--Detetive Henrique, você falou com a Lucy desde que ela saiu? – Lara perguntou assim que encontrou o rapaz

--Não, acho que elas dormiram demais.

--Duvido, conheço a Pati, já são quase dez da oito e nada delas, liga para Lucy, que vou ligar para a casa da Pati -

--Vou ligar. – Chamou algumas vezes e nada, ligou novamente e quem atendeu foi um garoto.

--Alo?

--Quem fala? – Ricky estranhou.

--É o Junior, eu achei esse celular na garagem do meu prédio.

--Oi Junior tudo bem?  Meu nome é Henrique, quantos anos você tem?

--Dez anos.

--Junior você está perto do seu pai ou de algum adulto?

--Espera vou entregar a meu papai – Passou-se alguns segundos e a voz do homem fez-se ouvir

--Alo quem é?

--Oi meu nome é detetive Henrique esse celular é da minha parceira, você poderia dizer onde seu filho o achou?

--No meu prédio

--Onde fica?

--Boa viagem – Não quis passar o endereço

--Ok, é no prédio da delegada Patrícia?

--É tem a delegada que mora no 220 uma ruiva.

--Ótimo, eu estou indo para ai, poderia te encontrar na portaria?

--Pode sim.

--Ótimo.- Desligou e olhou assustado para a Lara

--Aconteceu alguma coisa, um garoto achou o celular da Lucy na garagem da Pati.

--Droga eu sabia, vamos para lá – Eles pegaram a viatura e correram para lá.

--Ola delegada Lara Cardoso – Mostrou o distintivo ao homem que estava aguardando na portaria do prédio

--Ola delegada, está aqui o telefone – Entregou a ela.

--Obrigada pela honestidade em de devolve-lo.

--De nada, qualquer coisa moro no 120. – Ele saiu e Lara foi ao encontro do porteiro.

--Ola preciso das filmagens das câmeras do estacionamento e das entradas. – Mostrou o distintivo e porteiro logo se dispôs a ajudar.

--Por aqui, por favor – Os levou ate lá

--Pode adiantar, preciso depois das quinze horas, essa foi à hora que ela saiu da delegacia – O porteiro atendeu e em ritmo acelerado eles viam todos que entraram dentro do estacionamento.

--Ali o carro da Pati entrando. – Ricky disse

--Olha isso, tinha três caras na espreita – Eles observaram toda a movimentação.

-- Ela percebeu, ela nunca desceria com a arma em punho – Lara fala observando eles rendendo a delegada.

--Olha lá a Lucy entrando – Ricky aponta para a outra câmera.

--Esse é o João, mas como eles entraram? – Ricky perguntou olhando para o Porteiro

--Não sei senhor pela portaria eles não passaram.

--Olha ali eles partiram de carro, temos que aproximar para ver a placa.

--Grave essas imagens, Henrique chame a equipe toda e os reúnam lá na delegacia – Ela disse saindo da sala de filmagens, O porteiro o fez e logo elas saíram rumo a delegacia.

 

 

 

--Droga de telefone – San resmungou a escutar seu celular tocar.

--Não atende amor, descansa mais um pouquinho.

--Deixa ao menos ver quem é – Ela se esticou e viu o rosto do amigo na tela.

--Porr* bambi me deixar dormir mais um pouquinho.

--San pegaram a Lucy e a Pati – Ele disse de uma vez só

--Como assim pegaram elas – Ela levantou rápido da cama.

-- Não sabemos estamos com as filmagens, foi o João.

--Onde vocês estão? – Disse já de pé

--Indo para a delegacia da Lara, vamos reunir a Alfa.

--Tudo bem já estou chegando. – Jogou o telefone na cama pegando uma calça jeans e vestindo

--San como assim você vai voltar? Mal dormiu – Ana falou de cara feia.

--Vida não quero que você fique preocupada, mas pegaram as meninas, não tenho mais informação, mas assim que tiver te digo ok?

--Como assim pegaram as meninas? A Lu e a Pati?  - Sandrele afirmou com a cabeça.

--Meu Deus! – Ana exclamou com os olhos cheios de lagrimas.

--Eu vou caçar esses miseráveis nem que seja no inferno – Sandrele disse Pegando sua arma numa gaveta na parte superior do seu guarda roupa.

--Amor calma, não vá fazer besteira – Ela respirou fundo e foi dá um beijo na esposa.

--Tudo bem vida, assim que isso acabar eu retorno, não se preocupe que vamos busca-la assim como elas fizeram comigo.

--Tudo bem, estarei te esperando aqui.

--Eu terei que voltar, ainda tenho uma lua de mel para curtir – Deu um beijo na esposa e saiu rumo a delegacia.

--Então já sabemos de alguma coisas? – Foi a primeira coisa que Sandrele perguntou ao chegar na delegacia

--Sim olha as imagens -  Rick virou o notebook para a deteve

--Maldito João – Falou sem tirar os olhos da tela

--Vamos começar, temos que acha-las, e o mais rápido possível. – Lara disse entrando na sala.

--Mas já temos algum ponto para iniciarmos a busca?

--Não sabemos onde ele as levou, mas vamos fazer uma busca por todos os possíveis lugares. – Lara disse

--Espera olha isso aqui – Sandrele fala ainda olhando as filmagens.

--O que foi? – Ricky e Sandrele prestam atenção na tela.

--Olha a Lucy joga o celular no chão isso foi proposital – Sandrele mostra o movimento que Lucy fez.

--Realmente ela o joga para próximo do carro.

--Ele está aqui, mas tem uma tela de bloqueio – Lara colocou o celular na mesa.

--Ai grande coisa – Rick disse pegando o celular e o desbloqueando.

--Você sabe a senha do celular dela? – Lara perguntou

--Quem não sabe, a Lucy nunca troca essa senha – Sandrele disse encostando no amigo para ver se encontrava algo.

--Olha aqui, tem um áudio aqui – Ricky disse o ativando

“--Que pena não posso dizer o mesmo não é? Solte a Patrícia, deixe ela fora disso.

--Como eu poderia deixa-la de fora? Eu vou ser bem recompensado em entrega-la alias ela seria a próxima a ser encontrada naquele lugar de impuros de qualquer forma, apesar que sua morte seria apenas um capricho dele e eu não teria o prazer de mata-la.

--Você não vai fazer isso eu juro que ti mato seu miserável – Tentou virar porem ele apertou mais a arma na nuca dela.

--Shii, não precisa dessa ignorância toda – Olhou para um dos capangas. – reviste-a -  Ordenou.

--João eu já ti disse que poderemos negociar eu ti consigo uma delação – Patrícia disse presa nos braços por dois homens enormes.

-- Delação? Você é muito louca em pensar que eu acreditaria em você e outra eu ganharei muito mais se ti entregar, vamos as duas pra dentro – Empurrou-as para dentro de um carro.

--Quem te pagará pelo meu sequestro?

--Você verá, não se preocupe o chefe vai adorar ti matar”

 

--Acabou, mas quem seria esse chefe? – Marcos perguntou apreensivo

--Geralmente o chefe é quem paga – Sandrele disse e Ricky completou

--Jose Arnique Siqueira – O Rapaz disse levantando

--Eu tenho todo aquele levantamento que você e a Lucy fizeram dele – Marcos disse digitando em seu computador.

-- Sandrele vá com alguns policiais atrás do doutor Valadares, Carlos vá interrogar alguns presos, seja rápido e direto. Jorge fique com o Marcos e vasculhem todas as possíveis propriedades desse homem, e Henrique venha comigo vou na casa da filha do Siqueira. – Eles levantaram e foram fazer  o que foi mandado por Lara.

--Henrique peça você para falar com a Penélope – Lara disse assim que chegou próximo ao porteiro do prédio da garota

--Tudo bem, boa noite gostaria de falar com a senhora Penélope.

--Quem deseja?

-- Detetive Henrique parceiro da Lucy. – O homem pegou o interfone e logo a entrada deles foram liberadas.

--Por que você não disse seu nome? Afinal você não é a prima da Pati? – Perguntou assim que entraram no elevador

--Você verá  - Eles desceram do elevador e apertaram a campainha

--Ah não, o que você quer aqui sua safada? – Foi a primeira coisa que Penélope falou assim que viu a Lara na sua porta.

--Vamos para com esses carinhos? Você sabe que eu adoro querida – Disse entrando sem ao menos ser convidada

--Sai da minha casa agora! – Abriu a porta e apontou para fora, dai encontrou um Ricky sem entender nada.

--Calma Penélope, é um assunto muito serio.

--O que ela ti fez para você a trazer aqui?

--Não me fiz nada, é sobre a Lucy e a Pati ela foram sequestradas, e creio que foi seu pai – Lara disse já sentada no sofá.

--Se se sequestradas? Por meu pai? Como assim? – sentou-se ao lado de Lara com os olhos cheios de lagrimas.

--Isso, e nos queríamos saber se você poderia ter uma noção de algum lugar onde levaram elas? – Ricky perguntou

--Eu não sei, como vocês têm certeza que foi ele?

--Temos evidências que foi ele, mas me diz você não desconfia onde as levaram? Uma casa distante, um sitio ou algo do tipo

--Não sei, tem a fazenda no interior e o sitio onde estava funcionando a tal seita. – Ela escreveu o endereço em um papel e entregou para Lara, logo depois deixou uma lagrima escorrer e para a surpresa de Ricky Lara abraçou a mulher carinhosamente.

--Calma, não fica assim – Alisava os cabelos da mulher

--Não sei como ele é capaz de tanta monstruosidade,  mas a Pati? Ele sempre odiou ela.

-- Não chora assim fica calma eu prometo que vou acha-las. – Beijou o topo da cabeça dela e levantou para sair

--  La promete que não mata ele?

--Eu não posso garantir, e outra ele não merece piedade depois de tudo que ele fez.

--Eu sei, mas ele é meu pai. – deixou as lagrimas escorrerem

--Eu não posso garantir, porem prometo me segurar ao encontra-lo- Ricky observava elas duas e via uma outra Lara, essa expressava sentimentos chegava a ser doce.

--Quero noticias, se cuida e não faz besteira, promete?

--Pra você eu prometo sempre. – Fez um carinho na face da outra

--Ate mais Penélope – Ricky disse, ela apenas balançou a cabeça e os policiais saíram.

--Então alguma ideia?- Ricky perguntou assim que entraram no carro

--Tenho, mas vou mandar um dos meus homens fazer isso, não podemos perder tempo.

--O que seria?

--Vou mandar cassar esse miserável, e depois eu mesmo o matarei.

--Nossa, mas você não disse para ela que...

--Eu não sou confiável, ela mesmo já disse isso varias vezes, vamos que já pegaram o doutor Valadares, eles seguiram para a delegacia.

--Então alguma informação nova? – Ricky perguntou assim que foi encontrar San

--Pegamos o desgraçado tentando fugir, ele está numa cela, mas não falou nada, eu dei uma pressão nele, mas não falou.

--Deixa ele comigo, me acompanhem e aprendam. – Eles foram atrás dela para uma sala escura. –Tragam o doutor aqui – Lara pediu a um de seus agentes

--Mas você vai interroga-lo aqui? Não vai filmar ou gravar? – Sandrele perguntou

--Não preciso de filmagem, não agora. – Ela não entendeu, mas preferiu ficar calada.

--Senta ele ai – Lara disse apontando uma cadeira

--Onde o João levou elas?

--Não sei – Ele disse em um tom imponente.

--Eu só vou perguntar mais uma vez me entendeu? – Disse olhando nos olhos dele.

--Eu não tenho medo de você se me tocar eu irei entrar com um processo contra você

--Isso se você ficar vivo, ou você acha que um medico conceituado não poderia está muito, mais muito deprimido por vê-se preso e acabou se suicidando na sua cela? – Disse sem para de encara-lo

--Você não seria capaz – desafiou

--A eu seria, seria capaz de ti dá um tiro no meio da sua cabeça, nesse exato momento, e simular uma fuga, já fiz varias vezes, agora me responde onde está João com as meninas ? –Colocou a pistola no meio da testa dela

--Não vou abrir minha boca. – Ela o olhou

--Tragam a garrafa – Ela pediu e um dos agentes entregou uma garrafa pet cheia com água a ela.

--O que você vai fazer? – O medico olhou assustado para ela

--Doutor eu vou bater muito em você agora e o senhor sabia que os hematomas serão internos? Isso quer dizer que não vai ser detectado pelo corpo de delito mais isso o doutor sabia? – Antes dele responder ela desferiu um golpe no braço dele que encolheu-se. –O levantem – Os agentes atenderam e Sandrele e Henrique apenas ficaram espantados.

--Eu vou acabar com você sua vadia – Ele disse e ela voltou a bater no abdômen do homem que se contorcia.

--Sabe o que eu adoro doutor? – Ela disse sadicamente – As articulações, - Soltou a garrafa no chão, eu posso deslocar seus dedos, pulsos, pernas ate mesmo o pescoço, isso dói, dói muito, mas depois eu o coloco no lugar e nem aparece que o receptor sofreu tanto – Ela disse pegando um dos dedos dele e o puxando

--Ai para, por favor para – Ela olhou para ele com um sorriso de lado

--Onde está o João?

--Não sei exatamente, ele as levou para o senhor Arnique, ele queria a delegada. – Ele falou tremendo de medo

--O que ele quer com ela?

--Não sei, apenas sei que ele tem muita raiva dela.

--Onde elas estão – Agora pegou o punho dele e antes de fazer menção dela o machucar ele disse que não sabia de nada. – Não sabe? Rapazes pegue um lençol fino o enrole na grade da cela, e faça parecer que ele não sofreu muito –Ela disse virando e encontrando os olhares surpresos de Sandrele e Henrique.

-- Eu acho que eles estão no sitio de festas – O medico disse com muito medo

--Onde fica esse lugar? – Sandrele perguntou

--Eu digo, mas não me matem, é o lugar onde a os mestre da igreja faziam as festas – Ele falou quase chorando

--Espero encontra-las lá – Lara disse olhando para ele – O levem para cela, e tenham cuidado para não machucar o nosso ilustre doutor – Falou cínica.

--Você iria o matar mesmo? – Henrique perguntou incrédulo

--Não seria louca o suficiente de fazer isso aqui, antes eu o soltaria para a culpa não cair sobre nós – Ela deu um sorriso sarcástico

--Nossa ! – Ricky disse  espantado

--Mas vamos lá ver esse endereço – Saíram em direção a sala onde estavam os demais membros da equipe.

--Então Jorge alguma ideia?

--Não sei o negocio é irmos lá e ver no que dá.

--Pelas imagens de satélites que não são novas é uma casa, com piscina e uma mata fechada em torno. – Marcos disse sem tirar os olhos do computador

-- Vou montar a equipe, saímos daqui a cinco minutos, se aprontem – Lara saiu da sala

--Ela é durona – Cleiton disse com seu jeito tímido

--Você nem imagina o quanto, vou ligar a Ana, ela deve está muito preocupada – Sandrele disse pegando o celular

--Quem diria a San casada – Carlos disse sorrindo

--E muito bem casada – Ricky completou a olhando se afastar para o canto da sala

--Ricky a Lu e a delegada Patrícia estão tendo alguma coisa? – Jorge perguntou

--Não sei agora vamos buscar nossas parceiras – Mudou de assunto

--Afinal, Alfa nunca perde alfa – Cleiton disse empolgado

--É isso ai, vamos lá – Saíram para esperar a Lara que logo chegou e saíram rumo a tal casa.

 

 

 

 

--Amor vem mais pra perto? – Pati pediu após elas sentarem juntas para esperar e renderem os seus opressores

--Claro, vem aqui – Encostou o ombro no dela e logo sentiu algo errado. –Pati você está se sentindo bem? Está fria

--Acho que minha glicose está muito alta, já passou da hora de me medicar – Ela disse encostando a cabeça no punho da morena.

--O que você está sentindo? – Deu um beijo nos cabelos loiros

--Alem da vontade de fazer xixi, a vista turva e tontura? Estou com também com fome – Ela disse em um tom um pouco divertido

--E você fala isso assim, temos que sair daqui. – Lucy disse aflita.

--Vamos sair sim apenas temos que esperar – Elas ficaram ali e cochilaram uma encostada na outra, já de manhã despertaram quando a porta abriu

--Deixem de nojeira, se afastem – João disse entrando bruscamente no quarto.

--Está com inveja que não pode ter uma mulher tão bonita como a minha? – Patrícia disse olhando os dois homens que estavam na porta.

--Minha vontade é de matar as duas agora mesmo, mas o chefe quer ter essa honra, suas vadias impuras.

--João só uma pergunta, você acha mesmo que ira sair livre disso tudo? – Lucy resolveu provoca-lo para ele se aproximar

--Eu irei sim, mas não sem antes ver vocês duas mortas, e pagando pelos seus pecados.

--E isso não vai demorar – A voz de Arnique fez-se presente e João deu espaço para ele entrar

--Sabe José que sua filha foi a primeira garota que eu beijei? Que pena que nós nunca passamos daquele beijo, pois ela é uma mulher maravilhosa, inteligente, forte tem muita tristeza por ter um pai que matou o irmão dela e ser uma pessoa tão asquerosa como você – Patrícia disse com raiva nos olhos

-- Você é uma vadia  - Ele foi furioso para cima dela e assim que aproximou-se ela soltou os pés e usou um deles para dá uma rasteira nele o fazendo cair, assim que João foi ao seu socorro Lucy jogou-se sobre ele e com um golpe jogou a arma dele para longe.

-- Eu vou te matar – Arnique tentou levantar, porem Patrícia começou a soca-lo no rosto a fim de desmaiá-lo, e ao lado Lucy travava uma luta corporal com João que não teve chance e logo apagou, assim que ela virou-se para ajudar a ruiva viu ela ser jogada no chão e o homem sacar uma arma.

 

--Vou matar você sua sapatão dos infernos – Tudo foi muito rápido, escutaram vários tiros no lado de fora, fato que não impediu Arnique de puxar o gatilho.

Fim do capítulo