Capítulo 22- vem me buscar Mel
Gustavo estava enlouquecido, tinha finalmente Mel como sempre desejava. Estava a ponto de torna-la sua mulher, quando ouviu um estrondo do lado de fora e logo apareceu Jose apontando a arma em direção a sua cabeça.
- Sai de cima dela agora! Gritou ele, fazendo com que praticamente pulasse de cima do corpo desacordado de Mel.
Gustavo ergueu as mãos.
- Calma Jose meu amigo eu vim só ajudar.
- Cale sua boca Gustavo ou eu arrancarei sua língua e darei aos porcos. Jose gritava enlouquecido.- Acha mesmo que sou idiota? Eu vi tudo e sei que você entregou o vilarejo para aquele crápula!
- Não, não você está entendendo tudo errado, foi a Xerife foi ela quem entregou a todos nós a ele.
- Vou matar você Gustavo, por sua culpa perdi minha mulher. Jose falava com tristeza ao lembrar da esposa que foi morta assim como tantos outros do vilarejo.- E tudo por uma paixão que não é e nunca foi correspondido.
- Claro que era! Gustavo berrava louco. – Mel me ama e eu sei disso, era só uma questão de tempo para ela perceber isso e assim ficarmos juntos, daí aparece essa maldita Xerife e confunde a cabeça dela. Apontou para Mel.
Jose engatilhou a arma e não tinha dúvida em atirar, mas Mel gostaria muito dele vivo.
- Levante essas calças seu verme.
Gustavo fez o que foi ordenado, mas o que Jose não sabia é que ele tinha uma pequena pistola na cintura, e num movimento rápido sacou e atirou em Jose que caiu com um ferimento. Os demais ao ouvir o disparo entraram no quarto a tempo de ver Gustavo pulando pela janela. UM deles chegou a atirar, mas ele já estava fora de mira.
- Merda, resmungou Jose fazendo careta ao levantar e ficar sentado.
- Deixe me ver pediu. Mauro abaixando em frente ao amigo. – Hum foi só de raspão.
- Eu sei, mas não deixa de doer. Levantou com ajuda.
- Precisa limpar esse ombro. Falou Mauro
- Depois, primeiro temos que ver como Mel está. Disse se aproximando da cama. Cobriu o peito exposto.
- Sorte que chegamos a tempo. Observou Mauro
- Sim, mas não diria que Gustavo terá tanta sorte.
Jose pegou Mel no colo e saiu em direção aos cavalos.
- Vamos tempos que leva- lá a um médico e sairmos daqui logo.
E assim partiram. O dia já se fazia forte e Jose sabia que só teriam sorte se Mel estivesse viva.
Julia andava de um lado para o outro. Estava presa naquele quarto havia dias, já não aguentava mais, queria saber de Mel, estava com medo dela ter acreditado em Linhares, no entanto estava mais preocupada se estava bem de saúde. Ouviu barulho na fechadura e seu coração disparou. Não tinha visto Linhares desde aquele dia, porem sabia que apareceria mais cedo ou mais tarde.
Quando a porta se abriu seu maior medo estava diante de si, com sorriso cínico e amarelado. Parecia embriagado.
- Sabe estava pensando. Começou ele fechando a porta trancando-a e guardando a chave em seu bolso.- Estou muito magoado com você, como pode me trair dessa forma? Ele se aproximava ao mesmo pé que Julia se afastava.- Mas eu te perdoo, afinal ainda tem tempo para se recuperar. – Continuou ele olhando para o corpo com desejo.
- Você sabe muito bem que me manter presa aqui terá serias consequências. Julia tentava ganhar tempo.
- Está falando do seu pai? O governador ficara muito feliz quando souber que resgatei a filhinha dele das mãos de uma bandida e que cuidei para que não mais corresse esse perigo. Falou ele parando. –Hoje você será minha Julia. Eu sempre fui louco por você e depois de te- lá nunca mais ousara me trair.
- Você é louco! Nunca fui nada sua, portanto não ouve traição. Eu sou dona do meu nariz e só serei sua morta. Desafiou ela.
- Então seja feita sua vontade. Nisso ele puxa uma faca da cintura e coloca na garganta de Julia.- Vou retalhar esse rosto lindo, aí quero ver sua preciosa Mel amar um monstro.
- Prefiro ser mostro do que me deitar com você.
Linhares empurrou e deu um tapa no rosto dela que se desequilibrou e caiu na cama. Ele sorriu.
- Isso assim que quero você, minha querida. Andou ate a cama.
Uma batida na porta tirou sua atenção que estava voltado para Julia e respirava aliviada com a interrupção.
- Quem é? Gritou ele sem tirar os olhos de Julia.
- Senhor é o cabo Ernesto! Respondeu o militar
- O que você quer?
- Senhor trago notícias do Campo, parece que Mel conseguiu fugir.
Julia sorriu.
- Mas que droga sabia que não podia confiar naquele imbecil do Gustavo. Praguejou ele andando pelo quarto. – E você! Falou apontando para Julia não fique tão feliz, pois eu mesmo irei caçar mel Kibson. Depois abriu a porta dando de cara com Ernesto que permanecia ali parado. – O que faz aqui ainda? Perguntou Linhares com raiva.
- Esperando ordens, o senhor não havia me dispensado. Falou Ernesto batendo continência para ele.
- Está tentando me ensinar o meu trabalho soldado?
- Não senhor estou apenas lhe respondendo a sua pergunta, senhor.
- Então pegue essa sua carcaça nojenta e suma da minha frente. Gritou Linhares.
Ernesto apenas assistiu. E começou a sair sem antes lançar um olhar para se certificar que Julia estava bem. Por hora sua intervenção havia salvado a Xerife. Não permitiria que ele fizesse qualquer mal a ela. Linhares fechou a porta trancando novamente Julia dentro do quarto. Finalmente ela pode respirar por hora estava livre dele, mas sabia que voltaria ainda mais raivoso e disposto a qualquer coisa. Tinha que ser rápida e pensar em algo. Sorriu ao pensar que Mel estava bem, só torcia para que ela não deixasse de confiar nela.
- Mel, amor vem me tirar daqui por favor. Lagrimas desciam livres pelo rosto, não estava conseguindo ser a mulher forte de determinada como sempre foi. A única coisa que queria era deitar no colo de sua mulher e saber que nada poderia acontecer com ela porque Mel não permitiria. Deitou em posição fetal e depois de muito chorar foi vencida pelo cansaço de muitos dias. Dormiu. Alheia por algum tempo do pesadelo que sua vida se transformou.
Fim do capítulo
Oi minhas leitoras lindas.
Mais um capitulo para vocês.
Bjs
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