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With the Stars por Alex B

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Palavras: 4461
Acessos: 7481   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 8

Me dirigi até a mesa com bebidas e servi três copos de ponche. Olhei ao redor e cumprimentei com um aceno de cabeça algumas pessoas que estavam longe. Voltei caminhando lentamente e desviando das pessoas até chegar num ambiente em que havia sofás e puff espalhados, no centro não tinha nada e havia pessoas dançando e pulando ali. Camila estava com Kate sentada em um sofá, pareciam bem entretidas com a conversa. Antes que chegasse até elas, Giovanni, um rapaz da Itália que veio fazer intercâmbio e passaria alguns meses na escola, me abordou e pegou dois copos da minha mão.

 

-- Deixa eu te ajudar com isso, Laur. – Ele sorriu gentil pra mim.

 

-- Ah sim, obrigada Gio. – Retribuí o sorriso e continuei andando, com ele ao meu lado.

 

-- Então, Laur. – Começou a puxar conversa, apesar de ainda tem um pouco de sotaque, seu inglês era muito bom. – Não pude deixar de reparar que chegou muito bem acompanhada, quem é sua amiga? – Ótimo, já começaram as abordagens, suspirei pesadamente.

 

-- Quem, a Kate? Pare de graça Gio, você sabe que ela tem namorado. – Preferi me fazer de desentendida.

 

-- Não. – Ele deu risada e me fez parar de andar, já que estávamos bem perto de onde elas estavam. – A Kate também é muito bonita, mas me referia a outra garota, a de rosa.

 

Pensei em dizer que ela já tinha namorado e que o cara lutava Boxe e era bem grande, mas logo perceberia que era mentira. Poderia dizer que ela era de outro país e não falava nossa língua, ou que nem ao menos falasse, era muda. Entretanto a ideia me pareceu ridícula. Podia dizer então que ela não gostava de garotos, e essa última ideia, no fundo me agradou. No entanto não podia fazer isso, não tinha direito algum de fazer isso. Giovanni me olhava com expectativa. Era alto, cabelos pretos e encaracolados, olhos de um azul intenso, o nariz era um pouco desproporcional, mas que dava a ele um charme, a barba por fazer finalizava seu perfil de modelo. Ele era inteligente e muito legal, cheguei a fazer dois trabalhos de sala com ele. Giovanni era um bom partido e eu não queria admitir isso. Maldito italiano perfeitinho.

 

-- Ela se chama Camila, é prima de Diana e acabou de se mudar pra cá. – Olhei para Camila, ela ainda estava imersa na conversa com a Kate e parecia bem empolgada pois gesticulava com as mãos enquanto falava, esta cena me fez sorrir.

 

-- Legal, ela vai estudar na nossa escola?

 

-- Vai sim Gio. E olha, quer um conselho? Vai logo falar com ela antes que outro faço isso.

 

-- Tudo bem. Obrigado, Laura. – Ele sorriu e me deu um beijo na bochecha, sorri meio sem ânimo pra ele e indiquei com a cabeça o sofá, pra ele ir logo.

 

Observei ele se aproximar delas, cumprimentou Kate e Camila. Conversou um pouco com Kate, mas logo sua atenção se voltou inteiramente pra Camila, ele ofereceu um dos copos que estava segurando a ela, que aceitou. Senti meu celular vibrar no bolso, peguei ele e vi que era uma mensagem de Diana dizendo que chegou e era pra encontra-la na entrada. Guardei novamente e me dirigi ao sofá.

 

-- Kate, Diana chegou e está na frente da casa, vamos lá?

 

-- Vamos sim. – Ela se levantou, e olhou para Camila e Giovanni. – Mila, já voltamos, tudo bem? – Camila olhou para mim e Giovanni, e parecia não saber o que responder.

 

-- Podem ir, eu faço companhia para Camila. – Giovanni tomou a frente e se sentou onde antes, Kate estava. Apenas concordei e puxei Kate comigo, ainda sem uma resposta de verbal de Camila.

 

Quando chegamos em frente a casa, Diana estava com o celular na mão e logo senti meu celular vibrar novamente no bolso. Era ela ligando, essa menina nasceu de seis meses.

 

-- Paciência mandou lembranças, Dih. – Brinquei com ela e cumprimentei Henry.

 

-- Você demorou. Oie, Kate. – Kate respondeu o cumprimento.

 

-- Henry, Rick já estava perguntando de você.

 

-- Ah sim Laur, pode deixar que já vou lá cumprimentar ele.

 

-- Laur, cadê. Minha. Prima? – Perguntou pronunciando cada silaba e olhando diretamente nos meus olhos.

 

-- Ela ficou lá dentro, o Gio ficou fazendo companhia. – Foi Kate quem respondeu. E Diana suavizou a expressão. Se fosse eu que tivesse respondido que tinha deixado a prima dela com uma cara numa festa, certamente já estaria com um roxo, mas como era a Kate tudo bem neh.

 

-- Giovanni Fontana? – Henry perguntou enquanto levantava uma sobrancelha. – O carinha do intercambio?

 

-- Esse mesmo. – Confirmei – Por que?

 

-- Nada não, o cara é gente boa.

 

-- Olha só, a Mila já se deu bem. – Diana disse.

 

-- Enfim, vamos voltar pra festa? – Perguntei e já me virei voltando pra casa.

 

No meio do caminho Rick nos parou pra conversar com Diana e Henry. Ficaram um tempo conversando e logo já voltávamos pra onde estávamos. Paramos no caminho para pegar bebidas, dessa vez peguei uma cerveja e Henry me acompanhou, Diana e Kate optaram pelo ponche. Quando chegamos no sofá Camila e Giovanni já não estavam lá mais. Perceber isso me deu um leve aperto no coração. Nos sentamos no sofá e ficamos conversando.

 

Quando já estava na minha terceira cerveja Kate se levantou e foi buscar Troy que tinha acabado de chegar. Estava sem ânimo para acompanhá-la e fiquei no sofá mesmo. Entretanto me arrependi no minuto seguinte quando Henry e Diana começaram a se beijar. Eu deveria prever isso, revirei os olhos com a cena. Camila ainda não tinha voltado, será que estava em algum canto com Giovanni se beijando? Balancei a cabeça tentando tirar esse pesadelo do pensamento.

 

Troy chegou com Kate e nós nos cumprimentamos com um toque particular de mãos. A presença dele me animou, logo começamos a discutir sobre os times de Hockey. Troy era fascinado pelo time Detroit Red Wings, mas ninguém batia o Montreal Canadiens. E sempre acabávamos discutindo sobre isso. Henry se juntou na discussão concordando comigo. Depois começamos a falar sobre as aulas que começaram e nas turmas que ficamos. Percebi que devia manerar na bebida quando estava na quinta garrafa de cerveja.

 

E Camila ainda não tinha voltado.

 

Suspirei. Eu até era bastante tolerante ao álcool, mas não queria abusar, estava dirigindo. Voltei a minha atenção para a conversa, só pra perceber que não havia mais conversa, os casais estavam de melação se beijando, e eu pra variar sobrei de novo. Resolvi me levantar e dar uma volta, não estava com a mínima vontade de ficar de vela.

 

Fui na frente da casa tomar um ar, o número de pessoas largadas na grama agora já estava maior, bem como o número de copos plásticos vermelhos. Entrei de novo na casa e na sala tinha um pessoal muito bêbado. Para todo canto que eu olhava tinha um casal se pegando. Discretamente eu olhava todos, procurando por Camila. Passei na cozinha e peguei mais uma cerveja, mandando meu bom senso pro espaço. Caminhei lentamente até o fundo da casa, na área da piscina, ali estava a maior concentração de pessoas, algumas já estavam dentro da piscina. E foi ai que reparei que tinha um DJ na festa, logo o reconheci como um amigo de Rick que era de outra escola.

 

Sentei em uma espreguiçadeira e fiquei olhando o céu, acho que era impressão minha, mas ele estava mais estrelado hoje. Fiquei pensando na vida. Fechei os olhos e a imagem de Camila me veio à mente, não conseguia me desligar dela. Sorri com isso.

 

-- Pensando em quê? – Ouvi uma voz feminina e de imediato a reconheci, tinha sentado perto do meu rosto, mas ainda assim preferi abrir os olhos para confirmar.

 

-- Onde você estava esse tempo todo Camila? Andei essa casa toda e não te achei, e você sumiu já faz um tempo. – Me lembrei que não olhei no andar de cima, nos quartos, e só de pensar na hipótese me arrepiei. – Bem quase toda a casa né? Não olhei em cima onde ficam os quartos, se bem que esperava mais de você do que já ir direto pra essa fase com um cara que acabou de conhecer. – A esta altura já estava irritada e mal pude perceber, tinha levantado da espreguiçadeira e Camila continuava sentada. Ela me olhava confusa.

 

-- Hey, calma Laura. O que você ta falando? – Ela se levantou. – percebe o que acabou de dizer? Acha mesmo que sou esse tipo de garota? Se pensa isso mesmo, só mostra o quanto você está enganada ao meu respeito e que não me conhece.

 

Percebi que tinha falado demais, me arrependi logo em seguida. Passei a mão pelos meus cabelos e busquei o máximo de ar que conseguia. Olhei para os olhos de Camila. Ela estava magoada, e isso me quebrou.

 

-- Me desculpe Camila, falei no impulso, eu realmente não quis dizer isso.

 

-- Mesmo que tenha falado no impulso, isso mostra que era o que realmente estava pensando. E saber que pensa isso de mim me magoa muito, Laura. – Ela agora tinha cruzados os braços, e desviou o olhar do meu, olhando para o chão.

 

-- Não, Camila. Me desculpe, não quis dizer isso, de verdade ok? Eu não penso isso de você, longe disso. Eu meio que me sinto responsável por você.  E bom, eu também sempre tenho essas atitudes idiotas. – Ela pareceu relaxar e eu respirei aliviada. – Já reparou como o céu está estrelado hoje? – Tentei mudar de assunto. – Assim que vi me lembrei de você. – Ela deu um meio sorriso e agora me olhava nos olhos, intensamente.

 

-- Aham, antes de sair de casa eu tinha reparado isso. – Ela tinha se sentado novamente na espreguiçadeira, aproveitei e me sentei ao seu lado. Ofereci minha cerveja. – Não, obrigada. Não gosto muito do gosto da cerveja.

 

-- Quer que eu pegue algo pra você?

 

-- Não precisa, estou bem.

 

-- Huum, então... Gostou de conhecer o Giovanni?

 

-- Ele é bem legal, me contou várias coisas sobre a Itália. Me disse como sente falta da família principalmente. Logo depois que vocês saíram pra ir buscar minha prima e o Henry, ele me chamou pra vir aqui pra fora, na área da piscina. Ficamos aqui esse tempo todo, quando vi você se deitar aqui, pedi licença e vim conversar com você.

-- E ficou conversando com ele esse tempo todo?

 

-- Sim. Como disse ele é bem legal.

 

-- E agora, por que não está com ele?

 

-- Porque quero estar aqui, com você. – Não pude deixar de sorrir com a resposta.

 

-- Deixou ele sozinho?

 

-- Não, uns amigos dele estavam com a gente.

 

-- Ah sim, entendi. Quer ir lá pra dentro?

 

-- Ainda não. – Ela deitou e ficou olhando o céu. Fiz o mesmo que ela.

 

-- Conhece as constelações?

 

-- Algumas. – Camila me mostrava algumas das constelações que conhecia. Estar assim tão perto dela era muito bom, seu cheiro me inebriava e eu não queria sair dali mais. – Você não me disse.

 

-- Não te disse o que? – Levantei um pouco e me apoiei em um braço para olhá-la.

 

-- No que estava pensando quando cheguei.

 

-- Ah tah, hum... Em nada demais, estava pensando na vida. – Ela sorriu pra mim, seu sorriso me desarmava completamente.

 

Troy e Kate se aproximaram da gente neste momento. Troy cumprimentou Camila e puxou outra espreguiçadeira para perto, sentando com Kate nela. Eu e Camila nos sentamos também. Logo mais, Henry e Diana chegaram com algumas cervejas, Henry me ofereceu e eu acabei recusando, já tinha bebido o suficiente. Começamos a falar sobre diversos assuntos, a conversa fluía e mal percebi o tempo passar, era bom estar assim, entre amigos. Algumas pessoas se juntavam a nós, conversavam e depois saiam. Troy e Kate se levantaram para dançar. Rick chamou Henry para ajudá-lo com algumas caixas. Ficando só eu, Diana e Camila. Logo Camila começou a contar histórias da infância de Diana e eu adorei saber. Dih chegou a ficar vermelha com algumas delas e eu fiz anotações mentais pra usar como arma posteriormente.

 

Ainda estava rindo quando Troy e Kate voltaram, estavam suados de tanto dançar. Henry chegou logo em seguida,sentou e abraçou Diana por trás. Continuamos conversando noite adentro. Até que começou a esfriar demais e o número de pessoas sóbrias na festa se tornou mínimo. Resolvemos que era hora de ir embora. Como Troy veio de carro, ele levou Kate. Diana iria com Henry e queria levar Camila. Não deixei, disse que eu levaria Camila pra casa sem problema algum.

 

No caminho até a casa de Camila eu coloquei uma seleção de músicas bem calma que eu tinha no Pen Drive. O caminho todo foi em silêncio, ela olhava pela janela do carro e suspirava algumas vezes. Apesar de não falarmos nada, eu estava confortável, e sempre que dava eu a olhava de soslaio. Assim que chegamos, eu estacionei e desliguei o carro.

 

-- Não acredito que esqueci de deixar uma luz acesa. –Ela suspirou e se recostou no banco.

 

-- Acontece. Vamos lá, eu te acompanho. – Tirei o cinto e olhei pra ela, ela estava me olhando sorrindo, não pude deixar de retribuir seu sorriso, era automático.

 

Desci do carro e esperei ela fazer o mesmo. Pegou a chave e eu liguei a luz do meu celular pra ela poder destrancar a porta. Assim que entramos na casa ela acendeu a luz da sala e da cozinha. Fechei a porta atrás de mim e a acompanhei. Ela subiu no andar de cima, mas logo desceu.

 

-- É, está tudo em ordem. – Ela se aproximou de onde eu estava, perto do balcão da cozinha.

 

-- A casa está linda, Camila. – Era a primeira vez que via a casa mobiliada.

 

-- Mamãe adora decoração. – Ela sorriu. – Quer ver como ficou o resto da casa?

 

-- Claro. – Ela pegou minha mão e não pude evitar um arrepio com o contado. Ela me mostrou o restante da casa, até que subimos pro andar de cima. Vimos o escritório e a biblioteca, havia muitos livros lá, cheguei a me assustar com a quantidade e estavam todos muito bem organizados nas estantes.

 

-- Alguém gosta muito de ler aqui.

 

-- Meu pai desde cedo incentivou a leitura, e ele mesmo lê constantemente.

 

Ela terminou de mostrar e fomos para seu quarto, a maior parte era com decoração rosa, dei risada, era a cara dela. Havia um painel com diversas fotos. Diana estava em diversas delas, fotos de família. Havia fotos com outros adolescentes que julguei serem de sua antiga escola, amigos. Seu quarto tinha um banheiro e um closet pequeno. Em cima da cama tinha diversos bichinhos de pelúcia, inclusive Jordana e aquele pato gigante estavam lá.

 

-- Não acredito que você deixa eles na cama. – Ela sorriu e abraçou Jordana.

 

-- Por que não? Não vejo lugar melhor. – A cama era de casal e os bichinhos de pelúcia faziam a festa ali.

 

-- Tudo bem. – Me sentei perto do pato. – Você ainda não deu nome pra ele?

 

-- É ela. – Camila corou, não entendi o porquê. – Na verdade ainda estou escolhendo o nome. – Assenti com a cabeça.

 

-- Camila, você vai dormir sozinha? – Ela afirmou balançando a cabeça. – É... huum... você não quer que eu fique aqui? – Perguntei insegura. – Pra te fazer companhia, se você quiser, é claro. – Tive que desviar o olhar, estava com vergonha, mas a possibilidade de passar a noite em sua companhia me deixava feliz.

 

-- Você não se importaria, Laur? – Sorri quando ela me chamou pelo apelido, era a primeira vez que dizia. Levantei meu olhar e olhei em seus olhos.

 

-- Eu adoraria. – Ela sorriu e eu retribui. Lei da ação e reação. Se ela sorrir, eu vou sorrir também. – Eu só preciso guardar meu carro na garagem. – Ela assentiu.

 

Guardei o carro na garagem. Camila me emprestou um pijama, optei por tomar um banho e vesti ele. Eu estava sem sono e queria aproveitar da companhia de Camila ainda, e como ela estava sem sono também, acabamos ficando na sala assistindo um filme. Assistimos “Wall-E”, apesar de ser desenho, a historia é realmente tocante e romântica, Camila já tinha assitido, mas quando disse que nunca tinha visto, ela fez questão de colocar este filme.

 

Quando o filme acabou, não pude deixar de me emocionar com a intenção por trás do filme, o seu real significado. Me virei para comentar o filme com Camila, mas ela já estava dormindo, estávamos deitadas no tapede da sala, que eu não duvidava se fosse mais macio que minha cama, ela estava toda enrolada no edredom. Estava simplesmente adorável.

 

Permiti-me ficar alguns minutos a admirando. Logo desliguei a TV. Olhei pra ela e percebi que seria muita maldade ter que acorda-lá. Então resolvi pegar ela no colo e levar até seu quarto. Camila era magra e quase nem pesava. Coloquei ela na cama e a ajeitei da melhor forma possível. Guardei os bicinhos de pelúcia no closet e peguei mais uma coberta pra colocar nos seus pés, o tempo estava esfriando e caso ela precisasse de mais, não era necessário levantar. Ela tinha o sono pesado pois mesmo com toda minha movimentação, ela não acordou. Antes de sair de seu quarto, deixei um beijo em sua testa e sussurrei um “boa noite” em seu ouvido. Fechei a porta e me dirigi para o quarto de hóspedes.

 

 

-------------------------------------------

 

            Acordei com o sol em meu rosto. Abri os olhos lentamente e percebi que não havia fechado nem a janela e nem as cortinas. Olhei em volta e levei um minuto pra lembrar que não estava em casa. Me sentei na cama e me espreguicei. Neste momento Camila apareceu na porta, estava arrumada, e maravilhosamente linda em um vestido branco.

 

-- Bom dia! Vejo que acordou, vim mais cedo te acordar, mas fiquei com dó. – Deu risada. – Temos vinte minutos pra chegar ao colégio.

 

-- Oi? Colégio? – Fiz cara de desentendimento, e Camila sorriu mais.

 

-- Sim, Laur. Temos aula hoje. – Ela veio até a cama e se sentou ao meu lado.

 

-- Não, Camila. Ninguém vai a aula depois da festa de ontem a noite. Pode ter certeza disso. – Foi minha vez de rir com a cara de desentendida dela.

 

-- Mas não vamos ficar com falta?

 

-- É a primeira semana, os professores pegam leve até porque tem gente que ainda está em viagem. Eu te garanto que você não vai perder nada de importante. – Olhei para um relógio que tinha na parede. – Meu Deus, ainda está muito cedo. – Deitei novamente na cama, meu corpo pedia no mínimo mais uma hora de sono.

 

-- Nada disso, agora que já levantei e até estou pronta você também tem que levantar. – Ela pegou minha mão e puxou. – Vem, vamos lá.

 

-- Pra quê? Não tem nada pra fazer agora cedo.

 

-- Não sei. Por que você... sei lá, me ajuda com a matéria? Eu te mostro o que já vi na outra escola pra saber como vou ficar em relação ao conteúdo.

 

-- O quê? Você quer fazer isso agora cedo? Tipo, agora? Que programa de grego, Camila. Não, sem chance.

 

-- É sério, levanta! Eu já preparei o café. Dormir é perda de tempo.

 

-- Eu discordo, e muito ainda.

 

-- Laura! – Ela mudou o tom de voz para sério. – Levanta. – Olhei pra ela e não resisti, estava adorável.

 

-- Ok, já vou.

 

-- Obrigada. – Ela se levantou da cama e desceu para a cozinha.

 

Dei um suspiro e levantei logo da cama. Percebi que havia uma muda de roupa em cima da cômoda, bem como uma escova de dente. Sorri com aquilo. Peguei a roupa e escova e fui para o banheiro. Havia toalhas limpas lá, resolvi tomar um banho. Escovei os dentes no chuveiro mesmo, tinha esse hábito. Peguei a roupa para me vestir, era um shorts e uma camiseta com o desenho da raposa do livro pequeno príncipe. O shorts deu certo, entretanto a camiseta ficou um pouco curta, Camila era bem mais magra que eu. Dobrei o pijama e deixei em cima da cômoda do quarto em que dormi. Peguei meu celular e desci para a cozinha. Camila estava no balcão lendo o jornal.

 

-- Você ia me mandar assim para a escola? – sorri e estendi os braços. Ela me olhou e deu risada.

 

-- De forma alguma, pensei em passar na sua casa antes para você trocar de roupa. Quer outra blusa?

 

-- Não, está bem essa. De qualquer jeito vamos ficar aqui mesmo. – Ela me estendeu uma xícara e ofereceu o café, o qual aceitei prontamente. – Então você lê jornal logo cedo, faz o tipo toda intelectual! – Pisquei meu olho pra ela.

 

-- É um hábito, papai sempre lê e eu o acompanho.

 

-- Você mesma quem preparou o café da manhã? – A mesa estava cheia de comida. Havia panquecas, torradas, frios, omelete, leite, café e suco.

 

-- Eu gosto de cozinhar. Papai prefere que tenhamos empregada, já até contratou uma, chama-se Bia. Mas como eles viajaram dei dois dias de folga a ela, estava com problemas familiares.

 

-- E seus pais sabem que fez isso?

 

-- Eles não precisam saber, sei me cuidar sozinha.

 

-- Huum, ok então. Uma pessoa independente já. – Ela riu.

 

Tomamos o café da manhã conversando outras amenidades. Descobri que Camila era viciada em séries assim como eu, e tínhamos um gosto muito parecido para leitura também. Acabamos nos empolgando na conversa sobre livros, ela gostava muito de poesias também. Ajudei-a a guardar as coisas e me ofereci para lavar a louça, o que ela não permitiu sobre a alegação de que eu era visita. Aguardei-a e depois nada do que falei serviu para fazê-la mudar de ideia sobre os estudos. Então subimos até a biblioteca e ela pegou os livros da sua antiga escola. Me mostrou o último assunto de cada matéria. Analisei e percebi que não era muito diferente do que havíamos visto no último ano, falei o que ela precisava estudar e a única disciplina em que havia mais divergência era matemática, entretanto mesmo assim nada pra se preocupar. A escola antiga de Camila era de alto nível, ela não encontraria dificuldades.

 

-- Laur, tem certeza que são só essas as matérias divergentes?

 

-- Tenho sim, pode ficar tranquila.

 

-- E quanto à matemática? O Conteúdo é bem diferente, acha melhor fazer aula particulares?

 

-- Aulas Particulares? De forma alguma. Deixa eu ver seu boletim, Camila. – Ela se levantou e pegou o boletim do último ano. Analisei com cuidado e mal pude acreditar. – Camila, você ta de brincadeira comigo neh? Só tem dez aqui!

 

-- Lógico que não. Fiquei com oito em Educação Física. E tenho certeza que tem um nove ai em Química.

 

-- É um nove e meio. E nossa, com certeza essas duas notas mancharam seu currículo, com muito esforço você talvez você consiga Harvard, mas não sei não.

 

-- Para de brincar comigo. – Ela deu um leve tapa no meu ombro. – Eu falei, sério.

 

 -- Se está tão preocupada assim, eu te ajudo então. O que acha? A gente pode estudar uma vez por semana pra revisar o conteúdo dado. – Ela abriu um lindo sorriso.

 

-- Você não se importaria?

 

-- Claro que não, eu adoraria na verdade. Amo matemática e estudar é sempre bom.

 

-- Obrigada, Laura.

 

-- E então, qual a explicação desse oito em Educação Física? – Puxou uma cadeira e sentou-se do meu lado.

 

-- Eu disse que não era boa em esportes.

 

-- Ainda assim não é uma nota ruim.

 

-- Se você diz.

 

O resto da manhã passou muito rápido, conversar com Camila era muito natural, os assuntos fluíam. Ela me contou como era sua vida na escola, sempre participava de grupos de debate, e participava de projetos. Percebi que era uma pessoa muito tímida na escola, de poucos amigos. E acabei me surpreendendo com uma paixão sua, até então desconhecida pra mim: a astronomia. Sabia que ela gostava, mas não ao ponto de estuda - lá. Havia um grupo de estudo sobre o assunto e Camila era quem gerenciava. Um pouco antes do horário do almoço, Diana ligou para Camila convidando-a para almoçar, o convite acabou se estendendo para mim, o qual eu recusei devido o longo tempo fora de casa. Esperei Camila se arrumar e levei-a até a casa de Diana.

 

-- Tem certeza que não quem almoçar conosco, Laur? – Diana que estava recostada no vidro do passageiro, perguntou.

 

-- Tenho sim, já faz tempo que estou fora de casa e tenho certeza que minha mãe vai reclamar, de qualquer forma obrigada pelo convite.

 

-- Então até mais, Laur. – Diana se despediu e entrou na casa, deixando eu e Camila sozinhas.

 

-- Eu entrego suas roupas depois, tá?

 

-- Tudo bem, não tenha pressa. Obrigada pela carona, Laur.

 

-- Não foi nada.

 

-- Tchau. – Camila se inclinou para dar um beijo na bochecha ao mesmo tempo em que fiz o mesmo. Ela acabou beijando o canto dos meus lábios. Não chegou nem a ser um selinho, mas meu coração explodiu de emoção. Ela me olhou com os olhos arregalados, e antes que eu percebesse ela já estava fora do meu carro a caminho da casa.

 

 

-- Tchau, Camila. – Coloquei a mão onde ela havia beijado. Assim que acordei do meu pequeno transe, liguei o carro e parti pra casa. 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8:
rhina
rhina

Em: 06/02/2017

 

Oi

Boa tarde. 

Lindo o jeito que Laura da  Camila. ....

pequenos gestos são os melhores

rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 05/11/2015

Quando se ama pequenos gestos se tornam ações grandiosas! Um quase selinho fez a Laura sonhar acordada e praticamente entrar em síncope. kkkk 

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