CapÃtulo 52
--Toda vez que estou triste ou quero pensar na vida vou para lá, sempre me ajudam muito.- Falou estacionando o carro na frente de um prédio velho, desceram do carro e Mila foi logo entrando na porta.
--O que funciona aqui Mila?
--Um asilo princesa, eles são bem carentes sabe e sempre que posso venho aqui ajudar de alguma maneira.
--Nossa que legal não sabia desse seu lado caridoso. -Ela falou analisando o local.
--É que não costumo comentar com ninguém, alias nunca disse a ninguém soube esse lugar. -Uma mulher sorridente aproximou-se
--Camilinha que bom que você apareceu, estava sumida.
--Ola Rosa, é que estou estudando muito, mas sempre que der vou aparecer. -Elas falaram abraçando-se
--Trouxe uma amiga desta vez?
--Deixa eu te apresentar, Rosa esta é Elise, Elise esta é Rosa ela que cuida de tudo aqui.
--Prazer te conhecer, mas você cuida de tudo sozinha?
--Não eu conto com a ajuda de uma técnica em enfermagem e um rapaz que é o faz tudo.
--Ok o papo está bom, mas vamos eu vou te apresentar a todos. -Ela levou a Elise em uma sala que tinha vários idosos uns na frente da TV outros jogando cartas e outras senhoras tricotando.
--Boa tarde pessoal como vocês estão? -Disse Mila junto a um grupo deles.
--Camilinha há quanto tempo, como você está? Vêm aqui dá um beijo nessa velha chata. -Uma das senhoras falou com os braços abertos e Mila correu para seus braços.
--Que isso, vó estava morrendo de saudades, deixa eu te apresentar essa aqui é a Elise, ela veio conhecer vocês, e Elise essa é dona Beth ou apenas vó.
--É um prazer conhecer a senhora. -Ela estendeu a mão e a senhora puxou a mão dela para um abraço.
--Nossa como ela é linda Camilinha, parece uma princesa desses livros infantis, vêm cá para eu perguntar uma coisa no seu ouvido.- Mila aproximou-se já rindo da senhora
--Eu digo isso a ela.direto e ela não acredita em mim, mas me fale o que a senhora quer me dizer. -Ela abaixou a cabeça para a senhora fazer a pergunta em seu ouvido.
Elise ficou olhando para aquelas pessoas e não compreendeu o por que deles estarem ali sozinho longe das suas famílias, ela achou fantástico como eles interagiam com a Mila, esta que apresentou ela a grande parte deles.
--Amor o que eu faço?- Elise perguntou no ouvido da namorada, pois não sabia o que fazer naquele local.
--Eles só precisam de atenção princesa converse brinque jogue, faça o que você quiser.
--Ei loirinha você sabe jogar dominó? -Um senhor perguntou.
--De onde eu venho sou a melhor jogadora de dominó que existe.
--Então vem jogar que ta faltando um para ser minha dupla, e vamos ver se você joga tão bem assim.- Ele falou levantando com dificuldade e arrastando a cadeira para a loirinha sentar.
--O senhor vai ver, lá no Recife eu jogava sempre com minha madrinha Carla e alguns amigos.- Começaram a jogar e no meio do jogo um dos senhores pergunta a ela.
--Loirinha por que você ta com esse olhar triste?- Ela respirou fundo e disse
-- É que descobrir que minha mãe sofreu muito para poder me deixar nascer. -Ela falou abaixando a cabeça.
--Mais o porquê isso te deixa triste?- O outro perguntou
--Sei lá eu me sinto culpada, ela é uma pessoa tão boa não queria que ela passasse por tudo aquilo por causa de mim.- Ela deixou umas lágrimas escorrem.
--Mas era para você se sentir feliz, não pelo sofrimento ta sua mãe, mas por ela te amar tanto que não te abandonou mesmo diante do sofrimento. –Disse um dos senhores que estava calado até então.
--É pensado desse lado é verdade, mas isso me corroí.
--Converse com ela filha deixe ela te dizer como se sente, e bati.-O senhor que fazia dupla com Elise falou.
--A não vale estávamos conversando. -Um dos adversários disse Elise começou a rir da discussão que só parou quando Mila se aproximou.
--Vocês três só vivem brigando não é? Vai assustar a Elise e ela não vai vim mais.
--É culpa dessa velho babão.- E assim iria começar uma nova discussão, quando a Mila interrompeu novamente
--Vem Elise vamos ajudar a Rosa com o jantar que esses três ao não vão parar de discutir.
--Ate mais, daqui a pouco eu volto.
--Ate mais loirinha. -Ela saiu e ficou rindo deles.
--Tá gostando princesa? Se quiser podemos ir para casa.
--Não eu to adorando, vamos para cozinha que lá é minha área.- Foram para cozinha e a Rosa foi logo perguntando
--A Camilinha já sei que não sabe nada, mais e você Elise sabe fazer alguma coisa na cozinha?
--Algumas coisas.- Ela disse vendo a mulher cortar verduras.
--Deixa de ser modesta, ela arrasa vai começar a faculdade de gastronomia e vai ser uma das melhores chefs do mundo. -Mila disse olhando nos olhos da sua namorada.
--Não é para tanto amor.- Ela disse e colocou a mão na boca
--A vocês namoram?
--Namoramos.- Camila disse com medo da reação da mulher.
--Que legal, agora vamos parar de falatório que a sopa de hoje vai ficar por conta da nossa chef.
--Tem certeza? E se eles não gostarem?
--Eles vão adorar, minha comida é horrível e eles comem, o ruim e que só temos esses ingredientes, apesar que eles não podem comer de tudo mas só temos esses que estão aqui no balcão, e ai vai fazer nossa sopa ?- Rosa perguntou a olhando
-- Vai princesa todos vão adorar comer uma coisa diferente.
--Está bem vamos ver o que temos. -Ela falou prendendo o cabelo em um coque no alto da cabeça e indo lavar as mãos na pia, Rosa mostrou os materiais e também as contraindicações da nutricionista, ela leu atentamente.
--Vamos fazer então, comecem a cortar os legumes em cubinhos, isso a Mila faz, e Rosa me ajuda aqui. -Elas começaram a preparar a sopa e em pouco mais de uma hora estava pronta. --Agora vejam se ficou boa. -Elise serviu um pouco para cada, que rapidamente pegaram uma colher e começaram a tomar.
--Nossa que delícia, garota você tem futuro hein está muito boa.
--Está mesmo, tive um pequeno problema em acertar o sal pois eles não podem comer nada com muito sal, mais o demais é uma simples sopa.
--Eu não disse Rosa minha princesa é uma chef de mão cheia.
--É mesmo Camilinha, agora deixa eu ir que ainda tem algumas senhoras que eu tenho que dar banho, vocês ficam de olhos nos demais que estão no salão com a menina que já deve está dando os remédios deles.
--Vamos sim.- Disse Elise empolgada e completamente entretida a ponto de esquecer o que lhe afligia, elas ficaram pelo salão conversando e pode observar o quando era precária a situação do lugar, mesmo a Rosa e os demais demonstrando todo cuidado do mundo eles não tinham condições de dar um conforto para aqueles senhores.
--Pessoal vamos para mesa? Hoje nossa cozinheira foi a Loirinha ali, e vou logo adiantando, não pode repetir mais de uma vez para não estufar a barriga. - Rosa disse e os que andavam já levantaram e foram para uma grande mesa que tinha em um grande salão, os de cadeiras de rodas todos ajudaram a leva-los pra juntos de todos, logo os que comiam sozinhos estavam em volta da mesa e os que precisam de auxílio para comer ficavam por perto, Elise e Rosa estava dando de comer dois senhores bem doentinhos que nem falavam mais.
--Rosa, vocês recebem ajuda do governo para se manter?
--Não Elise alguns familiares os que podem pagam a mensalidade que nem é tão alta, e os que não pode nos ajudam de alguma maneira, ou com alimentos, material de limpeza, medicamentos, fraldas,ou ate mesmo ajudam nas tarefas da casa, o dinheiro nos pagamos os dois funcionários, o que sobra das demais despesas eu guardo para alguma despesa extra que sempre aparece pois volta e meia eles precisam de médicos ou algo mais.- Rosa falava com pesar na voz que deixava claro o quão difícil era.
--Então quer dizer que nem todos podem pagar a estadia aqui?
--Não Elise apenas cinco dos vinte que pagam a estadia integral os demais ou não tem condições ou a família não liga para eles.
--Então o dinheiro que entra é pouco mesmo.- Ela estava impressionada.
--Pouco é, nos vivemos pela misericórdia de Deus e de algumas pessoas da comunidade que sempre nos ajudam.
--Nossa que barra, e em relação a médicos como vocês fazem?
--Quando alguns deles estão precisando eu vou de madrugada para a porta do hospital tentar conseguir uma vaga que quando consigo a consulta é para daqui a três meses ou mais, se é emergência e vejo que não da para esperar levo em algum hospital particular e pago com a reserva que não é muita mais sempre quebra um galho.- Elise estava impressionada com o bom coração daquela mulher.
--Rosa desculpa perguntar e você não recebe nada?
--Eu recebo uma pensão, pois sou viúva esse casa foi herança do meu marido, sempre gostei de cuidar de idosos então como fiquei sozinha nesse mundo resolvi cuidar deles.
--Nossa você faz tudo isso e não recebe nada em troca?
--Recebo sim não é seu Jose da um beijo melado de sopa aqui.- Ela falou para o senhor que ela dava comida, que logo foi atendida com lágrimas nos olhos ao escutar toda essa história Elise começou a ver as maneiras de ajudar esse lar.
--Nossa que legal, vou ver o que posso fazer para ajudar vocês está bem?
--É só vim cozinhar mais vezes. -Uma senhora que estava perto dela disse.
--Sério vocês gostaram? -Elise perguntou desconfiada.
--Gostamos. -Ouviu-se um coro e um dos senhores completou
--Se for solteira e quiser casar eu tô aqui loirinha.- Todos começaram a rir e logo depois a Mila a chamou para ir embora elas despediram-se e se foram ela deu o número do telefone dela para a Rosa e disse que qualquer coisa que precisasse ligasse para ela, e iria ver com a mãe dela que era medica o que poderia fazer para ajudar.
--E ai princesa como você está se sentindo?- Mila perguntou ao entrar no carro.
--Estou bem melhor, muito obrigada amor me ajudou muito conhecer esse lugar, e eles me aconselharam bastante sobre o que fazer ao chegar em casa, e a Rosa que ser humano ela é, fiquei super emocionada com tudo, e vou ver o quanto eu possa ajudar.
--Então já que a senhorita está melhor vamos voltar para casa que a Emy já me mandou várias mensagens perguntando sobre você, mas você me deixa em casa antes?
--Você não vai dormir comigo hoje?
--Ai princesa suas mães podem achar ruim eu lá enfi*da todos os dias.
--Nos estamos de ferias e elas não ligam para isso, vamos fazer uma coisa hoje você dormi lá em casa e amanhã durmo na sua o que acha?
--Está bem, e deixa eu te parabenizar, sua sopa fez sucesso hein. -Elas riram um pouco e rapidamente chegaram em casa.
--Amor vou no quarto falar com minha mãe.
--Eu vou tomar um banho e te espero no teu quarto.
--Daqui a pouco eu chego lá. -Elise saiu em direção ao quarto da mãe e bateu de leve na porta, e foi autorizada a entrar
--Posso entrar?- Ela viu a mãe deitada no colo de Emy com os olhos inchados de chorar.
--Claro filha entra.- Ela levantou enxugando as lágrimas.
--Eu vou dar o leite das crianças. -Emy falou levantando da cama.
--Vai precisar de ajuda amor?- Carol perguntou
--Não linda podem conversar tranquilamente.
--Qualquer coisa me chama amor. -Emy saiu do quarto e Carol lançou um olhar de quem estava em desespero e Elise não aguentou e correu para o braço da mãe.
--Mãe desculpa eu não queria de magoar, é que eu fiquei sem entender como você consegue me amar depois de tudo que passou na mão daqueles caras e depois eu apareci, como consegui me amar olhando para minha cara e lembrando daquele dia, e de tudo que você passou para poder me ter e me criar, desculpa mãe.- Ela falava abraçada a mãe chorando muito.
--Elise para, olha pra mim nunca mais fale uma coisa dessa, filha você não teve culpa de nada me escutou? Nada, eu te amo e nunca em toda minha vida eu vou associar você aquela monstruosidade que me fizeram, eu te amo filha e você não tem nada haver nem com aquele dia nem minha decisão de te ter, eu te gerei e te amei desde do primeiro momento que soube que estava grávida, então nunca duvide que você é culpada por algo que aconteceu a mim e nem a Emy, entendeu?- Carol falava olhando nos olhos da filha.
--Eu também te amo mãe.- E ficaram abraçadas, ate que cochilaram. E só acordaram de madrugada ao escutar o choro das crianças. --Nossa dormimos pesado mesmo.- Elise disse esfregando os olhos.
--Deixa eu ver as crianças o leite que tem já teve está acabando. -Carol levantou e Carol a seguiu.
--Deixa eu ajudar você, mãe. -Saíram abraçadas e ao entrarem no quarto estava Emy e Mila dando leite ao Gui e a Estela.
--Olha a dupla que está cuidando dos seus filhos mãe, será que elas dão conta sozinha? -Disse Elise indo para perto da Mila.
--Não sei filha ate que estão se saindo bem. -Disse rindo.
--Eu estou me saindo bem mais essa fracote ai só faz cochilar. -Emy disse apontando para Mila.
--Olha quem fala, o Antonio só chorou porque ela cochilou e a mamadeira escapuliu da mão dela.- Mila falou rindo
--O Toninho já comeu?- Elise perguntou
--Sim princesa, eles fizeram um serão e dormiram faz apenas duas horas e quando cochilamos eles acordaram.
--Amor por que você não me chamou? Eu viria te ajudar.
--Vocês estavam tão bonitinhas dormindo abraçadas que fiquei com pena ai chamei a baixinha ai e é mole amor, não vai aguentar dar um plantão que vai dormir.
--Eu só estou cansada e não dormir direito a noite passada.- Mila se defendia e as demais só faziam rir da cara dela.
--Pronto coisa linda da mãe, agora a tia Mila vai trocar a sua fralda. -Disse Emy colocando o Gui no trocador.
--Por que só sobra para mim trocar as fraldas já troquei os dois, você joga sujo Emy pega a Estelinha que eu troco o Gui.
--Me dar ela aqui amor.- Disse Elise pegando a menina, Mila trocou a fralda do Gui e a Elise colocou a menina para dormir.
--Pronto agora podemos dormir- Disse elas colocando eles no berço --mãe se precisar de nós vai nós chamar.
--Está bem filha durmam bem vocês duas, ate amanhã. -Carol deu um beijo na testa da filha e antes de chegar na porta do seu quarto Elise a chamou
--Mãe...
--Oi filha?
--Eu te amo.
--Também te amo, e sempre vou amar.- Elise despediu-se e entrou no quarto com a namorada.
--E ai princesa como foi a conversa?
--Foi boa, nos acertamos e ficou tudo certo.
--Que legal, agora vamos deitar que estou pregada de sono, aqueles três não são fáceis. -Ela disse deitando e abrindo os braços.
--Preciso de um banho já chego.- E entrou no banheiro, assim que saiu a Mila já tinha cochilado, ela deitou e ficou analisando todo seu dia, o quão difícil foi, e o quanto ela gostou de ter ido ao asilo e de como iria ajudá-los, acabou cochilando, elas acordaram as onze da manhã com a dona Eva batendo na porta,
--Entra mãe.- Disse Mila ainda dormindo
--Filha preciso que você faça um favor para mim. -Ela disse entrando no quarto e percebeu que tinha acordado as garotas.--Ai desculpa eu pensei que vocês estavam acordadas, mais meu Jesus como vocês jovens consegue dormi tanto hein?
--Bom dia dona Eva a mamãe já levantou? -Disse Elise levantando.
--Bom dia filha, elas estão lá entrevistando as babá, por isso que quero que essa preguiçosa levante para me fazer um favor eu tô cuidado das crianças e preparando o almoço, e tenho que ir no banco fazer uns pagamentos, lá de casa, levanta minha filha.- Ela jogou a almofada na filha que só fazia virar-se.
--A dona Eva aprendi uma técnica para fazer ela levantar. -Elise disse e deitou na cama e começou a fazer cócegas na outra.
--Tá bom levantei. Ela disse pulando na cama.
--Eu prefiro um balde de água, mais já que resolveu Camilinha troca de roupa e lá embaixo te explico agora deixa eu ir senão o almoço vai desandar.- A Senhora saiu do quarto e as duas após a suas higiene desceram para tomar café
--Amor vai no meu carro quê quero ver umas coisas com a minha mãe, quando você voltar eu vou com você para sua casa..
--Tudo bem agora deixa eu ir que tua sogra já deve está agoniada.- Deram um beijinho e despediram-se, Elise subiu para o quarto dos gêmeos para ver se eles estavam acordados. Encontrou no quarto a sua mãe Emy e uma mulher que deveria ser a nova babá.
-- Filha essa aqui é a Val ela vai ser a nova babá. -Elise olhou bem e percebeu que a Val era um transexu*l* muito bem vestido.
--Prazer Val meu nome é Elise, está pronta para esses três pestinhas?
--Prazer, nossa ela perece uma boneca Barbie, e não se preocupe que seus irmãozinhos vão ser bem cuidado, pois depois de cuidar de seis sobrinhos acho que aprendi direitinho. - Ela falava toda feliz
--Então seja bem vinda a casa, agora deixa eu ir que vou tomar um solzinho na piscina, afinal estou de ferias.- Ela deu um beijinho nos irmãos e saiu, deu um tempo na piscina e a tarde ela recebeu uma ligação não conhecia o número.
--Alô Elise?
--É ela quem é?
--Oi é a Rosa aqui do asilo tudo bem?
--Ola Rosa estou bem aconteceu alguma coisa?
-- Aconteceu minha querida, ontem a dona Beth escorregou e machucou o braço, levei ela no hospital, mas eles disseram que não tinham médico especialista e também a máquina de raio x está quebrada, e isso repetiu nos outras duas emergências que fomos, e infelizmente estamos sem dinheiro na reserva pois outro ficou doente e gastamos tudo com os exames, você disse que sua mãe é médica será que você pode falar com ela para ela dá uma olhadinha no braço dela, isso se não for atrapalhar é claro.
--Rosa vou falar com ela esse é seu número?
--É sim
--Pronto qualquer coisa eu te ligo.- Desligou o celular e foi a procura da mãe que estava saindo do banho.
--Mãe uma conhecida minha está precisando de atendimento você poderia ir comigo?
--Posso filha, mas não seria melhor pedir para ela ir no hospital o Be ta de plantão.
--Não, gostaria que fosse a senhora, vamos comigo e também quero que conheça um lugar, pode ser?
--Ok, chama a Emy para dizer para ela ficar de olho nas crianças afinal é o primeiro dia da Val, é sempre bom ter cuidado, vou trocar de roupa
-- Vou lá não demora, por favor.- Ela saiu a procura da Emy que estava no escritório e subiu no mesmo instante, a Carol pegou sua maleta e saiu com a filha no caminho a Elise foi explicando.
--Mãe ontem a Mila me levou para conhecer um Asilo que ela ajuda sempre que pode, e gostei muito ate fiz o jantar deles, são todos muito legal e a Rosa que é a dona, mãe a senhora precisa ver ela não recebe nada por isso e faz um verdadeiro milagre para cuidar do lugar, eu disse que minha mãe era médica e ela me ligou agora a tarde dizendo que dona Beth uma senhora muito legal tinha caído e machucou o braço, ela levou em várias emergências mais elas não tinham médicos para atendê-la, dai ela ligou pois não tinha outra opção.
--Nossa filha que legal da sua parte, vamos ver o que poderemos fazer.
-- A senhora vai adorar eles, são ótimas pessoas.- Elise dirigiu mais uns minutos e chegaram, elas desceram e tocaram a companhia.
--Dona Rosa essa é minha mãe Doutora Carolina Feitosa, Mãe essa é Rosa a dona daqui.
--É um prazer doutora e desculpa eu ter incomodado, mas é que não tinha outra opção.- Ela falou estendendo a mão
--Não se preocupe Rosa não foi incômodo nenhum agora me leva na Beth não é esse o nome dela?
--É sim ela está lá no quarto, venha.- Elas a acompanharam e ao chegar no quarto a senhora estava na cama com o braço enfaixado.
--Dona Beth olha que veio te visitar. Rosa disse entrando no quarto.
--Princesinha vem aqui dar um beijo na Vó Beth.
--Olá vó como a senhora tá? Olha essa aqui é minha mãe ela é médica será que pode dar uma olhadinha nesse braço? -Ela disse após dar um abraço na idosa.
--Claro que pode está doendo tanto loirinha.- Ela fez uma cara de dor tentando se senta na cama.
--É um prazer dona Beth agora deixa eu ver esse braço.
--Deixo sim, agora eu sei de onde você herdou tamanha beleza. -Falavam enquanto Carol tirava a faixa.
--Muito obrigada dona Beth, ela é mais bonita que eu, mas mesmo assim fico lisonjeada, agora me responda uma coisa no hospital passaram algum remédio, alguém examinou esse braço?
--Não eles disseram que não tinham médico e nem o raio x, dai me deram esse remédio para dor e mandaram para casa.
--Sei deixa me ver. -Ela disse ao examinar o braço. --É dona Beth eu preciso de um raio x para confirmar, mas creio que a senhora fraturou o rádio.
--Está bem doutora vamos ver o que podemos fazer para tirar o raio x e ver como faremos, muito obrigada.- Rosa falou desmotivada.
--Nada disso ela não pode esperar mais tempo, já está calcificando irregularmente, vamos agora mesmo ver isso.
--Mas doutora não temos dinheiro nem para o raio x quanto mais para o tratamento.
--Não se preocupe com isso eu mesma vou cuidar dela, a senhora consegui ir de carro ou prefere que chame a ambulância dona Beth?
--Consigo sim ir de carro filha, muito obrigada, loirinha me ajuda a levantar?
--Claro que ajudo vamos, Rosa você vai conosco?
--Posso ir daqui a pouco, pois a menina só chega daqui a uns trinta minutos, qual hospital a senhora vai doutora?
-- Aqui está o cartão tem o endereço.
--Nossa doutora esse hospital é muito caro a senhora não quer levar em um mais em conta?
--Rosa não se preocupe com isso está bem? -Disse Carol
--Não se preocupe Rosa, a Doutora aqui da um desconto para ela mesma não é mãe? -Elise disse rindo
--Como assim menina? -Rosa não entendeu
--O hospital é de nossa família Rosa, não vamos ter problemas com essa questão agora vamos que já estou com saudades do hospital.
--A Emy vai me matar por fazer você ir lá, ela disse que você estava proibida de pisar lá enquanto a sua licença maternidade estivesse vigorando.
--Mas é por uma boa causa não se preocupe. -Agora vai dirigindo que vou com dona Beth aqui atrás, Elise saiu dirigindo com cuidado para não sacolejar muito foram conversando o caminho inteiro. .
--Você é casada doutora? -A idosa perguntou
--Sou sim e acabei de ter trigêmeos, estão de quarenta dias, olha aqui a foto.
--Que lindinhos eu adoro recém nascidos, eles são tão frágeis e tão fofos, mas como você da conta de três de uma vez só?
--Eu tenho ajuda. -Ela falou olhando o braço dela
--Loirinha cadê a Camilinha? Ela não veio com você?
--Ela foi fazer uns favores para a mãe dela.
--Sabe que vocês formam um casal bonito, ela me disse que estava apaixonada mais não sabia que vocês se gostavam tanto.
--Mas ela te disse que estávamos namorando?
--Não ela não precisou estava escrito no olhar dela quando você estava jogando domínio com aqueles velhos caducos.
--Isso é algum problema para você? -Carol perguntou com o pé atrás.
--Para mim nenhum o que importa é o amor.
--É isso ai vó, pronto chegamos. -Elise disse entrando no estacionamento, assim que desceram a Carol disse.
--Filha corre lá na entrada e trás uma cadeira, não quero que ela fosse o braço.-Ela obedeceu e logo trouxe elas entraram no elevador e assim que entraram no hospital todos cumprimentaram a Carol, e também perguntavam pelos bebês e logo chegaram na sala de raio x e a Carol fez tudo que tinha para fazer e horas depois elas estavam retornando para o asilo, a senhora com o braço imobilizado no caminho ainda passaram na farmácia e compraram os remédios para ela, assim que entraram alguns deles cumprimentaram a Elise e outros perguntavam se foi ela que fez o jantar.
--Nossa filha parece que eles adoraram sua comida.
--È por que a doutora não tomou a sopa que ela fez, tava uma delícia, agora eu vou deitar um pouco, eu não tenho como agradecer a vocês, que Deus abençoe as duas, e lembre-se que quero conhecer os bebês.
--Não foi nada dona Beth e lembre-se de daqui a quinze dias ir lá no hospital e procurar o doutor Bernardo, ele vai te atender .- Despediram-se e logo a Rosa aproximou-se.
--Eu não sei como agradecer a vocês duas, eu não sabia o que fazer.
--Não se preocupe, eu quero conversar com você melhor, eu vou voltar com a Elise e as crianças para apresentar a dona Beth, ai conversamos melhor se precisar de qualquer coisa pode me ligar meu telefone esta naquele cartão, e também pode ligar para a Elise.- Carol foi gentil.
--Muito obrigada mesmo, meus velhinhos agradecem.
--Agora deixa eu ir pois meus seios estão super pesados de leite.
--A que legal você tem um bebê de quantos meses? -Rosa perguntou
--Um não três, estão com quarenta dias, e comem pra caramba, por isso que já vou, mas trarei eles outro dia, aqui os remédios e as recomendações, daqui a quinze dias leve ela lá no hospital e procure o doutor Bernardo ele vai atender ela, mas não se preocupe antes disso eu volto.
--Está certo doutora, muito obrigada e ate breve.
--Chau Rosa qualquer dia eu apareço com a Mila.
--Mande um abraço para ela.- Despediram-se e as loirinhas partiram com a promessa de retorno, a noite Elise foi para casa de Mila e depois de se amarem dormiram abraçadas.
Fim do capítulo
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