Oitavo CapÃtulo
Vocês vão perceber que adoro um ditado, acho que esse gosto peculiar é herdado da minha mãe, mas ai vai mais um:
"A vida e uma caixinha de surpresa!"
Ah meu amigos e vocês não tem ideia do quanto.
Passara quase duas semanas do meu término, Silvana havia ficado estranha desde aquela quase declaração na minha casa. Lavínia ainda estava com pai e eu sentia imensamente sua falta. Pensei que com afastamento de Lala, Silvana deixaria Pedro dormir todos os dias na sua casa, já estava preparada mentalmente para isso, ou pelo menos queria estar.
Mas ai que começa a estranheza numero 1 , Pedro não dormira nenhum só dia com Silvana, de fato ao que me parecia ele nem sabia que a barra por assim dizer estava limpa. Ok! pensei feliz ...eu que não iria reclamar.
Então a estranheza numero 2, Silvana fazia questão que jantasse todas as noites na sua casa, como tínhamos ficado afastada por conta do meu namoro, sem ele as coisas voltaram ao habitual. E melhor, fazia questão de preparar minhas comidas favoritas, e eu me deliciava é claro.
Estranheza numero 3, Silvana fazia questão de almoçar comigo todos os dias, o que desde que começara seu namoro, não acontecia mais.
E para completar, estranheza numero 4, Silvana me implorara que eu lhe apresentasse Alexia. E queira muito ir ver um show dela.
Tentei dissuadia-la disso, afinal as casas que Alexia se apresentava eram LGBTQ, e portanto tinha receio que Silvana não gostasse. Ela me mandou calar a boca, e para ser preconceituosa.
Por fim , ficou combinado que a levaria no sábado.
O que quer dizer daqui há pouco, perguntei se o Pedro iria, mas ela disse que os dois estavam meio estremecidos, que precisava era se divertir. Fiquei surpresa com aquela novidade e perguntei o porque da briga. Mas Silvana desconversou, e isso foi sua estranheza numero 5, ela amava falar sobre tudo.
Já estava esperando Silvana na sala dela, meu visual era sempre básico, mas hoje quis me arrumar um pouco mais. Uma camiseta sem mangas com uma caveira na frente, fazendo meus seios inexistentes desaparecerem mais, uma calça jeans rasgada nos joelhos, maquiagem mais pesada nos olhos e nude nos lábios. Meus cabelos estavam como sempre mesmo, lisos , pretos e na altura das orelhas, bom meu cabelo era uma bosta para fazer mudanças.
Ela surgiu, e meu deus do céu, que mulher era aquela! Suas curvas generosas estavam todas apertadas devidamente em um vestido preto com mangas curtas, tinha uma tela transparente que começava na altura da gola, descia pelos seios fartos, deixando descobertas as partes redondas e apenas tapando os mamilos, na barriga ele voltava a ter pano e na parte debaixo também, ainda que uma das coxas ficassem a mostra por conta de uma fenda que ia até quase seu quadril. Tenho certeza que engoli em seco audivelmente. Foi quando percebi seu meio sorriso que estava sacana, naquela boca cheia de vermelho. Os cabelos estavam com cachos mais enrolados e caiam em cascata cobrindo parte do seu rosto, seus olhos com rímel e mascara deixando os cílios fartos e um olhar que mataria qualquer um. Falei engasgada:
- você sabe que vamos a uma balada gay né?
O sorriso sacana deu lugar a uma careta confusa:
- sei, porque?
- porque a mulherada vai cair matando Sil.
Ela apenas gargalhou alto e passou por mim, e posso jurar que a ouvi murmurar que se contentaria apenas com uma. Mas claro que estava escutando mal, não é?
Iriamos de moto, Silvana se negou a colocar o capacete, disse que não queria estragar o penteado, fiquei brava e falei que era melhor estragar o penteado do que rachar a cabeça, mas ela sorriu e montou na moto me esperando. Assim que o fiz, se agarrou com afinco no meu corpo, sua cabeça recostada na minhas costas. Suas mãos não deixaram de me acarinhar até chegarmos ao nosso destino.
Havia uma fila enorme, mas o segurança que já me conhecia nos deixou passar, não sem antes dar uma sacada em Silvana. Meu sangue ferveu, o que iria acontecer muito aquela noite. Cabeças de muitas, (para mim foi todas) se viraram e comeram-na com os olhos, Silvana entrelaçou seus dedos aos meus , acreditei que ela fez isso porque queria evitar o assédio, eu que não iria me negar a esse "sacrifício", mesmo que me doesse mais tarde.
Fomos até o camarim onde estava minha amiga, que ficou espantada ao nos ver de mãos dadas, seu olhar para mim, dizia que teria muitas explicações a dar. Bem que gostaria de entender também o que se passava na cabeça de Silvana.
Apresentei as duas, que se elogiaram mutuamente. Logo foi arrumado uma mesa para nós próximo ao palco, desejei merd* para Alexia e fomos nos instalar. Silvana observava o ambiente , percebi seu olhar quando casais se beijavam e fiquei aliviada de não ver repulsa neles.
Chegaram alguns colegas na nossa mesa, começamos a conversar e mandamos descer bebidas alcoólicas, como dirigia preferi ficar apenas no suco, mas Silvana não se fez de rogada. Foi no meio de risadas que a música parou de tocar e a Dj anunciou Alexia. Silvana pegou na minha mão e me puxou para ficar em frente ao palco.
Quando Alexia começou o show lá em cima, fiquei boquiaberta com show que Silvana começou a dar aqui embaixo.
Se já não estivesse apaixonada, vendo-a dançar com certeza ficaria.
Só tinha apenas uma palavra para aquela Silvana...
Sensualidade.
Se não soubesse que era Silvana ali, diria que era alguém tentando me seduzir.
Porque ela dançava, rebol*va e sorria safada olhando sempre dentro do meus olhos.
E eu... Me iludia achando que era para mim.
Fim do capítulo
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