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ESTELA / ANTONIO / GUILHERME

 

--Nossa se eu ficar com diabetes será culpas das duas – Tony disse rindo ao ver as mães entrarem abraçadas com a Emy pegando a Carol no colo.

--Filho isso é o que o amor faz conosco – Emy disse rindo e sentando entres eles que estavam no jardim conversando.

--Filha temos uma novidade para você – Carol disse sentando em uma almofada na frente da filha

--Qual mãe? – Ela perguntou sem se importar muito pois sabia que as mães estavam tentando fazer com que ela se animasse

--Sabe onde eu e a Emy estávamos ? – Ela balançou a cabeça negando – Na casa da Paola, fomos conversar com a Jussara e ate que foi uma conversa bem produtiva

--Serio ela não expulsou vocês de lá?

--Não, conversamos e ela pareceu mudar um pouco suas concepção do homossexualismo, agora é só esperar para ver no que vai dá, daqui a alguns dias nós conversamos novamente com ela, e você vai junto.

--Serio mainha? Já é um passo não é – A jovem ficou surpresa

--Serio, mas não vai fazer nada, vamos deixar a bruaca da Jussara pensar um pouco para ver se ela se convenci.

--Tudo bem vou ficar na minha – Elas ficaram ali mais um tempo depois entraram em casa, os mais jovens ficaram ali conversando ate Anne cair no sono, resolveram dormir, no outro dia com muito apelo foram para o shopping com o Tony e o Pedro.

--Estelinha minha linda você precisa dá uma repaginada não acha?

--Eu não estou com paciência para salão hoje Tony, vamos comprar a roupa que você quer e vamos comer que estou com fome.

--Ai que desanimo – Pedro reclamou e foram para as lojas após comprar a roupa foram para a praça de alimentação e assim que sentaram para comer o celular de estela tocou, a mesma atendeu sem ao menos ver quem era.

--Alo!

--Oi Estela. – A garota ficou muda sem ação então a mulher continuou – Er... eu estou ligando pois gostaria de perguntar se você poderia vim hoje a noite aqui em casa, gostaria de falar com você – Depois de escutar isso a menina saiu de seu estado de mudez e falou

--Cla. Claro que posso, é a que horas?

--As sete, pois o Aguiar vai viajar a tarde dai vou aproveitar para fala com você

--Tu tu tudo bem claro as sete estarei ai. – Ela parecia não acreditava

--Tudo bem  - e desligou o telefone, Estela ainda ficou um tempo olhando para o aparelho sem entender o que estava acontecendo.

--Estela o que houve? Quem foi? – Ela não respondia

--Espera deixa eu cuidar disso a mãe faz assim com mainha – Ele pegou agua, molhou os dedos e jogou na irmã

--Ai Tony não precisava mim molhar.

--Precisava sim agora fala quem era

--A dona Jussara, ela pediu para eu ir lá hoje a noite

--Nossa o que será que ela quer

--Será que ela vai tentar fazer um exorcismo em você – Pedro falou e os irmãos olharam espantados para ele—Credo gente foi só maneira de falar. – Os outros riram do que ele falou e Estelinha disse levantando

--Sabe aquela ideia de ir para o salão?  Acabem de comer que que eu não vou aparecer desse jeito na possiblidade de nerd. – Disse animada todos comeram ‘rápido e foram para o salão lá eles arrumaram cabelo e unhas, o Tony sempre era o mais empolgado de todos, assim que acabaram foram para casa e a Estela tratou logo de avisar a Emy

--Mainha a Jussara me ligou, e pediu para eu ir lá conversar com ela hoje a noite

--Uhm você quer que eu vá com você ?

--Não mãe eu não tenho medo dela e eu não vou escutar mais do que escutei naquele dia, então não se preocupe.

--Tudo bem meu amor mas eu vou te levar está bem? E vou ficar por perto para ir te buscar.

--Tudo bem mainha, agora vou trocar de roupa, daqui a pouco eu desço para irmos, o Tony parece que vai para casa do Pedro eles estão lá em cima vou avisar que a senhora vai nós levar, ela trocou de roupa e correu para chamar o irmão e o cunhado para irem, no caminho sua mãe percebendo o nervosismo dela, já estava bem próximo a casa dela

--Calma filha, se acontecer alguma coisa me liga ficarei um bom tempo aqui na frente a sua espera, se você precisar de mim é só chamar meu amor, mas fique calma.

--Tudo bem, qualquer coisa eu te chamo, vamos ver o que ela quer de mim.- Ela respirou fundo quando o carro

--Vai lá mana, você está linda, estamos lá no quarto do Pê brechando pela janela, qualquer movimentação estranha é só abanar os braços.

--Coisa mais feia Toninho ficar brechando da janela – Emy disse enquanto Estela se preparava para descer do carro

--Pode deixar mano eu abano os braços e peço socorro- Estela disse já descendo do carro.

--É serio que dá para ver a casa dela do seu quarto Pedro? Será que dá para escutar também? – Emy perguntou e os garotos caíram na risada das palhaçadas de Emy, enquanto isso Estela respirou fundo e apertou a companhia.

--Boa noite Estela entre sem falar nada quero falar com você. – Deu espaço para garota entrar sem entender muito do que a mulher falava. –Venha vamos para cozinha assim a Paola não vai nos escutar – Elas caminharam em silencio e assim que chegaram a cozinha estela não suportou o silencio e perguntou

--Como a Paola está?

--Triste e sem comer direito, hoje de manhã eu conversei com ela e foi um conversa um pouco dura, mas ela pode falar tudo que queria e eu também. Olha menina não vou ter dizer que acho bonito e também que gosto desse negocio que vocês fazem, mas o que me importa no momento é a felicidade da minha filha e se é isso que ela quer para a vida dela ela que arque com as futuras consequências, sua quer dizer as suas mães vieram aqui e conversaram comigo me fizeram ver que o que mais importa é a felicidade dela então resolvi deixar vocês se verem porem o Aguiar não pode nem sonhar, se ele desconfiar vocês estarão perdidas ele tem repugnância de gay então vai ser do meu jeito está bem, você só vem aqui quando eu ligar para você e também vai convencer a Paola a fazer os exercícios da fisioterapia e também se alimentar direito,, se isso não acontecer pode esquecer, combinado? – Estela escutou tudo calada, pensou bem e viu que essa era a única alternativa delas se verem e com o tempo poderia convencer o pai da namorada do mesmo jeito que a mãe se convenceu, então simplesmente balançou a cabeça positivamente.

--Então vamos ver isso agora. – Apontou para uma bandeja com um prato de sopa e um copo de leite. –Vamos ver se você a convence a comer  - A mulher levantou e foi pegar a  bandeja, mas Estela a deteve e pegou-a antes.

--Pode deixar eu levo, vamos fazer uma surpresa para ela, sei que ela adora surpresas – Estela falou rindo e a mulher deu as costas e sem que a garota percebesse deu um leve sorriso, realmente a filha sempre gostou de surpresas, caminharam ate o quarto da Paola.

--Paola vou trazer seu jantar – A mulher disse com a cabeça na porta.

--Eu já disse que estou sem fome. – Ela subiu o lençol virando o rosto para o outro lado.

--A mas vai comer sim, não quero minha namorada muito magra – Estela disse entrando dentro do quarto com a bandeja, Paola virou o rosto bruscamente ao ouvir a voz de Estela.

--Tete? O que você está? Mãe vo você chamou ela? – A garota estava surpresa

--Filha quando eu disse que só queria sua felicidade eu não estava mentindo, como te falei não é nada fácil para mim aceitar que você er... você é... gosta de meninas- Não conseguiu dizer  a palavra lésbica. – Mas se é assim que você vai ficar feliz eu vou permitir, porem escondido, principalmente do seu pai escutou? Que ele não desconfie, e outra você vai ter que dizer que esqueceu essa historia e se arrepende e que nunca mais vai voltar a ver a Estela, só assim ele vai te deixar em paz, você vai aceitar as condições? – Estela olhou para ela como se dissesse você que sabe.

--Mas mãe isso não é justo

--O mundo nunca foi e nunca será justo Paola, essa será a única condição para que vocês possas novamente se falar e também quando eu ligar ela vem aqui te ver, isso enquanto você não andar.

--Se é a única forma tudo bem eu aceito eu faço tudo para volta para perto dela – Paola disse e Estela sentou-se emocionada ao seu lado na cama.

--Bem agora coma, eu vou lá dentro e já volto e nem pensem em repetir aquela cena que eu vi quando peguei vocês duas entenderam? – Elas balançaram as cabeças e assim que a mulher fechou a porta Estela abraçou a namorada de forma doce como se aquele abraço as transportassem para um lugar só delas que não havia tristeza nem preconceito, elas ficaram um tempo assim logo depois Estela beijou levemente a boca da namorada.

--Como você está?

--Nesse momento só estou muito feliz, não acredito que estou com você aqui novamente, Tete pensei que esse inferno nunca ia acabar.

--Acabou meu amor agora estamos juntas, mas vamos deixar isso de lado e fazer tudo que sua mãe pediu direitinho não podemos abusar não é mesmo?

--É eu nem acredito, não parecia minha mãe falando isso.

--É eu não acreditei quando ela me ligou, agora vem vamos comer, você está muito magrinha. – Estela disse ajudando ela ficar sentada na cama

--Só se você me der na boquinha – Falou provocando.

--Paola não provoca escutou o que sua mãe disse – Elas riram e a garota começou a comer elas conversaram bastante, hora ou outra Jussara colocava a cabeça na porta ou dava uma desculpa para entrar no quarto, quando deu dez horas em ponto ela entra no quarto novamente

--Por hoje já deu Estela, está na hora de você ir. – Estela não se opôs apenas beijou a testa da namorada se despediu e saiu.

--Obrigada dona Jussara. – Estela disse demonstrando toda a felicidade que sentia.

--Tudo bem, o Aguiar estará viajando pelos próximos três dias, se você poder vim amanha na hora da fisioterapia seria bom assim a incentivava.

--Venho sim não se preocupe, tenha uma boa noite. – despediu e saiu da casa muito feliz, foi um grande passo para elas duas ficarem juntas sem o preconceito da família dela e isso Estela tinha certeza, logo sua mãe chegou e ela foi embora junto do seu irmão, foi o caminho todo contando o que aconteceu.

--E ai como foi lá? – foi a primeira coisa que Carol perguntou quando ela chegou em casa.

--Calma mãe deixa ao menos ela entrar – Tony disse rindo da curiosidade da mãe que apenas fez uma careta para ele

--Foi ótimo mãe, ela deixou eu ver a Paola, no entanto escondido do Aguiar.

--Já é um passo filha, fique tranquila que logo logo ele também vai ceder e deixar vocês ficarem juntas.

--Assim espero, e amanhã vou acompanhar ela na fisioterapia, quero minha nerdzinha andando novamente. –Ela explicou mais um pouco do que aconteceu a Carol e logo depois foram dormir.

No outro dia logo depois da escola ela foi para casa de Paola e lá ficou incentivando a namorada na fisioterapia, os dias passaram em um ritmo rápido as duas só se viam quando a Jussara ligava e convidava Estela para lá, Paola progrediu bastante, já possua sensibilidade nas pernas, porem ainda não andava, o pai da garota sempre dizia a mãe que ele sabia que ela iria deixar de birra e parar com essa historia, ele estava mais aberto e deixava Jussara levar a filha para passear, e esses passeios sempre encontrava com Estela.

Na casa de Emy essa estava em uma ansiedade só para saber o sex* do bebe de Anne e Gui.

 

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EMILE

 

--Vamos, a Mila já está nos esperando.

--Calma mainha ela está acabando de trocar de roupa.

--Eu sei Gui mas é que eu não gosto de me atrasar

--Sei a senhora está é ansiosa para saber o sex* do bebe – Gui disse rindo.

--Ate que fim, vamos Anne Carol disse que está com a Milla nos esperando.

--Vamos sim é que está difícil achar uma roupa que caiba.

--Não seja por isso Gui leve a sua namorada para comprar umas roupas.

--Se a senhora está mandando depois eu pego o seu cartão – Falou rindo

--Nada disso , você agora é um trabalhador, tem que comprar as coisas com o suor do seu trabalho – Emy disse rindo, logo chegaram no hospital e foram ao encontro de Camila e Carol.

--Nossa que atraso de vocês hein! – Disse Carol assim que entramos no consultório de Camila.

--Foi a Anne que passou duas horas para trocar de roupa. – Gui colocou logo colocando a culpa em Anne

--Tudo bem, agora esperem lá fora que vou examinar Anne – Camila toda vez nos expulsava dizia que era mais confortável para a menina, saímos e já fora da sala a Carol começa a rir da minha ansiedade

--Amor calma parece que a ultrassom será feita em você, deixa de ansiedade.- Ela disse rindo

--Não é assim só estou curiosa para saber se vamos ter mais um neto ou uma neta.

--Por você seria os dois não é mesmo. – Ela disse rindo e me abraçando

--Será linda? Seria lindo se fosse dois não é?

--Credo mainha eu tô nervoso com apenas um imagina dois.- Gui disse assustado com a ideia

--Não se preocupe filho, é apenas um bebe mesmo se fosse dois já teríamos visto. – Eu e Carol começamos a rir e depois de muita zoação da com o Gui a Camila nos chamou para irmos a sala de Ultrassonografia, lá chegamos ficamos numa olhado eu e o Gui com uma cara de bobos olhando para o visor onde passava imagem que não entendíamos nada, depois de um tempo um sorriso se formou em Camila e ela olhou para Carol.

--Olha ai que a mocinha abriu as pernas dessa vez. – Camila disse e eu e o Gui nos olhamos.

--Então é err uma – Ele estava gaguejando

--Uma menininha filho uma bela mocinha. – Carol disse abraçando ele.

--Caraca – Foi a única coisa que eu falei antes de respirar fundo para não chorar de emoção, Gui Abraçou Anne e  Carol e Camila ficaram me olhando, quase rindo –O que foi vão ficar me olhando assim o resto da manhã é – Falei virando o rosto, para elas não verem que eu estava quase chorando.

--Amor vem aqui. -  Carol me abraçou e disse no meu ouvido – Mais uma netinha para nós – Pronto ai não aguentei e deixei umas lagrimas escorrem pelo meu rosto.

--Ai uma mulher desse tamanho, mas é uma manteiga derretida. – Camila disse rindo sendo acompanhado por todos da sala, eles não compreendiam a minha alegria ao ver minha família crescendo, mesmo ciente que o Gui e a Anne eram novos era mais um Aquino Feitosa no mundo isso me deixava muito feliz, saímos da sala e eu voltei com os jovens os levando para a escola, assim eles participariam das ultimas aulas, fui para o trabalho e foi uma festa só quando disse que ia ganhar mais uma netinha. Os dias foram passando com tranquilidade o final de ano se aproximava, a Paola se recuperava bem e a Estelinha ficava cada vez mais animada com a recuperação da namorada que já conseguia ter movimentos nos pés e sentir alguns pontos da perna.

Estávamos ainda dormindo em um dia de sábado quando eu e a Carol fomos acordadas com batidas insistentes na portas acompanhadas com gritos.

--Vó Emy!  Vó Carol! Acorda – Era Gabi quase derrubando a porta, ela estava fazendo aniversario então iriamos dá uma festa para ela e seus amiguinhos, ela preferiu uma festa na piscina e fez uma enorme lista de convidados, eu estava adorando tudo isso, a empolgação da menina era enorme.

--Oi Gabizinha bom dia – Falei abrindo a porta, ela me abraçou e correu para a cama se jogando encima de Carol.

--Vó Carol acorda daqui a pouco meus amigos chegam e eles querem conhecer minhas duas avós.

--Calma meu amor ainda é cedo, mas deixa a vó dá um beijo – Carol abraçou ela e a beijou – Parabéns!

--Carol acho que tenho uma coisa ali que compramos para uma pessoa – Falei apontando para o closet.

--Será que é um presente para uma menina que está fazendo aniversário? – Carol perguntou fazendo cocegas nela.

--Não sei deixa eu ver – fui peguei as duas caixa com os presentes o meu e da Carol, eu sabia que a Elise ia me matar pois disse que Gabi era muito nova para ter um celular, mas ela me pediu com aqueles olhinho tão brilhantes que não resisti e comprei, um desses que os jovens adoram, foi o Tony que escolheu, ela assim que abriu ficou louca de alegria me deu um abraço bem apertado, agradeceu e correu para abrir o da Carol, que foi uma enciclopédia de algo relacionada a medicina próprio para crianças, ela ficou super feliz com os presentes e logo enquanto ela pulava na cama a Elise chegou com a Priscilla.

--Filha não pula na cama, suas avós deixam você fazer o que bem entender. – Ela disse entrando no quarto eu peguei logo a Pri no braço enquanto a Gabi mostrava o presente a mãe.

--Que lindo meu amor, vai mostrar a Mila que ela vai adorar ficar colorindo esses desenhos de órgãos – A menina saiu correndo com os livros na mão e o celular já no bolso. – Emy se eu deixar vocês fazem todos os gostos dessa menina – Elise disse já deitando na cama ao lado de Carol.

--É que ela me pedi com um jeitinho tão bonito que fico sem saber como negar – Assumir enquanto fazia varias caretas para Pri que ficava rindo, conversamos mais um pouco e depois de um tempo fomos tomar café da manhã, na mesa era uma alegria só, Gabi fez questão de acorda todos os tios pois ela queria que todos estivessem de pé quando os colega dela chegasse.

--Tia Anne qual o nome da bebezinha que está dentro da sua barriga?

--Ainda não escolhemos, vamos decidir e eu te digo.- Ela conversou bastante com os tios se a Elise não fizesse cara feia nem comer a menina iria de tanta empolgação, quando saímos da mesa, vimos a movimentação do pessoal do bife que ficou encarregado de preparar a festa, e assim que deu a hora começou a chegar os amiguinhos dela, quase uma hora depois da hora marcada a festa estava rolando a todo vapor, acho que nunca vi tanta criança na minha vida, nem quando fazíamos a festa para os trigêmeos.

--Gente de onde saiu tanta criança assim? – Perguntei sentando ao lado de Carol e Camila.

--Eles parecem que saem de todas as partes quando menos esperamos eles se materializam, tenho pena dessas garotas que cuidam delas – Camila disse rindo

--Não acredito olha quem está entrando amor – Carol disse olhando para porta, eu e Camila olhamos na mesma hora.

--O que será que ela veio fazer aqui? – Camila perguntou também assustada

--Não sei creio que a Estela convidou ela.

--Tia Paola!  - Vimos a hora que Gabi pulou no colo de Paola esta deu um beijo em sua bochecha entregou um presente e a garota saiu, logo elas se aproximaram de nós

--Bom dia tias – Paola disse com carinho

--Bom dia – Jussara disse sem olha direito para nós.

--Bom dia, que bom que vocês vieram fico bastante feliz. – Carol falou beijando a testa da garota e estendendo a mão para sua mãe que aceitou o cumprimento, eu e Camila a cumprimentou e a convidamos para sentar em nossa mesa, ela sentou-se e pouco tempo depois a Estelinha chegou e saiu com a namorada.

--Como estão as coisas Jussara – Eu perguntei para quebrar o silencio

--Estão boas Emile, a Paola esta se recuperando muito bem, a fisioterapeuta disse que daqui a um tempo a um tempo ela estará andando. – ela disse animada

--Que bom eu sabia que com força de vontade ela logo estaria andando novamente. – Carol disse feliz

--Nossa quantas crianças – Jussara observou olhando para um monte de crianças que dançava em uma pista que foi montada no jardim

--Muitas mesmo – Disse Elise chegando com a Priscilla no colo. – Amor pega ela aqui vou pegar a papinha dela. – Entregou a bebe para Camila.

--É sua neta também? – Jussara perguntou a mim enquanto Carol brincava com Pri

--É sim, o nome dela é Priscilla.

--Ela é linda, parabéns

--Ela e a Gabi foram adotada pela Elise e a Camila, são meus xodó – Falei também brincando com Pri.

--Xodó é pouco não é Emy você falta babar nessas meninas, só você vendo da Gaby mesmo faz todos os gosto- Camila disse e logo entramos em uma conversa ate que descontraída, fomos interrompidas quando a Gabi chegou toda animada junto a nós.

--Vó Emy Vó Carol vem dançar os tios e ate a tia Paola vem  - Gabi disse toda animada, puxando todos nos para dançar, pude ver os olhos de Jussara nos observando sempre, assim que voltamos da animada dança chegamos rindo a mesa e ela disse com certo espanto.

-- A Paola está tão feliz, seus filhos a faz bem.

--É como eu já disse aqui ela consegui ser ela mesmo, sem nenhuma repressão, isso deixa qualquer pessoa feliz. – Eu disse e ela ficou ali olhando observando a todos, também notei que sempre quando a Carol se aproximava de mim ela ficava observando e não só a mim quando a Elise e Camila estava próximas ela ficava disfarçadamente olhando, mas também não liguei para isso apenas me diverti, a festa foi uma alegria só a Gabi estava radiante, já no final da tarde as crianças foram indo para casa com seus pais e para minha surpresa a Jussara ainda estava lá sentada perto de Paola conversando com os jovens fiquei observando tentando descobrir sobre o que eles conversavam, porém não quis mim aproximar.

--Um doce pelo seus pensamentos – Carol disse sentando no meu colo.

--Credo não posso nem sonhar com doce, comi tanta guloseima nessa festa que acho que vou ter que mim trancar na academia para perder as calorias que ganhei. -  Disse e ela começou a rir

--Nossa amor como você é exagerada, o que você está olhando os jovens?

--Estava olhando a Jussara ela está tão descontraída com as crianças, queria saber o que estão conversando.

--Realmente, eu já estranhei ela ter vindo e ficado aqui ate o final e ainda está batendo papo com os jovens, isso é ate espantoso, mas acho que ela está se divertindo.

--É acho que sim. – Ficamos mais um pouco conversando logo a Camila e a Elise sentaram conosco tambem e um tempo depois ela e Paola foram embora.

--Filha como vocês conseguiram a Jussara vim para a festa? – Perguntei assim que Estela sentou junto a nós no jardim.

--Foi a Gabi que mandou eu entregar o convite, nós insistimos um pouco para ela vim, a Paola a convenceu dizendo que assim ela via que nós somos uma família normal a qualquer outra.

--Infelizmente muitas pessoas ainda acham que todo gay ou lesbica é depravado ou não respeitamos nada ou ninguém e que não podemos ter uma família estruturada e com conceitos morais. – Camila disse e todas concordaram

--Será que ela pensava isso da nossa família?- Estelinha perguntou com espanto

--Não sei se ela pensa ou pensava assim filha mas hoje ela pode ver que nossa família é totalmente ao contrario do que a essa sociedade moralista pensa, temos uma família linda que respeita todos e que se ama – Carol disse e eu completei.

--E que sabe dá uma festa como ninguém – todos começaram a rir, depois de um pouco de conversa Elise e Camila despediram-se e foram para casa.

 

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ESTELA / ANTONIO / GUILHERME

 

As coisas estavam fluindo bem entre os jovens, o Tony e o Pedro namoravam firmes e ainda não entendiam como os pais de Paola não disse aos pais de Pedro sobre eles, Gui e Anne estavam feliz por saber que teriam uma menina, a barriga dela estava grande, porem a garota levava a vida normalmente, o Gui ia todas as tardes para a academia de artes márcias que foi montada no clube de sua mãe, ele ajudava nas aulas para iniciantes e também treinava pois agora receberia patrocínio para competir em lutas para jovens, a Estela e Paola estavam cada dia mais unidas, Estela sempre estava presente nas seções de fisioterapia da garota a incentivando tanto que a garota já tinha recuperado parte de sua sensibilidade e também já arriscava dá uns passos com as muletas.

--Paola a Gabi pediu para de entregar, já faz um tempão estava na minha bolsa eu tinha esquecido. – Entregou o convite da festinha de Gabi.

--Que legal, mãe me deixa ir? É no sábado o pai vai está viajando . – Paola pediu com uma cara de cachorro que caiu da mudança.

--Não Paola, se seu pai souber que você saiu sozinha ele nos mata.

--Mas mãe é só uma festinha de criança, a Gaby é um amor.

--Eu sei ela foi te visitar com a irmã de Estela.

--Então por que a senhora também não vai dona Jussara é apenas uma festinha de criança, mas vai ser divertida tenho certeza. – Estela disse na tentativa de convencer a mulher

--Vou pensar no caso de vocês, ainda restam quatro dias.

--Tudo bem mãe pensa com carinho.  – Jussara deu um sorrisinho de lado e saiu, as meninas aproveitaram para namorar um pouco quando deu a hora Estela voltou para sua casa e ficou esperando o dia em que iria voltar para a casa de sua namorada. A semana passou-se e no sábado de manha assim que o Aguiar saiu Paola começou a implorar para ir na festa da Gaby.

--Vamos mãe por favor, rapidinho estamos de volta, rapidinho eu volto.

--Eu não quero pisar naquela casa.

--Novamente com essa historia eu já disse a senhora que todos aquela casa

 são pessoas boas, honestas e não são promiscua como a senhora disse.

-- As pessoas comentam que nas casas desse tipo de pessoas acontecem muitas coisas e eu não quero está presente para presenciar.

--Mãe que coisas que você acha que acontece? Eu nunca vi nada de depravado nem desrespeitoso na casa da Tete, muito pelo contrario eles são muitos educados e as tias cobram isso dos filhos elas recebem as visitas muito bem, e as festas na casa delas são demais.

--Nessas festas deve rolar de tudo, que Deus tenha misericórdia, não sei o que dava em mim para deixar você ir nessas festas – Ela a  levantou as mãos e olhou para cima.

--Nada disso, em toas as festas que foram lindas e não tinha nada de diferente uma festa dada por heteros, alias sempre tinha muitos nas festas.

--Então nas festas delas não tem só homossexual?  - Ela parecia bem curiosa

--Claro que não mãe sim tem alguns gays e outras lesbicas mais não se restringe a eles, apesar de ter algumas amigas das tias que são super demais, a Duda e a Julia mesmo, elas são da mesma idade das tias e são muito legais, tem dois filhos já adultos, a Tete disse que quando a tia Emy e a Duda se juntam elas parecem duas adolescentes malucas, são muito engraçadas. – A menina narrou algumas coisas que viveu junto daquela família que a mulher julgava ser um lugar onde nada de bom sairia.

--Está bem filha nós vamos vá se arrumar – A menina quase pulou nos braços da mãe.

--Mãe se eu pudesse eu pulava no seu colo agora – Disse sorrindo –Vou me arrumar, me ajuda para ser mais rápido? A mãe concordou e logo estavam indo para a casa de Emy e Carol.

--Filha vou logo dizendo eu não me acostumei ainda em ver você e a Estela juntas se elas começarem a se beijar eu venho embora escutou?

--Não se preocupa mãe é uma festa de criança e mesmo se não fosse elas ninguém fica se pegando do jeito que a senhora está pensando.

--Eu vou confiar em você está bem filha – Ela ajudou Paola a sair do carro e se acomodar na cadeira, assim que entraram viram a uma grande quantidade de crianças correndo pela casa logo a Gabi chegou sentando no colo de Paola e a abraçando, Estela assim que viu a namorada ficou surpresa pois já tinha perdido a esperança dela está ali.

--Que bom que você veio. – Ela disse Olhando para Jussara sem entender o motivo dela estava ali, mas nada falou apenas esperou uns minutos e quando Jussara começou a conversar com as mais velhas que estavam na mesa ela saiu empurrando Paola pelo meio das crianças, foram  para o local onde os irmãos estavam com Anne e Pedro.

--Nerdizinha que bom que você veio – Tony disse a abraçando, depois os demais repetiram o mesmo ato.

--Paola eu estou cego ou aquela ali na mesa é sua mãe?-Pedro disse com cara de espanto

--É sim, eu a convenci de vim Deus queira que ela não já inventar de ir para casa cedo – Eles começaram a conversar animadamente e depois de um tempo a Gaby chegou chamando para dançar.

--Tias e tios vamos dançar todo mundo – Ela disse puxando Tony e Gui pelos braços

--Vamos dançar Paola? – Estela chamou estendendo a mão a namorada

--Vai você, eu não posso dançar nessa cadeira. – Paola disse triste

--Nada disso vem vou dançar com você. – Estela saiu arrastando a cadeira da garota para a pistada de dança, assim que todos chegaram a Estela empurrava a cadeira ao ritmo da musica, elas logo começaram a rir e divertir-se, assim que a musica acabou elas voltaram para o lugar que estavam e voltaram a conversar e se diverti, logo a festa foi acabando e quando se deram conta a Jussara estava sentada na mesma mesa que eles.

--Dona Jussara posso te fazer uma pergunta? – Pedro perguntou depois que a mais velha já tinha se entrosado um pouco com eles, ela balançou a cabeça afirmativamente –Por que a senhora não disse a meus pais o que aconteceu? Pois foi a primeira coisa que nos pesamos que iria acontecer.

--Depois de um tempo eu pude perceber que você namorava com o Antônio, então eu falei com o Aguiar, mais ele disse que nunca iria comentar o ocorrido com com ninguém e que se seus pais descobrissem todos da igreja também iriam saber e seria uma vergonha e tudo mais.- Ela falava e podia-se notar que ela estava um pouco envergonhada.

--Eu já não tenho mais medo, se eles não me aceitarem eu vou morar com meu tio ele disse que deixa eu morar com ele, e como no ano que vem eu já completo dezoito ele não vão poder controlar minha vida por muito tempo – Quando Pedro disse isso Tony se alegrou pois ainda tinha receio que o jovem não tivesse coragem para sair de contar para família. Já Jussara se mostrava muito curiosa para saber tudo desse novo “mundo” ao menos era como ela pensava.

--Mas vem cá me disseram que vocês tem dois padrinhos é verdade?

--Sim eles não poderão vim pois estão no Recife, mas um deles é o doutor Bernardo que a senhora conheceu lá no hospital e o outro é o Caio ele é advogado.- Estelinha falou e todos lá notaram a curiosidade da mulher mais velha

--E eles são... Er... – Ainda não tinha se acostumado falar porem Gui se prontificou em continuar a frase da mulher

--Gay? Sim eles são casados, e super gente boa.

--Mas nem parece o doutor Bernardo, eu achava ele tão másculo, ate ficava admirando aqueles olhos lindos dele – Quando ela disse os mais novos não aguentaram e começaram a rir.

--Aquela pose de machão dele acaba quando começam a tocar Madona – Tony disse ainda rindo.

--Misericórdia, como pode não é um homem tão bonito  - Ela falou mais para se mesmo

--Que ideia mãe, a senhora acha que só pessoas feias podem ser gay? Olha as tias mesmo elas duas são super gatas nem por isso elas são hetero.

--As pessoas pensam que as pessoas que se relacionam com alguém do mesmo sex* é por falta de escolha ou por não te beleza mas isso é muito equivocado, não é uma questão de escolha e sim do interior de cada um – Estela completou

 

--É pesando assim – Ela ficou pensativa, logo surgiram varias outras perguntas e os jovens dava uma verdadeira aula a mais velha, depois de um bom tempo elas decidiram ir embora, todos se despediram-se e Estela combinou de passar o domingo com sua namorada, antes de Estela entrar ela conversou um pouco com as mães, Elise e Camila que estavam ali conversando, quando o sono chegou ela entrou e foi dormir, no dia seguinte acordou cedo para ficar mais tempo possível com sua namorada.

Fim do capítulo