu toma tua decisão porque a Raquel está a um passo de ir embora, sem te procurar.
Bjus e até o próximo.
Melhoras nesse restinho de 2016.
Resposta do autor:
Gente voces sentiram saudades que lindaaas <3
Sim a Rebecca é bem mimada porem encontrou alguém que bate de frente e nao faz tudo o que ela fala e isso causa uma revolta dentro dela apesar de não admitir sentir-se bem com a presença da doutora porem essa atitude dela com Pauline vai bagunçar um pouco as coisas, a medica nao gostou nada do que ela fez.
Ja Amanda e Julia ta um caso um pouco complicado assim como Manuela e Rachel que apesar da menina mostrar que mudou Manuela ainda reluta em se entregar totalmente.
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JuAlmeida
Em: 03/09/2016
Gente eu adoro a Becca mas nesse cap ela foi um nojo com a Pauline, acho que as duas vão ser um casal que vai ter mais brigas que Amanda e Julia tiveram no começo, Julia tem que deixar de ser cabeça dura um pouco e ouvir a Amanda para as duas se acertarem
Resposta do autor:
A Rebecca foi mesmo digamos que "dura" com a doutora e isso nao vai facilitar nada a convivência das duas, ja a Julia escutar a Amanda pode axontecer agora o que resta saber é se as duas vao saber lidar com o que esta por vir
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