Capítulo 10
Logo após deixar o jantar para Letícia, fui ao quarto de hóspedes tentar descansar um pouco e antes de me aprontar para dormir recebi uma ligação de meu pai e como sempre acontecia quando ele me ligava, passei horas conversando e matando a saudade, ele por ser muito ocupado me ligava nos horários mais estranhos, as vezes a noite, de madrugada mas nem por isso sua ligação se tornava menos agradável. Já se passava de 1 da manhã quando desligamos o telefone e fui em direção ao banheiro tomar um banho gostoso que aquela noite quente pedia, logo após o término vesti apenas uma pequena calcinha e um sutiã pois o clima abafado não permitia me cobrir com roupas como eu desejava, deitei-me na cama para me deleitar com mais um livro, não sei ao certo quanto tempo se passou, só fui desprender minha atenção daquelas páginas quando ouvi batidas em minha porta. Estranhei mas tinha certeza que deveria ser a mamãe ou Nona. Nunca pensei que pudesse ser Letícia, mas descartei por achar que ela já havia dormido em razão do calmante que dei a ela mais cedo.
Fui atender a porta, e eis que me surge minha tia em carne e osso, me olhando de cima a baixo com a cara mais desavergonhada do mundo, o que me deixou completamente quente.
--Letícia, o que veio fazer aqui?
--Esqueci.
--Como assim esqueceu?
--Eu sabia exatamente o que falar, mas vendo você assim acabei esquecendo.
E sorriu da forma mais safada do mundo inteiro. Como aquela mulher me dava trabalho, como tinha a capacidade de me desmontar apenas com um sorriso, um olhar.
--Para de ser boba.
--Me deixa entrar?
--Entra.
Só então percebi o quanto ela estava linda naquela camisola de seda preta sempre rendada, ela sentou-se sedutoramente na minha cama, me olhando detalhadamente, como ela sempre fazia, me deixando sem graça.
--Vem aqui.
Ela pediu e eu sentei ao seu lado, enquanto ela segurava minhas mãos com delicadeza e olhava em meus olhos.
--Amei o bilhete.
Não disse nada, apenas observava aquela boca rosada falando com uma voz tão gostosa que não ousava interromper.
--Na verdade vou usar isso como um termo de compromisso, caso um dia você me largue vou mostrar pra você esse bilhete e sua promessa de nunca me deixar.
Sorri alto, Letícia tinha um senso de humor peculiar que eu simplesmente amava.
--Eu tenho palavra, não precisa disso.
--Não tenho tanta certeza, falou pra mim que ia ver como eu estava no seu quarto, e até agora nem pôs os pés lá.
--Achei que você estivesse dormindo...
--Dormi de tanto esperar!
O seu tom de indignação me fazia rir ainda mais.
--Desculpe, não vai acontecer de novo.
--Mas não vai mesmo, porque hoje eu vou dormir aqui com você.
--De jeito nenhum, você vai ficar quietinha lá, descansando!
--Eu tenho medo de dormir só... –ela fez uma carinha tão desprotegida que fiquei até com dó.
--Para de fazer essa cara, parece até o gatinho do Shrek!
--Por favor, eu vou me comportar.
--E se alguém vê a gente acordando juntas?
--Você e sua mania de achar que o mundo todo está espiando a gente. Além do mais eu acordo cedo e vou pro seu quarto, relaxa. Dorme comigo, bebê?
Pensei por alguns segundos na próxima loucura que eu ia cometer.
--Está bem, só vou colocar uma roupa melhor.
--Fica assim, ta ótima. Sério, nós somos mulheres não precisa dessa cerimônia toda.
Olhei com enfado, ela só podia estar brincando.
--De verdade, pode ficar a vontade não vou fazer nada...Nada que você não queira.
Piscou o olho pra mim.
--Não vou querer nada, ok?
--Ok, mas tem um detalhe importante, que espero que não se incomode. Eu só durmo nua.
Arregalei meus olhos.
--Para que o susto? Não vamos fazer nada mesmo, então não tem problema algum a forma como eu vou dormir.
--Faça como achar melhor então...
--To brincando com você, bobinha.
Deitei na cama, bem no canto liguei o ar condicionado no máximo e me cobri, aguardando Letícia que foi em direção ao banheiro
Ela voltou do banheiro e deixou a porta semi aberta, a luz que vinha de lá deixava o quarto pouco iluminado, mas o suficiente para admirar sua silhueta, deitou na cama cuidadosamente, não demorou nem um segundo até sentir seu corpo se aconchegar ao meu e experimentar um arrepio que subiu ate a espinha.
Seu nariz recostou na minha nuca, aspirando, cheirando enquanto pousava seu braço delicadamente sobre a minha cintura. Sua perna subiu e se pôs entre as minhas, da posição que estávamos, ela por trás e eu de lado permitia que suas mãos tivessem acesso ao meu corpo.
Sua mão pousou em minha barriga que contraiu imediatamente ao sentir seu toque quente, acariciava, passava as unhas de leve me arrancando suspiros, sua penas subiu mais encostando no meu sex*, senti minha calcinha molhar imediatamente e dessa vez quem suspirou foi Letícia, que passava sua língua escorregadia no meu pescoço e me fazia idealizar como seria sentir sua língua entre minhas pernas, me sugando inteira.
Quando ela fez menção de descer a mão que já acariciava a lateral da calcinha, me afastei, evitando o contato.
--Fica – Ela disse ofegante
--Agora não, Letícia.
--Quando então, já não to agüentando mais de vontade. Faz isso comigo não.
--Hoje não. Quem sabe outro dia, em outra ocasião, em outro lugar que não seja aqui em casa, não me sinto confortável.
Letícia fez um bico, toda emburrada. Virou para o outro lado, parecendo aquelas crianças birrentas.
--Vira pra mim, Letícia.
--Não quero.
--Letícia...
--Qual o meu problema? Estou gorda, feia? Porque você é evidente que você não me quer, que não sente vontade de ficar comigo.
Sorri daquela frase que nunca imaginei que fosse proferida por ela, sempre tão segura, cheia de si, Letícia exalava confiança, autoestima. E agora estava ali toda insegura, se sentindo rejeitada. Não nego que aquela ‘’fraqueza’’ dela me comoveu.
Ela me fuzilava com o olhar magoado o que ainda me dava mais vontade de rir.
--Só você faz isso comigo.
--Isso o quê?
--Me desprezar. Pois saiba que isso nunca aconteceu! E digo mais, você não sabe o que está perdendo só para você ficar sabendo.
Ela tagarelando ficava ainda mais linda, e não que eu seja malvada, longe disso, mas era bom ver que conseguia tirar ela do sério. A verdade é que eu não resistia aquela mulher, vê-la brava me atraia ainda mais, aquela testa que formava ruguinhas quando ela se irritava era simplesmente irresistível.
Não me agüentei e comecei a espalhar beijinhos por todo seu rosto, enquanto ela ainda falava.
--Você é uma boba, sabia?
--Claro que sei,você me faz de boba todo dia.
--Pára, Letícia. Você também não colabora...
--Como assim ‘não colaboro’?—perguntou com estranheza
--Acha mesmo que eu teria alguma coisa com você aqui? Olha onde a gente está? Esse lugar não é nada especial...
Ela ficou pensativa por alguns instantes.
--Isso importa tanto para você?
--Claro.
--Desculpa, eu não sabia. Pra mim todo lugar é bom.
--Sério?
Ela balançou a cabeça afirmando.
--Mas comigo não é assim.
--Agora eu já sei das suas exigências vou providenciar algumas coisinhas. Apesar de achar que s melhores coisas vem sem prévia combinação.. —Falou piscando o olho
--Você é uma tola, sabia? E já está ficando tarde, melhor dormimos.
--Certeza que quer dormir? –Falou arqueando a sobrancelha
--Letícia!
--Desculpa ,era só para ter a certeza. Você sabe que eu não desisto fácil.
--Sério, se não tivesse dito nem saberia!
Ela sorriu.
--Sua mãe me convidou para sair com ela amanhã ver alguns detalhes do ateliê, acho que ela precisa da minha ajuda como economista.
--De manhã?
--Sim.
--Vamos dormir então, já está tarde.
--Não ganho nenhum beijinho de boa noite?
Impossível resistir aquele pedido, beijei-a com vontade para que ela sentisse desejada, para que soubesse que me atraia da cabeça aos pés, que jamais seria indiferente a toda aquela beleza.
** *
O resto daquela madrugada transcorreu sem maiores emoções—e provocações—por parte dela. Dormimos com as mãos entrelaçadas de conchinha.
Acordei e não a vi ao meu lado, provavelmente já teria saído com minha mãe.
Era domingo e soube por Babá que mamãe e Letícia realmente tinham saído para uma reunião no ateliê. Agradeci-a mentalmente por não estar em casa, visto que Bernardo ligou avisando que iria me visitar.
Não poderia inventar uma desculpa qualquer, ele era meu namorado e já tinha me distanciado muito dele nos últimos dias sem motivo aparente, o que me fez ser questionada por ele alguns vezes sobre o porquê de tanta distância. Senti-me muito mal por isso, ele estava tentando manter nosso namoro nos conformes enquanto eu nem sequer lembrava dele nos últimos dias.
Infelizmente essa era a verdade, meus pensamentos confusos só se direcionavam a uma pessoa que ironicamente já estava comprometida como eu.
Babá foi até meu quarto avisar que ele havia chegado e me esperava na sala. Desci as escadas enquanto ele me acompanhava com o olhar. Sorri e ele retribuiu me dando um beijo e abraçando-me:
--Saudade. –Falou sussurrando
--Eu também –falei beijando seu rosto sentindo a barba por fazer. –E trate de tirar essa barba. –falei sorrindo
Segurei sua mão e o levei até o sofá, só então pude ver que ele trazia nas mãos uma caixa dos meus bombons favoritos.
--Pra você.
--Que fofo.—falei com sinceridade. Bernardo era um ótimo namorado.
Olhando com calma pude ver todos os detalhes, de fato era um homem lindo, os cabelos pretos perfeitamente alinhados, sobrancelhas grossas, os olhos cor de mel.
Nem sua aparência de cansado fazia sua beleza abrandar.
--Trabalhou até tarde ontem? –perguntei enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.
--Até duas da manhã. –falou enquanto colocava a mão na boca, bocejando.
--Muito puxado, ainda nem sei o que farei quando acabarem minhas férias. Mas porque você não tira uns dias pra descansar?
--Estamos numa negociação muito importante com outra empresa, infelizmente é impossível pensar em férias antes da trans*ção se realizar. Ainda não sei se eles aprovarão meu projeto, fico receoso caso eles não aceitem...
Só então pude ver o quanto tinha sido egoísta nesses últimos dias, Bernardo estava simplesmente sendo um dos responsáveis pela construção de uma rede hoteleira do Estado, tudo que ele sempre quis, e eu me mantendo avulsa sem estar do lado dele nesse momento tão importante.
Inevitável me sentir culpada.
Sim, porque ele sempre esteve do meu lado, em momentos alegres e difíceis, mesmo sendo um homem ocupado, nunca deixou de se fazer presente em minha vida.
Levantei meu olhar e o encarei.
Dei um selinho.
--Tenho certeza que você vai tirar de letra. –Falei fazendo carinho no colarinho de sua camisa.
--Se você estiver ao meu lado, eu poderei tudo. –
Falou enquanto me apertava em seus braços, beijando minha boca com vontade, enquanto apertava minha cintura.
Bernardo beijava bem, sabia bem como eu gostava de ser beijada. Mas faltava algo, sabe? Não era a mesma coisa de antes.
Mesmo não sentido a mesma vontade que ele, correspondi o deixei explorar minha boca o quanto quisesse. Só parei quando ele acariciou minha barriga.
Ainda estávamos na sala, não ia permitir que ficássemos ali.
--Para, Bernardo. –Falei enquanto cessava o beijo e tirava a mão boba dele.
--Faz tempo que a gente não faz nada, estou com saudades.
--Não.
--Porque não?
Como eu ia explicar pra ele? Iria dizer que outra pessoa surgiu em minha vida e com sua chegada se foi toda minha vontade de ficar com alguém que não fosse ela?
--Porque não estou afim. E se dê por satisfeito. —falei já perdendo a paciência
--Eu tenho minhas necessidades, Alice.
--Se é por sex*, então procure outra. Mulher pra você certamente não irão faltar.
Ele pareceu irritado com o que eu disse. Mas não havia nada a fazer.
--Se eu quisesse outras mulheres não teria escolhido namorar você.
--Não acredito que vamos brigar por isso, Bernardo.
--Desculpa, não quis te irritar. –falou acariciando meu cabelo.
Ficamos mais algumas horas trocando carinhos no sofá, estava sentada no colo de Bernardo enquanto ele fazia carinho nos meus cabelos e vez ou outra cheirava meu pescoço. De repente tive uma sensação incomum de ser observada por alguém, olhei para os cantos e nada.
Quando levantei os olhos a vi.
Linda. Do alto da escada. O olhar jocoso tão peculiar deu lugar a um olhar cheio de significados. Séria.
Meu susto foi tão grande que Bernardo percebeu e a viu também
Acho que devo ter ficado corada. Tamanha vergonha que passei.
Vendo que foi percebida, desceu as escadas calmamente. Enquanto eu e Bernardo nos pomos de pé.
--Boa tarde. Não vai me apresentar seu namorado, Alice? –falou num tom provocante.
--É... Bernardo essa é minha tia, Letícia. Letícia, esse é Bernardo, meu namorado.
Cumprimentaram-se formalmente.
--Não sabia que Antoni tinha tão bom gosto. –Bernardo falou, educadamente.
--Certamente você tem bem mais que ele. Minha sobrinha é uma moça linda. –falou com os dentes cerrados.
Poderia até estar enganada, mas ela parecia estar com ciúme.
Bernardo concordou com a cabeça e depositou um beijo em meus lábios.
Não estava acreditado naquilo. Só posso ter jogado pedra na cruz.
--Bem, foi um prazer conhecê-la, Letícia. Mas tenho que ir pra casa.
--O prazer foi meu, Bernardo.
Ele sorriu.
--Me leva até a porta, amor.
--Claro, com licença.
Disse enquanto ia de encontro à saída da casa de mãos dadas com ele.
Antes de ir, ainda ouvi um comentário infeliz de Bernardo.
--Sua tia é linda, viu? Se não fosse tão apaixonado por você juro que arriscaria. —falou ele entre sorrisos.
A vontade que eu tive foi de deferir uma tapa com força nele, até sentir minha mão arder. Nem sequer me dei ao trabalho de disfarçar o incomodo que aquela frase me causou.
--Ei, calma, amor. Não precisa ficar com ciúme. Você sabe que eu seria incapaz de te trair, ainda mais com sua tia.
O tapa que segundos antes tive pretensão de acertar em Bernardo, agora a vontade que tinha era de estapear-me após o que ele disse. Senti-me sórdida.
Forcei um sorriso sem graça enquanto me despedia dele e o via caminhar em direção ao seu carro.
Na volta para a sala, estagnei quando a vi de pernas cruzadas acomodada confortavelmente numa poltrona. Olhava-me profundamente, sem sorrir.
Se aquela cena fizesse parte de um filme, certamente seria Instinto Selvagem.
Não sabia se olhava para o azul de seus olhos, ou para suas pernas torneadas, que me pareciam um tanto convidativas.
--Não quer sentar? –falou-me séria, me encarando
--Onde? –Falei sem me dar conta do que ela disse pois ainda encarava suas pernas.
Descruzou as pernas lentamente, parecendo querer me provocar ainda mais, subiu a barra da sua saia, deixando-a mais curta e deu dois tapinhas, como se assinalasse para que sentasse ao seu colo.
--Aonde quiser...
--Babá, deve estar na cozinha e Antoni deve estar...—falei rapidamente como se me justificasse o fato de não fazer o que eu tanto queria.
--Sua babá saiu mais cedo, e Antoni ainda não voltou, sua mãe ainda vai demorar. Estamos sozinhas, agora vem.—Disse em tom de ordena. Sexy.
Ela parecia morder o dedo indicador, enquanto seu olhar parecia me despir.
Impossível resistir a ela, o tom imperativo com qual me ordenava.
Como não obedecê-la?
Fui caminhando até ela, minhas pernas tremiam, minha boca seca e o coração dando pulos no peito.
Sentei, de costas para ela, quando senti minhas pernas de encontro à dela. Ouvi-a suspirar alto.
Suspirei também.
O short curto que usava fazia com que a pele exposta da minha coxa encostasse-se à coxa dela, descoberta pela saia que usava.
Quase gemi tamanha excitação de sentir ela atrás de mim, sua respiração pesada arrepiava cada pêlo do meu corpo.
Ela pegou meu cabelo delicadamente e pôs de lado, deixando meu pescoço e nuca expostos ao seu bel prazer.
Senti seu nariz aspirando meu pescoço e me arrepiei inteira.
--Gosta de namorar no sofá? –falou com aquela voz sexy, provocadora atiçando meus sentidos.
** * Continua
Os amantes de hoje preferem a droga mais leve, o tabaco mais light ou o café descafeinado. Já ninguém quer ficar pedrado de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. As emoções fortes são fracas e as próprias fraquezas revelam-se mais fortes. Os amantes, esses, são igualmente namorados da monotonia e amigos íntimos da disciplina. O que está fora de controlo causa-lhes confusão, e afeta-lhes uma certa zona do cérebro, mas quase nunca lhes toca o coração. O amor devia ser sonhado e devia fazê-los voar; em vez disso é planeado, e quanto muito, fá-los pensar.
Sobre o amor não se tem controlo. É um sentimento que nos domina, que nos sufoca e que nos mata. Depois dá-nos um pouco vida. No amor queremos viver, mas pouco nos importa morrer e estamos sempre dispostos a ir mais além. Deixamo-nos cair em tentação, e não nos livramos do mal, embora procuremos o bem. No amor também se tem fé, mas não se conhecem orações: amamos porque cremos, porque desejamos e porque sabemos que o amor existe. Amamos sem saber se somos amados, e por isso podemos acabar desolados, isolados e deprimidos. Que se lixe! O amor não é justo, não é perfeito; no amor não se declaram sentenças nem se proferem comunicados. O amor prefere ser imprevisível, cheio de riscos e de fogo cruzado. No amor os braços não se cruzam, as palavras não se gastam e os gestos servem para o demonstrar. Amar também é lutar, e enfrentar monstros fabulosos com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. É uma ilusão, um sonho, um absurdo e uma fantasia. O amor não se entende, não se interpreta, não se discerne nem se traduz. Quem ama acredita, mas não sabe bem porquê, não sabe bem o quê, nem percebe bem como.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]