Capítulo 9
BARBARA
Não fui para hospital,não havia cirurgia por aquela semana,fui para os meus pais por todo caminho era como se tudo estivesse suspenso,eu estava o que por Clara?alguma coisa estava mais o que?era desconhecido tal sentimento,nem João despertou algo assim,o que sentia por ele era minha referência de amor,amor?amor?amor?amor? Por Clara? não!!não para o nosso bem que não seja amor e sim encantamento,adimiração,compaixão, no mais louco dos mundos talvez tesão,não acredito em amor entre classes, sex* talvez ,mas amor não! kkkkk--Sorri de temor-- Barbara ,Barbara e se fosse amor? --Parei o carro e fiquei pensando--seria impossivel inserir Clara em meu mundo,ela é como um animalzinho selvagem tem a inocência e a bravura das grandes feras,nada é capaz de domestica-la e a alta sociedade não permite pessoas assim.
Tive tanta vontade de traze-la comigo passar o dia,conversando,morrendo de rir das suas maluquices,seu jeito ou apenas a olhando,as vezes que morde o cantinho da boca ou quando se perde dentro de si os unicos minutos em que não abre a boca--Voltei a sorrir ao lembrar-- Poderia ficar assim por horas liguei o carro e voltei pro meu caminho.Cheguei na casa dos meus pais eles não estavam ,uma sençação ruim ainda me acompanhava,mas só o corpo estava ali estava inquieta ;por fim não aguentei.
--Fafa me da colo!!--Liguei pra minha amiga.
Fui até a casa dela uma das mansões mais lindas do Brasil ,minha familia tinha muito dinheiro,mas a dela era a familia mais rica do pais e uma das maiores do mundo .
--Oi meu amor o que houve?--Me recebeu amorosa.
--Sua amiga aqui enlouquecendo só isso.--Disse em desanimada adentrando a mansão.
--Estamos em crise?--Fa perguntou me levando para seu quarto.Eu nada respondi ela deduziu.
--Quem é ele? a crise pede vinho,vodka,whisk ou outra coisa?--Perguntou me encarando.
--Whisk Fa,kkkkkkkkkkkk.--Gargalhei dos infortunios de minha vida.
--Porque do riso?--Fa ficou confusa.
--Porque você disse ele .-- A expliquei caindo em um choro profundo.
--Oooooh meu anjo o que ta acontecendo?--Ela nada entendeu veio em meu socorro me abraçando.
Ainda chorando muito--Não sei o que ha comigo to com tanto medo de não sei o que Fa,assustada,e fico fantasiando coisas,sentindo coisas,me diz Fa, diz por favor o que acontece comigo --Tava desesperada--Primeiro um babaca me enrola anos e anos dizendo palavras doces ,te amos interminaveis,diamantes eu nem gosto de diamante--Lembrei com raiva--Eu ficava la toda babona com os olhos brilhando me desmanchando agente tinha até uma merd* de uma musica juntas--Alias a qual eu odiava--Olha ja to até falando como ela,me da um whisk,olha pra mim Fa--Peguei o whisk da mão dela e tomei todo--Eu quero morrer--Naquele momento queria mesmo --Não quero sentir essas coisas,ainda mais...ainda mais...
--Ainda mais?--Fa me incentivou.
Falar em voz alta para Fabia e ao mesmo tempo adimitindo a mim que sentia algo me destruiu,não estava preparada ,bloqueada emocionalmente,iria sofrer e fazer com que ela sofresse tambem , não queria sentir ainda mais com o abismo que ha entre Clara e eu.
--Ainda mais por ela.--Falei tão baixo pra nem eu mesma ouvir.
--Oi?--Fa indagou.
--ELA FA!!!ELA...ELA...ELA--Gritei pra mim mesma.
--Calma Barbara não to acompanhando, desde quando você amanheceu lesbica?--Fa tava muito confusa.
--Não sou este tipo de aberração Fabiana--Exasperada,não queria ser.
--Então onde entra um ela?--Fafa não entendia.
--Não tem um ela, é a Clara.--Expliquei.
--Mais quem é Clara?--Estava dificil.
--Alguem que eu nunca queria ter conhecido,mentira!--Virei mais um copo--É a mulher mais linda,meiga,fofa e gostosa do mundo--Declarei vencida--Vê Fa to chamando mulher de gostosa--Deixei o copo enfiei as mãos no cabelo e comecei a andar de um lado pro outro meio bebada ja--Vou enlouquecer, não sei o que fazer ,quero e não quero ela na mesma intensidade;olha desculpe não estou falando coisa com coisa vou pra casa .
Fa me segurou pelo braço--Barbara senta e se acalma acalme-se e vamos pensar juntas,olha seu estado ,senta e me explica pra eu tentar lhe ajudar.
--Ooooh amiga !!--Fiz carinho em seu rosto--Perdão me perdi aqui em meu desespero e te deixei nervosa,mas agora tenho que ir mesmo to sufocada aqui ja,não estou conseguindo respira não se preocupe vou ficar bem.
Sai correndo de la Fa falou qualquer coisa não ouvi ,não estava ouvindo o mundo la fora, só o turbilhão dentro de mim,rodei,rodei,rodei,quanto mais corria parecia que a dor e o medo saiam ,deixavam de existir apesar das lagrimas me sentia leve e segura até me ver parada perto do galpão e la estava a razão de minha loucura e da minha razão jogando bola com os muleques na rua descalça ,reagata preta e calça rasgada ,o sorrisão sempre ,sempre do mesmo tamanho e verecidade,agarrei com as duas mãos na direção e encostei minha cabeça,fiquei ali até eles entrarem nesse meio tempo desci e subi no carro varias vezes por fim a covardia venceu na mesma velocidade em que fui tambem voltei,só que descontrole e direção sempre acaba em tragedia só me lembro do carro colidindo fortemente contra o poste.
Passo a maior parte da minha vida ali,as luzes,os corredores ,a maca,o som dos aparelhos ,ouvia os enfermeiros muitos trabalham comigo,dessa vez eu era a paciente.Quando acordei havia uma junta medica ao meu redor parecia que estava com alguma enfermidade muito grave.
--Tudo isso por uma perna quebrada senhores?--Perguntei lhes chamando a atenção.
--Barbara!!--Exclamou doutor Marcos o diretor--Que bom tê-la entre nós sã e salva.
--O que houve?--Eu estava confusa.
--Você sofreu um acidente querida--Foi mamãe quem respondeu.--Todas as lembranças vieram Clara na rua com os meninos,o poste,a escuridão tudo.
Fiquei um tempo no hospital ainda,havia fraturado a perna,faltava um dia pra minha alta.
--Como estamos doutora?--Me pergunta uma moça de mais ou menos uns trinta anos,cabelos vermelhos,olhos azuis,corpo esguio,notei algo em seu olhar,mas naquele momento não dei importância e nem entendi.
--Você eu não sei,mas eu estou cansanda dessa cama me passa meu prontuario--Enquanto eu analisava notava que ela me encarava--Quem é você afinal?conheço todos daqui não me recordo de você.
--Ow e nem poderia a ultima vez nos vimos tinhamos seis anos de idade;meu nome é Maya lancaster sua nova residente--Me lançou um sorriso arrebatador.
--Lancaster,Lancaster?--Indaguei.
--Sim Barbara!! Lancaster do doutor e do memorial Lancaster.--Disse sentando na minha cama.
--Você não é minha residente e sim minha patroa,afinal o hospital é seu--Disse cansada me virando pra dormir.
Recebi alta no outro dia não vi mais Maya resolvi ir pra casa de campo dos meus pais ,mamãe fez um escandalo pra me acompanhar não deixei;Uma hora e meia depois estava la;precisava não pensar,não me explicar nem a mim mesma,não tenho preconceito contra homossexuais,mas não quero ser um deles,não nesse momento e não era só ser homossexual olha o tipo de pessoa pela qual me apaixonei,acabaria com minha carreira,meus pais,a candidatura do meu pai,destruiria tudo viveria a margem da sociedade, de podre coitada abandonada a sapatão oooooooh grande salto.Comecei a pensar na minha vida desde quando eu me entendi como um ser para ver algum resquicio,nunca gostei de carrinhos,bola ou algo do genero,amava e amooo vestido,saltos tambem,nunca senti atração por nenhuma mulher e olha que só tem mulherão na minha estoria ,dai vem uma moradora de rua e me revira assim?quem ela pensa que é?
MARIA CLARA
Ó, o amor é da ora mais cansa pra caralh*! no meu caso terei que atravessar a cidade toda a pé.Rs que baguaceira maneira é a vida hein sem mais nem menos aparece algo bom,quando você pensa que ta tudo ferrado dai pum,surge ela,não sabia que curtia meninas,mas se curto e dai,me amarro em pessoas sabia,não me importa quem elas comem ou deixam de comer,conheci e conheço todo tipo de gente pelas quebrada e descobri que maldade,bondade,carater e honestidade não tem nada haver com homo ou hetero e sim com gente e isso ninguem deixa de ser independente de pra quem ele da ou come.Eu só quero é ser feliz nessa porr* o mundo é tão bonito cara,Barbara o tornou perfeito,depois de ter perdido todo o liquido do meu corpo pra chegar no galpão vejo os pivetes fazendo um campeonatinho de futebol na rua meteram a bola na minha cabeça pra provoca.
--Aiii,hei porrra doeu!!--Corri junto deles pra participa, em determinados momentos sentia que estava sendo observada olhava pra todo lado e nada via deveria ser neura minha.
Logo entramos um dos muleques tinha conseguido uma porr*da de macarrão que fora descartado por uma fabrica ia perder tudo só porque algumas embalagens sairam com defeito,fizemos um panelão de sopa estranhei Nina não esta entre nós ninguem sabia dela;a pulga ja pulou atras da orelha ela nunca sumia,comi e fui me deitar no colchão em determinado momento senti um aperto no peito doeu pra caralh*,nem conseguia respirar ,fui me acalmando até ´passar e nada de Nina nem Barbara darem sinal,sai a procura de Nina ninguem a viu,meu peito começou a apertar denovo se perder ela...é bom nem pensar fiz um corre em todos os lugares que agente costuma fica e nada.Restava ir a biqueira perguntar afinal eles sabem de tudo.
--T ?--Chamei--viu a Nina por ai?
--Oxe calma la gata primeiro da um cheiro aqui no teu macho,mata a saudade você desapareceu porr*.--Me agarrando.
--Sai fora T agente ja era,to em outra.--O empurrei.
--O QUE?quem é o desgraçado pra eu descarrega nele--Me mostrou a arma--olha aqui vagabunda você é minha entendeu?--Gritou comigo.
-- TUA O CARALHOOOO TA PRA NASCER QUEM MANDE EM MIM fica pianinho ai somos amigos enfrentamos as paradas juntos e trepamos quando queremos só isso.E ai viu a menina?--Tava muito agitada.
--Os caras deram uma batida la pras bandas de vocês levaram uns pivetes ela deve ta no meio.--Ele me informou.
--Valeu cara!! e T vagabunda é ... deixa pra la adeus.--Ia vazando.
--Adeus nada Maria quem prova disso aqui--Segurou em seu membro--Nunca mais larga--Gargalhei os homens deviam saber que o pinto deles não significa super poder.--Agora sim vazei.
Deviam ter levado meu amorzinho pra algum abrigo,orfanato,percorri varios durante toda a semana ninguem me falava nada ,alguns me escurrassavam tava entrando em desespero,fui até o hospital pedir ajuda pra Barbara a ela dariam informação mais ela tambem sumiu de mim ,porque ela fez isso ?achei que tinhamos algo,mas tem que ser muito babaca memo pra achar que eu podia conquista-la ,me bateu uma bad,mas agora meu coração não choraria por ela estava por Nina,recorri ao sargento.
--Sargento por deus,por tudo que você ama,sei que sou muito zuera,que o senhor não gosta de mim mais to mauzona aquela garotinha é tudo pra mim se judiarem dela ou se algo acontecer eu não sei ta ligado--Estava desesperada chorando.
--Hei hei hei!Calma Maria ela ta em um abrigo fomos nós que a acolhemos parece que querem adota-la.Se ama mesmo aquela garota deixe-a em paz o melhor é ela ficar la,ela tera uma chance de se tornar algo melhor.
O sargento me levou até o abrigo depois de eu lhe implora muito porr* meuu um monte de bacurizinho la eu ja passei por este tipo de lugar e não é legal,frio,solitario você divide tudo com um bocado de gente e se sente ainda mais sozinho fugi de todos eles .Nina tava em um cantinho acuadinha a bichinha .
--NINA?--Gritei.
--TIAAAAA,que bom que veio me buscar--Pulou em meu colo se agarrando em meu pescoço.
--Oi minha gatinha que saudade.--Estava muito emocionada.
--Desculpa tia por eu ter sido trouxa e deixar eles me pegar é que tava vendo os pombos sabe.--Começou a chorar.
--É você foi troxa mesmo ja te expliquei que nas ruas não da pra fica viajando tem que ta ligado o tempo todo se não você roda.--Raiei com ela.
Abaixou a cabeça envergonhada-- É eu sei vou ter mais cuidado, vamos tia.
--Vem vamos ali nas escadas conversa--Sentei com ela em meu colo--sabe que te amo né?
Pulou em meu pescoço-- Porque ta fazendo isso?--Ela não é boba.
Meus olhos cheios de agua--Isso o que?--Fiz de loca.
--Se despedindo tia--Suas lagrimas molhavam minhas costas.
--Nina, pra você sera melhor,pensa podera comer todo dia,dormir em um lugar quentinho,escola,vai ser uma moça linda educada e bem sucedida--A cada palavra eu enchugava uma lagrima minha e dela.
--Não quero ser isso tia quero viver com você e os meninos deixa?--Chorosa.
--Não depende de mim vão te arrumar uma familia amor.--Falei doce.
--Ja tenho familia tia não gosta mais de mim?--Cortante.
--Porr* Nina não faz assim eu te amo,mas o que posso te oferecer?não tenho nada,não sou ninguem perante essas pessoas,mau posso cuidar de mim,olha pra mim amor--Ergui seus olhinhos--gosto muitãozãozão de você.
Sussurou em meu ouvido--Então me adota você prometeu cuidar de mim.--Vicerante.
--Nunca te dariam a mim amor sinto tanto.--A realidade.
Se soltou de meu pescoço,enchugou suas lagrimas não olhou mais pra mi--Você é como meus pais me abandonou tambem,só que eles eu não conhecia e nem gostava.--Sumiu pela porta.--Mortal.
Fiquei ali parada chorando sou uma filha da puta mesmo,o lixo do lixo, sua idiota,covarde--Me batia--porque não a pegou e fugiu;a policia iria me caçar,a colocaria em perigo,e que futuro ela teria,usar droga pra não sentir fome isso não é vida,não suportaria ver mais uma criança morrer,tentava me convencer que fiz o certo.Sai dali sem um pedaço do coração o outro Barbara ja havia pisoteado,perdida não sabia pra onde ir,só sabia que era hora de sair do mundão.
BARBARA
Não fui para hospital,não havia cirurgia por aquela semana,fui para os meus pais por todo caminho era como se tudo estivesse suspenso,eu estava o que por Clara?alguma coisa estava mais o que?era desconhecido tal sentimento,nem João despertou algo assim,o que sentia por ele era minha referência de amor,amor?amor?amor?amor? Por Clara? não!!não para o nosso bem que não seja amor e sim encantamento,adimiração,compaixão, no mais louco dos mundos talvez tesão,não acredito em amor entre classes, sex* talvez ,mas amor não! kkkkk--Sorri de temor-- Barbara ,Barbara e se fosse amor? --Parei o carro e fiquei pensando--seria impossivel inserir Clara em meu mundo,ela é como um animalzinho selvagem tem a inocência e a bravura das grandes feras,nada é capaz de domestica-la e a alta sociedade não permite pessoas assim.
Tive tanta vontade de traze-la comigo passar o dia,conversando,morrendo de rir das suas maluquices,seu jeito ou apenas a olhando,as vezes que morde o cantinho da boca ou quando se perde dentro de si os unicos minutos em que não abre a boca--Voltei a sorrir ao lembrar-- Poderia ficar assim por horas liguei o carro e voltei pro meu caminho.Cheguei na casa dos meus pais eles não estavam ,uma sençação ruim ainda me acompanhava,mas só o corpo estava ali estava inquieta ;por fim não aguentei.
--Fafa me da colo!!--Liguei pra minha amiga.
Fui até a casa dela uma das mansões mais lindas do Brasil ,minha familia tinha muito dinheiro,mas a dela era a familia mais rica do pais e uma das maiores do mundo .
--Oi meu amor o que houve?--Me recebeu amorosa.
--Sua amiga aqui enlouquecendo só isso.--Disse em desanimada adentrando a mansão.
--Estamos em crise?--Fa perguntou me levando para seu quarto.Eu nada respondi ela deduziu.
--Quem é ele? a crise pede vinho,vodka,whisk ou outra coisa?--Perguntou me encarando.
--Whisk Fa,kkkkkkkkkkkk.--Gargalhei dos infortunios de minha vida.
--Porque do riso?--Fa ficou confusa.
--Porque você disse ele .-- A expliquei caindo em um choro profundo.
--Oooooh meu anjo o que ta acontecendo?--Ela nada entendeu veio em meu socorro me abraçando.
Ainda chorando muito--Não sei o que ha comigo to com tanto medo de não sei o que Fa,assustada,e fico fantasiando coisas,sentindo coisas,me diz Fa, diz por favor o que acontece comigo --Tava desesperada--Primeiro um babaca me enrola anos e anos dizendo palavras doces ,te amos interminaveis,diamantes eu nem gosto de diamante--Lembrei com raiva--Eu ficava la toda babona com os olhos brilhando me desmanchando agente tinha até uma merd* de uma musica juntas--Alias a qual eu odiava--Olha ja to até falando como ela,me da um whisk,olha pra mim Fa--Peguei o whisk da mão dela e tomei todo--Eu quero morrer--Naquele momento queria mesmo --Não quero sentir essas coisas,ainda mais...ainda mais...
--Ainda mais?--Fa me incentivou.
Falar em voz alta para Fabia e ao mesmo tempo adimitindo a mim que sentia algo me destruiu,não estava preparada ,bloqueada emocionalmente,iria sofrer e fazer com que ela sofresse tambem , não queria sentir ainda mais com o abismo que ha entre Clara e eu.
--Ainda mais por ela.--Falei tão baixo pra nem eu mesma ouvir.
--Oi?--Fa indagou.
--ELA FA!!!ELA...ELA...ELA--Gritei pra mim mesma.
--Calma Barbara não to acompanhando, desde quando você amanheceu lesbica?--Fa tava muito confusa.
--Não sou este tipo de aberração Fabiana--Exasperada,não queria ser.
--Então onde entra um ela?--Fafa não entendia.
--Não tem um ela, é a Clara.--Expliquei.
--Mais quem é Clara?--Estava dificil.
--Alguem que eu nunca queria ter conhecido,mentira!--Virei mais um copo--É a mulher mais linda,meiga,fofa e gostosa do mundo--Declarei vencida--Vê Fa to chamando mulher de gostosa--Deixei o copo enfiei as mãos no cabelo e comecei a andar de um lado pro outro meio bebada ja--Vou enlouquecer, não sei o que fazer ,quero e não quero ela na mesma intensidade;olha desculpe não estou falando coisa com coisa vou pra casa .
Fa me segurou pelo braço--Barbara senta e se acalma acalme-se e vamos pensar juntas,olha seu estado ,senta e me explica pra eu tentar lhe ajudar.
--Ooooh amiga !!--Fiz carinho em seu rosto--Perdão me perdi aqui em meu desespero e te deixei nervosa,mas agora tenho que ir mesmo to sufocada aqui ja,não estou conseguindo respira não se preocupe vou ficar bem.
Sai correndo de la Fa falou qualquer coisa não ouvi ,não estava ouvindo o mundo la fora, só o turbilhão dentro de mim,rodei,rodei,rodei,quanto mais corria parecia que a dor e o medo saiam ,deixavam de existir apesar das lagrimas me sentia leve e segura até me ver parada perto do galpão e la estava a razão de minha loucura e da minha razão jogando bola com os muleques na rua descalça ,reagata preta e calça rasgada ,o sorrisão sempre ,sempre do mesmo tamanho e verecidade,agarrei com as duas mãos na direção e encostei minha cabeça,fiquei ali até eles entrarem nesse meio tempo desci e subi no carro varias vezes por fim a covardia venceu na mesma velocidade em que fui tambem voltei,só que descontrole e direção sempre acaba em tragedia só me lembro do carro colidindo fortemente contra o poste.
Passo a maior parte da minha vida ali,as luzes,os corredores ,a maca,o som dos aparelhos ,ouvia os enfermeiros muitos trabalham comigo,dessa vez eu era a paciente.Quando acordei havia uma junta medica ao meu redor parecia que estava com alguma enfermidade muito grave.
--Tudo isso por uma perna quebrada senhores?--Perguntei lhes chamando a atenção.
--Barbara!!--Exclamou doutor Marcos o diretor--Que bom tê-la entre nós sã e salva.
--O que houve?--Eu estava confusa.
--Você sofreu um acidente querida--Foi mamãe quem respondeu.--Todas as lembranças vieram Clara na rua com os meninos,o poste,a escuridão tudo.
Fiquei um tempo no hospital ainda,havia fraturado a perna,faltava um dia pra minha alta.
--Como estamos doutora?--Me pergunta uma moça de mais ou menos uns trinta anos,cabelos vermelhos,olhos azuis,corpo esguio,notei algo em seu olhar,mas naquele momento não dei importância e nem entendi.
--Você eu não sei,mas eu estou cansanda dessa cama me passa meu prontuario--Enquanto eu analisava notava que ela me encarava--Quem é você afinal?conheço todos daqui não me recordo de você.
--Ow e nem poderia a ultima vez nos vimos tinhamos seis anos de idade;meu nome é Maya lancaster sua nova residente--Me lançou um sorriso arrebatador.
--Lancaster,Lancaster?--Indaguei.
--Sim Barbara!! Lancaster do doutor e do memorial Lancaster.--Disse sentando na minha cama.
--Você não é minha residente e sim minha patroa,afinal o hospital é seu--Disse cansada me virando pra dormir.
Recebi alta no outro dia não vi mais Maya resolvi ir pra casa de campo dos meus pais ,mamãe fez um escandalo pra me acompanhar não deixei;Uma hora e meia depois estava la;precisava não pensar,não me explicar nem a mim mesma,não tenho preconceito contra homossexuais,mas não quero ser um deles,não nesse momento e não era só ser homossexual olha o tipo de pessoa pela qual me apaixonei,acabaria com minha carreira,meus pais,a candidatura do meu pai,destruiria tudo viveria a margem da sociedade, de podre coitada abandonada a sapatão oooooooh grande salto.Comecei a pensar na minha vida desde quando eu me entendi como um ser para ver algum resquicio,nunca gostei de carrinhos,bola ou algo do genero,amava e amooo vestido,saltos tambem,nunca senti atração por nenhuma mulher e olha que só tem mulherão na minha estoria ,dai vem uma moradora de rua e me revira assim?quem ela pensa que é?
MARIA CLARA
Ó, o amor é da ora mais cansa pra caralh*! no meu caso terei que atravessar a cidade toda a pé.Rs que baguaceira maneira é a vida hein sem mais nem menos aparece algo bom,quando você pensa que ta tudo ferrado dai pum,surge ela,não sabia que curtia meninas,mas se curto e dai,me amarro em pessoas sabia,não me importa quem elas comem ou deixam de comer,conheci e conheço todo tipo de gente pelas quebrada e descobri que maldade,bondade,carater e honestidade não tem nada haver com homo ou hetero e sim com gente e isso ninguem deixa de ser independente de pra quem ele da ou come.Eu só quero é ser feliz nessa porr* o mundo é tão bonito cara,Barbara o tornou perfeito,depois de ter perdido todo o liquido do meu corpo pra chegar no galpão vejo os pivetes fazendo um campeonatinho de futebol na rua meteram a bola na minha cabeça pra provoca.
--Aiii,hei porrra doeu!!--Corri junto deles pra participa, em determinados momentos sentia que estava sendo observada olhava pra todo lado e nada via deveria ser neura minha.
Logo entramos um dos muleques tinha conseguido uma porr*da de macarrão que fora descartado por uma fabrica ia perder tudo só porque algumas embalagens sairam com defeito,fizemos um panelão de sopa estranhei Nina não esta entre nós ninguem sabia dela;a pulga ja pulou atras da orelha ela nunca sumia,comi e fui me deitar no colchão em determinado momento senti um aperto no peito doeu pra caralh*,nem conseguia respirar ,fui me acalmando até ´passar e nada de Nina nem Barbara darem sinal,sai a procura de Nina ninguem a viu,meu peito começou a apertar denovo se perder ela...é bom nem pensar fiz um corre em todos os lugares que agente costuma fica e nada.Restava ir a biqueira perguntar afinal eles sabem de tudo.
--T ?--Chamei--viu a Nina por ai?
--Oxe calma la gata primeiro da um cheiro aqui no teu macho,mata a saudade você desapareceu porr*.--Me agarrando.
--Sai fora T agente ja era,to em outra.--O empurrei.
--O QUE?quem é o desgraçado pra eu descarrega nele--Me mostrou a arma--olha aqui vagabunda você é minha entendeu?--Gritou comigo.
-- TUA O CARALHOOOO TA PRA NASCER QUEM MANDE EM MIM fica pianinho ai somos amigos enfrentamos as paradas juntos e trepamos quando queremos só isso.E ai viu a menina?--Tava muito agitada.
--Os caras deram uma batida la pras bandas de vocês levaram uns pivetes ela deve ta no meio.--Ele me informou.
--Valeu cara!! e T vagabunda é ... deixa pra la adeus.--Ia vazando.
--Adeus nada Maria quem prova disso aqui--Segurou em seu membro--Nunca mais larga--Gargalhei os homens deviam saber que o pinto deles não significa super poder.--Agora sim vazei.
Deviam ter levado meu amorzinho pra algum abrigo,orfanato,percorri varios durante toda a semana ninguem me falava nada ,alguns me escurrassavam tava entrando em desespero,fui até o hospital pedir ajuda pra Barbara a ela dariam informação mais ela tambem sumiu de mim ,porque ela fez isso ?achei que tinhamos algo,mas tem que ser muito babaca memo pra achar que eu podia conquista-la ,me bateu uma bad,mas agora meu coração não choraria por ela estava por Nina,recorri ao sargento.
--Sargento por deus,por tudo que você ama,sei que sou muito zuera,que o senhor não gosta de mim mais to mauzona aquela garotinha é tudo pra mim se judiarem dela ou se algo acontecer eu não sei ta ligado--Estava desesperada chorando.
--Hei hei hei!Calma Maria ela ta em um abrigo fomos nós que a acolhemos parece que querem adota-la.Se ama mesmo aquela garota deixe-a em paz o melhor é ela ficar la,ela tera uma chance de se tornar algo melhor.
O sargento me levou até o abrigo depois de eu lhe implora muito porr* meuu um monte de bacurizinho la eu ja passei por este tipo de lugar e não é legal,frio,solitario você divide tudo com um bocado de gente e se sente ainda mais sozinho fugi de todos eles .Nina tava em um cantinho acuadinha a bichinha .
--NINA?--Gritei.
--TIAAAAA,que bom que veio me buscar--Pulou em meu colo se agarrando em meu pescoço.
--Oi minha gatinha que saudade.--Estava muito emocionada.
--Desculpa tia por eu ter sido trouxa e deixar eles me pegar é que tava vendo os pombos sabe.--Começou a chorar.
--É você foi troxa mesmo ja te expliquei que nas ruas não da pra fica viajando tem que ta ligado o tempo todo se não você roda.--Raiei com ela.
Abaixou a cabeça envergonhada-- É eu sei vou ter mais cuidado, vamos tia.
--Vem vamos ali nas escadas conversa--Sentei com ela em meu colo--sabe que te amo né?
Pulou em meu pescoço-- Porque ta fazendo isso?--Ela não é boba.
Meus olhos cheios de agua--Isso o que?--Fiz de loca.
--Se despedindo tia--Suas lagrimas molhavam minhas costas.
--Nina, pra você sera melhor,pensa podera comer todo dia,dormir em um lugar quentinho,escola,vai ser uma moça linda educada e bem sucedida--A cada palavra eu enchugava uma lagrima minha e dela.
--Não quero ser isso tia quero viver com você e os meninos deixa?--Chorosa.
--Não depende de mim vão te arrumar uma familia amor.--Falei doce.
--Ja tenho familia tia não gosta mais de mim?--Cortante.
--Porr* Nina não faz assim eu te amo,mas o que posso te oferecer?não tenho nada,não sou ninguem perante essas pessoas,mau posso cuidar de mim,olha pra mim amor--Ergui seus olhinhos--gosto muitãozãozão de você.
Sussurou em meu ouvido--Então me adota você prometeu cuidar de mim.--Vicerante.
--Nunca te dariam a mim amor sinto tanto.--A realidade.
Se soltou de meu pescoço,enchugou suas lagrimas não olhou mais pra mi--Você é como meus pais me abandonou tambem,só que eles eu não conhecia e nem gostava.--Sumiu pela porta.--Mortal.
Fiquei ali parada chorando sou uma filha da puta mesmo,o lixo do lixo, sua idiota,covarde--Me batia--porque não a pegou e fugiu;a policia iria me caçar,a colocaria em perigo,e que futuro ela teria,usar droga pra não sentir fome isso não é vida,não suportaria ver mais uma criança morrer,tentava me convencer que fiz o certo.Sai dali sem um pedaço do coração o outro Barbara ja havia pisoteado,perdida não sabia pra onde ir,só sabia que era hora de sair do mundão.
Fim do capítulo
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