- Pra quê Igreja, Maria?! 

- Eu acho bonito, da licença?

- Então casa sozinha porque eu não vou estar lá.

- E vc quer fazer o que então? Churrasco?!

- Juro que eu estava pensando nisso kkkkkkkkkk

Eu sempre via as pessoas que casam enlouquecendo com os preparativos, mas nunca achei que seria tão doido assim! Eu nunca sonhei em casar com véu e grinalda. Na verdade, eu nunca pensei em casar, mas Tah conseguiu mudar minha cabeça. 

Ela - Olha, vamos fazer na praia ou num mirante. Eu acho simples e muito mais bonito.

Eu - Tá. Pelo menos não é um churrasco.

Cada dia que passava era uma preocupação diferente sobre isso. As vezes eu ficava viajando em como seria morar junto mesmo, ter suas próprias coisas, suas próprias responsabilidades. Nós não conseguimos esperar terminar a faculdade pra depois casar, então imagina como estava nossas vidas com isso. Mas no meio desse turbilhão de coisas pra fazer, nós decidimos que os fins de semana eram nossos. Uma das nossas prioridades eram nós, tentar não nos perder no meio de tudo. 

Fazia um Sol divino, então resolvemos ir pra praia, mas antes Tah tinha que passar na casa de Marcelle pra buscar a prancha dela que ela tinha esquecido lá e enquanto isso eu iria ajeitando o que nós iríamos levar.

Tah - Tô indo lá, amor!

- Tá, mas vê se não demora. 

- Tá bom!

Ela pegou o carro e saiu e eu fiquei ela vendo o que ia levar. Quando dei por mim já se tinha passado uma hora e ela não havia chegado nem mandado nada dizendo onde estava ou o que estava acontecendo. Liguei e nada, fui ligar pra Marcelle então.

- Celle, Tah está ainda ai?

- Tá, não, cara. Ela já saiu tem um tempo já, por que?

- Ela não chegou ainda e não tá atendendo o celular. Eu vou tentar falar com mais gente pra ver onde ela tá e qualquer coisa falo com vc.

- Tá ok. Bjs.

Mandei mensagem para os amigos e ninguém sabia dela. Camile estava me ligando pra saber onde estávamos e por que a demora. Expliquei e ela falou que ela e os meninos iriam tentar falar com mais gente pra saber se sabia onde ela estava.

Eu já estava ficando agoniada. Ela não é de sumir assim e a casa da minha irmã nem é tão longe assim da nossa. Estava indo pegar meu carro pra fazer o mesmo trajeto que ela pra ver se achava ela, quando meu celular toca.

- Alô.

- Por favor, eu poderia falar com Maria Cecília?

- Sou eu, quem é?

- Meu nome é Carla, sou paramédica, estou ligando do hospital. Socorremos uma moça chamada Thamires e tinha esse número com seu nome na frente e um papel na carteira dela em caso de socorro. - Já estava em pânico.

- Ela é minha noiva. O que aconteceu?! Ela tá bem?!

- Ela sofreu um grave acidente de carro e está em operação agora. 

- To indo pra ai agora!

Nem deixei a médica terminar de falar e já fui indo o mais rápido possível pra lá. 

Fim do capítulo