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MAR FOI TESTEMUNHA
5 meses depois.
A mudança para Islândia aconteceu assim que Agnês se recuperou : Cerca de um mês depois do atentado.
Ficamos em uma casa alugada, até a nossa ficar pronta. Minha mãe viajou conosco, não quis ficar sozinha em Trodhein, ainda mais depois do que aconteceu. Reykjavik é uma cidade linda, parece de brinquedo . Não me espantei com o frio, o clima é bem similar ao da Noruega.
Em nossa nova casa tinha um deck de madeira que ia de fora a fora na lateral da casa, para ter acesso se subia um lance de escadas que ficava no quintal. E lá do alto se tinha uma vista mais que privilegiada de toda a cidade. Agnês fez questão que eu a ajudasse a escolher todos os detalhes do nosso lar. Era uma casa que não tinha luxo, era simples por dentro e por fora. Prefiro que seja assim, porém é bem aconchegante. Nós decoramos conforme o gosto das duas, mas a essa altura do campeonato, ela participava menos . Já estava com o barrigão de seis meses. Eu nunca tinha me sentido tão feliz assim em toda a minha vida. Não imaginava que a felicidade poderia chegar tão intensamente para mim do jeito que estava acontecendo. Meus filhos se davam super bem com a Júlia, estavam até ensinando ela a falar norueguês. E ela, para retribuir a gentileza os ensinou o famoso sotaque britânico. Que eles ficavam tentando imitar o dia inteiro. Todos os três recebiam aulas de islandês em casa, apanas falando o básico que eles poderiam ir para a escola. Júlia é uma garota muito carinhosa, gosta muito de mim e eu gosto muito dela, já a considero minha filha. A minha Júlia Roberts!
Acordei no meio da madrugada sem sono, tentei jogar um joguinho no celular para ver se distraia, mas ainda assim não consegui. Agnês dormia profundamente, de lado. Já não conseguia dormi mais de barriga para cima nem para baixo. Fiquei admirando, encantada seu sono por mais alguns instantes. É bom ficar com ela sabendo que na manhã seguinte ela não vai me deixar. Dei um suspiro aliviada, a ideia de que agora estávamos juntos em definitivo fez com que um sorriso involuntário saísse de meus lábios.
Me levantei e fui até o armário de casacos do nosso quarto, peguei o casaco mais grosso que encontrei, coloquei a toca de frio e desci as escadas. Agnês montou uma adega bem abaixo da escada, fui até lá e peguei uma garrafa. Não entendo nada de vinho, só sei a diferença entre tinto e seco – peguei o branco seco –. Abri a porta , o vento assoviava. Me veio uma sensação gostosa, de liberdade. Fechei os olhos por um instante para agradecer ao que me trouxe até aquele lugar : O amor.
O amor que foi capaz de unir duas pessoas tão diferentes. Agnês é ateia, eu? Católica fervorosa, ela adora o preto , e eu ? Não uso por achar a cor oficial do luto, ela adora maquiagem e eu tenho alergia até de batom, eu adoro carne vermelha e ela adora a salada ceasar, eu acredito em vida após a morte e ela diz que viver uma vez , é o suficiente para pagarmos até pelos pecados que não cometemos.
Mas vendo por outro lado, acho que são as nossas diferenças que nos completa, que nos deixa interligadas por um fio mágico que nos faz amar até os defeitos da pessoa.
Subi as escadas do deck até alcançar o topo, me sentei e comecei a observar a cidade. Não tinha ninguém nas ruas, apenas os cachorros latiam nos quintais das casas. Tínhamos poucos vizinhos. Abri a garrafa de vinho e despejei um pouco na taça, fui apreciando a bebida sem muita pressa. Segundo Agnês : O vinho é para ser vivido, sentido; é uma experiencia que envolve todos os sentidos.
Dei um gole e fiquei apreciando a vista que se tinha lá de cima, era espetacular. E o que acabei presenciando era mais espetacular ainda. Lá de longe percebi que se formava manchas verdes no céu, uma explosão de cores...Fiquei encantada, nunca tinha visto aurora boreal antes. Na Noruega tem, mas é apenas nos lugares mais inóspitos que se vê.
Fiquei extasiada . É absolutamente impossível não se emocionar vendo.
Acho, que é a coisa mais espetacular que eu já vi em toda a minha vida. Quando dei por mim já estava na segunda taça de vinho.
O céu quase que se podia tocar, e eu naquela noite congelante fazia parte daquilo.
O fenômeno durou coisa de vinte minutos, me senti renovada. Desci as escadarias, com bastante cuidado para as crianças nem Agnês acordar. Escovei os dentes e voltei para a cama, minha morena dormia calmamente. Quando me deitei, ela se mexeu e acabou despertando.
– Ainda acordada, Chris? Perdeu o sono, meu amor?
– Você não vai acreditar no que eu vi ! – Ela se sentou na cama, esfregou os olhos para despertar.
– O que foi?
– Vi uma aurora boreal.
– Sério? E é bonito mesmo? – Perguntou meio atordoada de sono.
– É a coisa mais linda que eu já em toda a minha vida. – Respirei fundo – Você quer casar comigo? – As ultimas palavras vieram por impulso, perguntei sem saber bem o que estava fazendo.
– Não sabia que você ligava com essas coisas – Ela ensaiou um sorriso. – Claro que eu quero me casar com você.
– A gente pode se casar na praia, à beira mar. A brisa batendo em nossos rostos. Eu, você e as pessoas que mais amamos, celebrando...felizes.
Nos abraçamos, um abraço apertado..apaixonado.
– Agnês Delphis, você aceita ser minha esposa? – Perguntei enquanto beijava de leve sua mão esquerda.
– Eu aceito, Crhistien BJORG. Ser sua esposa, te amar daqui até o ultimo dia da minha vida. E não terá um dia sequer que eu não viverei para te fazer feliz, mesmo quando eu te deixar triste.
3 meses depois.
Me levantei com dificuldade, por conta da barriga que estava enorme. Não sabia o sex* dos gêmeos, eu e a Crhis decidimos que seria uma surpresa. Por isso, o quarto deles tem cores neutras ; Verde,amarelo, branco.
Eu não entendo absolutamente nada de ser mãe de bebê pequeno. Para isso senhora BJORG disse que iria me ajudar. Mariáh não quis vir morar comigo aqui, ficou na casa da filha dela que estava muito doente. Mas quando os gêmeos nascerem ela me prometeu que viria passar uns dias aqui comigo.
Os meninos estão super empolgados com os irmãozinhos. Júlia todos os dias beija a minha barriga, pergunta como os nenéns estão. Daphini está um pouco enciumada por não ser mais a caçulinha da mamãe. Mas ainda com ciúmes já disse que ama os bebes e que vai ajudar a cuidar deles.
Tomei banho e desci para tomar café, todos já estavam à mesa me esperando. Trabalhei muito na noite anterior para deixar a matéria adiantada por causa da licença maternidade.
Vestida com um terninho feito sob medida, pois nada mais me cabia, apenas calças de elástico. Desci as escadas de vagar, Chris veio me ajudar.
– Amor, acho que você devia parar de dar aula. – Disse ela, esbaforida.
– Não amor, eu ainda aguento mais alguns dias. Eu estou grávida e não doente.
– Deixa ao menos eu te levar até a universidade, então? – Disse com voz de derrotada.
– Tá bom, é complicado dirigir com essa barriga imensa, nem consigo respirar sem que os meus peitos não toquem a buzina. – Rimos juntas.
Me sentei para tomar o café, Aleksander se ajoelhou em um dos meus pés e Júlia em outro e começaram a fazer massagem.
– Meu Deus, não tem como o dia não começar bem, recebendo massagem dessa duas coisas lindas.
– Eu aprendi na internet tia Agnês, em um vídeo de massagem para grávidas.
– Eu assisti o vídeo junto mamãe. – Retrucou Júlia.
Depois que terminei o café Chris me levou de carro até a universidade. No caminho ela foi, mais uma vez me dando as instruções de como eu devo proceder caso entrasse em trabalho de parto. Repassamos o planos pela milésima vez.
1° Ligar para ela, o número dela era o número 1 na discagem rápida do meu celular.
2° Ficar sentada onde eu estiver, mas se estiver conseguindo andar era para esperar em um banco que tem perto da universidade.
3° Os documentos já estavam organizados em minha bolsa, e as roupinhas e tudo que precisaria no hospital já ficava dentro do carro( ela achou por bem me avisar de algo que eu já sabia).
Ela me deixou em frente a escola , e é óbvio que me perguntou se eu queria que ela me levasse até a sala de aula, e minha resposta obviamente foi um não. Nos despedimos com um beijo de leve na boca e fui rumo aos longos corredores da faculdade. Andando igual uma pata choca , até chegar na sala de aula. Os últimos alunos estavam entrando, e tinha alguns na porta me esperando.
– Bom dia pessoal – Disse para todos já me sentando. – Desculpe nos últimos dias dar aula sentada, mas é que com dois nenéns na barriga fica meio difícil controlar as pernas – todos riram – Peguei um livro e recitei um texto de Daniel Dafoe , minha aula hoje seria dedicado a ele.
Depois da aula, senti uma leve dor na barriga. Nada que era de se preocupar, mas resolvi não facilitar; liguei para Chris e pedi para ela ir me buscar.
Quando cheguei em casa a Senhora BJORG já havia preparado o jantar, ela também era contra eu estar trabalhando até perto de dar a luz. Mas ficar em casa não fazia meu estilo, eu gosto da sala de aulas, gosto dos alunos perguntando , de repassar tudo que eu passei anos e mais anos aprendendo.
– Precisa de ajuda com o jantar, mãe? – Perguntou Chris.
– Não filha, vai cuidar da Agnês.
– Você ouviu ela, não é Chris? Tem que vir cuidar de mim. – Rimos juntas.
Crhis me abraçou por trás, e eu apertei suas mãos. Tão quentes, tão cheias de amor.
Jantamos e fomos deitar, de uns tempos pra cá está ficando ainda mais difícil dormir. Eu viro para lá e para cá procurando uma posição, mas é muito complicado.
De repente , senti uma forte dor no pé da barriga. Respirei fundo e tentei me acalmar para ver se dores passavam, mas não passou. Muito pelo contrário,vinham cada vez mais fortes.
– Amor, acorda! – Bati nas costas da Chris que dormia profundamente.
– Oi vida, o que aconteceu? – Ela se sentou rapidamente na cama.
– Acho que os bebês vão nascer. – Falei entre uma respiração ofegante e outra.
– Será amor?! É o quarto alarme falso só essa semana. O pessoa do hospital já estão até enjoados das nossas caras.
– Eu estou muito molhada, e dessa vez você não tem nada a ver com isso – Falei quase gritando e com a respiração ainda mais ofegante.
– Ai meu Deus, vão nascer..vão nascer. – Ela se levantou, acendeu a luz desesperada. Sem saber para aonde ia, parecia bem mais desesperada que eu.
– Amor, fica calma tá? Vai tudo dar certo, daqui cinco minutos estaremos no hospital.
– Ok ! – Respondi tentando sentar na cama. – A chave e os documentos do carro estão em cima da mesa da sala amor, é você quem sempre deixa lá.
– Obrigada amor, então vamos. – Ela me ajudou a levantar, colocou uma outra camisola em mim rapidamente e me levou até o carro.
Quando descemos a escada, a casa inteira estava acorda. As crianças gritavam : '' A mamãe vai ter bebê, a mamãe vai ter bebê''
A senhora BJORG ajudou a me amparar também, ela parecia estar chorando.
– Vai da tudo certo minha filha, é só ter calma. Eu vou ser avó de novo, eu nem acredito nisso.
– Se a sua filha conseguir me levar até o hospital, vai ser sim com certeza.
Chris pegou a chave do carro, e nossos documentos. Fomos as três até o carro, elas me acomodaram no banco do carona. As dores eram mais intensas, eu sentia que a qualquer momento os bebês iriam sair entre meio as minhas pernas.
– Como estão as contrações? Pergunto enquanto passava a mão na minha barriga.
– De oito em oito minutos. – Respiração ofegante.
Vou ligar uma música, você tenta cantar ; se acalmar , o que me diz? – Deus partida no carro
– Pode ser – Respiração ofegante.
Ela ligou o som do carro, chegaríamos no hospital em 20 minutos. Moramos em uma parte da cidade bem afastada. Eu preferi assim, queria me afastar do movimento de moradores e turistas, decisão que agora eu me arrependia com todas as forças da minha alma.
Ela abriu o porta trecos do carro e encontrou um pendrive, engatou no som do carro,
aumentou um pouco o volume. Tracy Chapman – Fast Car. Começou a cantar junto e pediu para eu acompanhar.
– You've got a fast car,
I want a ticket to anywhere
Maybe we make a deal (… ) – Cantei entre uma contração e outra, e isso me ajudou a acalmar um pouco. O Toyota CH-R ia cortando aquela estrada com neve dos dois lados da pista. Só os faróis iluminavam . Aqui é igual a Noruega : Os verões são bem claros ,não há noite, e os invernos escuros quase sem nuvens, quase não se tem o dia. E adivinha em que época eles resolveram nascer? É obvio : Em pleno inverno Islandês.
Para minha sorte, a Chris era acostumada dirigir nessas circunstâncias e isso me deixava mais tranquila, apesar dela estar bem nervosa.
Foi os vinte minutos mais intermináveis da minha vida. Quando chegamos ao hospital, as enfermeiras não deram muita importância, acharam que seria mais um alarme falso. A Crhis avisou que a bolsa tinha se rompido, e ai elas vieram correndo já me colocando em uma cadeira de rodas.
Eu optei por fazer uma cesárea, essa coisa de '' Sentir a emoção da dor do parto'' nunca foi comigo. O meu médico que por sorte estava de plantão, saiu de uma espécie de cafeteria que ficava perto do hall de entrada do hospital e veio em nossa direção. Ele pegou a cadeira de rodas e me levou para a sala de pré consulta, me colocou deitada na maca , pediu para eu abrir as pernas e deu o toque seguido do veredito.
– É, já estão encaixados, um pouco de força que você fizer eles vão sair. Tem certeza que não quer tentar o parto no normal?
– Absoluta. – Fui enfática. – E se você tentar me convencer dos benefícios do parto humanizado, eu juro que vou dar um escândalo aqui – Outra contração seguido de um grito meu – Chega de dores por hoje doutor.
– Ok, então vamos para sala de cirurgia, o pai vai acompanhar o parto?
– Não, mas a outra mãe vai! – Disse a Chris , com uma voz de pouco amigos.
– Tudo bem, então vamos lá – O médico disse sem jeito, depois de ver que cometeu uma gafe. –
Por favor Evee, peça para preparar a sala de cirurgia que já estamos subindo.
A enfermeira que acompanhou tudo desde o inicio, fez o que o médico pediu. Pegou um telefone que ficava na pequena sala e ligou pedindo para organizarem uma sala de cirurgia.
Chris o tempo todo ao meu lado segundo a minha mão.
***
Me colocaram uma roupa esterilizada, e quando eu cheguei na sala de cirurgia Agnês estava sentada, tomando a anestesia.
Peguei o celular e comecei a gravar, e uma felicidade tão grande tomava conta de mim. A impressão que eu tive era de que eu estava tendo os nenéns.
Ela foi anestesiada, e o médico começou o procedimento. Na sala tinha uns 5 enfermeiros, o médico e o auxiliar.
Eles foram cortando, até que eu os vi nascendo. O médico tirou os dois seres mais lindo da face da terra. Controlar o choro foi impossível e também não havia nenhum motivo para faze – lo.
As enfermeira os limpou e entregou para mim. E foi ai que eu peguei a primeira vez os meus filhos, a enfermeira ficou filmando. Cheguei com eles perto da Agnês, ela também estavam chorando. Meio dopada, mas ainda assim emocionada.
– Nossos filhos., são lindos. – Soluçando de chorar, eu ela e os bebês.
– Nossos filhos , meu amor agora nossa família está completa. – Eu disse colocando os bebês no colo dela.
– Já escolheu os nomes? – Era uma menina e um menino, a menina nasceu com dois quilos e quinhentos gramas,ele já nasceu um pouco mais gordinho : Três quilos exatos.
– Vão se chamar : Magno e Dagmar. Magno é o nome do meu avô, Dagmar é um nome que eu sempre quis dar se eu tivesse uma filha.
– Achei lindo os nomes , meu amor.
Depois que foi para o quarto, Mariáh estava lá para recebe –la . Resolvemos fazer a surpresa para deixar esse dia ainda mais especial.
***
Os bebês já estavam com oito meses quando resolvemos fazer uma festa de casamento. Eu e Chris concordamos que teria que ser em um lugar quente.
E depois de muito pensar resolvemos que seria no Brasil, na praia de Maragogi. No estado onde minha mãe nasceu. Faz muito tempo que ensaio para visitar aquele lugar, e acho que essa é uma oportunidade legal
Na Islândia a licença maternidade é de um ano, então eu tinha apenas quatro meses para organizar tudo.
Os primeiros dois meses como mãe foram os mais cansativos. Eles não dormiam a noite inteira, tinham muita cólica. Não estava acostumada com tudo isso e a Chris estar em minha vida foi essencial. Ela tomou remédio para também amamentar eles, foi ideia dela e eu achei ótima. Sendo assim nós revezávamos na hora de amamentar, ou amamentávamos juntas quando os dois estavam acordados. Foi a experiência mais louca e mais linda de toda a minha vida. Mas agora que ele estavam um pouco maior, já estava mais tranquilo para se organizar uma festa de casamento.
Era verão islandês e eu aproveitei o '' Calor'' para dar uma volta com os gêmeos na cidade e também para fazer algumas ligações sem a Chris saber.
Coloquei os gêmeos nas cadeirinhas dentro do carro e me despedi dos que ficavam.
– Tchau amor, vê se não demora – Disse Crhis, me ajudando a por o carrinho dentro do bagageiro.
– Depois do almoço eu estou de volta. Mas qualquer coisa eu estou no celular, e não esquece de ajeitar o escritório hoje o professor de Islandês dos meninos vai vir.
– Pode deixar , amor. Está tudo dominado. – Disse rindo. – Aprendi falar assim com Aleksander. – Rimos juntas. –
Dei partida e dirigi alguns minutos. Cheguei até a maior loja da cidade. Tirei o carrinho duplo do bagageiro do carro, coloquei os bebês e fui até uma cafeteria que ficava dentro da loja.
Amamentei os gêmeos ali mesmo, para fazer com calma o que pretendia. Depois que terminei de alimenta – los , os coloquei novamente no carrinho e dei um chocalho para cada um.
– Coisas mais lindas da mamãe – Dei um beijo na testa de cada um deles. Eles por sua vez, ficaram ali entretidos com os seus brinquedinhos.
Peguei o celular descartável que havia acabado de comprar e disquei ansiosa o número. Uma voz feminina atendeu no segundo toque.
– Bonjour? – Disse a doce voz , em francês..
– Bonjour ! Moi, Agnês ! ( Alô ! Sou eu, Agnês) – Respondi também em francês.
– Oi, meu anjo. Que saudades. – O dialogo seguiu em francês.
– Também estou com saudades , sua vadia gostosa.
– Não sou mais vadia, mudei muito de uns tempos para cá. Sua falsa norueguesa. – Ela respondeu rindo.
– Então, nos vemos no Brasil?
– Com certeza, já está tudo certo. Eu tenho que visitar meu pai, e as datas são bem próximas.
– Mas o seu pai mora no Rio de Janeiro, tem certeza que consegue ir à tempo?
– Não se preocupe, eu não perderia isso por nada nessa vida.
– Vou deixar um quarto reservado para você. Seja discreta!
– Eu tenho que ser, querida. Eu tenho que ser. Mas como faremos para nos falar?! Você me liga?
– Olha, agora fica complicado eu sair de casa para te ligar. A Chris está sempre por perto, então faça um seguinte : Me manda um e-mail no meu endereço institucional da faculdade.
– Combinado! Eu tenho que ir, ele chegou. Nos vemos daqui um mês então.
– Até daqui um mês. Ex Vadia e italiana mais safada da face da terra.
– Acertou, vadia não sou mais, mas safada... – Rimos juntas.
Desliguei o celular e o joguei na lixeira mais próxima. Olhei para os lados e tive a certeza que ninguém viu o que fiz, voltei para mesa e pedi mais um café. Sete meses sem tomar cafeína me deixou ainda mais viciada que nunca.
Os dias se passaram e a organização do casamento seguia à todo vapor. Seria uma festa intima, apenas para amigos e familiares mais íntimos. Uma recepção para setenta pessoas, à beira mar.
Quem celebrará o casamento vai ser o Capitão da força nacional da Noruega. Quando ele soube que Chris iria se casar, me ligou dizendo que faria questão de realizar o casamento. E ainda por cima ela poderia se casar fardada, apesar dela não fazer mais parte da corporação. Ela ter matado os terroristas foi um ato de coragem. Fato que ainda eu não tinha contado para ela, deixei para dizer apenas no dia do casamento.
***
Embarcamos todos para o Brasil em um jato alugado. Uma viajem longa, ainda mais quando se tem dois bebês tão pequenos. Mas estávamos todos tão felizes, que o cansaço a gente quase não sente.
Agnês mudou muito desde que nos casamos. É uma mulher mais doce e totalmente apaixonada pelos filhos. Daphini e Aleksander também chamam ela de mãe agora.
Os pesadelos com aquele dia tenebroso então cada vez mais espaçados. Tanto comigo quanto com Aggy.
Aluguei minha casa em Trondheim e o dinheiro coloco em uma poupança para as crianças. Também os levo uma vez por mês até Oslo para o pai ver, visitas que é claro são supervisionadas por mim e pela Agnês.
Eduardo voltou com a esposa e até onde sei agora é um homem comportado. Não usa mais o apartamento de Londres para levar mulheres. Ele será o padrinho de casamento, ele e a Andrea. Quem fez questão que ela fosse madrinha foi a Agnês, também foi a Agnês que ligou fazendo o convite. Andrea por sua vez, aceitou. Ela está namorando uma sul coreana, que conheceu na própria boate, as duas estão super apaixonadas. O que me deixou muito feliz.
Chegamos ao Brasil e estava amanhecendo. Acordei com o sol escaldante que vinha da janela do avião batendo em meu rosto. Fui até o banheiro da cabine , andando pelos corredores vi que todos dormiam.
Lavei o rosto e coloquei o Rayban. De lá de cima se via como o Brasil era grandioso, naquela altura sobrevoado a Noruega se vê o País inteiro, e aqui no brasil é apenas um Estado.
Passaríamos a noite em Maceió e seguiríamos cedo para Maragogi de carro, foi eu quem sugeri o passeio.
Quando chegamos no hotel exaustos, minha mãe foi para um quarto com as crianças, Eduardo e a esposa dele pegaram outra suíte, eu Agnês e os bebes ficamos em outra.
Chegamos no quarto , amamentamos, demos banho neles, nos banhamos e todos dormimos praticamente ao mesmo tempo.
Acordamos quase duas da tarde, descemos para o restaurante do hotel. Que lugar maravilhoso, brasileiro é muito hospitaleiro e principalmente nordestino disse a Agnês. Juntamos a mesa para comermos juntos. Agnês sugeriu que nós experimentássemos : Siri mole ao coco.
Eu amei aquela comida, não conseguia mais parar de comer. Depois do almoço, passeamos pela cidade, compramos algumas lembranças. Retornamos ao hotel quase no fim da tarde, eu estava vermelha de tanto tomar sol. Foi um pouco difícil me acostumar com o calor nas primeiras horas, mas depois já não incomodava tanto. Agnês sabia falar muito bem o português, ela me disse que quando era criança a mãe só falava em português em casa, e o pai em inglês. Me disse também que dois dias eram o suficiente para ela perder o sotaque e falar o português limpo.
Minha mãe foi se recolher e ficou com as crianças, eu subi e coloquei um vestidinho do tecido bem leve que comprei em uma barraquinha local. Agnês colocou um biquíni tipo fio dental, e uma canga vermelha. O corpo dela já havia voltado ao normal apenas onze mese após ela ter tido os gêmeos.
Íamos junto com o Edu e Sarah tomar um drinque ao redor da piscina. Agnês pediu para prepararem um churrasco tipico brasileiro, regado à caipirinha e chopp gelado.
Quando chegamos na piscina Edu e Sarah já estavam lá, cada um com seu copo de bebida.
A esposa de Edu também estava de biquíni.
Tinha mais alguns hóspedes no hotel bebendo. U ma banda tocando uma música tipica do nordeste. Agnês disse que se chama forró, é um ritmo envolvente, bom de se dançar . Até arrisquei uns passos tímidos com Agnês. Ela sabia dançar e me ensinou o que sabe.
A caipirinha subiu rápido, na quinta dose eu já estava rindo à toa.
– Agnês, está um pouco tarde, e amanhã temos que acordar cedo. Se esqueceu que nos casamos às seis da tarde? – Disse me sentando na beirada da piscina que a Agnês estava tomando banho.
– Então, já é para subirmos? – Disse ela com uma voz irônica!
– Com toda certeza, e te ver com esse biquíni deixou as coisas um pouco mais quentes por aqui.
Agnês saiu da piscina com aquele biquíni enfiado na bunda que me deixou ainda mais com tesão.
Entramos no elevador nos segurando para não nos beijar, mas assim que o elevador chegou ao ao nosso andar, fui tirando a canga e deixando ela apenas de biquíni , que estava molhado.
Quando entramos no quarto, coloquei a parte baixo da peça de lado e a penetrei com o dedo. Fui mordendo o seu pescoço até chegar em seus seios. A virei contra parede e depois de alguns movimentos e gemidos ela gozou. Tirei o vestido ficando só de calcinha, fui carregando até a mesa e a ch*pei (…)
***
Chegamos em Maragogi já era nove da manhã, deixei todos acomodados e com a desculpa de ir ver como andava os preparativos finais do casamento saí.
Era um resort com quarto horizontal, peguei o carro e fui dirigindo quatro quadras de onde estávamos ficava.
Cheguei lá tinha dois seguranças de terno preto na porta.
– Senhorita Agnês? – Fiz sinal de sim com a cabeça, e eles abriram passagem.
Quando cheguei a morena estava sentada em um cadeira de cabeleireiro , enquanto um homem arrumavam seus cabelos e outra pessoa passava uns produtos na pele.
– Bonjour Madame! – Eu disse assim que cheguei.
– Bonjour , sale norvégienne ( Bom dia norueguesa safada) .
Nos abraçamos demoradamente, ela pediu para os ajudantes se retirarem.
– Você está radiante – Ela disse enquanto acendia um cigarro de menta ( O favorito dela desde que éramos adolescentes) . – Aceita um cigarro ?
– Por favor – ( Diálogo em Francês). – Respondi entusiasmada.
– Eu te procurei faz uns três anos em seu apartamento em Londres, mas fiquei sabendo que você estava na Noruega. Faz quanto tempo que não nos vemos ?
– Acho que a ultima vez foi Palacio do Eliseu , na posse do Nick. – Respondi depois de pensar um pouco.
– Exatamento, você foi na cerimonia de posse, e saiu sem nem se despedir. Isso é bem típico de você, fazer uma coisa dessas.
– Mas me conta, agora você também é mãe de novo , Giulia o nome dela, certo ?
– Sim, Arelien sempre pergunta da madrinha dele. Eu iria te convidar para ser madrinha da Giulia também, se você não mudasse tanto o número de telefone.
– Desculpa, esses útimos anos foram uma loucura. Meu pai morreu, minha vida virou uma loucura.
– Entendo, minha vida também está sendo uma loucura. Faz muito tempo que eu não sei o que é tirar férias. Só estou aqui no Brasil por um milagre, Nick tem uma reunião com alguns chefes de Estado, ai aproveitei para estar aqui, ver meu pai.
– Ele não vai vir ?
– Não, ele pediu mil desculpas e deseja toda felicidade, mas ele não vai poder vir.
– Nossa, sacanagem ! Foi meu pai que apresentou vocês dois. O minimo que ele poderia fazer, era vir ao meu casamento.
– Acredite, ele também ficou chateado.
Ela foi até o frigobar do quarto e pegou um vinho, acendeu mais um cigarro na bituca do anterior. Serviu uma taça para mim outra para ela.
– Ainda é dez da manhã, e você já está bebendo ? – Fiz cara de desdém.
– E desde quando tem hora para um bom vinho ?
– Você tem razão – Fizemos um brinde. – Te espero lá então à cinco e quanrenta e cinco. Nenhum minuto à mais nenhum minuto à menos. Hoje eu quero que tudo seja perfeito.
– Combinado, estarei lá ! – Demos um trago no cigarro no mesmo instante.
Ficamos mais algum tempo acertando alguns detalhes. Fui até a aonde o cêrimonial seria realizada, as cadeiras já estavam em seus devidos lugares. A mesa do buffet estava terminando de ser montada. Alguns homens montavam o palco para a banda. E o altar onde a cerimonia seria realizada. Dei algumas sugestões e voltei para o quarto.
Cheguei no quarto e encontrei na cama um bilhete de Chris dizendo que estava no cabelereiro. Me lembrei que dependendo do penteado que ela fizesse não combinaria com a boina miltar. Peguei o celular e mandei uma mesagem para a cabelereira e resolvi essa questão.
Alguem bateu na porta, era o serviço de quarto. A camareira trazia em mãos, devitamente embalado, limpo e passado o uniforme da Chris.
O ajeitei delicadamente em cima da cama.
Agora era a minha hora de me arrumar para o casamento. Mas antes eu precisava tirar leite na bomba para os nenens, a senhora BJORG me ligou e avisou que o estoque que eu dexei de manhã já tinha acabado.
***
Cheguei no quarto e vi em cima da cama um unifome militar. Neste momento entendi o motivo da cabelereira não ter feito o cabelo do jeito que eu pedi. Meus olhos se encheram de de lágrimas no exato momento, mas consegui segurar o choro para não borrar a maquiagem.
Vesti a roupa com bastante calma, o ar condicionado ligado no dezessete não conseguia apaziguar o calor que eu estava sentindo.
O uniforme era um paletó cinza, a camisa de dentro branca, uma gravata preta, saia também cinza, cinto branco que coloquei abaixo do busto, trazia no peito um brazão de capitã e a bandeira da Noruega. Coloquei o Scarpin envernizado preto. Estava pronta para o meu grande dia.
Minha mãe bateu na porta, ela me levará até o altar. Eu vou entrar com um dos gêmeos e Agnês entrará com outro.
Entramos no carro que nos levará até o local da cerimonia, com Dagmar no colo. Minhas mãos estava trêmulas. Minha mãe toda hora pede para eu ter calma.
Quando eu cheguei, todos os convidados nos esperavam. Eu não tinha ideia do que me aguardava, Agnês disse que tudo seria surpresa. Vi Mariáh e Andrea assim que cheguei.
A marcha nupcial começou a tocar, minha mãe me segurou pelo braço e entramos. Em outra mão eu levava Dagmar no bebê conforto. Aleksader jogava as flores. Todos se levantaram.
Dois minutos depois entrou Agnês, em um vestido de noiva perolado. Uma tiara discreta. Linda. Meu Deus do céu, como ela é linda. Trazia o Magno também no bebe conforto. Eduardo foi quem entrou com ela, Daphini e Júlia iam jogando as flores.
Meus olhos se enchiam ainda mais de lágrimas, e os de Agnês também. Ela sinalizou um EU TE AMO com a boca. Eu retribui.
Quando vi quem iria celebrar o casamento, não pude acreditar.
Agnês ficou bem em minha frente, eu não sabia como agir. Minha vontade era de gritar o quanto a amava. Mas me controlei.
O capitão começou a celebrar o casamento.
– Estamos aqui, nesta tarde linda para celebrar o casamento dessas duas pessoas que passaram por tantas coisas juntas. E ainda continuam juntas. Isso meus amigos, é apenas mais um sinal divino de que o amor supera qualquer barreira – Neste momento Agnês apertou bem de leve a minha mão. Senti minha alma sair fora do meu corpo. – Então queridos amigos e familiares dessas duas almas maravilhosas, celebremos o amor e a união...
E naquela tarde quente de verão brasileiro eu e Agnês nos casamos. O mar como testemunha, o sol já se punha quando terminamos de comprimentar os convidados. Conheci mais alguns parentes de Agnês, alguns primos e tias brasileiras.
A banda iria começar a tocar nossa música, quando percebi que entrou uns senhores. Um pegou o microfone e outro pegou o violão. Começaram a tocar uma música dos anos quarentas que ninguém entendia nada.
– Amor, tem certeza que contratou a banda certa ? Desculpa é que tudo está lindo, mas essa e essa banda ? – Perguntei com um pouco de medo da resposta e te ter sido grosseira em reclamar, já que tudo estava tão lindo.
– Você não gostou , amor ?
– Não, não é isso. Só achei diferente. – Rimos juntas.
– Ainda bem que contratei uma cantora para subistituir caso você não gostasse dessa banda. – Ela respondeu, e eu senti uma ponta de felicidade pela resposta.
Ela foi até a parte de trás do palco e voltou cinco minutos depois. Me virei para falar com Aleksander que colocou um pedaço de doce na minha boca. Quando do nada ele apontou para o palco.
– Olha lá, mãe ? – Olhei rápido para tentar entender o motivo do espanto.
Quando olhei para o palco, uma morena alta subia lá. Afinando o violão enquanto se aproximava do microfone, outros músicos se posicionava. Cabelo meio bagunçado por causa do vento, óculos escuros. Um casaquinho leve, uma calça jeans tipo capri e chinelo rider.
Quase tive um infarte quando vi quem era. Tive que me beliscar. Todos aplaudiram e gritaram animados quando perceberam a surpresa.
– Queria chamar aqui no palco a noiva, Chris. Uma salve de palma para ela. – Eu não acredito que a Agnês tinha levado a Cara Bruni para tocar no nosso casamento. Eu não sabia se ia até o palco ou chorava.
Subi no palco, ela me abraçou. Que dia inesquecivel.
– Você me acompanha nessa canção Chris ? – Não acreditava que iria tocar para Carla Bruni cantar. Era um sonho realizado.
Subi até o palco, peguei o violão ainda emociona e comecei a dar os acordes iniciais no violão. Chez Keith Et Anita. Minhas mãos tremiam, mas ainda assim consegui tocar para ela cantar.
– Se lembra Agnês, verão de noventa e oito em Bruxelas – Ela disse no microfone --. Como eu não iria estar no casamento da pessoa que me incentivou a estar no mundo da música. E compus justamente naquele verão que passamos lá. – Ela falava no microfone enquanto eu dava os acordes iniciais, espero de todo coração que vocês sejam felizes. E estou honrada por fazer parte desse dias. – Lá de baixo Agnês sinalizava.
Dans les bagnoles, aux Batignolles
À Istanbul, avenue du Roule
Sur un atoll ou dans la foule
On est là où l'on peut
A Notre Dame, au bord du drame
A Macao, A Birmingham
Dans un bistrot ou sous un tram
On est là où l'on peut
Mais moi je ne suis pas là non
Je suis chez Keith et Anita
C'est le petit matin
Mais on n'est pas couché, ma foi
Quelqu'un se roule un joint
Oh non merci je ne fume pas
Quelqu'un joue du Chopin
On est chez Keith et Anita
Quelqu'un joue du Chopin
On est chez Keith et Anita
Oui
Dans une poubelle le nez au ciel
Dans un tunnel mis sous tutelle
Dans un hôtel au Sofitel
À Singapour ou à Bruxelles
Au petit jour, au grand carrefour
On es là où l'on peut
Dans son berceau, sous son chapeau
À Zanzibar ou à Bordeaux
Dans un cauchemar seul au tableau
Dans son plumard dans son tombeau
Dans le brouillard, au fil de l'eau
On est là où l'on peut
Mais moi je n'suis pas là
Non, non, non, non
Je suis chez Keith et Anita
C'est la fin de l'été mais il fait encore doux ma foi
Quelqu'un boit du rosé
Et quelqu'un joue de l'harmonica
Qu'il fait bon d'exister
Ici chez Keith et Anita
Qu'il fait bon d'exister
Ici chez Keith et Anita
En politique, en place publique
A l'aventure dans l'Antarctique
A la joue tendre ou canonique
Au bord du Gange, ou à Dubrovnik
Sous les louanges, couvert de fange
On est là où, où l'on peut
Au fond du trou à l'aube blême
Au rendez vous ou à la traine
A Malibu, à Valenciennes
A Katmandou, à Saint-Étienne
Sous les verrous, à la Madeleine
On est là où, où l'on peut
Mais moi je n'suis pas là
Non, non, non, non
Je suis chez Keith et Anita
Ici tout est tranquille
Il n'y a pas l'ombre d'un tracas
Marianne sent la vanille
Toute de velours et de soie
Comme la vie, comme la vie scintille
Ici chez Keith et Anita
Comme la vie scintille
Ici chez Keith et Anita
C'était l'été 70
J'étais à peine née, ma foi
Et pourtant je vivais chez Keith
Chez Keith et Anita
Ouais
Chez Keith et Anita
C'était l'été 70
J'étais à peine née, ma foi
Et pourtant je vivais chez Keith
Chez Keith et Anita
Je suis chez Keith et Anita
C'était l'été 70
Je ne savais rien de tout ça
Et pourtant je vivais chez Keith
Chez Keith et Anita
Je suis chez Keith et Anita
C'était l'été 70
Je ne savais rien de tout ça
Et pourtant je vivais chez Keith
Chez Keith et Anita
Je suis chez Keith et Anita
FIM
Fim do capítulo
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Jercicalameira
Em: 25/09/2017
Nossa q livro adorei,O melhor entre todos os q já lhi parabéns linda história
cidinhamanu
Em: 02/01/2017
Oi.
Amei do princípio ao fim.
Que amor. Desejo. Querer. Ternura. Zelo... Pena que acabou.
Foi um lindo final ??‘‘ Obrigada por ter escrito e me proporcionado uma leitura incrível...
Parabéns autora.
Beijos.
Cidinha.
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preguicella
Em: 13/08/2016
Curti muito sua história moça! Parabéns!
Agora vou aguardar aquela história com BDSM que vc perguntou lá no grupo do Lettera se a gente leria! ;)
Bjãoooo
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Silvia Moura
Em: 12/08/2016
Show... que fim... Carla Bruni, que maravilha, e o amor delas, as mudanças, tudo, que pena que não faz um feedback conosco... vai ver não tem tempo mesmo... abraço autora e boa sorte em outras estórias...
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FernandaPRF
Em: 12/08/2016
Wow que capítulo, guria. Sua estória é boa. Não havia comentado antes por um motivo. A autora não responde os comentários.
Não se chatei por isso.
BJ.
Fernanda.
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