que… bom… você também mexeu… esse final de semana mexeu e eu não queria que acabasse por aí… mas eu tenho muito medo de te machucar, eu não quero isso.

-- Você está querendo dizer que quer estar comigo? - uma espécie de sorriso brincava no canto dos lábios dela.

-- Sim, estou. Eu só não quero te machucar, mas quero muito estar com você!

Ela abriu os lábios como se fosse dizer algo, porém não disse, apenas colou os lábios nos meus e eu apenas deixei, em instantes aquela sensação gostosa que eu sentia cada vez que ela me beijava tomou conta de mim, foi como se qualquer problema e qualquer dúvida simplesmente deixasse de existir. Me perdi naquele beijo e tive a certeza que não queria mais sair dali.

****

Aquela semana passou depressa, Carol me mandou mais algumas mensagens, que eu ignorei, com o coração apertado, mas ignorei.

Luiza e eu estávamos “juntas”, não havia nenhum rótulo ou algo do tipo, mas estávamos juntas.

Era sábado a noite, eu estava no quarto me arrumando para sair quando a campainha tocou. Corri para atender e Luiza estava lá, parada na porta com uma rosa nas mãos, mesmo eu odiando receber flores, não consegui conter o sorriso. Me apressei em beijar seus lábios e trazê-la para dentro. Só então reparei como ela estava linda, usava calças pretas e uma camisa social também preta que estava dobrada até seus cotovelos. Ela estava linda, o que me fez sorrir mais aberto ainda. 

-- Vocês está linda! - ela disse. Eu vestia um vestido preto e justo, havia me maquiado um pouco mais que o normal e calçava sapatos vermelhos de salto. 

-- Você também está… muito linda! - falei colando novamente meus lábios nos dela, eu simplesmente não conseguia parar de beijá-la.

-- Você está pronta? - ela perguntou.

-- Quase, pode me esperar aqui, eu já volto - falei apontando o sofá.

Subi rapidamente, passei um batom nos lábios e peguei a bolsa. Só então Luiza e eu saímos .

Ela estava fazendo um mistério enorme sobre o local onde iriamos, eu tentava em vão identificar o caminho que estávamos fazendo. depois de meia hora, paramos em um prédio. Olhei para ela com cara de interrogação, mas ela nada disse, apenas desceu e abriu minha porta, segurou minha mão e me levou até o elevador. 

Ainda sem dizer nada, ela abriu a porta de um apartamento e fez sinal para que eu entrasse, assim que dei os primeiros passos, encontrei uma mesa posta para dois, com velas e tudo. Escutei quando ela fechou a porta e senti seus lábios colando em meu ouvido.

-- Essa é a minha casa, queria muito que você conhecesse. - Senti meu corpo se arrepiar.

Sorri deliciada com a sensação e com o carinho daquele ato. Jantamos entre beijos e carinhos.

E ela me surpreendeu novamente ao me levar para o quarto, haviam pétalas de rosas e velas espalhadas por todo o quarto. Luíza me guiou para a cama, onde me sentou com todo o cuidado possível. Se sentou de frente para mim e olhando nos meus olhos começou a dizer:

-- Eu sei que seu coração não é todo meu, sei que você ainda tem sentimentos que te prendem à outra pessoa, mas eu também sei que eu posso te fazer muito feliz e sei que eu quero muito estar com você. E embora eu tenha dito que não preciso de rótulos ou nada do tipo, neste momento, eu sinto a necessidade de um. Você aceita namorar comigo?

Fim do capítulo