Fiquei igual uma estátua encarando aquele portão que a Luciana tinha acabado de fechar na minha cara sem ao menos me dizer um mísero tchau.

 

A minha ficha ainda não tinha caído, eu não estava acreditando que a Luciana tinha feito isso comigo, isso não pode ser verdade, ela escolheu ficar com o meu pai ao invés de mim, um homem que bateu nela e eu tenho toda certeza que ele irá bater nela mais vezes se ela deixar.

 

Tomei coragem e sai dali. O tempo estava nublado e de repente uma chuva forte caiu sobre mim me deixando ensopada na mesma hora. hoje realmente não é um dia bom, acho melhor eu tomar cuidado vai que um banheiro químico cai do céu e me esmaga, sei lá né, com a sorte que eu estou não duvido de nada.

 

Andei na chuva sem rumo por horas, estava  precisando ficar sozinha, pensar no que eu irei fazer, daqui pra frente nem mais um teto para morar eu tenho.

 

Depois de horas e horas andando por ruas que eu mau sábia onde era e onde eu estava fui para casa, quer dizer minha antiga casa.

 

Entrei no meu quarto, tirei o meu celular do bolso para ligar para a minha amiga Camila.

 

Disquei o número, rapidamente ela me atendeu.

 

-- oi Fernanda.- disse com a voz alegre de sempre.

 

-- oi Camila, posso te pedir um favor, um favorzão?

 

-- claro fê, você sabe que comigo você pode tudo.

 

-- eu posso ficar uns dias na sua casa, as coisas comigo e com o meu pai não estão nada boas.

 

-- claro amiga vai ser um prazer ter você aqui, mas o que aconteceu entre vocês.

 

-- é uma longa história, quando eu chegar eu te conto tudo.

 

-- ok, estou te esperando, não demora que a gente vai fazer festa  do pijama.- eu adorava a Camila mesmo quando eu estava triste decepcionada ela me fazia sorrir.

 

-- tá bom, até mais tarde.

 

-- até, e não demora em, tchau.

 

-- tchau.

 

Desliguei o celular, troquei a minha roupa molhada por uma seca e comecei a arrumar a minha mala.

 

Assim que terminei tentei sair de casa mas meu pai me impediu segurando no meu braço.

 

-- onde você está indo com essa mala Fernanda?

 

-- você não falou que era pra eu sair de casa? Pois é estou saindo.- tentei sair e ele me impediu novamente.

 

-- você não precisa sair de casa, eu falei da boca pra fora.

 

-- agora não adianta voltar atrás pai, eu não quero mais ficar nessa casa, eu já me cansei de você.

 

-- pra onde você vai?

 

-- eu vou ficar alguns dias na casa da Camila até eu encontrar um lugar pra alugar.

 

-- você quer dinheiro?

 

-- não precisa eu sei me virar sozinha, eu sempre me virei. Licença que eu preciso ir.- ele estava no caminho da porta me impedindo de sair.

 

-- tudo bem, mais se você quiser voltar pra casa as portas estarão abertas pra você.

 

Assenti com a cabeça e me retirei.

 

Peguei um táxi até a casa da Camila. Assim que cheguei Ela me recebeu com um grande sorriso no rosto me levou até o quarto onde eu iria ficar para eu me acomodar e depois fomos tocar café em uma mesinha no quintal.

 

-- mas diz aí menina, o que aconteceu?- Camila disse depois de tomar um gole do seu café.

 

-- eu nem sei o que eu te conto primeiro, mais acho que então vou te contar na ordem. Primeiro eu acordei com uma gritaria dos infernos aí eu fui ver o motivo daquela gritaria toda, o meu pai deu um soco na Luciana, você lembra quem é Luciana não é?

 

-- claro a namorada do seu pai que você disse que estava apaixonada.

 

-- isso. Aonde que eu  parei mesmo? Ah é lembrei, eu não aguentei ver o nariz da Luciana todo ensanguentado, eu não consegui me segurar e acabei batendo no pai, mesmo sabendo que ele bateu em mim e na minha mãe não sei por quantas vezes, eu não queria ter batido nele eu me senti um lixo por causa disso. depois eu fui levar a Luciana pra casa, e foi aí que a desgraça aumento, ela disse que não poderia mais ficar comigo, por que o meu pai estava desconfiando da gente, você acredita nisso? ela preferiu ficar com um cara que bateu nela ao invés de mim.

 

-- eu não tô acreditando nisso, ela deixou um mulherão desse escapar.

 

-- para Camila.

 

-- mais é verdade, mas apesar que eu também deixei você escapar, e foi a maior burrice que eu já fiz em toda a minha vida.

 

-- o nosso relacionamento como namoradas não deu certo e nunca vai dar, mais o nosso relacionamento como amigas esse sim  realmente deu certo.

 

-- mas eu queria tentar de novo Fernanda, eu gosto muito de você.

 

-- você sabe que não da Camila, não da mesmo.

 

-- por que não da, se na outra vez deu e nos  ficamos juntas.

 

-- eu estou apaixonada pela Luciana e você sabe disso.

 

-- eu posso fazer você se esquecer dela.- ela tentou me beijar mas rapidamente eu me levantei e fui para sala, ela foi atrás  de mim e me jogou no sofá e desta vez ela conseguiu me beijar, e eu acabei cedendo, e quando eu me dei conta nos estávamos nuas.

 

Em um momento de lucidez eu me dei conta do que nos iríamos fazer, me debati tentando escapar  dos seus braços, mas quando ela se ajoelhou e abocanhou o meu sex*, eu não resisti e acabei deixando ela terminar o serviço.

 

Não aguentei, acabei gem*ndo rebol*ndo na sua língua que agora já avia me penetrado com a mesma. Estava louca de tesão, eu não queria que isso estivesse acontecido mais já que aconteceu eu deixei rolar.

 

Agora ela me penetrava com dois dedos em  enquanto sua língua estava em meu clit*ris me proporcionando um prazer ainda maior. A puxei a fazendo ficar com a boca na altura da minha e a beijei com volúpia, nos dedicamos alguns minutos aos beijos quentes e cheios de desejo.

 

Dessa vez ela desceu beijando o meu corpo até chegar no meu sex* novamente.

 

Com os dedos já dentro de mim, meus olhos se fecharam de tanto prazer.. quando senti a língua dela entrar junto, soltei um gemido alto.. Camila aprofundava os movimentos todas as vezes que me ouvia gem*r. Talvez aquele fosse o seu ponto fraco. Senti mais um dedo dentro de mim, não aguentei, g*zei demoradamente para ela é sem forças cai desfalecida sobre o sofá.

 

Ela veio até mim e me deu um beijo calmo. Inverti as posições e desci lentamente a provocando, a fazendo delirar com cada gemido baixo tentando ser contido.

 

-- me ch*pa logo Fernanda!- murmurou. a sua voz estava rouca, ela estava dominada pelo desejo. Confesso que me excitei de vê-la daquela forma, me pedindo para que eu a ch*passe.. fiz o que ela me pediu, comecei a ch*par o seu sex* e penetrei dois dedos fazendo um vai e vem, ela gemia se contorcia toda enquanto eu aumentava a velocidade das estocadas.. Ela ficou meia sentada e meia deitada com os cotovelos sobre o sofá em quanto acariciava os seus próprios seios com uma das mãos ela pressionava a minha cabeça contra o seu sex*. Sua respiração já estava ofegante e de repente senti seu líquido em minha boca. Ela gem*u ainda mais auto enquanto o seu corpo dava alguns hisparmos em minha boca.

 

Ela me puxou pra si e me beijou, até parecia que ela estava querendo me engolir, com aquela pressa toda.

 

Fomos para o quarto, ficamos horas e horas naquele cômodo, nos beijando nos acariciando e depois fomos pro chuveiro e tomamos um banho cheio de carícias beijos e toques. Estava divida, não sabia o que fazia, se dava um basta nessa situação ou deixa-se tudo se acertar com o tempo.. Eu estava carente precisando de carinho e atenção é era isso que a Camila estava me oferecendo. Acabei optando pela segunda opção deixei tudo como estava, vou dar tempo ao tampo. Aliás a Luciana  terminou o relacionamento que nos estávamos tendo nesses últimos meses, ela me esculachou mesmo sabendo que Eu a amava sem ter um pingo de dó de mim.

 

***

 

No dia seguinte a Camila fez um café da manhã incrível pra gente. Estava tudo simplesmente maravilhoso, achei Super  fofo da parte dela.

 

-- essa mesa está linda Camila.- disse abobada enquanto admirava cada detalhe.

 

-- você achou mesmo?- disse com um sorriso bobo no rosto.

 

-- claro. essas flores amarelas com brancas nessa jará deram um toque especial, esta simplesmente lindo Camila.

 

-- eu fiz tudo isso pra você.- me agarrou por trás beijando o meu pescoço e o módulo da minha orelha.. me virou rapidamente e me beijou os lábios.

 

-- nossa acordou com fogo em.- sorri.

 

-- vem vamos pro quarto, depois a gente toma café.- me puxou pelo braço me arrastando para chegar até o quarto, mas eu puxei o meu braço antes que ela conseguisse me tirar da cozinha.

 

-- nada disso vamos tomar café da manha primeiro.

 

-- então quer dizer que depois a gente vai pro quarto?

 

-- não sei, vou pensar no seu caso, agora vamos comer que eu estou com fome.- ela assentiu e me deu um sorriso safado.

 

Comemos o maravilho café da manhã que ela tinha preparado, conversando conversas aleatórias.

 

Depois de muita insistência eu tive que fazer o que a Camila tinha me pedido mais cedo, fomos para o quarto e fizemos sex* por horas e depois fomos almoçar. Novamente a Camila me surpreendeu preparando um almoço simplesmente divino, nunca comi nada igual.

 

Mais tarde combinamos de irmos ao  cinema.. assistimos ao filme que era uma comédia brasileira,  eu particularmente não gostei muito, não sou muito fã de filme brasileiro.

 

Fomos até a Praça de alimentação e nos sentamos em uma daquelas Mesinhas e pedimos uma pizza.

 

Estava até me divertindo ao lado da Camila, ela mudou bastante da última vez que  namoramos, ela estava mais carinhosa mais amorosa, eu realmente estava me surpreendendo com ela.

 

Estava tudo perfeito, eu tinha até me esquecido sobre o aconteceu ontem, mas o destino faz questão de ferrar comigo. Quando eu vi o meu pai de mãos dadas com a Luciana eu suei frio, fiquei em estado de choque  tive vontade de sair correndo dali e era isso que iria fazer se eles não tivessem se aproximado da nossa mesa.

 

Como a Luciana pode ser tão cafajeste, ela  Estava passeando no shopping de mãos dadas com o homem que  simplesmente bateu nela sem mais sem menos, como ela tem coragem.

 

-- oi.- disse meu pai com um pequeno sorriso nos lábios.

 

-- oi.- o deu um oi seco enquanto observava a Luciana seriamente.. Ela aparentava estar envergonhada mais também não era pra menos.

 

-- eu não estou acreditando Luciana, você está por ai passeando de mãos dadas com ele como se nada tivesse acontecido, como você tem coragem?- Luciana abaixou a cabeça e não me respondeu, e foi o meu pai que respondeu no seu lugar.

 

-- nos fizemos as pazes.

 

-- eu quero que ela me responda. Tá com vergonha de falar comigo Luciana?

 

-- não,  por que eu estaria?- disse tímida

 

-- quer mesmo que eu te responda?- a encarei e levantei a sobrancelha esquerda.

 

Meu pai percebeu que estava rolando um clima estranho entre a gente e resolveu tentar mudar de assunto.

 

-- nos não vimos aqui para brigar, a gente é uma família agora.- colocou a mão no ombro da Luciana e sorriu.

 

-- família?- sorri sarcástica.--você não é a minha família já faz tempo.- Camila observava a nossa discussão quase sem piscar, notava que ela queria dizer algo ou tentar de alguma forma acabar com aquela briga, mas ela não dizia nada, foi até melhor assim.

 

-- eu estou querendo me redimir Fernanda, eu Vou mudar, me da só mais uma chance e volta pra casa.

 

-- eu não vou voltar pra casa, pra mim já deu.

 

-- mais você praticamente é a única família que eu tenho.

 

-- você deveria ter pensado nisso antes de fazer tudo que você fez comigo e com a minha mãe.

 

-- me desculpa Fernanda eu Vou mudar, eu juro pra você que eu vou mudar.

 

-- eu vou pensar, vou pensar muito.

 

-- por favor pensa com carinho tá, eu vou estar aguardando a sua resposta. Tchau pra vocês.- eu não estava conseguindo olhar pra Luciana, como ela pôde ter feito isso comigo, com ela.- abaixei a cabeça e esperei eles irem embora, eu não estava querendo olhar pra ela, não estava conseguindo acreditar que ela estava com o meu pai depois de tudo que aconteceu.

 

A Luciana estava nitidamente envergonhada quase não olhava pra mim, aparentava estar louca pra sair de perto de mim. Eu não consigo entender o  amor, a Luciana pode fazer o que quiser comigo mais mesmo assim eu continuo a amando, é uma coisa inacreditável.

 

 

Fim do capítulo