Olá galera, olha eu aqui de novo com mais um capitulo..Espero que gostem
Isso explica muita coisa!
4 da manhã o celular toca, vou batendo a mão na penteadeira até achar o bendito, coloco as óculos de grau e olho no visor...Eduardo meu melhor amigo de toda vida, dividíamos o apartamento durante a faculdade, e hoje em dia empresto o meu para ele levar as amantes dele. Primeiro fato pelo qual a esposa dele me odeia com todas as forças que existem, o segundo é que ela acha que nós trans*mos. O que é uma grande mentira pois nossa relação é de irmãos mesmo.
– Está bêbado? – Fui logo perguntando com voz de sono.
– Aggy você sabe que eu não bebo faz uma semana!
– Quase um século no relógio biológico do Eduardo, mas me diga quantas putas já levou pro meu apartamento nessas quase 75 horas que eu estou fora? – Perguntei me sentando na cama.
– Só respondo se você me der o número exato de gogo boys você já levou para cama em todo ano passado?
– Deixe- me faz as contas, ia para a festa todos os fins de semana no Mayfair lá sempre encontrava algum , isso sem contar nas vezes que pagava para dois ao mesmo tempo– Nessa hora soltei uma risada..
– Não sabia que curtia à 3!
– Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe monamour!
– Você sabe que isso foge de todas as regras de best friend foreve’s existentes no planeta, certo! Mas agora falando sério, como você está? O que tem feito?
– Tenho ido na escola ver como estão as coisas, mas meu pai tem muita coisa por aqui, restaurante, uma porcentagem em uma clinica de estética, super mercado, postos de gasolina, sem falar a escola que era a menina dos olhos dele. Tenho que me reunir com o contador dele e analisar tudo certinho, mas como bem você sabe sou formada em literatura inglesa, números não é muito minha área. Por isso taticamente dividi apartamento com um estudante de administração que pode me dar uma ajuda, em troca de uma semana com a chave do meu Maseratti Quattroporte; ou será que isso também foge à alguma regra de melhores amigos?
– Você está me subornando? Silêncio após a infame pergunta.
– Talvez!
– Suborno aceito, me manda todas as papeladas por e-mail ainda essa semana que eu dou uma olhada.
– A chave está na gaveta da mesa do meu escritório, Agora me deixa dormir.
– Tchau, aproveite os loiros nórdi.. – Desliguei antes que ele terminasse as frase.
Sim eu sei, é estranho saber que uma mulher paga para um homem trans*r com ela. Mas é assim que as coisas funcionavam comigo. Eu sempre pago a conta do restaurante, do motel, e também pago pelo sex*. E não é o fato da sensação de poder ser ótima, não,não. Longe disso, é eu tenho um medo do caralh* de me envolver. Quando eu pago, a gente trans*, rola uma pegação gostosa; ele vai embora e eu nem preciso lembrar o nome dele. Não me importo se é casado, não preciso saber de sua vida e nem quero! Ele simplesmente me come e vai embora, por que eu mandei ele ir embora. Todos os caras que eu tentei algo sério, me enganou, me fizer sofrer e sofrer por amor é tão necessário quanto um peixe saber andar de bicicleta. Sem esse falso moralismo de que ‘’ A dor ajuda no amadurecimento’’. A dor...DÓI, te faz ficar depressiva, te faz engordar por que você se afunda no chocolate e no sorvete... arghh. Eu estou com 38 anos não tenho mais saco, nem mais idade para isso. Eu fui noiva uma vez, Ele se chamava Arthur, trouxe ele até aqui em Trondhei para conhecer meus pais, uma semana antes do casamento, festa organizada, vestido comprado, papi e mame chegando no aeroporto de Londres, descobri que Arthur gostava de Otávio; o muy ‘’amigo’’ do futebol. Bem, eu devia ter desconfiado, ele sempre pedia fio terra, e quando eu me depilava ele pedia para eu depilar o peito dele. Mas como diz aquele ditado milena ‘’ O pior cego é aquele que não quer enxergar’’.
Ai como é de se esperar, devolver todos os presentes que ganhamos, vender o apartamento que nossos pais compraram em conjunto para nos dar de presente, dispensar os convidados. E ter que dar a maravilhosa notícia para o meu pai e minha mãe; o prejuízo só não foi maior por que ele bancou toda a festa. Mas o meu emocional ficou destruído. Eu amava o rapaz, e o fato dele gostar de outro rapaz infelizmente não mudava em nada isso. Mas eu superei, milhares de potes de sorvete, e caixas de chocolates depois, eu superei. Superei em termos, por que hoje eu não consigo me envolver emocionalmente com outro ser humano à ponto de deixar ele dormir comigo uma noite inteira.
– Hora de você ir querido – Falei para o jovem loiro que estava deitado ao meu lado.
– Mas eu acabei de chegar – Ele disse ainda sonolento tentando me abraçar. Me levantei coloquei o roupão e abri a porta do quarto.
– Eu daqui a pouco tenho que ir trabalhar, seu dinheiro está ai do seu lado da cama.
Ele se levantou vestiu a roupa pegou o dinheiro e veio em minha direção.
– Você é tão linda que sairia novamente de graça, e por falar nisso, reparei que você tem algumas tatuagens, mas a que eu mais gostei foi a pimentinha na vírilha e a rosa na nuca.
– Muito obrigada, agradeço de coração os elogios meu tempo acabou e lá no site dizia que você cobra 100 koroas por 3 horas então, acho que o tem aí dá. E é bom se apressar o primeiro trem para Oslo sai em 15 minutos.
– Não posso nem saber seu nome?
– Não!
Não consegui mais dormir, adrenalina estava muito alta e garanto que não foi a noite de sex* tórrido que tive que me deixou assim, coloquei uma calça leg, um topper o tênis e fui para acadêmia que tinha no subsolo da casa perto da garagem. Meu pai construiu para mim quando viesse ve-lo. Usei poucas vezes; fiz 40 minutos- Me sentia melhor. Respiração ofegante, sequei o suor fui para cozinha preparar um café- Café pronto , acendi um cigarro. O dia já havia amanhecido, subi para o quarto; um banho demorado faria bem, convoquei uma reunião como todos os professores para discutir algumas coisas que me incomodavam na gestão de escola. PHd em literatura inglesa, algo da parte educacional eu poderia opinar. Tinha que manter o padrão de escola do meu pai, vinha adolescentes até da capital fazer o ensino médio lá. Devia isso para o meu pai.
Escolhi com cuidado os trajes; Calça pantalona de cetim cinza, camisete preta que , salto meia pata também pronta. Formal sem parecer carola dos anos 50. E por ultimo mas não menos importante o batom vermelho forte– Minha paixão.Hoje será o dia que eu vou enfrentar todos os professores cara a cara; até agora tinha ido na escola só para ver papéis, encaixotar as coisas do meu pai.
Peguei chaves do carro, cigarro dentro da bolsa, tranquei tudo e fui. Quando cheguei na escola, a sala de reuniões lotada de professores coordenadores e pelo diretor interino.
– Bom dia a todos , espero que não tenha os feito esperar muito!
– Bom dia responderam todos de uma vez.
Me apoiei na cabeceira da mesa, e tomei folego de onde não tinha para falar o que eu tinha de falar.
– Esses três dias que se passaram da minha chegada eu estive analisando alguns papéis, e vi que essa escola vem tendo um gasto absurdo com bolsas escolares, eventos, e um quadro de professores bem abastado. O que eu tenho para falar é bem simples, cortes de professores terão que ser feitos, vou levar em consideração títulos, anos que trabalha aqui.
– Mas você vai cortar as bolsas de estudo? Era o grande orgulho do seu pai? Indagou uma professora que estava sentada do outro lado mesa.
– Infelizmente ou felizmente eu e meu pai temos visões diferentes. E orgulho não concerta uma folha de funcionário super- carregada e uma dívida que só vem aumentando cada ano que passa. Aqui é uma escola mas também é uma empresa tem lucros e gastos enfim; o diretor interino vai me passar um relatório de todos os professores, quem fica e quem sai anuncio na próxima terça- feira – Nessa hora saí uma professorinha chorando da sala, pois sabia que certamente seria demitida– Isso é tudo, qualquer dúvida minha assessora ficará bem feliz em responder– Disse enquanto apresentava minha secretária– Agora todos podem voltar ao trabalho.
Saí da sala e de longe ouvir o murmuro, discussões; uma verdadeira algazarra. Mal eu sabia que a pior parte da minha chegada em Trondhein estava apenas começando.
***
Cheguei em casa depois de um dia estressante de trabalho, minha mãe preparava a janta, Aleksander fazia a tarefa da escola e Daphini dormia.
– Boa noite filha, como foi seu dia? – Perguntou minha mãe.
– Correu tudo bem mãe, obrigada por perguntar; salvei muitos gatinhos! – Susurrei o salvei muitos gatinhos.
– Como disse? Perguntou ela sem entender nada.
– Nada não mãe, as crianças se comportaram bem?
– Sim filha, eles são ótimos, mas ligaram lá da escola do Alkesander e a direção quer falar com você.
– Eles adiantaram o assunto?
– Só disseram que era referente a assunto financeiro, está tudo bem filha?!
– Mãe está tudo bem, não precisa se preocupar com nada. Vou subir para tomar um banho.
– Vai lá filha, a janta está quase pronta.
O que minha mãe não sabia era que quando meu pai ficou doente, eu gastei uma grana com remédios e a internação. Não sobrou para pagar a mensalidade; e já estamos quase no fim do ano não dá para colocar ele na escola pública.
Jantamos, coloquei as crianças na cama, e me deitei. Preocupada tentando descobrir uma forma de como eu vou resolver a situação na escola do Aleksander. Amanhã vou lá falar com o diretor...
Fim do capítulo
Coloquei um som bem legal nos fones de ouvido e aproveitem a leitura, obrigada pelos comentários galera.
Eles são o combustivel para incentivar nós a escrevemos..
Valeu flw amanhã na madrugada tem mais
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