Começamos a segunda fase.
Capítulo 1. Uma Nova Fase.
A coronel Mantovanni estava em sua sala, quando escutou baterem na porta do seu gabinete.
-- Entre que está aberta!
Ao ver que os filhos entraram na sala, juntamente com o sogro o coronel Raimundo que estava com os dois netos mais velhos, sorriu.
-- Meus amores bom dia! – Que bom receber essa visita pela manhã, falou indo em direção aos filhos que abraçaram e cobriram a mãe de beijos.
-- Bom dia coronel Mantovanni!
-- Bom dia para o senhor também meu sogro! – Como estão as coisas na nova unidade?
-- Olha minha nora não vou dizer que é ruim, mas comandar a ROCAM é complicado. Porém, os rapazes são bem aplicados. E aqui como está o Choque?
-- Olha coronel sinceramente vou dizer, parece que eu só estou servindo para colocar esses batalhões em ordem!
-- Mas porque Márcia? – O que acontece por aqui?
-- O senhor se lembra do capitão Esdras?
-- Sim me lembro daquele pilantra, mas o que tem ele a ver com isso?
-- Ele ficou temporariamente aqui no comando para substituir o major Radamés que estava afastado por motivo de doença e só fez merd*. Inclusive eu tenho seis viaturas e um dos caminhões de carregar a tropa com problemas e o coronel Borges está somente esperando liberação de verba, para fazermos a licitação e comprar peças novas.
-- Mas isso demora muito Mantovanni, não tem como apressar isso?
-- Infelizmente não coronel, a burocracia além de ser grande ainda tem o secretário que parece não estar com muita vontade de ajudar. Mas agora eu estou tentando uma audiência com o governador e expor a situação. O que o senhor acha dessa minha ideia?
-- É uma ótima ideia coronel, mas precisamos tomar cuidado para não passar pelos nossos superiores. Se você quiser eu vou junto porque tenho algum prestígio com ele e isso poderia ajudar.
-- Ótimo coronel, então assim que tudo estiver pronto, iremos conversar com ele!
O sogro da coronel começou a rir e Márcia não entendia o porquê do riso e perguntou:
-- Do que o senhor está rindo coronel?
O sogro olhou e disse para Márcia:
-- Olhe para trás e veja o que os seus filhos estão aprontando.
Quando a coronel se virou e olhou o que as crianças estavam fazendo, começou a rir também, pois ela e o sogro estavam conversando tão concentrados que não haviam percebido a farra dos dois.
André se apossou da cadeira em que a mãe estivera sentada e Celina começou a protestar.
-- Sai André eu sou mais velha que você e eu vou sentar ai!
-- Não vai não, essa cadeira é da mamãe e eu sou o novo comandante da cavalaria!
-- Não é não! Falou Celina que já estava ficando nervosa e com isso André se divertia com o piti da irmã.
Ambos já estavam com três anos e a cada dia que passava estavam mais espertos. Celina era Andressa escrita em feição e gênio. André já havia puxado a coronel e além de se parecer muito com Márcia, os olhos também eram azuis acinzentados iguais aos da coronel. Márcia resolveu intervir antes que alguém se machucasse e ao ficar parada em frente à mesa falou aos filhos:
-- Podem parar com essa picuinha! -- Onde vocês aprenderam isso? – Aqui pelo que me consta a comandante aqui ainda sou eu e vocês dois tem muito tempo para chegar a esse cargo e se quiserem vão ter que estudar muito.
As crianças ficaram olhando para a mãe e logo que entenderam o recado pararam com a briga. Logo depois Andressa juntamente com dona Severina chegava com Nicola e Antônia. Os dois mais novos já estavam com dois anos e Nicola logo correu para a mãe pulando em seu pescoço. Antônia já era mais recatada e sentando no colo de Márcia ficou abraçada com a mãe até que dormiu.
-- Oi amor, mas que bagunça é essa na sua sala?
-- Está vendo esses dois monstrinhos? – Eles são os responsáveis por essa zorra que se instalou aqui.
-- A verem que Andressa havia chegado, os filhos correram em sua direção e abraçaram a mãe que serviu como tábua de salvação, pois eles haviam levado um pito da coronel.
-- Meus amores o que vocês estavam fazendo aqui?
-- Mamãe Andressa, o André não deixou eu sentar na cadeira da mamãe Márcia e ainda falou que era ele que mandava aqui!
Andressa olhou para o filho e falou:
-- André Roberto isso não se faz, vocês são irmãos e não podem ficar brigando assim. Ela é sua companheira e além do mais isso não é um bom exemplo para os seus irmãos Nicola e Antônia. Agora vá e peça desculpas para a sua irmã!
Mesmo contrariado o menino entendeu o que a mãe havia falado e foi até onde estava a irmã que ficou emburrada com a bronca levada e falou:
-- Desculpa Celina eu só queria sentar na cadeira da mamãe! Falou em tom de choro para ela que se condoeu com a sinceridade do menino e aceitou suas desculpas. Abraçou o irmão e beijou o rosto fazendo com que ele ficasse coradinho. Logo depois a briga foi esquecida e eles saíram para almoçar com as mães e os avós.
A coronel avisou ao capitão Nogueira que não retornaria após o almoço e pediu que ele avisasse caso algo de extraordinário acontecesse e recomendou que o major Nunes também ficasse atento.
-- Pode ir coronel, qualquer coisa eu aviso!
O major era primo do capitão Prado que era auxiliar de Andressa na cavalaria e isso deixava a coronel tranquila, pois em sua ausência era ele quem tomava a frente da situação.
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O aniversário de cinquenta anos da coronel estava próximo e com isso Andressa preparava juntamente com dona Carlota, Francesca e Genova a caçula das mulheres, havia chegado da Itália para o aniversário da irmã, pois ela estivera morando no país por algum tempo e agora que terminara os estudos, havia voltado para ficar e estava na casa dos pais. Ela e Giuseppe Junior tinham somente cinco anos de diferença e também como os outros mais novos era o xodó da coronel.
A noite depois de a família ter jantado e as crianças estarem assistindo desenho deitados no tapete da sala, Márcia estava sentada no sofá com a esposa conversando sobre os últimos acontecimentos nos batalhões em que trabalhavam. Foi Andressa que perguntou:
-- Amor você acha que o Esdras está em algum rolo ou maracutaia?
-- Acho não, tenho certeza e aquele safado é tão canalha que está até agora conseguindo enrolar o Borges.
-- Mas o que ele pensa conseguir agindo assim?
-- Não sei minha primeira dama eu sinceramente gostaria de saber o que ele anda aprontando e com quem está se envolvendo.
De repente Andressa começou a chorar e Márcia abraçou a esposa, pois ela como conhecia muito bem a sua amada primeira dama, sabia o que ela estava pensando.
-- Tenha calma meu amor, eu te prometo que nada daquilo que aconteceu a tempos atrás, irá acontecer novamente. Fique tranquila, pois, lembre-se que eu te prometi ficar mais do que cinquenta anos casada com você.
-- Eu espero meu amor que nada aconteça, porque eu e as crianças não saberíamos ficar sem a sua presença. Eu não gosto nem de pensar em te ver baleada e ter que passar por tudo novamente e ter que ver você na cama daquele hospital brigando com a morte.
Os filhos escutaram a conversa e sentaram-se no sofá junto com as mães e André perguntou:
-- Você vai embora mamãe Márcia?
A coronel olhou para o filho e respondeu carinhosamente para todos:
-- Não meu filho eu nunca irei embora daqui. Estarei sempre com vocês!
Andressa e os filhos abraçaram a coronel e assim ficaram até que o cansaço e o sono chegaram e depois de um bom lanche, todos foram dormir, pois a promessa de um novo dia chegaria cheio de novas esperanças.
Fim do capítulo
Olá meninas.
Como prometido, estou postando asegunda temporada do conto Entre o Passado e o Presente.
Convido a quem já leu epara quem ainda não leu, que acompanhem ahistória de um amor puro e verdadeiro, que nada consegue apagar.
Atendendo ao pedido da Patty_321, estou postando minha Primeira Dama, a segunda temporada.
Agradeço muito a quem comentou ou não a primeira fase, e agradeço também à Cris por também permitir que eu pudesse postar a minha história aqui.
Bjs a todas.
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Catrina Autora da história
Em: 30/11/2015
Que capítulo dramatico, amor. Q adrenalina. Li num fôlego só. Caraca. A coronel saiu ferida e o neguinho morto. Tomara q a meire sobreviva sem sequelas. Ela foi corajosa e uma verdadeira mantovani. Ajudou a coronel na hora do perigo. A coronel como uma verdadeira raposa do deserto mesmo ferida nao desistiu e foi em busca do bandido. Ah mulher maravilhosa. A xena moderna. Obrigada p postar meu amor. Aceito e entendo as suas decisões. Bjs.
Resposta do autor em 30/11/2015:
Eu que agradeço minha linda Patty.
Obrigada por me apoiar.
Te amo.
Bjs.
OBS:. Você só assinou o nome errado.
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Cris
Em: 11/10/2015
Cassia, sua história está cada vez melhor. Além dos conflitos dos bastidores da PM que a Coronel soluciona, esse ambiente familiar delas é magnífico. Continue postando, está maravilhoso. Adoro tb as prévias que vc dá do que acontecerá no futuro. Beijos.
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Sem cadastro
Em: 12/09/2015
quase chegando onde parou... Ehehehe
Anciosa para chegar lá..
Resposta do autor:
Oi Clarinha. Calma que eu chego lá!
Bjs.
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