Capítulo 56. Perigo a vista na nova casa.
O dia seguinte no regimento fora de muita alegria. Os contemplados com as premiações da sexta-feira anunciados no jantar do clube, estavam em polvorosa. Quando a coronel chegou juntamente com a agora tenente coronel Pires Paiva, todos saudaram as novas patentes de ambas. A coronel agradeceu a todos com um pequeno discurso e depois a tenente coronel fez o mesmo. Depois de conversarem com a tropa, foram cada uma para a sua sala.
Em cima da mesa estava uma placa igual a da porta onde se lia: Coronel PM Márcia Mantovanni e na da tenente coronel, não era diferente.
Logo depois que chegou ao regimento e saber como as coisas estavam por lá, passar a tropa em revista e depois de visitar Tornado e a família, a coronel recebeu um telefonema. Era o coronel Adamastor avisando que iria até o regimento, pois precisava falar com ela.
-- Tudo bem coronel, eu estarei aguardando o senhor. Mas pode me adiantar o assunto?
-- Você vai comandar outro batalhão. Quando eu chegar ai te falo qual é.
Nesse instante a tenente coronel entrava na sala e viu a expressão preocupada da coronel.
-- O que houve coronel? A senhora está com uma expressão muito séria, algo a incomoda?
-- O coronel Adamastor acabou de telefonar e está vindo até aqui.
-- Mas o que ele quer agora? Será que é sobre aquele assunto?
-- Não tenente coronel, ele disse que eu vou comandar outra unidade militar.
-- Mas como assim? Perguntou Andressa que já estava ficando preocupada com o rumo da conversa.
-- Só vou saber, quando ele chegar, e eu quero você, o capitão Félix, o major Teodoro, a major Deise e o tenente Prado. Eu preciso dos meus subordinados de alta patente aqui comigo. E tem mais, vá se preparando porque chegou a hora da senhora me substituir tenente.
-- Mas assim, tão rápido, eu não sei se estou preparada para isso?
-- Sim, você está e eu tenho certeza que se sairá bem. E você terá todo o meu apoio, não tenha medo porque eu senti o mesmo que você, quando o coronel Mantovanni se afastou e eu tive que assumir o seu lugar aqui no regimento.
-- Posso fazer um pedido coronel Mantovanni?
-- Sim pode pedir tenente coronel, o que deseja?
-- Podemos esquecer essas patentes por alguns minutos?
-- Sim, podemos. Mas somente alguns minutos.
Andressa se aproximou de Márcia e pediu para que ela a abraçasse. Ficaram assim por um longo tempo, então a tenente coronel falou:
-- Eu estou com medo meu amor!
-- Medo do que minha primeira dama?
-- De não corresponder as suas expectativas, de não ser como você e de fracassar.
-- Amor você estará cercada de gente experiente e eu estarei sempre te auxiliando no que precisar. Eu vou estar em outra unidade militar, mas estarei direto aqui, não tenha medo. E você já mostrou que pode muito bem comandar esse regimento. Eu te preparei para isso Andressa e se houver falhas, elas serão naturais. Eu mesmo já falhei como comandante e você viu no que deu, eu matei um jovem oficial e por quê? Porque eu com toda a minha experiência, não soube agir no momento e isso custou à morte daquele rapaz. E isso me pesa até hoje a consciência, porque se eu tivesse sido mais benevolente ele estaria vivo.
A coronel nem imaginava que o tenente Gregório estava de volta. Só que agora ele se chamava André Roberto Pires Paiva Mantovanni, ou seja, seu filho.
-- Eu sei amor e não gosto nem de pensar naquele dia. Quando eu e o Prado entramos na sua sala e vimos o tenente Gonçalo morto e você ferida com a farda cheia de sangue me deu um desespero que eu não pensei em outra coisa a não ser te abraçar e desejar que você não morresse. Eu temi tanto pela sua vida naquela hora, mas você me deu um sorriso tão lindo que ali naquele momento eu tive a plena certeza de que eu não perderia você para a morte. Ai eu te amo tanto meu amor que não gosto nem de pensar na ideia de um dia não ter mais você aqui comigo nesse mundo,
-- Calma meu amor, eu sempre disse que voltaria viva para você e pretendo cumprir isso até o fim. E te prometo que você vai ter que me comprar uma bengala, porque oitenta anos, é tempo pra caramba. A única coisa que eu desejo Andressa é casar oficialmente com você, criar nossos filhos, ver nossos netos, curti-los e envelhecer ao seu lado. Eu amo você minha primeira dama e isso ninguém vai mudar, falou abraçando fortemente a esposa e depois a beijou com toda a força da paixão que existia entre aqueles dois seres que estavam naquela que era mais uma demonstração de amor, carinho e cumplicidade.
O tenente Prado entrou na sala da coronel e viu que as duas ainda se beijavam e pedindo desculpas falou:
-- Desculpe-me coronel Mantovanni em atrapalhar, mas o coronel Adamastor está ai e deseja falar com a senhora.
-- Tenente peça para ele entrar e chame os majores Teodoro e Deise, o capitão Félix e você depois, venha aqui para a sala.
-- Que mal lhe pergunte coronel, o que deseja de nós?
-- Vamos ter uma reunião com o coronel e quanto a senhora tenente coronel Pires Paiva, eu também desejo a sua presença nesta reunião.
-- Sim senhora coronel, só vou até a minha sala e voltarei logo.
Assim que Andressa saiu, o coronel Adamastor entrou na sala da coronel.
-- Bom dia coronel Mantovanni.
-- O mesmo para o senhor também coronel. Mas o que na realidade o senhor está fazendo aqui, pois pelo que sei, não gosta de cavalos e nem tão pouco do pessoal daqui, falou a coronel olhando fixamente para o coronel Adamastor.
-- Acontece coronel Mantovanni que eu preciso de você e te escolhi, porque não há outra pessoa com uma ficha policial excelente e com um gabarito igual ao seu.
Nesse instante chegaram os oficiais que a coronel Mantovanni, havia mandado chamar e Andressa chegava também junto com eles.
-- Bom dia senhores, disse o coronel Adamastor quando viu os oficiais convocados pela coronel Mantovanni adentrarem a sala.
-- Bom dia senhor coronel, responderam todos quando o viram sentado no sofá da sala da coronel.
Após se acomodarem na sala, o coronel Adamastor continuou a falar do assunto para que todos ficassem cientes do porque da sua ida até o regimento.
-- Coronel Mantovanni, eu escolhi a senhora para comandar temporariamente a Força Tática em substituição ao coronel Lisboa, que não está mais dando conta do recado e está muito acomodado. Inclusive, vamos mandá-lo para a reserva, ou seja, ele está se aposentando.
-- Mas porque eu? Existem tantos comandantes tão bons. Por exemplo, a coronel Monteiro e o coronel Tavares são ótimos e sem contar que o tenente coronel Dorneles é um excelente oficial.
-- Acontece coronel, que esse pessoal que a senhora citou já estão com as suas funções atribuladas. Veja bem, a coronel Monteiro está comandando atualmente o Canil e o COE, o coronel Tavares além de estar à frente do GATE, ficou encarregado de comandar o 13ºBatalhão. Portanto, só restou você e na próxima segunda-feira, eu quero a senhora nessa unidade as sete horas da manhã. E quanto a tenente coronel Pires Paiva, saiba que ela estará assumindo o regimento de cavalaria já na próxima semana. Estamos entendidos coronel Mantovanni.
-- Sim coronel Adamastor, já que o senhor faz tanta questão, eu vou vestir aquela camisa azul acinzentada horrorosa, aquela calça acinzentada ridícula, aquele boné ridículo e a braçadeira. Obrigada coronel, o senhor é muito gentil. E agora se me permite saia da minha sala.
Os outros oficiais ficaram olhando abismados a reação da coronel, mas não falaram nada.
-- Eu entendo a sua revolta coronel, mas não vejo pessoa melhor para levantar aquela unidade. Sinto muito.
-- Eu imagino que o senhor sente mesmo. Por favor, coronel retire-se.
Quando o coronel saiu, a tenente coronel se aproximou da comandante e falou:
-- Calma meu anjo, é só temporário.
-- Eu sei amor, mas justo para a Força Tática? Existem tantas unidades militares, mas não, esse filho da puta me manda pra lá.
-- Calma coronel é só até a senhora colocar aquela porcaria em pé e depois poderá voltar para cá.
-- De jeito nenhum, a partir de segunda-feira vocês terão uma nova comandante. Será a tenente coronel Pires Paiva que aqui está. Meu amor tenha a bondade, falou puxando a sua cadeira para que a esposa sentasse.
-- E ai como se sentiu amor, perguntou para Andressa.
-- Muito macia, já estou me sentindo a própria comandante já em ação, falou rindo fazendo com que todos rissem da piada.
– Então minha primeira dama, se prepare porque daqui para a frente, essa cadeira será totalmente sua. Eu sonhei muito com esse momento e agora ele se tornará realidade.
– Ah meu amor, eu fico muito feliz pela sua confiança, mas vou sentir a sua falta.
– É só durante o dia minha querida e no final do expediente eu passo aqui e busco você e daí vamos para casa curtir nossos filhos e essa nova gravidez que já me dá alegria só de pensar que você carrega mais um filho nosso, falou beijando o ventre da esposa na frente dos oficiais que ali estavam.
– Já vi que essa criança vai ser muito mimada, falou o agora capitão Félix. E fique em paz coronel, o que a nossa nova comandante precisar, nós estaremos aqui para auxiliá-la.
– Assim espero capitão, você sabe o quanto eu confio em vocês.
– Nós é que agradecemos a sua confiança coronel, falou a major Deise.
Naquele dia a tenente coronel já ia se familiarizando com as responsabilidades que uma comandante deve ter. A coronel havia preparado tudo para que ela se sentisse tranquila e para isso, já estava ocupando oficialmente a mesa de Márcia, pois a coronel achou melhor elas trabalharem juntas para que a tenente coronel se adaptasse a nova realidade.
A semana passou rapidamente e na sexta-feira a sala da ex-comandante, já estava preparada para a nova comandante assumir o posto. Quando estava saindo para ir até a sala do major Teodoro, a coronel Mantovanni viu que a tropa estava toda em formação. Foi o capitão Félix que juntamente com o tenente Prado organizaram a despedida de Márcia do regimento.
– Coronel Mantovanni, é com prazer que agradecemos todo o carinho e a consideração que teve com todos aqui desse regimento. Tenha a certeza de que a senhora foi, é e sempre será importante para nós. E agradecemos também por tudo o que fez de melhorias e temos certeza de que a nossa tenente coronel Pires Paiva, será também uma excelente comandante, pois ela foi muito bem instruída pela senhora. Seja bem vinda ao comando tenente coronel e pode contar com todos esses homens que estão aqui. Obrigada coronel e desejamos sucesso na nova unidade..
A coronel segurou as lágrimas e Andressa percebeu que mesmo com isso, Márcia estava feliz e ela tinha certeza de que a coronel teria sucesso na Força Tática.
– Eu é que agradeço senhores e na terça-feira, haverá a troca oficial de comando, mas agora quem dá as cartas é a tenente coronel. A minha missão termina daqui a cinco minutos. Tenente coronel Pires Paiva, por favor, o regimento é todo seu. Não dá moleza.
A tenente coronel agradeceu as palavras do capitão e dispensou a tropa. Agora o regimento Nove de Julho estava em suas mãos. A coronel Mantovanni saia de cena e um novo ciclo começaria para todos. Ela não imaginava que pegaria um grande desafio ao ter que ir para o comando da Força Tática. E os problemas começariam quando ela descobrisse que lá havia um Hainz, isso mesmo subtenente Harold Hainz, filho do coronel Dimitri Hainz que fora morto pela então na época major Mantovanni.
O fim de semana se foi e a segunda-feira chegou. Márcia deixou Andressa no regimento ao qual fora Andressa recebida pelo tenente Prado e o capitão Félix também estava presente. Após deixar a esposa, se encaminhou para a nova unidade. As crianças ficaram sob os cuidados da avós na casa da coronel. O pai iria levá-los para casa e depois iria passear com os netos, pois o aniversário de um ano das crianças já estava se aproximando e o tema da festa elas deixaram a cargo dos padrinhos.
– Tenha um bom dia meu amor, qualquer coisa me telefone. Dependendo de como as coisas estiverem por lá, eu te telefono para almoçarmos juntas. Boa sorte minha primeira dama.
– Você também meu amor, desejo sucesso e tenha calma, você se sairá muito bem, disse dando um beijo carinhoso na coronel.
– Prado e Félix, cuidem dela pra mim e lembrem-se auxiliem-na em tudo o que precisar.
– Fique em paz coronel e boa sorte, falou o capitão.
Quando a coronel Mantovanni chegou na unidade, já viu que a coisa não ia ser fácil. Os soldados estavam tomando café, ouviam música e dançavam a música da periquita. Aquela que diz assim: “quem vai querer a minha periquita”. Ninguém deu conta da presença da nova comandante. Ao entrar foi direto na sala do oficial que estava responsável pela escala de serviço. Quando ele viu a coronel Mantovanni com a prancheta na mão, perguntou:
– Tá olhando o que? Isso não é da sua conta!
– Bom dia sargento Duarte, o que é ou não da minha conta, não lhe interessa.
– Quem é você para falar o que é ou não da minha conta. Aqui o coronel Lisboa não fica perguntando sobre o que acontece ou deixa de acontecer nessa unidade.
– Em primeiro lugar o coronel Lisboa não pertence mais a Força Tática, em segundo o senhor está preso por desacato a autoridade.
– E quem é você para me prender?
– Eu sou a nova comandante dessa unidade. Muito prazer em conhecer figura tão adorável como o senhor. E de agora em diante, você e os outros receberão ordens minhas.
– É mesmo, e quem é você?
– Coronel PM Mantovanni!
Quando Márcia tirou os óculos e o sargento viu quem era, tratou rapidamente de se redimir.
– Coronel Mantovanni, aquela que comanda a cavalaria?
– Comandava, agora aqui quem apita sou eu. E o senhor ficará detido aqui por uma semana, estamos conversados?
– Sim coronel, o que a senhora deseja?
– Eu quero todas as escalas de serviço na minha mesa em dez minutos, e depois o senhor pode sumir da minha frente, porque eu não quero ver a sua cara de bolacha tão cedo. E tem mais, vá lavar essa farda e se arrumar direito porque o senhor está parecendo um porco. E eu quero o suboficial comandante na minha sala em cinco minutos e depois quero a tropa em posição no pátio. Será que fui clara, sargento?
– Sim coronel, foi até demais.
Meia hora depois, a coronel já tinha conhecimento de tudo o que acontecia no batalhão. Por incrível que pareça, quando o ser humano é uma pessoa de bem sempre aparece um anjo para ajudar. E esse era o subcomandante da Força Tática, major Clóvis, amigo que há anos a coronel não via.
– Márcia, você por aqui? O que veio fazer nesse inferno minha amiga?
– Capitão Clóvis Assunção? É você mesmo?
– Agora major Clóvis, coronel Mantovanni. O que você fez para te arrancarem da cavalaria?
– Eu vim para substituir o Lisboa e já vi que terei problemas.
– Então minha amiga, você pode se preparar, porque aqui é complicado. Mas ainda bem que você veio, pois tenho algo para te mostrar e se eu te conheço bem, você não vai gostar.
O major entregou o relatório para a coronel. Ali tinham documentos sobre superfaturamento de materiais, combustível, manutenção de viaturas que não foram feitas e tudo o que se podia imaginar de safadeza e pilantragem existia naquela unidade.
– Mas como isso chegou a esse ponto?
– Acontece Mantovanni, que o tenente coronel Cardoso e o major Pires Paiva, superfaturavam tudo o que podiam. Só de combustível, o batalhão deve quatro mil reais no posto ai da frente e como você pode ver, temos doze viaturas paradas sem combustível e peças.
– Mas o Lisboa nunca percebeu ou viu isso?
– Aquele ali coronel, era uma marionete nas mãos daqueles crápulas e como ele tinha alguns podres, deixava eles fazerem o que queriam. Eu mesmo fiquei afastado por uns tempos por bater de frente com o Cardoso. Fiquei muito aliviado quando soube da prisão e condenação do Cardoso e da morte do Pires Paiva também. A propósito você se casou com a filha dele e tem mesmo dois filhos?
– Sim, são lindos, aqui está a foto deles.
O major olhou e disse:
– Mas o moleque é a sua cara Márcia, que lindo e a menina também é muito fofa. Não me leve a mal amiga, mas ela lembra muito a nossa querida Celina. Qual os nomes deles?
– André e Celina. Futuramente virá mais um ou uma, pois a Andressa está grávida novamente.
– Parabéns amiga, vejo que conseguiu formar a sua tão sonhada família. Mas agora vamos trabalhar.
– Mas e você Clóvis, se casou ou não?
– Sim, eu casei com a sobrinha do coronel Gutierrez e tenho três meninos.
– Putz, três? Para quem não queria casar, até que você foi ligeiro.
– Eu me casei logo depois que nós todos fomos cada um para o seu lado. A Cláudia também se casou e tem um filho?
– É, aquela casou e tomou jeito. Agora somos todos pais e mães de família. Mas agora major, eu quero que o senhor me acompanhe na revista a tropa, pode ser?
– Com muita honra coronel, nunca ninguém me chamou para fazer isso.
– Então vá se acostumando, pois quando eu não estiver presente, você ficará no comando. Espero que eu não me decepcione com você como aconteceu com o Cardoso.
– Eu sei amiga, aquele canalha safado, como ele fez aquilo? Mas já está pagando e bem caro.
Após passar a tropa em revista, a coronel disse aos soldados que as coisas ali iriam mudar e que quem não estivesse satisfeito, era só pedir baixa da polícia militar, porque aquela unidade iria deixar de ser vista como a pior de todas. As punições seriam justas e todos aqueles que se encaixassem nas regras, não teriam problema algum. Foi quando o subtenente Hainz perguntou:
– E quem não estiver de acordo com as regras coronel Mantovanni.
Ao olhar, viu que um jovem com características conhecidas lhe falava. Então ela respondeu:
– Quem não estiver satisfeito subtenente, as portas estarão abertas para sair a hora que quiser, sem direito a retorno.
– O meu pai dizia que a senhora era osso duro de roer coronel.
– É, o coronel Dimitri Hainz que era seu pai estava totalmente com a razão. Eu sou osso duro de roer. Bom senhores, estão dispensados e podem voltar aos seus respectivos postos. Tenham todos um bom dia.
Quando estava se dirigindo para a sala juntamente com o major Clóvis, um soldado se aproximou e disse:
– Coronel tome muito cuidado com esse cara. Ele a odeia a e já falou que vai se vingar de quem matou o pai dele. E ele sabe que foi a senhora, portanto nunca dê as costa a esse filhote de urso.
– Quem é você meu jovem?
– Eu sou o soldado Monteiro, minha tia é muito sua amiga. A coronel Monteiro é minha tia, o irmão dela é meu pai. Eu pensava em sair daqui, mas já que a senhora chegou para comandar, eu fico mais tranquilo.
– Você dirige soldado Monteiro?
– Sim coronel, porque?
– A partir de hoje você será o meu motorista e quanto a você Clóvis, terá um motorista também.
– Obrigada coronel, muito agradecido.
– Só espero soldado que você não decepcione a sua tia. Você já sentiu o peso da mão dela?
– Já coronel e não quero sentir novamente. É capaz de ela me dar uma surra aqui dentro na frente de todos se eu fizer algo errado e manchar o nome dos Monteiro.
– Não duvide, você sabe que a sua tia não é muito certa das ideias.
Um pouco antes do almoço, telefonou para a esposa:
– Oi minha primeira dama, como está se saindo por ai meu amor?
– Está tudo indo bem meu anjo, do jeito que você deixou as coisas, tudo se torna mais fácil.
– Que bom amor, e os rapazes como estão?
– O Prado e o Félix ficaram comigo a manhã inteira, a Deise está no meu lugar como subcomandante e o Teodoro preferiu ficar no mesmo lugar de serviço. Ele ama aqueles cavalos. E o Tornado com a família estão bem. E você meu anjo como está ai?
– Se eu te contar a bagunça que está isso aqui, você nem acredita. Você já vai almoçar Andressa.?
– Estava esperando você telefonar anjo.
– Então daqui a meia hora estarei ai e eu preciso amor que você chame os outros, enquanto eu telefono para a coronel Monteiro e o Tavares. Preciso conversar com todos vocês.
– Está bem amor, até daqui há pouco. Eu te amo.
– Eu também amor, te amo muito minha primeira dama.
Meia hora depois, a coronel Mantovanni chegava ao regimento para apanhar Andressa e os demais. Ambos haviam combinado de almoçar na churrascaria de sempre. Quando chegaram por lá, Monteiro e Tavares, já estavam a sua espera. Logo em seguida chegaram os pais da coronel com as crianças. Dona Severina, havia ido ao shopping com o coronel Raimundo e não teria hora para voltar. Eles estavam namorando e se entendiam cada vez mais. Quando as crianças viram as mães, foram logo esticando os bracinhos pedindo colo. Márcia pegou os filhos e beijou os dois ao mesmo tempo e Andressa fez o mesmo.
– Meus filhos que saudade de vocês meus anjos, falou Andressa toda chorosa.
As crianças ficaram cada uma no colo das mães e Márcia picou a carne bem pequenininha e deu para os filhos que somente ch*pavam, pois os dentinhos ainda eram sensíveis. Depois pediu uma sopa para cada um dos filhos e ai as crianças comeram bem dispensando até a carne.
A coronel contou a todos como estava a situação da unidade e previu que iria levar um certo tempo para por a casa em ordem.
– Meu amor você vai ficar um bom tempo no comando da cavalaria, porque aquilo lá, está um horror.
– Mas dever quatro mil reais de combustível é demais, falou Tavares.
– Sem contar o resto que eu ainda nem sei o que vai vir. A única coisa que desejo é sair o mais cedo possível de lá e mandar o relatório para o serviço reservado, depois eles que se virem.
– E o meu sobrinho como está se saindo por lá? Perguntou a coronel Monteiro.
– Ele está bem e eu o escalei como meu motorista. E falei que se ele sair da linha, eu falo com você. Mas vocês não fazem nem ideia de quem é o subtenente de lá.
– Quem? Perguntaram todos.
– Harold Hainz, ou seja, o filho do Dimitri.
– O que? O filho daquele safado? Perguntou o pai da coronel.
– Sim papai, o filho daquele safado. E o seu sobrinho Cláudia, já me avisou para tomar muito cuidado com ele. Mas podem deixar que aquele eu ponho na linha.
Andressa que prestava atenção na conversa, não gostou do que a coronel falou. Se o pai era perigoso, imagine o filho. Ainda mais querendo se vingar da morte do coronel. Algo não iria sair bem, mas preferiu não pensar nisso no momento, pois, dentro de alguns meses nasceria seu filho e ela só tinha que pensar na gravidez e no seu bem estar. E a coronel sabia disso e abraçando a esposa falou em seu ouvido:
– Podemos fazer amor hoje minha linda, estou que não me aguento.
– Sim meu anjo, mas hoje eu quero você completamente entregue aos meus desejos.
– Tudo o que você quiser meu amor, te dou do jeito que você pedir.
– Até a bundinha?
– Bom ai podemos conversar, falou beijando a esposa que estava com André no colo, enquanto Celina estava no colo de Márcia.
– Porque conversar amor, você vai gostar, depois da primeira vez, você se acostuma. Eu prometo que coloco com carinho.
A coronel ficou sem graça e falou:
– Tá você venceu, eu cedo a calda, falou meio sem graça. Pois na realidade, a coronel era tímida demais e por essa experiência ela nunca tinha passado.
Depois de almoçarem, cada um foi para a sua unidade. O coronel levou os netos para casa, pois a coronel iria buscá-los depois do trabalho.
O final da tarde chegou e a coronel já se preparava para ir embora quando o subtenente apareceu em sua sala.
– Aconteceu algo subtenente Hainz.
– Não coronel, eu só vim olhar para a pessoa que matou meu pai.
– Olha rapaz, não sei o que te falaram, mas pergunte sobre o seu pai para a sua mãe, que ela irá te contar tudo o que aconteceu e depois voltamos a nos falar.
– Porque perguntar para a minha mãe coronel Mantovanni.
– Porque ela sabe de tudo o que seu pai fez dentro da polícia e ai você poderá entender o que aconteceu com o seu pai e o porque! Tenha um bom começo de noite subtenente.
– Isso não ficará assim coronel, ainda acertaremos nossas contas.
– Estarei esperando subtenente Harold Hainz.
Márcia saiu preocupada mas não iria dar importância a isso. Não de imediato, porque o importante para ela agora, era a gravidez e o bem estar da esposa e dos filhos. Resolveu que não comentaria com Andressa o ocorrido pois a esposa não podia passar nervoso e a gravidez de momento estava tranquila.
Quando chegou ao regimento, a tenente coronel já a esperava. De lá foram até a casa do velho coronel buscar as crianças. Ao chegarem os filhos correram em direção a elas e a distribuição de beijos e palavras carinhosas foi total. Celina estava agarrada como sempre no pescoço de Andressa e André no de Márcia. Dona Carlota havia feito um belo macarrão e elas acabaram jantando por lá mesmo. Por volta das nove horas chegaram em casa e depois de darem banho e trocarem os filhos, colocaram os dois para dormir, pois as crianças já estavam alimentadas.
Andressa preparou a água do banho e chamou Márcia para tomarem banho juntas. Ao entrar na banheira, Andressa já a enlaçou pelo pescoço e falou:
– Hoje você não me escapa coronel, promessa é divida.
– Eu não prometi nada, falou para Andressa.
– Ah não? E na hora do almoço, não ficou nada decidido?
– Amor, você sabe da minha timidez, isso não vai dar certo!
– Calma meu anjo, eu vou com carinho e vai ser na hora que você estiver em ponto de bala. Não vai nem sentir nada.
– Sei, não é o seu que está na reta!
Andressa ria do temor de Márcia, mas depois do banho relaxante e com as preliminares, a coronel foi se soltando mais. Era sempre assim e Andressa acabava conseguindo o que queria. Deitou Márcia na cama e deitou-se por cima de seu corpo. Começava ali a sessão de tortura do amor. Andressa beijava o pescoço, lambia o ouvido e com calma ia descendo até os seios da coronel. Beijou-os e depois começou a ch*pá-los sem pressa, subia e descia até chegar ao ponto G que já estava totalmente encharcado e pronto para ser novamente desbravado. Márcia ia a loucura e seus gemid*s começavam a deixar Andressa extasiada e quando ela chegou ao grelinh*, a a entrega de Márcia foi total. A coronel agora já mais solta pedia para que a esposa deslizasse seus dedos em sua bucet* porque ela estava quase goz*ndo, então puxou Andressa para cima de seu corpo e começaram um vai e vem frenético até que alcançaram o ápice do prazer. Andressa se aproveitou da deixa já que estava fazendo massagem na coronel, começou a acariciar a bunda de Márcia que nesse momento estava de costas relaxando. Com muita carinho e sem pressa, a tenente coronel foi lubrificando o buraquinho proibido da esposa e colocou um dedo. Márcia se retraiu e Andressa falou em seu ouvido.
– Calma amor, relaxa que você vai gostar. A coronel foi relaxando aos poucos e Andressa percebendo continuou até que conseguiu o seu intento. Márcia gem*u mas depois acabou se soltando e tudo ficou mais fácil. Andressa começou o vai e vem e acabou goz*ndo com os gemid*s de Márcia que também acabou goz*ndo novamente com os carinhos da esposa.
Ficaram esperando a respiração se acalmar e então Andressa calmamente retirou o dedo do buraquinho proibido e deitou-se ao lado de Márcia abraçando-a e dando lhe um beijo com paixão.
– Obrigada meu amor, você é maravilhosa coronel Mantovanni. Como se sente? Gostou de levar um dedinho na bundinha?
– Ai amor, assim você me deixa sem graça. Mas não foi de tudo ruim, só que dói um pouquinho mas depois que eu relaxei foi melhor.
– É assim mesmo amor, mas não precisa ficar tão sem graça e vermelha assim. Você está parecendo um pimentão, falou rindo.
– Isso tem volta?
– Como assim, tem volta?
– Essa bundinha ainda é virgem, não é? Então minha primeira dama num casamento os direitos são iguais.
Andressa ficou olhando para Márcia com cara de espanto e percebeu em que confusão havia entrado. Márcia cedera e agora seria a vez dela ceder. Pensou em uma desculpa mas sabia que a coronel não iria desistir da ideia. Agora ela percebia que não tinha escapatória.
– Mas não fique preocupada minha linda, não será hoje e nem amanhã. Eu espero você digerir essa ideia, fica em paz, falou rindo. Boa noite meu amor, eu te amo.
– Também te amo meu anjo, durma bem.
E abraçadas dormiram até o amanhecer. É incrível como as coisas vão se encaixando perfeitamente quando há amor, carinho, compreensão e diálogo.
Fim do capítulo
Cuidado coronel!!!!
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Lea
Em: 29/01/2022
Com certeza a coronel não deve baixar a guarda para esse mais novo traste!
A Márcia foi a primeira e única na vida da Andressa,como que ela pergunta se a esposa ainda era virgem no sexo anal? Por acaso ela acha que a mulher se masturba nesta região? E a coronel não parece nada tímida!!
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