Sétimo CapÃtulo
Voltava da quadra com Lavínia pendurada nas minhas costas e nos duas riamos de um menino que tinha se estabacado no chão quando queria se mostrar melhor que a Lala no skate. Foi quando levantei os olhos que deparei com Regina parada no portão de casa, seus olhos estavam em fúria e sua expressão assassina. E o pior de tudo foi que me lembrei porque ela estava tão puta. Tínhamos combinado de sair aquele sábado, mas Lavínia exigiu que fossemos até a quadra para me mostrar as novas manobras, tudo o mais sumiu da minha mente.
Havia passado uma semana da minha briga e reconciliação com Silvana, e as coisas voltaram como antes. Ela havia me perguntando timidamente se estava apaixonada por Regina, e quando neguei ,pareceu relaxar com a resposta.
Parei de rir na hora e larguei Lavínia, que percebeu o clima , deu um pequeno aceno para Regina e entrou correndo para dentro de casa.
- que porr* e essa Flor? Ta de baba agora?
Detestava cobranças e odiava ainda mais escândalos, claro que eu estava errada, mas não lavaria roupa suja na rua. Falei baixo e calmamente:
- entra.
Paramos na sala e Regina nem me deixou falar:
- to de saco cheio Flor, sempre desmarcando compromisso, nunca querendo ficar lá em casa. E sempre a sua amiguinha Silvana para lá e para cá, agora essa menina e o que? Sua filha também?
Cruzei os braços, sabia que Regina fora uma tentativa, queria mesmo me desligar de Silvana e ama-la somente como amiga, mas não foi o que aconteceu, talvez não devesse ter deixado as coisas com Regina ir tão adiante. Precisava terminar aquilo:
- você tem razão, a gente não vai dar certo.
Seus olhos se esbugalharam e ficaram rasos de lágrimas, me senti mal por estar magoando-a, Regina era ótima, mas meu coração pertencia a outra. Regina tentou me abraçar, mas me afastei e isso a deixou muito brava e seus gritos começaram pra valer:
- você é uma filha da puta mentirosa. Como pode me enganar todos esses meses Flor!! Que porr* fui para você?
- por favor Regina, não precisa gritar.
- vai se foder!! grito o quanto quiser ... porque?! Não quer que sua amiguinha descubra a escrota sem coração que você é?!
- deixa a Silvana fora disso, só não vejo necessidade para essa gritaria.
Estava abalada pelas suas palavras, mas continuei indiferente, nem percebi a mão dela vindo, o tabefe ardeu no meu rosto, mas apenas alisei o tapa e pedi educadamente:
- sai da minha casa Regina.
Ela pareceu perceber o que tinha feito, com as lágrimas escorrendo pediu:
- desculpa Flor, mesmo. Por favor não precisamos terminar, gosto muito de você.
- mas eu quero.
Ela secou as lágrimas, agora apenas entristecida diz:
- um dia alguma mulher vai arrasar seu coração, e daí você vai ter que demonstrar o que sente.
Mal sabia ela, ele já estava arrasado.
Algumas horas mais tarde Silvana apareceu em casa, trazia uma garrafa de vinho, eu já havia tomado banho e estava jogada as traças no sofá. Tinha ligado para a Alexia, que tinha me irritado ainda mais, dizendo que não deveria desistir tão fácil, que Regina era ótima e que era uma idiota por ainda estar apaixonada por uma hétero que ainda por cima tinha namorado. Fale alguma coisa que não sei droga! Mas não poderia mais enganar Regina, ela não era a mulher que tiraria Silvana do meu coração.
Silvana que havia ouvido os gritos e visto Regina sair chorando, imaginou que algo de grave havia acontecido, e como boa amiga veio me dar uma força. Contei sobre o termino, ela achou que minha tristeza estampada na cara era por causa disso. Mas mal ela podia imaginar, que minha dor era por ter me apaixonado, pela primeira vez, por alguém tão errado e tão certo. Porque além de ser uma mulher linda, com suas tatuagens sexys que eu estava louca para ver o resto, ela ainda era doce, inteligente, amiga, uma mãe incrível.
Sim, estava totalmente fodida.
Perguntei de Lavínia, me informou que o pai viera busca-la, como Lala estava de férias ficaria com ele por um tempo. Fiquei mais triste ainda por não ter podido me despedir. Silvana me informou que ela queria ter vindo, mas achou melhor não, perguntei achando graça:
- porque ela não veio? Achou que estivesse me debulhando em lágrimas?
Estávamos sentada lado a lado no sofá de casa, minha cabeça caída no encosto fitando-a, ela estreitou os olhos, quando fazia isso eles viravam apenas duas fendas, respondeu:
- acho que nunca a verei chorar por nada, Flower.
Ela falou isso do mesmo jeito que todo mundo me falava, como se não tivesse nada dentro de mim. Fiquei com raiva, levantei abruptamente e indignada, estava de saco cheio das pessoas me julgarem, só porque não abria cada segundo da porr* do meu coração,Silvana me olhou sobressaltada, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, digo com dentes cerrados:
- acho que por hoje chega.
Coloquei a taça na mesinha de centro e virei de costas para Silvana, naquele momento me deu vontade de chorar, porque ela também pensava que era feita apenas de carne. Pensei que tinha demonstrado na semana anterior que tinha mais em mim, mas vejo que não.
Senti quando ela parou atrás de mim, sua mão correu pelo meu braço e senti o toque eletrificar meu corpo, me detestei por isso. Queria mesmo não sentir nada!
- desculpa amiga, sei que você está sofrendo. Não deveria ter falado aquilo, sei que tem um monte de coisas ai dentro Flower.
Ela desceu a mão e entrelaçou nossos dedos, senti seu corpo encostando no meu, seus seios apertaram contra minhas costas e seu quadril apertou minha bunda. Sim, ela nem sonharia o tanto de coisas que estava sentindo naquele momento, mas alheia ao meu tesão, continuo carinhosa:
- só espero que um dia eu seja a pessoa que você contará tudo Flower, que confiara seus segredos, seus momentos, seu coração. Porque eu te amo muito.
Ok, o que diabos estava acontecendo? Ela estava toda mole junto a mim, sua outra mão me segurava pela barriga e além de tudo isso ela parecia estar se declarando? Será que por algum milagre divino Silvana estava atraída por mim?
Ela beijou minhas costas, e mesmo por cima da minha camisa senti o calor dos seus lábios. Meu coração retumbou dentro da minha caixa torácica, que até hoje não sei como ela não ouviu. Comecei a me virar para ver se estava certa ou apenas beija-la, mas Silvana se afastou abruptamente e disse rindo:
- ai caramba, que diabos tinha nesse vinho amiga! To bem tonta.
A encarei, mas ela fugia do meu olhar e meio sem jeito pegou o casaco de cima do sofá e começou a se encaminhar para a porta, parou antes de abri-la e finalmente me fitou:
- fica bem Flower. Você é minha melhor amiga... eu te amo.
Saiu.
Ahhhh... Puta merd*! Melhor amiga! Tem frase mais infeliz que essa, quando tudo o que você quer e arrancar as roupas da sua suposta amiga e faze-la goz*r na sua boca!
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
flawer
Em: 01/06/2018
Oh diachoooo!!! ( Bicuda aqui) melhor amiga?! Humpffff!
Diz q não quer não só isso não, flor! Se vc não arriscar não irá petiscar gatita. Kkkkkkk
Falo logo, não sou baú! Kkkk o maximá q pode acontecer é um: " se oriente, procura teu lugar!" Kkkkkkk
Beijinhos
Resposta do autor:
Ahhh.. esse melhor amiga mata o pobre Core apaixonado :(
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