CapÃtulo 27
EMILE
--Filho me desculpe por me exaltar daquela maneira, foi muito errado o que eu fiz, eu quero que você entenda uma coisa, eu e sua mãe já sofremos muito por causa de nossa sexu*l*idade, e juramos que não iríamos deixar vocês sofrerem por causa disso, e quando vi aquele idiota indo para cima de você fiquei cega, e agir de forma impensada.
--Tudo bem mãe, eu também pensei que ele iria vim para cima de mim, eu só nunca tinha te visto perder a paciência daquela forma e foi apenas a surpresa, mas agora estou bem. - Falou abaixando a cabeça.
--Você tem certeza que está bem? Eu sei que aquilo que o garoto falou foi mentira.
--Pois é mainha ele foi um crápula, em falar aquilo eu não acredito que ele foi capaz. -Me deu uma pena do meu bebê estava tão tristonho.
--Owoo meu lindo não fique assim, depois você conversa com ele e ver como fica.
--Não mainha acabou, todos me avisavam que isso não poderia dar certo eu que não escutava ninguém, se ele está com medo do pai dele então que ele fique com ele. -Ele disse deixando uma lágrima escorrer dos seus olhinhos, aquilo me deu mais raiva daquele desgraçado, fizemos o resto do trajeto em silêncio, assim que entramos na garagem não vi o carro de Carol, com certeza foi levar a Paola em casa.
--Filho você sabe que sua mãe vai te colocar de castigo não sabe?
--Sei sim e isso será pior que tudo, estou até com medo, mainha promete que você manda tocarem Beyoncé no meu enterro? -Fez uma cara dramática.
--Claro filho- falei o abraçando e rindo, fui para o quarto tomei um banho e não consegui me acalmar aquele desgraçado não saia da minha cabeça de como ele olhou o Toninho, não sei o que poderia fazer se ele ou qualquer outro machucasse um dos meus filhos por causa desse maldito preconceito que já fez tanto mal para nós, deitei na cama fechei os olhos mais ainda sentia meu sangue ferver, resolvi descer um pouco para a academia, lá podia socar alguma coisa, e foi o que fiz, toda vez que olhava para aquele saco de areia eu via o rosto daquele doente indo atacar o meu filho, eu bati muito naquele saco.
--Ei, calma! -Senti a única voz que apazigua meu coração, ela falou me abraçando pelas costas. --Calma vem aqui.- Ela pegou na minha mão e me fez sentar no tatame.- Me fala o que aconteceu?- não consegui falar nada apenas a abracei e comecei a chorar.
--Xiii eu estou aqui. -Ela alisava meu cabelo e fazia carinho na minhas costas, fui me acalmando aos poucos, depois de um tempo consegui falar
--Ate quando linda vamos viver em um mundo assim? Ate quando as pessoas vão ter o prazer de violentar as vontades dos outros, eu não aguento mais isso, ele quase bateu no nosso menino Carol se eu não estivesse lá ele iria bater nele, iria humilha-lo apenas por ele ser que ele é, não me segurei linda se você não estivesse chego eu não sei o que teria feito, minha raiva era tanta, e eu odeio sentir isso, não sou eu. - Desabafei com lagrimas nos olhos.
--Amor eu entendo o que você sentiu, e sei que aquela não era você, aquela era apenas uma mãe tentando defender seu filho, e isso se misturou a revolta que sentimos com toda essa hipocrisia de uma sociedade homofóbica, onde os únicos pudores aceitáveis são os seus.
--Mas o Toninho estava lá eu tinha que me segurar que exemplo dei a ele? De que sou um animal brutal, ele estava ali se você não chegasse a tempo e aquele homem acabasse morrendo, eu nunca me perdoaria de fazer ele presenciar uma cena tão brutal dessas. -Eu chorava como ha muito tempo.
--Amor olha para mim, você não iria mata-lo, não se culpe por uma coisa que não aconteceu, eu conversei com ele, e muito pelo contrário ele está orgulhoso da mainha dele, foi a primeira coisa que ele disse aos irmãos a forma como você o defendeu, não se puna você fez certo em defender o nosso menino daquele homofóbico de merd*, ai que raiva que sentir dele, acho que ate eu dava uns socos nele. -Ela falava gesticulando dando socos ao vento, acabei rindo dela
--Vem cá minha Vida -Abracei-a ela retribuiu o abraço.
--Eu sei que você sempre nos defenderá meu amor e me orgulho muito disso. -Ela enxugou meu rosto e me beijou suavemente, paramos quando escutamos a porta abrir-se
--Desculpa aí mães não sabia que vocês estavam aqui.
--É filho vim defender o saco de areia da sua mãe. -Disse Carol bagunçando meu cabelo.
--A mainha tá velha, mas ainda sabe dá uns saquinhos. -Falou indo para trás de mim, mas percebi que o seu intuito era me imobiliza, porem fui mais esperta e assim que ele colocou as mãos no meu ombro eu o puxei e o joguei no chão.
--Quem é a velha aqui hein? -Disse o dominando.
--Ai basta, vou lá para dentro vocês quando começam com essa violência gratuita me dá nos nervos. -Falou Carol saindo do local.
--Ai calma ai moleque sou mais velha que você então pegue leve. -Disse deitando no chão e o Gui sentou-se ao seu lado.
--Mainha a senhora está bem? Quando entrei pensei que estivesse triste
--Eu estava sim meu anjo mais quando fico perto de sua mãe e de vocês não tem como ficar triste.- Disse e coloquei a cabeça em seu colo
--Foi chato o que aconteceu o professor sempre foi um chato, cheio de brincadeiras sem graça.
--Ele é um idiota mesmo, mas filho quero te pedir um favor fica de olho no seu irmão, não estou pedindo para você bater em ninguém apenas defenda-o se acontecer algo, e qualquer coisa me liga, independente do que for, está bem?
--Tudo bem mainha, vou ficar de olho. -Disse alisando os meus cabelos.
--Me diga uma coisa como está o namoro?
--Tá bom ela é demais, só que estuda demais dai fica ruim, quero ficar com ela e ela me dispensa dai fico com raiva. -Fechou a cara
--Mas Gui ela está certa, eu entendo ela, já fui igual, não nos estudos mas treinava muito para conseguir tudo que conquistei, a vida não é fácil filho, e ela esta correndo atrás do seu sonho apenas isso.
--É a senhora tem razão, agora mudando de assunto o que vamos fazer messe feriadão?
--Não parei para pensar ainda, mas vou ver com Carol, e qual foi o castigo de vocês por encobrir o Toninho?
--Sem Internet ou jogos por dois dias, para mim e para Estelinha -Falou com cara fechada.
--E para as meninas?
--Um sermão do tamanho do mundo - eu rir
--E para o Toninho?
--Celular confiscado, e um mês sem mesada.
--Se deu mal. -Voltei a rir a Carol era especialistas nos castigos, eu sempre os colocava em castigo quando eles vinham me pedir eu cedia e voltava atrás então sempre deixava ela fazê-los.
--Vou tomar um banho Gui você vem?
-- Vou sim vou fazer um lanchinho antes do jantar - fui direto para o quarto tomar banho
--E ai como está? -Carol disse entrando de surpresa no box, também nua
--Melhor amor gastei bastante adrenalina com o Gui, o moleque cada dia fica melhor, tenho certeza que vai logo se profissionalizar.
--Eu não gosto nada disso. -Falou passando o sabonete nos meus ombros enquanto massageava.
--Mas linda é apenas um esporte, e outra vou montar uma academia de jiu-jitsu lá no clube, já acertei com o montanha ele vai ser o mestre de lá.
--Você que sabe, não sou fã dessas lutas eu só vejo como violência.
--Mais não é já tentei te explicar varias vezes mais deixa para lá, nossa linda que delícia de massagem, acho que se não te amasse me apaixonaria por você agora.- Disse rindo e curtindo a mão dela na minha costas junto com. Água quente.
--Não tem como isso acontecer de qualquer forma você se apaixonaria por mim amor - Mordeu minha orelha
--Isso é verdade. -Disse me virando e tomando sua boca em um beijo quente, fizemos amor e fomos descansar um pouco.
--No que está pensando? -Ela me perguntou enquanto eu fazia carinho em seus cabelos e ela deitada no meu peito.
--Vamos para Recife nesse feriado? Afinal são quatro dias.
--Ótima ideia vamos para o sitio estou com saudades de lá.
--Eu também, vou ligar para Elise, gostaria de que fosse todo mundo junto. Peguei o celular e liguei para ela.
--Loira tá ocupada?
--Não tanto o que minha mamy 2 quer?
--Vamos todos para Recife nesse feriado o que vocês acham de ir também?
--Não sei vou ver tudo aqui com a Fe e a Mila amanhã te dou a resposta.
--Pode ser vou esperar.
--Como estão todos?
--Bem só um probleminha com o Toninho e o namorado mais já foi resolvido assim espero.
--Gravidez eu sei que não é, um que é impossível dois que ele disse que usou camisinha. -Aquilo me deixou meio enciumada não sabia que eles já tinham ido mais além que beijos.
--Me poupe desses detalhes prefiro ficar por fora por enquanto desses detalhes. -Ela gargalhou
--Tudo bem sua boba ciumenta, manhã te ligo.- Nos despedidos e eu fiquei com a cara feia.
--Credo amor que cara feia o que foi?
--O Toninho e aquele menino já... é... Já...
--Trasaram amor - Ela disse rindo
--Pra vocês é normal uma criança sair por ai fazendo essas coisas. – Fechei a cara
--Mas amor é normal. Falou fazendo cócegas
--Está bem agora vamos jantar e ver as consequências do seu castigo.
--Teve está sendo mortal para eles. -Ela fez uma cara malévola.
--O que vocês acham de ir para Recife no feriado? Faz um tempão que não vamos lá - Perguntei e pelo visto todos gostaram da ideia
--Ai que legal adoro aquele lugar, mãe posso chamar a Paola para ir conosco?
--Claro filha se os pais dela deixarem. - Carol falou e ela fez uma carinha triste
--Anne vamos também? --Gui chamou
--Não sei posso tia?
--Se prometer não dar trabalho.
--Você tem algum compromisso para o final de semana Val?
--Não doutora.
--Então vamos também assim a festa será completa.
--Ai que bom eu vou sim, adorei a última vez que fui lá, só não me divertir mais pois as crianças ainda davam muito trabalho. -Ela disse abrindo um sorriso.
--Pelo jeito gostou mesmo de lá não é Val.- Falei rindo da sua animação
--Muito só em lembrar daquela praia que fomos fico radiante.
--Porto de Galinhas Val e realmente é linda, se der tempo vamos dar uma passadinha lá, ficamos conversando, e logo o dia chegou ao fim, no outro dia a Elise confirmou sua ida com a Camila, iria ser uma viagem em família coisas que não fazíamos a um bom tempo, a noite a Estelinha me chamou para conversar.
--Que carinha triste é essa minha princesinha?
--É que fui chamar a Paola para ir comigo e ela disse que para isso uma de vocês teriam que pedir a mãe dela.
--Mas filha isso não é problema, é ate bom que conhecemos os pais dela, ela é uma garota adorável gostamos muito dela, me passe o telefone da casa dela que marco de encontrar os pais dela para conversarmos.
--Não é tão simples mainha ela acabou confessando que disse a mãe é sua cunhada, e que você veio morar conosco quando meu pai morreu deixando a mãe viúva, a família dela é muito religiosa sabe, eu fiquei furiosa com ela e acabei discutindo com ela, mas sei que ela não tem culpa da sua família pensar assim ate já pedi desculpas a ela, mal vejo os pais dela quando estou lá, acho que só se encontram mesmo quando vão para igreja ela foi bem dizer criada pelas babás. -Ela falou com triste.
--É filha ela não tem culpa de ter uma família assim, posso de perguntar uma coisa?- Ela balançou a cabeça em afirmação --você é apaixonada por ela?-Ela apenas abaixou a cabeça e isso bastou como resposta
--Filha não precisa falar mais nada, vou falar com a Carol e amanhã nós veremos o que vamos fazer tudo bem? - ela deu um beijo na minha bochecha e saiu, como já era um pouco tarde fui para o quarto esperei a Carol que estava numa cirurgia, de madrugada ela chegou só vi ela chegando pois sentir seu corpo se aconchegando ao meu.
Fim do capítulo
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