Olá meus queridos, tudo bem com vocês?
Nossa, como eu estava com saudades, vocês não tem noção do quanto! Mas espero que tenham visto minhas notificações nas atividades; como sempre digo, posso demorar a postar, mas estou fazendo o possível para manter vocês informados de tudo.
Bem, vamos aos motivos do meu super atraso esse mês e olha… Foi "pedreira" viu. Metade de janeiro até o final foi bemmmm complicado pra mim, bateu uma bad pessoal muito pesada, do tipo que achei que não tinha mais solução pra nada sabe, mesmo assim tentei colocar a cabeça no lugar e seguir mesmo que aos cacos, até mesmo escrever estava pesado e cansativo.
Eu estou em um esquema de escrita um tanto diferente, eu quero concluir a nossa spin-off e uma fic curta que estou prestes a terminar para me focar completamente em Fios do Destino, O Convite e no e-book. Sinto que estarei mais desafogada… Pode parecer pouco, mas são praticamente cinco capítulos de histórias diferentes, cada qual com as suas peculiaridades e por volta de 10 à 12 páginas por capítulo, ou seja no mínimo umas 50 páginas por mês. Adicionando aqui também o meu período super apertado para escrever o projeto para o mestrado.
Me disseram para abandonar temporariamente O Convite, devido falta de leitores e tal, mas eu jamais faria algo do tipo. Por mais que alguns leitores tenham abandonado, que tenha poucos comentários ou qualquer coisa do tipo O Convite tem algo muito especial pra mim assim como Fios do Destino e mesmo que tivesse apenas uma pessoa eu não deixaria de lado.
Fora isso se der certo vou conseguir um emprego, o que vai me ajudar em muitos fatores... Pessoal, profissional e no e-book também, afinal poderei adicionar ideias bacanas que estão pipocando. Comecei a trabalhar na ficha dos personagens - o que dá um trabalho do caramba - já pensei nos nomes, mas talvez eles mudem, também escrevi uma sinopse provisória.
É isso meus queridos, talvez demore mais do que eu estou querendo, mas finalmente farei a minha original, eu lutei muito contra isso e ainda acho que não tenho esse cacife todo, mas vou arriscar, vocês me deixaram muito pilhada, agora me aguentem kkkkk…
Ótima leitura a todos!
O Elo
Mesmo que estivesse à beira da completa exaustão o jovem aspirante a escudeiro havia reunido os resquícios de forças que ainda lhe restava para tomar suas notas pessoais. Por mais que não fosse uma atividade comum aos lacedemônios, ou de maior relevância, seu senhor era bondoso ao ponto de lhe manter sempre munido de novas tabuinhas de cera e estilete. Chris algum dia já fora um cidadão livre, pertencente à outra pólis, possuía servos que se dedicavam ao bem estar da sua família, um tutor particular que cuidava de sua educação, assim ele acabara cultivando o apreço por escrever, característica que Dienekes apreciava no rapaz.
Procurou manter-se o mais afastado possível dos demais, preferia assim, seus amigos lhe tomariam por um tolo por desperdiçar o pouco tempo de descanso daquela forma, mesmo assim não se importava, apoiou as costas levemente travadas pelo esforço na pesada armadura de sua senhora - feita de couraça de linho - e concentrou-se, mesmo sem tirar a atenção das provisões e equipamentos sob seus cuidados.
Já estava praticamente amanhecendo, o estrondo dos ânimos exaltados dera lugar a um momento de quietude raro e rápido. Algumas poucas vozes ainda se perdiam pelo vale com palavras rápidas e singelas ou algum riso tomado por chistes ou comentários mais indecente sobre os dias de penúria aos quais estavam se submetendo enquanto penteavam os longos cabelos embaraçados e suados.
Chris trabalhava com o estilete sobre a tábua de forma precisa, mas cuidadosa, não apenas para não desperdiçar os insumos que eram dados por seu senhor, mas para se valer do pouco tempo disponível… Afastara-se de todos, pois não suportava a indiscrição de seus amigos desde que descobriram que estava a tomar notas sobre os feitos de sua senhora e obviamente eles tomaram tal atitude de forma maliciosa.
Já estavam fora de Esparta há sete dias, o rei Leônidas partira para os vales onde faziam os treinamentos de guerra com um regimento inteiro, totalizando por volta de três mil homens entre soldados, servos e escudeiros, tudo minuciosamente calculado para que fosse o mais próximo possível de uma campanha real, entretanto a cautela também se valia para que nenhum bom homem fosse perdido desnecessariamente.
Ele não sabia dizer qual das etapas fora a pior até o presente momento, mas desejava que concluíssem o mais rápido possível. Nos primeiros dias trocaram a noite pelo dia, treinaram estratégias incansavelmente, simularam ataques surpresa, subiam e desciam ladeiras íngremes com todo o equipamento de batalha, tudo isso na completa escuridão. Aquilo já era um pandemônio quando se podia enxergar; no completo manto de Nix era uma experiência mil vezes mais desgastante, principalmente quando ele era o responsável por Clarisse em diversos aspectos, incluindo carregar o equipamento de quase quarenta quilos e ajudá-la a atar as proteções firmemente antes de cada exercício que envolvia todo o regimento.
Beberam doses de vinho fracionadas nos primeiros dias, ajudava a despertar os instintos e a maquiar as dores quando começavam a se instalar, mas como era uma simulação de batalha, eles agora se encontravam em total racionamento de líquidos, alguns já entravam em fase de desidratação e outros simplesmente não conseguiam sequer engolir os frangalhos de pão duro que sobrara como última refeição.
Deixou suas anotações de lado por poucos instantes, sabia que aquele era o momento de chamar sua senhora, mesmo que não houvesse muito que dividir, entretanto era acometido pela falta de coragem, já que a semideusa lhe deixara bem avisado de que se lhe importunasse durante o breve descanso ela lhe espancaria até lhe deixar desacordado… Tinha um péssimo humor quando estava cansada, mas não era para menos, estavam a dois dias inteiros trabalhando na falange sem qualquer descanso decente. Nada em hipótese alguma era capaz de romper a falange espartana e isso se dava pelo trabalho árduo de transpor qualquer obstáculo, não importava como, eles deveriam ser como a água e jamais desfazer a linha de combate.
Dirigiu-se até Clarisse assim que conseguiu selecionar alguns pedaços de pão em melhor estado, ajoelhou-se assim que seus olhos pousaram sobre o corpo feminino, adormecido pesadamente sobre o solo irregular. Poderia estar coberta pelo manto puído, os cabelos agora um pouco maiores visivelmente embaraçados e sujos como dos demais, mesmo assim tinha de confessar que ainda continuava linda.
-Clarisse… - chamou ainda incerto de tal atitude, mas respirando fundo e balançando suavemente o ombro exposto da sua senhora. - precisa se alimentar, vamos… - insistiu um pouco mais, por mais que a semideusa fosse displicente quanto as suas necessidades ele fazia o possível para suprir nesse quesito.
-Portar escudos! - a voz de Jason retumbou pelo vale, pouco se importando em quem acordaria incluindo os oficiais mais experientes que ele, desde que os efebos estivessem a postos.
Chris tencionou de imediato e ele não era exatamente o tipo de pessoa que se deixava intimidar, nem mesmo por Jason. Deixaria suas notas sobre os feitos da filha de Ares nos últimos dias para uma ocasião mais oportuna; os mais velhos continuaram em suas posições, dormindo ou observando a mais nova interação, pelos menos algo que os entretece.
-Vamos logo… - resmungou balançando o ombro da garota com um pouco mais de força, mesmo que resultasse em um olho roxo no processo.
O oficial espartano pegou um dos aparadores de escudo que o primeiro da fileira deixara de lado displicentemente e bateu com toda a força que possuía em cada um dos novatos que não se levantara a tempo para se defender ou que negligenciaram seus escudos - o bem mais precioso de um espartano. Os primeiros levantaram desnorteados após a dor, os subsequentes tentaram evitar, mas ainda sofreram as consequências como cortes, narizes quebrados e sangue para todo o lado.
Clarisse travou os dentes, tamanha era a crescente raiva, seja lá quem estivesse lhe infernizando naquele momento colheria os frutos. Ao abrir os olhos quase não teve tempo de assimilar o que estava se passando, apenas teve tempo de atar à tira de couro ao braço, empurrar seu companheiro de treino em direção ao chão e erguer o escudo a tempo de repelir o golpe que viera imediatamente contra o seu rosto. O impacto fora tão forte que os pés da semideusa fizeram sulcos na terra desregular e encharcada pela última chuva, já Jason retrocedeu alguns poucos passos mesmo que a contragosto. A filha de Ares assumiu a posição de defesa, observou os parceiros de linha, a sua maioria ainda desnorteados pelo sono, sede, fome ou pelo sangue que escorria por partes diferentes do corpo, mas prontos para tentar revidar uma nova investida.
-Está com raiva de mim efebo?! - berrou contra o rosto de um novato aleatório que havia sido agraciado com a sua ira.
-Não senhor! - retrucou firme na posição em que se encontrava.
-Quero ver a feição raivosa de vocês quando estiverem com quarenta centímetros de lança enfi*da no rab* por não estarem com seus escudos a postos! - retrucou enquanto olhava novamente um a um com a expressão de desprezo.
A essa altura a atitude mais infeliz que poderiam tomar seria a de irritar alguém como Jason, contudo nenhum outro tutor interveio, por mais indelicado que o espartano fosse era uma injúria à forma que parte dos novatos deixara seus escudos enquanto faziam um breve repouso.
-Linha de batalha, agora!
Atenderam a ordem de imediato, sabiam o que esperar e nem de perto seria uma boa forma de começar o dia. Jason encabeçou o pelotão, direcionando-os até o já conhecido e velho carvalho que ali havia.
Fizeram filas de oito em oito, Clarisse liderou uma delas, por mais que seu estado não fosse dos melhores ela ainda conseguiria suportar um pouco mais que os outros, o que pudesse fazer para evitar baixas desnecessárias ela faria, afinal não seria a primeira vez que se encontrava em um treinamento de guerra e ela já presenciara alguns de seus companheiros falecerem por exaustão.
Assim que o comando foi dado ela sentiu a força de cada um dos sete escudos contra as suas costas, Clarisse travou os dentes para suportar a pressão, mesmo que seus companheiros estivessem igualmente cansados ainda era uma atividade dolorosa, todos os seus músculos já estavam tensos e desgastados dos últimos dias. Não sabia quanto o seu escudo de treino também suportaria, mas empregou toda sua força contra aquele carvalho ancestral.
-Diga para todos os seus companheiros o porquê de não deixar seu escudo de lado sob qualquer hipótese. - disse Jason em alto e bom som para que qualquer outro ali fosse capaz de escutar o que se passava.
Clarisse teve que se lembrar de como respirar antes de responder adequadamente, se deixasse sua concentração de lado ela seria esmagada contra a árvore e teria de ceder seu lugar ao segundo da fila, se não respondesse a altura Jason com certeza lhe faria repetir por vezes consecutivas até que se sentisse satisfeito.
-Meu escudo protege o meu irmão ao meu lado, a minha cidade e as ideais de Esparta! - sua garganta estava seca, mas conseguiu soar tão alto quanto o oficial.
A pressão que exerceu trincou o velho carvalho, espalhando farpas enquanto afundava alguns poucos centímetros. Jason estreitou os olhos e sorriu de canto, satisfeito com o que fora registrado.
-Me parece que ainda tem um pouco de força em você... - comentou dando o comando para que retrocedessem. - Quero essa mesma força contra a coluna daqueles malditos orientais…
A sua maioria deixou-se cair no chão e por ali ficariam até que conseguissem se recuperar ou até que lhes fossem dada mais alguma ordem, pouco se importando se haviam urinado nas próprias vestes. Clarisse respirou profundamente, o carvalho era a única coisa que lhe impedia de despencar como os outros, pode escutar as vozes e passos apressados dos escudeiros que se organizavam para atender aos seus jovens senhores com prontidão… Fechou os olhos se rendendo ao cansaço, em breve ela estaria rumando novamente para Esparta, ela conseguiria suportar, ela protegeria aqueles que amava.
~***~
Annabeth já estava a algumas horas vagando pelo bosque no intuito de se distrair, terminara suas atividades relativamente cedo e agora havia deixado os domínios mais povoados dedicados à deusa Ártemis para poder caçar. A ateniense já estava a dois anos vivendo sob a tutela da Olimpiana em seu Santuário em Brauro, na costa leste da Ática; era de acordo entre ela e Temístocles que assim seria melhor, mesmo que lhe doesse deixar a sua tão amada Atenas e seu acalorado fervilhar político, bem sabia que terceiros tramavam às suas costas e apenas sob a proteção da deusa da caça ela estaria afastada de obrigações inoportunas como um casamento arranjado.
Poderia ter aproveitado a boa companhia de alguma das garotas que teriam lhe seguido de bom grado, contudo aquela deveria ser uma caçada solitária e assim quem sabe ela seria capaz de colocar os seus pensamentos em ordem novamente; nem mesmo Delfos - a coruja que ganhara de presente de Clarisse quando ainda eram crianças - lhe acompanhara no momento e bem sabia que sua doce parceira ficaria sentida pelos próximos dias caso descobrisse tamanha traição por parte de sua dona.
Preparou o arco belo e delicado com prontidão e cuidado, a flecha prateada materializou-se magicamente assim que seus dedos tencionaram a seta, seus ouvidos captando novamente o barulho provocado peloo farfalhar no pequeno arbusto. Deveria ser apenas uma lebre, mas era o suficiente para as suas necessidades, afinal a essa altura a jantar já deveria estar sendo servido no acampamento e ela pretendia passar mais tempo à luz do luar.
-Normalmente você não hesita por tanto tempo antes de abater sua refeição… Isso tudo é minha falta?!
O comentário lhe desconcentrou e obviamente também havia espantado o seu pequeno jantar, Annabeth suspirou frustrada, mas sua flecha encontrara um novo alvo automaticamente.
-Pensei que seu mau humor fosse apenas pela manhã... - devolveu Thalia com um pequeno sorriso de lado, não parecia se importar com a ponta perigosa da flecha cravada contra o tronco bem ao lado de seu rosto.
A filha de Athena correspondeu ao sorriso, estava aliviada em ver novamente os olhos azuis de sua amiga mais uma vez. Thalia deixara o acampamento há pelo menos três dias e desde então Annabeth não conseguira manter o foco da forma devida, seja na caça, nos estudos ou em seus treinos.
A morena de cabelos curtos extinguiu a distância entre elas e acolheu em seus braços a jovem ateniense. Thalia era o braço direito da deusa e sua oficial mais fiel; seu pai, Zeus, lhe entregara a deusa selvagem para que assim ela não sofresse com as perseguições da rainha do Olimpo, evitando assim que a mesma possuísse um destino tão amargo como o do semideus Héracles; assim ela crescera pelos arredores do santuário sob os cuidados e mentoria de Ártemis, nunca fora do tipo que se afeiçoava com facilidade, já havia sofrido perdas dolorosas o suficiente para não se deixar envolver, mas com o passar do tempo ela e Annabeth desenvolveram uma amizade verdadeira.
-Como fome? - perguntou dando um beijo delicado contra os fios dourados da garota que adquiriam um tom bonito, seja com o manto se Ártemis ou de Apolo.
-Certamente que sim… - resmungou a mais nova contra o peitoral de couro que protegia o corpo da caçadora. - você me deixou sem jantar. - pode sentir o riso da mais velha contra seus cabelos.
Caminharam em um silêncio tranquilo por alguns minutos até pararem em uma singela clareira onde Thalia deixara a égua que estava sob sua posse. Annabeth acariciou o focinho branco que espelhava a luz noturna, o animal cutucou as vestes animadamente ao lhe reconhecer, procurando por algo que fosse do seu agrado, contudo a semideusa não possuía nada para lhe presentear dessa vez.
Acomodaram-se em um velho e robusto tronco caído pela proximidade, provavelmente já servira de suporte para viajantes ou até mesmo outras caçadoras que saíam em vigília. Thalia dividira entre elas pão, queijo e algumas frutas que trouxera em uma sacola de mantimentos, a tenente resolvera passar no acampamento antes de procurar por sua amiga, já que segundo outras garotas, a filha de Athena esteve fora por um longo período e ela sabia bem qual era o motivo de seu isolamento, como bem esperava não se alimentara da forma devida.
Comeram em total silêncio, mas por mais que Annabeth tentasse esconder com sua postura o que estava lhe afligindo Thalia era perspicaz o suficiente para ler o que estampava em seus olhos. Tinha de ser filha de Athena, sempre orgulhosa demais para demonstrar suas fraquezas ou seus verdadeiros sentimentos, contudo não poderia lhe julgar, elas eram muito parecidas nesse quesito… Gostando ou não era uma forma de proteger a si e quem estava ao seu redor.
Passaram-se exatamente três dias desde que ela havia se ausentado do santuário para cumprir com suas obrigações. Thalia não era apenas a oficial de maior respaldo no recinto, que participava ativamente de campanhas bélicas em nome da sua protetora, também era encarregada de participar de conselhos políticos pelas áreas adjacentes, evitando conflitos desnecessários e atividades religiosas ligadas a Ártemis, era comum que sua presença fosse requisitada para exercer o papel de sacerdotisa… Com isso sua mais recente viagem lhe enviara para as terras do sul da Grécia, a Lacedemônia, lar dos Espartanos.
-Então… Como foi? - perguntou a filha de Athena trazendo a mais velha novamente a realidade
A resposta não veio de imediato, os olhos azuis se prenderam ao solo por alguns instantes, como se processasse melhor a pergunta ou estivesse repassando muitas informações em uma fração de segundos . A quietude extrema de Thalia não era algo que lhe trazia conforto.
-Eu a encontrei… - informou ainda imersa em seus pensamentos, pode sentir que Annabeth soltara um pouco do ar que prendera até então. - está viva se é isso o que tem lhe afligido nos últimos dias.
A loira apenas resmungou algo não muito audível, poderia ter revidado com algumas palavras ou gesto mais enérgico, mas não foi o que aconteceu. Por mais que a filha de Athena tenha entendido aquilo como uma possível provocação, não havia uma outra forma direta de lhe dizer aquilo. Annabeth lhe deixara encarregada de levantar informações sobre Clarisse - uma filha de Ares que se encontrava sob a rígida tutela dos Espartanos -, pelo que escutou dos relatos da loira, já haviam se passado seis anos desde a última vez que se viram e desde então não passara um dia sequer sem que ela demonstrasse preocupação com aqueles que eram próximos, principalmente com a princesa espartana.
A princípio ela desconfiara que fosse por conta do treinamento tido como cruel, mesmo que fosse uma semideusa, até mesmo os mais fortes chegavam a sucumbir, mas a forma que a ateniense se mostrara após descobrir que teria uma missão muito específica ao sul lhe indicava que poderia ser um pouco mais que apenas um cuidado reforçado.
Reconhecer a morena não fora uma tarefa difícil, afinal Clarisse deveria ser a única mulher infiltrada entre o exército majoritariamente masculino. A filha de Zeus retirou de seu cinto um pequeno lenço cuidadosamente dobrado e estendeu a mão para que a amiga pegasse.
Annabeth franziu o cenho, antes de tocá-lo seu corpo arrepiou e poderia jurar que ali havia o cheiro da espartana… Poderia fazer muito tempo que não o sentia, mas certamente ela jamais esquecia. Pegou o lenço desviando do olhar analítico da tenente, bem sabia que qualquer embaraço de sua parte seria convertido em motivações para mais comentários inconvenientes por parte de Thalia.
Seu coração havia disparado por uma segunda vez ao desfazer as dobras delicadas do lenço, imediatamente os olhos cor de chumbo procuraram os azuis, queria respostas, mas o objeto em sua mão lhe roubara qualquer racionalidade para elaborar sua fala, por mínima que fosse.
-A força de vontade dela é algo espantoso… - comentou a tenente com leve assombro em sua voz ao repassar novamente as cenas em sua memória. - pediu-me pessoalmente que lhe entregasse isso, creio que você saiba do que se trata.
Ela reconhecia aquele objeto, era a pulseira que Silena fizera para Clarisse - como um amuleto de proteção - algumas das pequenas pétalas em tom de rosa estavam manchadas de vermelho, era sangue seco.
-... Também pediu para que lhe fosse transmitido que "ela não era fraca".
Annabeth deixou que um suspiro pesado saísse por seus lábios enquanto seus dedos deslizavam pelo item delicado, porém indestrutível.
-Eu quero saber como foi… - exigiu a loira tentando conter a aflição que se apoderava de seu peito. - não me esconda nenhum detalhe.
Thalia fez um breve movimento com a cabeça, como se discordar de tal pedido estivesse fora de cogitação, bem esperava que sua amiga lhe arguisse sobre sua viagem cedo ou tarde.
Fim do capítulo
Então pessoal o que acharam? Sei que está demorando a chegarmos a algum lugar, mas calma, creio que a partir do próximo – se não estiver enganada – teremos nossos semideuses em suas devidas idades. Também sei que foi um capítulo mais parado, reconheço, mas sempre em transições de fase eles ficam dessa forma, não consigo “melhorar” quanto a isso.
Não sei se notaram, mas eu meio que mudei o uso de Hercules para Héracles, eu prefiro as versões gregas, fazer o que neh e para quem não sabe Héracles significa “Glória de Hera”... Só pode ser piada kkkk...
Bem espero ver vocês em breve e de forma menos “aperreada”, vejo vocês nos comentários ou em breve em O Convite, até mais!!!
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