• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Tudo de Nós
  • Capítulo 42

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Algures em Permite-me
    Algures em Permite-me
    Por Amy Rose
  • Surpresas da Vida
    Surpresas da Vida
    Por trinyt

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Tudo de Nós por Leticia Petra

Ver comentários: 7

Ver lista de capítulos

Palavras: 3599
Acessos: 9322   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 42

 

A voz da Flávia era linda demais, a letra daquela canção era do tipo que amolecia qualquer coração, as meninas tinham os olhos marejados, eu estava com os olhos marejados. Cássia, estava embasbacada, a loira não estava diferente.

 

- O que acharam? – Paloma perguntou.

 

- Lindo demais, maninha... – Nicole envolveu o braço esquerdo no meu direito e pousou a cabeça sobre o meu ombro.

 

Desde que a Flávia, foi internada, que Nicole e eu nos aproximamos muito, ela era sempre muito atenciosa, estava sempre me abraçando, logo vi que aquele jeito protetor era de família, Flávia fazia isso, Paloma também. Aquela família tinha um charme inquestionável, era bom ter aquelas meninas por perto.

 

- Tô orgulhosa, Paloma... – Flávia falou toda boba, ela olhou para mim, olhou para a irmã, arqueou uma sobrancelha e depois sorriu. Podia imaginar o que ela estava pensando, mas eu não tinha nada o que afirmar naquele momento. Me sentia confusa, como a muito tempo não acontecia, desde que conheci a Flávia, mas eu já sabia a quem ela pertencia e isso me deixava muito feliz. Ela estava feliz, Amanda havia feito a escolha certa e não havia espaço para egoísmo, eu soube desde o primeiro momento que aquele grupo viria para ficar.

 

- Você não me disse que estava aprendendo a tocar violão, Paloma... – Cássia fingia uma indignação.

 

- Era para ser surpresa, amor... Mas não segurei mais... – Ela tinha uma expressão de quem estava aprontando. – Vai ficar para uma noite especial... – ela piscou para a namorada, que ficou vermelha no mesmo momento. Emily botou a mão sobre a boca e Flávia revirou os olhos.

 

- O que tá rolando aqui? – Nicole perguntou para as quatro.

 

- Nada, mana... – Flávia olhou para as próprias mãos. Essas meninas claramente estavam escondendo algo.

 

- Sei...

 

Flávia começou a fazer perguntas sobre os nossos depoimentos, por mais claro que o vídeo fosse, eles queriam aprofundar toda a situação. Não havia contado a ninguém, mas desde a tentativa de estupro, tenho pesadelos horríveis que só aumentaram depois do ocorrido no estacionamento. Os pais me culpando, a imprensa me enchendo, as perguntas constantes na faculdade. O único momento de paz era quando estava com as meninas e estranhamente, quando estava ao lado da Nick.

 

Minha cabeça estava um caos, meu coração confuso, tudo de uma vez e a necessidade conversar sobre apertava o meu peito. Me mantinha calada, enquanto a Amanda falava sobre as perguntas do delegado. Paulo Henrique, em que momento você se tornou aquilo? Ele sempre foi daquele jeito? Eu me perguntava diariamente. 

 

- Você está bem? – acabei ficando com os pelos eriçados, ela perguntou bem próxima ao meu ouvido, estava totalmente distraída. Olhei para a Nicole, sua sobrancelha direita estava arqueada.

 

- Minha cabeça está um pouco bagunçada... – seu olhar me analisou.

 

- Posso te levar em um lugar? – me permiti sorrir.

 

- Agora? – ela sorriu e apenas confirmou com a cabeça. – Onde?

 

- Surpresa...

 

- O que tanto conversam? – Flávia nos questionou.

 

- Não é da sua conta, fofoqueira... – Nicole mostrou a língua.

 

- Credo... Além de roubar o apelido, ainda vai me roubar a amiga... – não pude deixar de rir. Aquelas meninas eram uma figura.

 

- Lembra do que te disse na piscina, no sábado de madrugada? – perguntei para Flávia e ela sorriu. – ‘Não há nada que me faça ficar longe de você, Flávia’... – ela repetiu comigo e acabamos gargalhando. Havia uma conexão e isso só se fortalecia.

 

- Te adoro, Isabela... – levantei e fui até a cama, nos abraçamos por um tempo. – Sei que algo está errado e eu vou esperar você me dizer...

 

- Ler pensamentos também? Prometo que vou contar. – ela era incrível. - Te adoro, Flávinha...-  depositei um beijo em seu rosto e fiquei ereta novamente.

 

- Alguém mais ficou com ciúme? – Cássia levantou a mão e logo depois as meninas também, para depois rimos todas.

 

- Vou roubar a Isa, meninas... – Nicole levantou.

 

- Vocês vão voltar? – Amanda perguntou.

 

- Vamos? – perguntei para a Nick.

 

- Acho que sim... Mando mensagem...

 

Me despedi das meninas, Flávia me pediu para vir no sábado pela manhã para conversamos, logo estávamos dentro do carro, Nick me olhava e sorria, respirei fundo algumas vezes e me perguntei o que o amanhã me reservava. Uma música tocava, Nicole cantarolava baixinho, ri pois ela não levava o menor jeito para a coisa.

 

- Ei... Para... – ela também queria rir.

 

- Desculpe... Vou tentar ficar séria... – virei para a janela tentando conter o riso.

 

Quarenta e cinco minutos depois, chegamos em frente à um edifício, Nicole falou com o porteiro por uns segundos e depois entramos. O carro parou no estacionamento, saímos do carro e eu não estava entendendo nada.

 

- Espera mais uns minutos... – ela sorriu e passou o braço no meu.

 

Entramos no elevador e o silêncio não era constrangedor, era reconfortante, pelo que parecia iriamos para o último andar, e como esperado, lá estávamos na cobertura. O lugar era enorme, decoração impecável, iluminado e arejado.

 

- Bonito, não é? – Nicole me perguntou.

 

- Muito... – olhei para a enorme porta de vidro.

 

- O que quero te mostrar esta lá em cima, vem...

 

Ela pegou a minha mão e subimos pelas escadas de mármore, seguimos um corredor que morreu em outra enorme porta de vidro que dava acesso à um pequeno jardim. Sorri com o colorido das flores, o fresco do verde e quando olhei para a vista... Dava para ver o rio Guamá, ao longe o portal da Amazônia, era perfeito.

 

- Maravilhoso... – estava apaixonada pela vista.

 

- Minha amiga, Nay... Ela é dona desse lugar... – Nicole se pós ao meu lado. – Ela viajou para o exterior... Foi fazer especialização... E me pediu para cuidar do apartamento... Me encantei por essa parte...

 

Nos olhamos e sorrimos, depois de um tempo em pé, Nicole me pediu para sentar em um sofá que havia ali. Ficamos mais um tempo olhando para o mundo lá fora, o por do sol visto dali deveria ser maravilhoso.

 

- Vou buscar algo para comermos... – ela levantou e logo sumiu.

 

Só ai me dei conta que não havia almoçado, eram quase duas tarde e eu nem senti o tempo passar. Fechei os meus olhos, enquanto um vento fresco fazia carinho em meu rosto, respirei fundo e voltei a encarar a vista.

 

- Frutas e sucos? – Nicole voltou com uma bandeja.

 

- Perfeito...

 

A ajudei com a bandeja, colocamos tudo em uma mesinha branca que estava ao lado do sofá, Nicole pegou um cacho de uvas e eu alguns morangos. Ficamos mais um tempo apenas apreciando a vista.

 

- Quer me contar o que está acontecendo? – Nicole virou-se para mim. Busquei nos olhos dela o conforto que os da Flávia me passavam e sim, os olhos dela estavam repleto.

 

- Você já tem tantos problemas, Nick... – respirei fundo. – Tem certeza que quer ouvir a minhas lamentações...

 

- Isa... – ela buscou as minhas mãos. – Você confia e acredita em mim?

 

- Claro, Nick...

 

- Então acredite e confie, quando digo que eu gosto de você e quero mesmo que me diga o que tanto te entristece. – vi tanta verdade em seus olhos, tanta sinceridade em suas palavras que foi impossível não fazer o que ela pedia.

 

- Ando tendo noites mal dormidas, pesadelos com ele... – fechei os meus olhos. Ela apertou as minhas mãos. – Eu não consigo entender, Nicole... Em que momento ele se transformou naquele monstro? Ou ele sempre foi daquele jeito e eu não vi?

 

- Sou a prova viva Isa, de como as pessoas nos enganam... – senti a magoa em sua voz. – Infelizmente tem pessoas que só mostram o que lhe é conveniente, linda... Não é culpa sua se ele fez o que fez... – ela tocou meu rosto. – Entendo que é muita coisa para absorver... Os traumas, os pais idiotas dele, os abutres da imprensa local... Mas você é uma mulher forte, Isa...

 

- Eu já não tenho tanta certeza...

 

- Ei? Para... – ela passou a segurar o meu rosto com as duas mãos. Não sei explicar as reações que tive com aquela atitude. – É sim... Segurou esse tempo todo, não pirou, não fez nem uma bobagem e agora está aqui... Se abrindo comigo... Mostrando que ser forte não é apenas por uma capa de “estou bem”, mas sim saber lidar e quando não, saber compartilhar... És maravilhosa, meu anjo... Tem a maturidade e a força que eu, mais velha, passo longe...

 

- Acho que temos dedo podre para homens... – ela sorriu e eu também. – Sinto que uma parte do mundo saiu de minha costa... E não precisei falar muito...

 

-  E a outra parte? – ela não desviava o olhar do meu. De repente as palavras engasgaram em minha garganta. “Não sei te responder quando a outra parte vai me deixar em paz, Nicole”.

 

- Acho que o tempo vai ajudar... – Nicole sorriu e concordou com a cabeça. – E você?

 

- Eu o que... – ela sorriu com os lábios.

 

- Como está? – ela olhou para um ponto qualquer e respirou pesado.

 

- Ainda sinto a falta dele, mas é só... – voltou a me encarar. – Eu me enganei com ele, não via nada daquilo que ele mostrou no hospital... – ela deu de ombros. – O tempo logo o fará ser apenas um bobalhão que passou por minha vida...

 

- Também acho...

 

Mudamos de assunto, falamos sobre nossas famílias, sobre a faculdade, sonhos, vontades, momentos constrangedores. O assunto não acabava, os risos eram fáceis, o tempo não foi notado, somente quando vimos que o céu ganhava tons alaranjados, olhamos para frente e lá estava um dos momentos mais lindos do mundo.

 

- É uma verdadeira obra divina... – Nicole, assim como eu, admirava o lindo pôr do sol.

 

- É lindo, Nicole... Obrigada por me trazer até aqui...

 

Ela passou o braço sobre o meu ombro, encostou o rosto em minha cabeça, respiramos forte, não dissemos uma só palavra, apenas fitávamos o terminar daquele dia. Passamos mais alguns minutos ali, quando o sol se foi e a noite chegou.

 

- Vamos? – ela perguntou sem se afastar.

 

- Vamos... – levantamos e Nicole, ergueu os braços acima da cabeça, fez um som engraçado.

 

- Preguiça? – ela sorriu.

 

- Demais... Não dá vontade de ir embora... – realmente não dava mesmo.

 

- Acho que vou fazer um cantinho assim no meu quintal... – falei enquanto descíamos as escadas.

 

- Faça e me mudo pra lá... – Nick pegou as chaves sobre a pequena mesa de centro.

 

- Você tem um bom espaço em sua casa, por que não faz um lugar daqueles?

 

- Tá dizendo que é para eu fazer um, porque não me quer no seu, dona Isabela? – Nicole parou no pequeno corredor que dava acesso à porta, pós a mão na cintura e me encarou. Não consegui conter o riso, passei a mão sobre os cabelos.

 

- Como você é dramática, dona Nicole... – balancei a cabeça de forma negativa. – Faz assim... Você me ajuda no meu e eu te ajudo no teu. Pode ser? – ela fingiu pensar.

 

- Trato feito. – ela apertou a minha mão e acabamos rindo.

 

Aquela já tão conhecida mania de me abraçar de lado, sorri e saímos do apartamento e pouco tempo depois o carro deixava o edifício. Quase uma hora depois, no transito caótico, entravamos na rua aonde eu morava, durante o caminho conversamos sobre séries, Nicole assim como eu, amava The walking dead. Meu sorriso morreu quando vi ao longe, três pessoas conversando com os meus pais. Eles pareciam alterados, Nicole me encarou, respirei fundo quando o carro parou em frente à minha casa.

 

- Vou descer com você... – Nicole desligou o carro, destravou e descemos. Esperei ela dar a volta e parar ao meu lado, somente nesse momento olhei para frente. Meus pais e os visitantes pararam de conversar, senti dedos envolverem os meus, olhei para o lado e lá estava ela, me dando um lindo sorriso. – Tá tudo bem...

 

Nos aproximamos, a Jaqueline, irmã do Paulo Henrique, encarava as mãos de Nicole nas minhas, depois me olhou de uma forma que eu não soube identificar. Os pais dele me olharam com o típico desprezo. Me coloquei ao lado de meus pais, encarei de queixo erguido aqueles senhores a minha frente.

 

- Boa noite, Nicole... – meu pai deu um abraço carinhoso em Nick, minha mãe fez o mesmo.

 

- Boa noite, dona Eduarda, seu Carlos...

 

- Boa noite, Isabela... – Jaqueline se aproximou, Nicole soltou a minha mão, para eu abraçar o único ser amável daquela família.

 

- Boa noite, Jaque... – ela como sempre, com um sorriso gentil.

 

- Vejo que arranjou outra Freire, Isabela... – o pai de Paulo Henrique comentou com irônia. Jaqueline, voltou para o lado dos pais. Nicole soltou uma risada, deixando os dois seres com a sobrancelha arqueada.

 

- Como aguentou isso, Isa? – ela me olhou para em seguida, olhar dos pés à cabeça para Beatriz e Renato. – Povo sem classe...

 

- Como é que...

 

- Não começa, mãe... – Jaqueline a interrompeu. – Por que não deixam a Isa, em paz?

 

- Olha como fala com a sua mãe, garota... – Renato se alterou.

 

- O que ainda querem comigo? – aquilo já não dava mais pra suportar.

 

- Queremos que pague pelo o que fez ao nosso filho, sua morta de fome... – Beatriz exalava ódio. Nicole se pós um passo à frente, assim como o meu pai.

 

- O que a minha filha fez? – meu pai tentava manter a voz calma. – Seu filho tentou abusar da minha filha, tentou tirar a vida daquela pobre moça e depois tirou a própria vida e a culpada é da minha filha?

 

- Ele só fez isso por causa dessa vadiazinha... – Beatriz desceu do salto totalmente.

 

- Repete... – Nicole ficou cara a cara com a mulher. – Eu desço para o seu nível, mas sento a mão na tua cara e quebro esse teu nariz plastificado. – Beatriz arregalou os olhos, pós a mão sobre o nariz e deu alguns passos para trás.

 

- Eu te processo, Nicole Freire, se encostar um dedo na minha mulher... – Renato cerrou o olhar.

 

- Vai se danar, seu coxinha... – tive vontade de rir e pelo visto os meus pais e Jaqueline também.

 

- Vamos embora... Eu não acredito que sou filha de vocês... – Jaqueline respirou fundo, seus pais a olharam incrédulos.

 

- O que disse? – Renato se pós a frente da filha.

 

- O que ouviu... – ela não se deixou intimidar. – Paulo Henrique sempre foi problemático, aprontava todas e vocês, péssimos pais que eram, nunca se importaram com ele... Na verdade, nunca se importaram com ele e nem comigo.

 

- Isso não é verdade...

 

- É sim... – ela se alterou, nunca a vi daquela forma. – Quando um de nós dois adoecia, era o outro que cuidava, ele era o meu suporte e eu o dele, mas mesmo assim sempre sentíamos a necessidade de ao menos um carinho de vocês... – Beatriz e Renato, olhavam embasbacados para a filha. – Com o passar do tempo eu não pirei, mas aos poucos, Paulo Henrique se afundava mais... E onde vocês estavam? Se exibindo e se vangloriando por serem bem-sucedidos...

 

- Trabalhamos duro para dar tudo a vocês... – Jaqueline sorriu sem humor.

 

- Eu estou pouco me lixando para o dinheiro de vocês! – ela gritou. – Poderíamos viver embaixo de uma ponte, mas se nos dessem amor, pouco importaria... – os olhos dela se encheram de lágrimas. – Vocês sabem que eu estou certa... Sabem que a culpa pelo Paulo, estar morto é somente de vocês! Sabem disso e querem se livrar da culpa a jogando em cima da Isa, que foi uma vítima de vocês e do descontrole do meu irmão... A culpa é de vocês... Só de vocês...

 

Ouvimos uma buzina, olhamos e uma pick up preta, parou de frente para o carro da Nick, de lá saiu dois rapazes, altos e de cabelos loiros, eram gêmeos. Jaqueline, virou novamente para os pais e enxugou as lágrimas que banhavam o seu rosto.

 

- Certamente eu serei expulsa de casa, depois que eu terminar, mas agora pouco me importa... – ela olhou fixamente para mim. – Eu sempre te amei, Isa... – a surpresa foi inevitável, olhei para os outros presente. Beatriz se apoiou no marido, que estava atônico, meus pais pareciam mais surpresos ainda, Nicole encarava Jaque, com a sobrancelha arqueada. Voltei a mirar os olhos da Jaqueline. – Desde que te vi pela primeira vez... Você é especial, Isabela... Sorte daquele que ganhar o seu coração... - não consegui pronunciar nem uma palavra, ela me lançou um sorriso triste, olhou para os pais que pareciam estar em outro mundo. – Posso te dar um abraço?

 

- Claro, Jaqueline... – encurtei a distância e abracei, ela afundou o rosto na curva do meu pescoço. – Você pode contar comigo, Jaque... – falei baixinho só para ela ouvir.

 

- Eu sei que posso, Isa... Você é maravilhosa... – nos afastamos e eu segurei as mãos tremulas da menina a minha frente.

 

- Vou esperar uma ligação...

 

- Pode deixar que eu ainda vou te perturbar bastante... – ela sorriu e eu retribui.

 

 Ela deu alguns passos para trás, os pais não desviavam os olhos dela, olhou para cada um e depois deu as costas, foi até onde os dois rapazes estavam, os abraçou e depois entrou no carro. O ronco do motor me tirou do transe, ela acenou de dentro do carro, acenei de volta e logo eles foram embora.

 

Os dois que olhavam a filha ir, saíram mudos, entraram no carro e foram embora, meus pais me olharam ainda surpresos, Nicole me encarou.

 

- O que foi isso? – ela falou com uma careta engraçada.

 

- Eu estou velha demais para essas coisas... – minha mãe foi abraçado por meu pai.

 

- Estou tão surpresa quanto vocês... – falei passando as mãos sobre o cabelo.

 

- Arrasando corações, minha filha... – meu pai brincou.

 

- O que esses olhos verdes não fazem... – Nicole me lançou um sorriso, a mirei por alguns segundos, sorri de volta.

 

- Vocês vão me deixar convencida... – entrei na brincadeira.

 

- Essa moça é tão madura... – minha mãe pareceu ficar triste. – Uma boa menina, não merece essas coisas como pais...

 

- A traga em casa minha filha... – meu pai pediu e eu me sentia orgulhosa deles.

 

- Vou trazer, pai...

 

- Vamos entrar, meninas? – minha mãe chamou.

 

- Eu preciso ir, dona Eduarda... – Nicole olhou para o relógio no pulso. – Ainda vou passar no hospital para ver a minha irmã...

 

- Mas já? – meu pai pareceu decepcionado. O charme daquela família era inquestionável, estava caindo de amores pelas três irmãs, assim como a minha mãe.

 

- Sim, mas prometo que passo amanhã, para comer aquele bolo maravilhoso... – ela olhou para a minha mãe. – E tomar aquele cafezinho fresquinho... – olhou para o meu pai.

 

- Vamos esperar por você, minha filha.

 

Meus pais se despediram da Nicole, com abraço e tudo, eles entraram e ficamos à sós, ela sorriu para mim.

 

- Dona Isabela, deixou a morena caidinha... – ela zombou.

 

- Eu não fazia ideia... – falei pensativa.

 

- Não é difícil de notar, Isa...

 

- Não? – perguntei arqueando a sobrancelha.

 

- Não... Não percebeu os olhos dela quando estávamos de mãos dadas? – em que mundo eu vivo.

 

- Achei que ela estava surpresa e pensando que eu estava “pegando” outra Freire... – ela gargalhou.

 

- Você é adorável, garota... – Nicole passou a mão pelos cabelos. – Eu vou indo...

 

- Obrigada por hoje, Nick... – ela me olhava com um sorriso se desenhando em seus lábios.

 

- Obrigada você, Isa...

 

Nicole me abraçou, retribui ao abraço, senti o perfume dela invadir as narinas, fechei os meus olhos por alguns segundos, para logo em seguida abri-los, quando o abraço se desfez.

 

- Até amanhã... – ela beijou o meu rosto.

 

- Até amanhã, Nicole...

 

Ela entrou no carro, ligou o motor, abaixou o vidro e acenou e o sorriso de sempre estampado em seu rosto, logo o carro se afastava.

 

- Essa família tem um imã...

 

Sorri e entrei em casa.

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

na proximo eu explico o por que sumi...

adoro vocês...

beijos lindas...


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 42 - Capítulo 42:
lay colombo
lay colombo

Em: 04/08/2016

Isa conquista o coração de todo mundo, o meu mesmo já é dela desde a primeira vez q ela apareceud84; 

Nick e ela combinam muito, acho q elas seriam muito felizes juntas, torço por elas.


Resposta do autor:

aaaaaaai

Nossa Isaa é uma coisa, né???

concordo com você...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

line7
line7

Em: 02/08/2016

Kkkk..que isso hein! Familia freire é imã .. kkk..pura sedução, só gente boas( qierenis uma freire ao nosso lado, quem quer levantar a mão👐👐..kkkkkk..)  uau que supresa essa a menina dos olhos bonitos😍😍😍🙆 maravilhoso capítulo😘


Resposta do autor:

imã... tem mel... pimenta... hahahaha

kkkkkkkkkkkkk

Isa S2

haha

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Pryscylla
Pryscylla

Em: 01/08/2016

Elas tem mel? Só pode kkkkkkk

Hum Nick e Isa,acho que logo elas vão se apaixonar.

Bjus =]


Resposta do autor:

Muito açúcar Haha

Sera ... Começo a pensar que sim... Rs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

JuAlmeida
JuAlmeida

Em: 01/08/2016

Isa e Jaque ou Isa e Nick?? 

Acredito e torço pra Nick... 


Resposta do autor:

Eu também. a86;a86;a86;a86;

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 01/08/2016

A família freire tem mel. E a isa e uma fofa. Pena q na vida há pais assim, passam a mão na cabeça dos filhos e esses ficam sem limites. Bjs
Resposta do autor:

Kkkk tem

Verdade... Fofa demais...

Sim... Realidade de alguns... 

Infelizmente...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

demi_A
demi_A

Em: 01/08/2016

Q LINDO Q LINDO Q LINDO 😍🙆😂😂

Nossa a Isa também tá gostando dela kkkk elas são muito fofas 

Ramm e essa outra aí, donde diabo ela saiu?? A bomm já tinha até esquecido q aquele infame tinha irmã. Então do nada a guria brota das profundezas.. eu em 😐😐

Em fim.. muito contente por vê o lado da Isa 😁

Torcendo pro próximo aparece logo

Beijão guria 😘


Resposta do autor:

aaaiii hahahaha

outra ai kkkkkkk

calma ... a Jaque é gente boa... rsrsrs

amanha temos mais...

beijao meu anjo...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Juracy costa
Juracy costa

Em: 01/08/2016

Agora tá foda já gostei da jaqueline. Ela foi firme co os pais e é apaixonada por isa. Que declaração de amor. Autora se vire a rume um amor pra essa moça.


Resposta do autor:

haaaaa

a Jaque é uma menina legal...

tomou coragem e mandou a real.

rs pra ela já temos sim..

esperem que vem loucuras por ai...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web