Eu postava essa história no Abc e acabei recebendo alguns pedidos pra voltar a postar, então aqui está *-*
Espero que gostem.
-CaroolTime-
Minha querida volta.
"Dessa vida eu não espero quase nada
Por isso eu achei graça antes de eu virar piada
Mas queria uma outra chance
Reviver os erros, caminhar no tempo
Pra ver se me arrependo"
-A Busca - Codinome Winchester-
#######
O celular toca constantemente enquanto eu tento, em vão, voltar a dormir mais um pouco.
Suspiro cansada e pego o celular.
–COMO ASSIM A MINHA IRMÃZINHA ESTÁ NA CIDADE E NÃO AVISA NADA PRA NINGUÉM? - A voz estridente da minha irmã do meio é alta o suficiente pra qualquer um que estivesse perto de mim escutasse.
Por um momento lembro da garota loira a qual conheci na noite passada e suspiro aliviada ao constar que ela não estava mais no quarto.
–Bom dia pra você também Beatrice. - Digo dando um leve sorriso e levantando da cama. - Como está? - Pergunto enquanto abro a cortina da janela e logo em seguida fechando os olhos rapidamente pela claridade.
–Como está o caramba. - Ela rebate ainda alto, porém mais calma. - Você não sabe o quanto todos da família ficaram putos ao saber que a filha mais nova voltou à cidade e não deu nem sinal de onde estava.
–Eu cheguei apenas a uma semana Beatrice, precisava organizar algumas coisas. - Minto e logo em seguida me repreendo mentalmente.
–UMA SEMANA? - Dessa vez várias vozes foram ouvidas.
–Beatrice sua vagabunda - Digo com os olhos arregalados. - Você tá no viva voz? - Pergunto passando as mãos rapidamente pelos cabelos.
–Eu te quero aqui ao meio-dia para almoçar conosco. Sem discussões. - A ligação é desligada e a ordem do meu pai foi curta e grossa.
'Sem discussões. '
A pequena frase rebate várias vezes em minha mente e eu me jogo na cama com força.
–Que bela forma de começar o dia, universo. - Digo e jogo as mãos pra cima.
Fecho os olhos por alguns segundos e respiro forte.
Dou um pulo da cama.
Olho o relógio.
7:16.
Reviro os olhos, meu pai serviu o exército por 17 anos e saiu a mais ou menos 30 anos, porém até hoje não esqueceu seus anos por lá.
E de certa forma eu sabia que também nunca esqueceria.
Pego uma toalha e caminho em direção da sala.
Ligo o som e ando a passos lentos do banheiro.
A melodia calma e triste da música Out of the Black da Billie Martens começa a tocar.
Suspiro cansada.
Ligo o chuveiro no mais frio.
Cá está os hábitos que tive no exército aparecendo.
Assim que sinto as gotas de água, minha mente navega no
passado.
*Flashback on*
O homem a minha frente me olha com o cenho franzido.
Sei por que ele me chamou aqui, mas tento ao máximo adiar esses pensamentos.
Ele suspira baixinho e analisa alguns papéis.
–Elizabeth. - Ele diz tirando toda a formalidade militar. - Você precisa de uma folga.
–Não, não preciso, senhor. - Digo ajeitando minhas costas na cadeira.
–A quanto tempo você não dorme? - Ele pergunta. - A quanto tempo você não come?
Tranco o maxilar e olho para o outro lado.
–Elizabeth, antes de ser seu comandante eu sou seu amigo. - Ele diz se levantando e ficando ao meu lado. - Você não tem culpa do que aconteceu, todos sabíamos do risco que era lá fora, todos tínhamos plena consciência que poderíamos não voltar. - Ele diz sério e eu sinto meus olhos se enchendo de lágrimas.
–Eu poderia ter salvado eles. - Digo me levantando de súbito da cadeira. - Eu vi os carros vindo pelo outro lado e poderia ter avisado mais cedo, se eu tivesse avisado antes, eles não teriam... - Não consegui segurar minhas lágrimas, era a primeira vez que eu chorava após o acidente.
O homem a minha frente levantou e apertou meus ombros com força, dando um tempo para que eu me acalmasse.
–Elizabeth, sei que já conversamos sobre isso, mas eu conversei com seu pai e logo em seguida com meus superiores, e decidimos que o melhor para você seria lhe dar uma licença. - O comandante se virou e pegou alguns papéis
–Comandante, eu não preciso, estou bem. - Digo rapidamente.
–É uma ordem tenente.- Ele diz me olhando sério. - Você nunca tirou uma folga, mesmo quando podia, e agora estou ordenando que você tire essa licença. - Ele me olha com semblante triste. - Elizabeth, eu sei que você não gosta de ficar parada, mas ambos sabemos que além do seu amor pelo exército, ainda existe seu amor pelos negócios do seu pai, sei que você sente saudades, tire esse tempo para pensar, volte aos tempos que trabalhava com ele, daqui a um ano e meio nós conversamos novamente e se o seu desejo for voltar a servir o pais, todos ficaremos mais que satisfeitos em lhe receber, mas por ordem, queremos que você tire esse tempo, sem discussões.
Ele se vira e sei que aquele era o fim da nossa conversa.
Seguro os papéis e saio da sala.
*Flashback off*
Termino o banho relembrando toda a última conversa com o
homem que me ensinou quase tudo sobre o exército.
Suspiro alto.
Aquele seria um longo dia.
Saio do banheiro e ando na direção do quarto.
Retiro a toalha e olho meu corpo no espelho.
A pele negra de meu corpo estava ainda mais corada pelos anos servindo no deserto, o cabelo cacheado na altura dos ombros, observo meu rosto e posso ver as olheiras como prova das noites mal dormidas sendo encobertas pelos olhos castanhos claros.
Olho as cicatrizes pelo meu corpo.
Abaixo o olhar para os ombros largos, após tantos anos de serviço pesado, carregando armas pesadas e sacas de comidas para cada cidade decadente por qual passava.
O abdômen levemente trincado pelo alto teor de abdominais a qual deveria fazer para os testes de aptidão física.
Os seios grandes devido a cirurgia plástica que fiz ainda na adolescência.
Pernas grossas pelas corridas e o bumbum arrebitado.
Passo a mão pelas tatuagens, o símbolo da aeronáutica no ombro, a caveira mexicana na panturrilha, a clave de sol no
lado esquerdo do pescoço e a enorme árvore da amizade, que fiz em homenagem ao livro 'Insurgente', no lado direito do quadril onde os ramos davam a volta pela minha costa e pela minha barriga, a maior tatuagem que já fiz.
Recordo das várias vezes em que os rapazes tentavam dar em cima de mim, recordo de um deles falando que eu era mulher mais bonita do quartel, e a mais difícil também.
Dou risada ao lembrar das várias vezes que tive que explicar que era lésbica e das caras tristes que os garotos faziam ao receber a notícia.
Por sorte nunca fui desrespeitada pela minha opção sexual, muito pelo contrário, os rapazes me respeitavam ainda mais e eu era como a amiga mulher a qual eles poderiam pedir conselhos e ao mesmo tempo fazer 'coisas de homem' sem precisar se desculpar.
Ah como eu sentia falta deles.
Abri o guarda roupa e peguei uma calcinha que mais parecia um mimi short e um top roxo, seguida de um short jeans branco e para completar um blusão verde quadriculado, calcei um par de tênis e ajeitei os cabelos jogando para o lado.
Coloco o óculos redondo que se encaixava perfeitamente em meu rosto.
Estava saindo do quarto quando achei um papel jogado na cama.
"Melhor noite que já tive. Me liga quando tiver um tempo. - Ass: Karina”
Reviro os olhos, mas não jogo o papel no lixo, guardo na primeira gaveta da escrivaninha.
Peguei as chaves do carro e sai de casa.
Dirigia calmamente em direção do shopping, iria tomar café
por lá e comprar alguns presentes para a família
O trânsito estava lento o que me deu tempo de olhar a cidade.
É claro que eu menti sobre o tempo que estava por aqui, não poderia dizer que estava a quase dois mês na cidade e não dei uma notícia se quer.
Por sorte eu mantive minha casa no condomínio, pensei diversas vezes em vendê-la, mas sempre sentia que algo poderia acontecer
–'Mas não nada tão grave'. - Pensei.
As únicas coisas que eu fiz nesse tempo que cheguei a cidade era usar a academia do condomínio, andar três quarteirões pra ir em uma lanchonete, quatro para ir no restaurante, um pouquinho mais longe para fazer compras no supermercado e por fim ir no bar ao final da rua e beber até me acabar.
–Se era esse o tipo de licença que eles queriam me dar, eles acertaram em cheio. - Falo baixo sarcástica.
Chego ao shopping e estaciono.
Poucas pessoas andavam por ali, o shopping tinha sido aberto
a pouco tempo.
Ando lentamente pelos corredores, vendo as lojas ainda serem abertas.
Entro em uma cafeteria que havia por perto e peço um café forte com leite e pão de queijo.
Saio de lá e paro em uma loja de roupas e tento achar um vestido para minha mãe, peço ajuda a vendedora, ela me olha de cima a baixo e parece envergonhada ao ser pega em flagrante, ela me ajuda a encontrar um presente e saio da loja satisfeita.
Passo em várias lojas para comprar coisas para todos.
Um terno completo para meu pai.
Um par de sapatos para Beatrice.
Uma bolsa para Pamella, a minha outra irmã.
E um par de brincos de ouro para Hellen, minha irmã mais velha.
Jogos de vídeo game para o filho mais velho da Hellen.
Olho para o relógio.
11:20
Arregalo os olhos.
Não acredito que estava a todo esse tempo no shopping, e ainda nem tinha terminado.
Entrei no meu último destino.
A loja de brinquedos.
Hellen tinha três filhos, duas meninas e um menino.
O mais velho tinha 15 anos, a do meio 9 e a mais nova tinha apenas 5 anos.
Pamella tinha um menino de 6 anos.
E a Beatrice? A última coisa que ela queria era um filho.
E eu era a caçula, ter um filho não era bem a minha prioridade.
Entrei na loja de brinquedos e dei uma analisada.
Comprei uma boneca grande da Lisa dos Simpsons para a mais nova da Hellen.
E um patins para a do meio.
Estava pensando no que comprar para o filho da Pamella,
quando um barulho me atrapalhou.
Uma garotinha tentava pegar um boneco de pelúcia no alto da estante e quanto mais ela pulava mais parecia em vão.
–Qual é o boneco que você quer? -Pergunto dando um leve riso para a menininha ruiva. - Aquela ali moça. - Ela aponta envergonhada para uma boneca grande da Marceline de hora de aventura.
Pego a boneca e a dou para a criança.
Ela me abraça e sai sorridente.
Dou um grande sorriso, entretanto paro por um segundo para pensar que as pessoas deveriam ter cuidado com quem seus filhos saem abraçando por aí, não que eu seja uma louca pervertida, mas o mundo é cheio de gente suspeita.
Finalmente escolho o presente.
Um par de luvas do Hulk.
Saio da loja e nem me importo com quanto gastei, eu adorava meus sobrinhos e sempre dava o melhor para eles, eu era a 'Tia babona'.
Saio do shopping aos olhares atentos de algumas pessoas, eu era o tipo de mulher que causava esse efeito nos outros, aos 16 anos eu adorava essa atenção, agora aos 27 eu simplesmente não me sentia tão confortável com tudo isso.
Entro no carro e noto o sol forte em meu rosto, troco o óculos de grau pelo óculos escuro.
Dou uma olhada no retrovisor e ajeito meu cabelo, eu poderia trabalhar no exército, mas não podiam esquecer que também era mulher.
O trânsito agora estava um pouco mais calmo e o caminho até a área nobre da cidade foi rápido.
Passo por vários casarões e estaciono na frente da grande mansão branca.
Noto vários carros parados e suspiro alto.
Lógico que minha mãe não deixaria de chamar metade da alta sociedade para rever a filha.
Ligo o carro novamente e paro uma rua atrás da casa.
Pego todos os presentes, minha bolsa e saio do carro.
Sabia que a porta dos fundos estava aberta, por isso fui por lá.
- "A filha pródiga volta ao lar" - Penso.
Respiro fundo e entro na casa.
Fim do capítulo
E então?
Comentar este capítulo:
annagh
Em: 16/07/2016
Olá! !!! Bom diaaaaaaa....
Obrigada por responder. Amo essa interação entre Autora e Leitora.
Poxa...so uma vez por semana????...assim eu deprimo...rsrsrs...
Quanto às ruivas, na verdade não sinto atração por ruivas mas o fato de sermos lembradas nessas histórias magníficas me deixa muito feliz!!! Faz bem pro ego né. ...
Beijo...até mais...
Resposta do autor:
Ai mds vc é ruiva, casa comigo, nunca te nada ♥😂😂
Essa de só uma vez por semana, é mais pq eu tenho um sério problemas com data mesmo, mas quem sabe de vez em quando eu não posto antes, né nom?
Pode ficar tranquila que vou sempre responder.m
Com carinho.
-CaroolTime-
[Faça o login para poder comentar]
line7
Em: 15/07/2016
Espetáculo de história ( ESPETÁCULO de mulher😍🙆...kkkk)já vou botar um apelido de mulher Maravilha "deusa"..kkk..eu sempre me apaixono por algumas personagens, também pelo ótima descrição, assim não passar despercebido..rsss😉🙄. Perssonalidade forte a morena, Elisabeth,, gostei dela ( é quem não gostou..kk👌) viu só linda, agora é sério, o enredo é ótimo e torcendo pra outro capítulo, lhe desejo SUCESSO 😃😙
Resposta do autor:
Olá moça, tudo bem?
Obrigada por estar lendo♥
Liz já tá arrasando corações, ela é maravilhosa mesmo, não temos como negar kkkkk
Essa personalidade forte dela ainda vai dá umas dores de cabeça, mas nada que uns bons puxões de orelha não resolvam u_u
Continue acompanhando e até o próximo ♥
Com carinho.
-CaroolTime-
[Faça o login para poder comentar]
annagh
Em: 15/07/2016
Olá Carool...tudo bem???
Primeiro capítulo e já me encantei...e já estou mais do que ansiosa para os próximos capítulos!!! Tem dia certinho pra postar??? Sabendo o dia não vou sofrer tanto né...rsrsrrsrs...
Elizabeth é um ....como posso chamar...é...um verdadeiro "tesão"???...kkkkkkkk...Linda!!! (Pelo menos da forma como eu a imagino né...). Amo histórias com personagens tatuadas!!! Também gosto dessa coisa militar (mexe com minhas fantasias mais profundas...rsrsrsrs)...e claro, das ruivas (todas que me conhecem aqui no Lettera já sabem por que da minha paixão por ruivas). Não sou fã de confusões, mas sem elas as histórias perdem o sentido e a emoção né verdade?
Parabéns!!! Será um sucesso com certeza!!!
Não demore muito tá. Tõ curiosa...e ansiosa.
Um cheiro...
Resposta do autor:
Oi moça, tudo bom?
Ainda bem que você gostou, não tenho data certa pra postar, pq sempre que resolvo essas coisas, nunca dá certo, maaaaaaaaaaaaas provavelmente toda sexta vou postar um capítulo.
A Liz é um pedaço do mal caminho mexxxxmo ♥
Mana, eu não consigo entender quem não gosta de ruivas, elas são MA RA VI LHO SAS, ainda bem q vc me entende♥
Aaaa essa aqui vai tá cheia das tretas malignas, se prepare.
Tentarei não demorar.
Com carinho
-CaroolTime-
[Faça o login para poder comentar]
lis
Em: 15/07/2016
Boa tarde Carool, tudo bem? Parabéns achei bem interessante o início da sua história, vá ser um prazer acompanha-lá.
Resposta do autor:
Olá moça, tudo bem? Comigo tudo okay!
Muito obrigada por ter dado uma chance para o resto é nada mais ♥
Espero lhe ver nos próximos.
Com carinho.
-CaroolTime-
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]