E eu estou aqui sentada no quarto com minha ruivinha, na esperança dela acordar e poder escutar sua voz que tanto me enlouquece, seu sorriso que aquece meu coração e seu olhar que revelam tudo que se passa em sua alma.

-por favor minha ruivinha, não me deixa estou com tanta saudades de você que chega a doer meu peito-silencio -eu preciso de você na minha vida-pego sua mão e acaricio -eu te amo tanto juro que vou te falar e mostrar esses amor todos os dias de minha vida-baixo a cabeça já com lagrimas nos olhos.

-eu..vou...te cobrar...isso- olhei pra ela espantada e vejo aqueles olhos que tanto me encantam.

-NANDA!-gritei praticamente seu nome ,depois disso não sabia se a  beijava, se pulava de alegria , se chamava alguém ,só sei que meu coração voltou a bater pela minha ruivinha, parei e pensei  em que fazer começo apertar o botão pra chamar a enfermeira, depois disso apareceu uma sucessão de pessoas no quarto Rick ,a RÊ e loura sem sal meu amigo me falou que eu tinha que sair pra ele examina-la coloquei resistência e fui arrastada de lá literalmente pela Rê que saiu também pra falar com a mãe da Nanda que tinha saído alguns minutos pra comer um lanche.

-Renata você tem que esperar aqui fora, o Rick ira examina-la e conforme for, liberar as visitas.

-por que eu tenho que sair e aquela loura ficar.

-por que ela é enfermeira e ira ajudar o Rick nos exames-acho que o bico que eu fiz foi enorme por que a Rê só sabia rir de mim.

...

FERNANDA

Acordei tentando me mexer, mas tinha coisa me prendendo olhei pro lado e vi aparelhos me monitorando foi ai que me veio à cabeça os últimos acontecimentos que tinha lembrança, eu no carro da Nanda tentando parar em um sinal vermelho, o desespero a batida e meu último pensamento meu “amor”.

Sinto que há alguém perto de mim só não consigo identificar quem era, quando escuto aquela voz que tanto me alegra.

-por favor minha ruivinha, não me deixa estou com tanta saudades de você que chega a doer meu peito, eu preciso de você na minha vida- ela segura minha mão fazendo carinho -eu te amo tanto juro que vou te falar e mostrar esses amor todos os dias de minha vida-sinto minha mão molhar eram lagrima” minha loura está chorando e disse que me ama.

-eu..vou...te cobrar...isso - foi o que consegui falar antes de vê-la gritar meu nome pulando e rindo, vi meus amigos entrando no quarto e tirando a Renata de lá, depois disso houve uma turbilhão de acontecimentos.

Rick me falou que eu ia dormir mais um pouco pra ele desligar os aparelhos que estavam me monitorando, quando acordei já de volta ao quarto qual não foi minha surpresa ao ver minha mãe e a Renata juntas e conversando voltei a fechar os olhos pra escutar um pouco da conversa.

-será que ela vai mesmo acordar como o Dr. Henrique falou? –minha mãe perguntou.

-vai sim, ela precisa voltar nem que seja pra eu continuar fazendo birra pra vê-la irritada-minha mãe começa a rir do comentário e minha loura acaba a acompanhando “que saudade dessa risada”, lagrimas começaram a rolar em meu rosto, e prende minha respiração só de imaginar que poderia ter morrido sem falar o quanto a amo, por que depois daquele episódio eu mesma havia me afastado com medo.

-o que você tem meu amor-pergunta Renata ao ver as lagrimas em meu rosto-está doendo aonde, vou chamar o Rick- “como era bom ser chamada de amor pela pessoa que amamos”, seguro sua mãe a impedindo de se afastar.

-não fica aqui comigo-respiro e prossigo- só estou feliz por estar viva.

-Você nos deu um susto muito grande minha filha, sua namorada não deixou este hospital desde o dia em que você se internou- que linda, ela ficou vermelha com o comentário da minha mãe, se antes já tinha decidido a não abrir mão dela agora que não a deixo mesmo.

-mãe a senhora ficou esse tempo todo aqui-ela me confirma –você ficou em casa?

-na verdade pedi que ela ficasse em casa-fala Renata-era melhor pois não deixávamos você sozinha- devo ter feito uma cara de quem não tinha entendido e ela me explica-quando ia em casa trocar de roupa ou tentar dormir sua mãe ficava aqui, e quando eu chegava ela ia descansar.

-é mais a maioria das vezes era a Renata que ficava aqui. Seu pai deve estar chegando a tarde, ele só podia vir nos finais de semana e também ficou hospedado na casa dela.

-Meu pai também veio-olhei espantada, pois apesar dele nunca ter me destratado ele também não se aproximou mais desde que sai de casa.

-pois é minha filha sua namorada já até conquistou o sogro-outra vez Renata ficou vermelha pelo comentário , minha mãe e eu rimos de sua cara que estava toda vermelha de vergonha.

Minha loura aproximou a cadeira em que estava sentada da cama e começou a passar a mão pelos meus cabelos fazendo cafune, acabei dormindo sem sentir acho que devido aos medicamentos que estava tomando, quando acordo vejo meu quarto cheio, estavam todos inclusive a Ana e a Paloma olhei pra minha loura e vi aquele olhar que dizia “o que essa fdp está fazendo aqui” tive vontade de rir mais tinha muita gente ali.

-até que enfim a bela adormecida acordou, pensei que iria ter que espera mil anos –comentou Rick.

-deixa minha amiga ela precisa descansar-falou a Rê, ao olhar pro lado em que ela estava com a Flavia vi um rapaz que não conhecia ,mais que parecia muito com ela deduzi que fosse o seu irmão e percebi que o Rick so faltava babar nele, minha amiga vendo eu olhar na direção do rapaz acaba me apresentando.

-Nanda este é Flavio meu cunhado, está passando uns dias conosco.

-prazer Fernanda, então você é a ruivinha que anda tirando o sono de nossa amiga.

-bem eu sou a Nanda, mas não sei se ando tirando o sono da Renata-falo olhando pra minha loura.

-desde que cheguei, ela praticamente mudou pro hospital.

-ai Flavio como você é exagerado!

-exagerado nada, você so saia pra comer e levar sua roupa suja em casa e pegar roupa limpa-foi a vez da Flavia falar.

-posso entrar ou a lotação já ultrapassou.

-Pai! -falei mais alto que deveria e comecei a tossir, o Rick veio logo pra perto de mim levantei a mão avisando que estava bem

-Oi meu amor, que susto você nos deu-se aproximou depositando um beijo na minha testa, e dando outro no Rosto da Renata, fiquei “passada” com sua atitude mas ao mesmo tempo feliz.

Ficaram todos até o horário que terminou as visitas, que dizer as únicas visitas que tinha ali eram a Renata, meu pai minha mãe e o Flavio o resto eram todos do hospital, ficou meu pai e eu ele queria matar a saudade enquanto minha mãe e minha loura foram comer alguma coisa pois e Renata ia dormir no hospital comigo apesar de eu ter falado pra ela ir pra casa descansar mas ela me disse que só conseguiria descansar quando eu saísse daquele hospital e fosse pra casa com ela.

...

Já havia se passado quase duas semanas do acidente, neste período meu irmão apareceu pra nos dar apoio, veio sem saber o que aconteceu, acho que coisa de irmão mesmo pois estava me sentindo desolado com tudo que estava acontecendo e tudo culpa daquela mulher. Depois que vimos as gravações de segurança do estacionamento o delegado pediu a prisão preventiva da Regina mas por incrível que parecesse ela parece que tinha evaporado.

Eu por precaução contratei uma equipe se seguranças profissionais, equipe está que trabalhavam com o delegado, e devido ele conhecer as pessoas envolvidas fiquei despreocupada, minha amiga estava plantada no hospital desde o acidente ,não so ela como a mãe da Nanda ,aliás estavam se dando muito bem eles ficaram hospedados na casa da Renata esta que só ia em casa trocar de roupa e voltava,  eu já estava preocupada mas entendia seu lado se Deus me livre fosse com a Rê como era pra ter sido ,também não iria sair do seu lado.

Estava em uma consulta quando sinto meu celular vibrar, anunciando que tinha uma mensagem da Rê fico curiosa pois geralmente quando quer falar comigo ela sobe pro meu consultório, terminei a consulta e peguei meu celular pra ler dei um grito tão alto que a Fatima entrou em meu consultório preocupada.

-aconteceu alguma coisa Doutora.

-A NANDA ACORDOU! -estava muito feliz não só pela Renata mas também pela minha mulher que se encontrava triste desde o acidente, não sei mas acho que ela se sentia meio culpada por ter emprestado o carro.- Fatima vou procurar a Renata qualquer coisa é só me ligar que estarei no hospital.

Ela sinalizou que sim e fui procurar minha amiga sabia que provavelmente ela estaria a espera da Nanda a encontrei com a Rê conversando não entendi o porquê a cara emburrada e me aproximei pensando ser alguma coisa relacionada com a Nanda, fiquei até preocupada pois o Rick avisou que só poderia dizer se tinha avisado alguma sequela quando ela acordasse.

-aconteceu alguma coisa? -pergunto preocupada.

-não amor o Rick só está fazendo alguns exames pra saber se estar tudo bem com A Nanda.

-por que você esta assim Renata?

-por que a Paloma está ajudando ele nos exames-quem responde é a Rê ,pois a Renata continuava emburrada.

-você deveria estar contente por ela ter acordado.

-mas eu estou!-pausa- Por que você não esta com Rick invés daquela loura sem sal-falou minha amiga virando pra Rê pra perguntar.

-Renata deixa de birra que a Nanda já cansou de falar que ela não tem nada e nunca tiveram.

-há não gosto dela perto da minha ruivinha.

Não aguentamos e começamos a rir da cara emburrada da minha amiga.

...

RENATA ALVES

Fazia uma quase uma semana que a Nanda tinha acordado e nada do Rick da alta, Ela já estava bem melhor já conseguia andar logico que devagar ela ia começar a fisioterapia assim que saísse do hospital, estava a Beatriz e eu aguardando ela retornar pois o Rick tinha solicitado alguns exames pra saber se ela estava bem antes de dar sua alta.

Quando eles retornam pro quarto me aproximo dela a ajudando se deitar pois a cama era alta e dificultava sua locomoção.

-dona Beatriz ela já poderá voltar pra casa amanha-Rick se dirigi pra Beatriz pra lhe informar-mais ela precisara começar a fazer a fisioterapia o mas rápido possível.

-Não se preocupe Rick já falei com uma amiga e ela ira em casa pra facilitar-respondo.

-Como assim ir pra sua casa?-de repente o quarto fica em silencio-Renata eu vou pra minha casa.

-não você ira pra minha casa-o Rick e a Beatriz saem do quarto quando vejam que íamos discutir- eu não quero mais ficar longe de você e lá em casa é maior e já falei com o Ricardo vou trabalhar em casa mesmo só vou a empresa quando tiver alguma reunião ou ter que assinar algum documento.

-Renata seja razoável, eu preciso ir pra minha casa.

-RAZOAVEL!-falo exasperada-VOCE NÃO TEM NOÇÃO O QUE PASSEI ESSES DIA EM QUE VOCE ESTAVA EM COMA, E VOCE PEDE PRA SER RAZOAVEL!.-fico em silêncios por alguns segundos tentando recuperar a razão-você não tem ideia o que foi pensar que poderia te perder –minha voz já estava embargada pelo choro a olho séria, sabia que não poderia obriga-la a ir pra minha casa-tudo bem Nanda faça como você achar melhor-saio do quarto sem dar a ela chance de falar algo .

Vou a procura da única pessoa com quem poderia desabafar, minha amiga Flavia me aproximo da Fatima nem dou bom dia e vou logo perguntando.

-a Flavia está com paciente?

-Não ela está...-nem escuto o resto da frase e entro sem bater, encontro a seguinte cena a Rê sentada na mesa da Flavia com ela entre suas pernas se beijando. Vocês não tem casa não? -elas acabam se assustando e se separam.

- quem mandou não bater antes de entrar, já pensou se nos tivéssemos fazendo outra Coisa-quem respondeu foi a Rê e eu começo a rir pois a Flavia olhou pra ela com cara de espanto.

-o que aconteceu pra você esta aqui e não paparicando a Nanda?-Flavia que pergunta.

-o Rick vai dar alto pra ela amanha, e ela quer ir pra casa dela-baixo minha cabeça-falei pra ela ir pra minha casa pois é maior e já tinha combinado com mariana ir fazer os exercícios la ,por ser mais cômodo.

-Quem é Mariana? - pergunta é a Rê.

-ela é fisioterapeuta. Tem certeza ser uma boa ideia-Flavia fala me olhando- sabe que ela sempre foi afim de você-vi quando a Rê revirou os olhos antes de falar.

-isso vai dar merd*.

-não vai dar nada, já falei pra ela que estou namorando e é a pessoa que será sua paciente.

-a Nanda tem direito de decidir se quer ficar em sua casa ou não-minha amiga fala.

-mas eu não quero me afastar dela Flavia, basta já o que passei a semana em que ela ficou em coma.

-então conversa com ela com calma. Mas você terá que aceitar o que ela decidir! -silencio- e tem outra coisa, se você quiser ficar com ela não precisara ser exatamente só na sua casa. - minha amiga tem razão, sabia que tinha feito bem ter ido conversar com ela.

...

FERNANDA.

Depois que a Renata saiu do quarto fiquei pensando no que ela havia me falado, percebi em sua voz como deve ter sido difícil pra ela passar por tudo que ela passou com meu acidente.

-o que aconteceu que a Renata saiu daqui cuspindo fogo.

-é que falei que ia pra minha casa quando tiver alta e ela quer que eu va pra dela-falo cansada.

-minha filha sei que você quer colocar as coisas em ordem depois de tudo que passou, Mas você tem que pelo menos tentar ver o lado dela-olho pra minha mãe confusa-eu estive com ela esse tempo em que você esteve em coma, ela sofreu muito ate mesmo seu pai que é meio reticente com sua opção me falou que dava gosto de ver toda a dedicação que ela dispensava a você ela não saiu daqui um dia se quer, então minha filha pensa só um pouco no medo que ela teve de te  perder- Ela mal termina de falar e veja Renata entrando no quarto com a fisionomia mais calma.

-Tudo bem Nanda se é isso que você quer não vou mais brigar, vou pedir pra minha amiga fazer a fisioterapia na sua casa-olho pra ela e vejo que apesar de ter se conformado ela continuava triste, e acabo tomando uma decisão.

-não precisa pedir-me olha sem entender-vamos pra sua casa -a vi sorrir e meu coração aqueceu com aquele sorriso.

Fim do capítulo