Terceiro CapÃtulo
Fiquei bem nervosa ao entrar na casa dela, ainda estava bastante bagunçado por conta da mudança, mas as fotos já estava na instante, aproveitei que Silvana me deixou só na sala para observa-las mais de perto. Tinha muitas dela e de Lavínia, em vários momentos da vida. E muitas outras de apenas Lavínia, algumas poucas com dois senhores mais velhos que imaginei serem os pais de Silvana e apenas uma foto que tinha certeza que era do pai de Lavínia, pois a menina havia herdado apenas os olhos da mãe. A foto estava apenas um homem muito bonito por sinal, e uma pequena bebê no colo.
- esse e meu ex marido, pai da Lavínia.
Tomei um susto, mas não demonstrei, apenas virei e dediquei um aceno de cabeça.
- vamos.
A segui para a cozinha, que era um pouco maior que a minha, a mesa ocupava muito espaço no cômodo, estava posta com uma comida simples, mas que fez meu olhos lacrimejarem. Fazia 3 anos que algo assim não me acontecia ou até mais, porque no final minha mãe já estava muito debilitada para comer comigo. Mas antes da doença, ela exigia que comêssemos pelo menos uma refeição juntas. Alheia a minha emoção, Silvana me convidou a sentar, agradeci e disse que tudo cheirava bem. Lavínia se apresentou logo depois, usava uma roupa de menininha por assim dizer, o que me deixou supresa. Mas no decorrer da noite, logo descobrir que a menina era uma caixinha de surpresa. Que andava de skate e jogava futebol, mas adorava assistir novela e tinha ursos de pelúcia. Ela na verdade tinha 13 anos, mas era baixinha como a mãe, apesar que perto de mim todo mundo ficava meio baixo, já que eu media 1,80m.
Então soube mais de Silvana enquanto tomávamos café na varanda dela, enquanto Lavínia jogava videogame na sala, (ela já havia me feito prometer que iria jogar na minha casa também quando descobriu que eu tinha um Playstation 3), Silvana me contou que tinha acabado de se divorciar de um casamento de 15 anos, que Carlos era um ótimo pai mas um péssimo marido, ela justificava algumas atitude dele, como traição e deixa-las só muitas noites, como imaturidade. Pois eles haviam casado muito cedo, ela tinha 21 e ele 24. Disse que seus pais estavam contrariados com o divorcio, por isso que ela quis se mudar o mais longe possível, mas acabou deixando seu emprego, onde ela tinha um ótimo cargo. Carlos pagava pensão e até queria ajuda-la com o aluguel, mas ela negou a ajuda, queria o mais rapido possível se desvencilhar do ex,por isso o desespero pelo emprego, suas economias estavam no fim.
Da minha parte contei apenas o que fazia e que morava sozinha, não é que tinha vergonha de dizer quem era, desde que minha mãe se foi, não me escondo de mais ninguém, mas tenho muita dificuldade de contar sobre minha vida, principalmente para alguém que mal conheço. Silvana percebeu isso, mas não ficou chateada, disse que tinha gostado de mim de cara, percebi que ela não media palavras, o que me agradou. Nos despedimos e fui para casa. Naquela noite percebi que tinha deixado um pedacinho do meu coração com Silvana e que se não tomasse cuidado, ela poderia ficar com ele todo.
Mesmo isso não impediu que nossa amizade crescesse e pelas semanas seguintes, passei muito tempo com minhas vizinhas. Lavínia me esperava na porta, assim que chegava do trabalho, se infiltrava na minha casa e jogávamos até Silvana nos chamar para jantar. Nunca fui folgada e sabia que ela não estava em um situação tão boa, então sempre dava um jeito de levar alimentos, mesmo Silvana ficando um pouco puta, mas justifiquei que estragaria já que praticamente comia toda a noite na casa dela, o que não era uma mentira.
Silvana nesse meio tempo já havia feito muitas entrevistas inclusive na empresa ao qual trabalho que havia aberto uma vaga de recepcionista, e enquanto ninguém a chamava ela fazia bicos aqui e ali.
Até que numa tarde, ela correu para mim e me abraçou, fiquei estática, mas acho que não percebeu e falou com seu meio sorriso, (descobri que ela não sorria mesmo com a boca toda) e um pouco emocionada:
- eles me chamaram Flower.
Apertei as mãos delas, macias e frias:
- que bom Sil, onde?
- advinha?
- lá na empresa!
Falei boquiaberta, verdade que eu havia pedido carinhosamente para a Vera, que trabalhava no RH , para dar uma atenção para o curriculum dela.
- sei que tem seu dedo nisso.
- que ótimo - desconversei e sorri francamente - quando você começa?
- a partir de amanhã.
- logico que vai comigo!
- aceito, amiga.
Ela segurou minha mão mais uma vez e depois soltou. Dizendo que me esperava para jantar, estava mesmo feliz, já imaginando nós duas trabalhando juntas. Mas descobri que aquela frase é totalmente verdade, sabe:
"cuidado com o que você deseja"
Fim do capítulo
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Thaci
Em: 03/06/2018
Oi,autora!!
Sinto que está surgindo sentimento novos ai. E será que o ex da Sil,vai aceitar de boa?
Resposta do autor:
Oi,
Sentimentos novos, mas ainda nao compreendidos.. vamos ver ate onde vai..;)
Sim, o Ex dela... e gente boa, sao amigos mesmo depois do fim do casamento!
Abrços
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flawer
Em: 01/06/2018
Kkkkkkk, sério q a flor pensa q a Silvana "só levou um pedacinho do seu core e "pode" levá-lo inteiro?! Kkkk sabe de nada inocente! Kkkk
Mas vou esclarecer: o flor? PERDEU gatinha! KKKKK
Vocabulário
Perdeu= foi roubado (a) gatinha
Kkkkk Silvana chegou de mansinho e solapou seu core, o negócio agora é revidar! ( Carinha conselheira aqui) rouba o dela também, florzita. Kkkkk
Beijinhos Sam
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