@mor.com por Carla Gentil
Capítulo 44
Laura esteve sozinha, sentada na mesma cadeira de aeroporto por duas horas, esperando o embarque. Um observador atento não teria notado movimento algum daquela mulher recurvada sobre si. Nem mesmo o olhar se movia, parecia estar longe, muito longe dali. Uma estátua de sal, como a fugitiva de Sodoma que não resistiu olhar para trás e se petrificou ao ver a destruição do que amava.
Quando foi dado o aviso de embarque, endireitou-se, ficou em pé e então, com passos elegantes e firmes, seguiu sem olhar para trás. Só ela sabia o quanto se sentia devastada. Cabia apenas a ela avaliar o peso e a dor de cada um daqueles passos.
***
-- Por aqui, Sam... – Gabriel agarrou a mão dela, puxando-a o mais rápido possível.
Assim que entraram no aeroporto, ouviram o último aviso de embarque. Passaram então a correr, deixando as outras meninas para trás.
-- Desta vez é pra sempre... – murmurou ao assistir o avião levantar voo.
Gabriel, dois passos atrás dela, era abraçado por Virna e Andréa.
-- Não deu tempo. O avião já estava taxeando quando chegamos – explicou ao limpar uma lágrima.
-- Tantos desencontros... – Virna suspirou.
*** ******
Voltar para casa. Sozinha. Passos, cada um deles dado por uma pessoa diferente, em cada um uma escolha, uma decisão, um peso retirado ou retido. Sam se sentiu crescendo naquela caminhada que fez da praia, onde deixou os amigos, até seu apartamento. Já era de manhã, passaram o resto da madrugada a embalando, ouvindo, falando, compartilhando o silêncio. Mas chegou a hora de voltar... E ela sabia que deveria fazer isto sozinha.
Escolheu perdoar sua mãe e seu sorriso meigo e triste, sua história de amor não vivida e secretamente guardada em seu coração. Escolheu não se privar de amigos. Não ter medo de ser feliz. Escolheu entender que as coisas não precisam ser brancas ou pretas e que não precisava se preocupar com uma vida muito assustadora se apenas se ocupasse de viver cada pedacinho dela por vez. Decidiu aceitar que o medo não a tornava menos digna, mas que poderia enfrentá-lo e construir-se ao lado dele.
Passou aquele mês reestruturando sua vida.
Procurou um terapeuta e começou a tratar a Síndrome do Pânico com a seriedade que deve ser tratada. Abriu as portas de sua casa e de sua vida aos amigos, um circulo que havia encolhido com o afastamento de Arthur, mas em compensação, Virna e Andrea tinham conseguido adotar uma criança de cinco anos que levava alegria a todos eles. Gabriel não tinha muitas noites de folga, sua vida de médico recém-formado tinha uma rotina exaustiva, mas não o suficiente pra tirar o sorriso de seu rosto.
Visitava com frequência a casa do pai, no final das contas, acabaram se reconhecendo como grandes amigos, além da admiração mútua. Dr Rafael quando se interessou em conhecer o trabalho da filha, se surpreendeu com a qualidade do que ela fazia e lamentou não ter se dado o prazer de se orgulhar com o trabalho dela antes.
Já fazia alguns meses que Arthur tinha se livrado de Cássio. Conseguiu que o apartamento fosse passado para seu nome e pouco tempo depois apareceu acompanhando um importante industrial da cidade. O fato aproximou os irmãos e conseguiu tirar Cássio de sua bolha. Ele e o pai, enfim, tiraram as máscaras e se tornaram amigos de verdade.
Mas Sam ainda buscava se encontrar. Já não se sentia refletida nas cores escuras e sombrias de seu apartamento. Passou a semana pintando ela mesma as paredes. Um tom de azul tranquilo tomou conta do ambiente, em perfeita harmonia com os vasos cheios de verde. Quando terminou, viu que azul e verde se completavam.
Cansada, mas satisfeita com ela mesma, deu-se um descanso. Sentou em sua poltrona e pegou o notebook. Entrou no MSN mais por hábito do que por vontade de conversar com alguém. Porém, a lista de contatos online guardava uma surpresa que não esperou muito para aparecer.
Laura: Então Garfield desistiu de dormir e saiu pra ronronar!
Sam: Descansar?! Eu estou com as mãos cheias de calos e vc vem me acusar injustamente!
Laura: u.u Calos nas mãos? Isto está me parecendo uma confissão embaraçosa
Sam: Palhaça!
Laura precisou de quase um minuto para absorver a emoção que ler “palhaça” naquela tela tinha causado. Pensou em fechar o monitor e sair correndo dali, mas não podia correr, já que estava de gesso por, novamente, ter chutado uma pedra grande demais num momento de distração. Sam riria disto... Este pensamento a fez sorrir e então decidiu deixar que a naturalidade de suas conversas a levassem. Para onde quer que fosse.
Laura: vc tem antecedentes :P
Sam: vou ignorar o seu comentário infame, pra falar a verdade nem sei do que está falando :x
Laura: Não???? Quer que te lembre?
Sam: Não
Laura: Foi assim:
Laura: vc achou que tinha desligado a cam e...
Sam: Ah, cala a boca!
Sam: se digitar mais uma letra desta história, eu vou twittar uns causos seus.
Sam: acho que sua apresentação pro meu pai seria uma ótima pra começar.
Laura: Chantagista!
Sam: nada como aprender com a melhor :P
Laura: é... mais uma das minhas muitas habilidades
Sam: sempre humilde...
Laura: é brincadeira, Sam, vc sabe
Sam: ah é? Mesmo?
Laura: não \o/
Sam: huahuahuahuahuahuauha
Sam: é palhaça mesmo
Laura: só de castigo, vou desligar, tá
Sam: sério?
Laura: não
Laura: quer dizer, sim
Laura: droga
Sam: O.o decida-se, Laura
Laura: eu tenho que sair pq meu tempo acabou, a conexão aqui é precária e a gente tem turnos
Laura: e tem bastante gente do Brasil por aqui, duma pastoral que trabalha com crianças, eles ajudam a combater a desnutrição, um trabalho bárbaro
Sam: tudo bem
Laura: tudo bem? Assim?
Sam: tudo bem, assim. Outra hora a gente conversa mais
Laura: posso aparecer mais tarde, as pessoas dormem, alguns, os mais fracos B-)
Laura: 7 da manhã é muito cedo pra vc? Pq aqui vai ser 5
Sam: não é melhor as 6 daqui pra gente conversar mais? Muito cedo pra vc?
Laura: não, nem um pouco... só um pouco, mas vai ser um prazer voltar a fazer destas ;-)
Sam: combinado, então
Laura: combinado, tiau o/
Naquela noite, Sam pensou muito antes de ir para a cama. Indescritível a emoção que sentia. A conversa fluindo como nos velhos tempos, antes que as entrelinhas, omissões e segredos, de ambas as partes, construíssem máscaras rígidas, tornando impossível um diálogo verdadeiro. Freava suas perguntas quando sabia que a resposta sairia pela tangente. Via acontecer o mesmo nos olhos mais eloquentes que os lábios de sua interlocutora. Estava farta disto. Decidiu, enfim, mover as peças no tabuleiro e, com esta resolução tomada, conseguiu uma noite tranquila de sono.
Assim que viu Laura ficar online, resolveu não dar espaço para uma conversa vazia.
Sam: Laura, pq não pra África desta vez?
A resposta demorou um bom tempo para aparecer na tela. Tempo em que Laura considerou seus sentimentos com honestidade, rememorando as resoluções que teve após a conversa do dia anterior. Obteve a mesma resposta simples que digitou:
Laura: Não conseguiria ficar lá
Sam: Teu amigo morreu
Laura: morreu
Sam: foi por ele que vc...
Laura: foi
Sam sentiu vontade de abraçá-la. Só soube disto quando Laura já havia partido novamente.
Laura: foi por ele que estraguei tudo
Sam: vc fez o que deveria ter feito
Não eram apenas palavras, compreendeu, ainda que tardiamente, que teria feito a mesma escolha que ela. Não havia sido falta de amor, apenas um enorme desencontro.
Sam: ele era uma grande pessoa, seu amigo Mitzel me contou umas histórias
Laura: u.u Desde qdo conhece o Mitzel?
Sam: ele esteve aqui te procurando, não me pareceu um inocente fotógrafo
Laura: não... Ele não é fotógrafo
Laura: e muito menos é inocente :-/
Laura: ele foi um soldado, que desistiu de esperar as coisas acontecerem, e que na verdade, perdeu a paciência de ver um monte de injustiça e indiferença
Sam: então fotografia é só um disfarce? Vc é uma espécie de justiceira?
Era a grande pergunta que esteve enroscada na garanta da loira por tanto tempo. Pode ver pelo tempo de resposta que Laura estava num duelo íntimo, principalmente com esta última pergunta, escrevia, apagava, escrevia, apagava... Ela poderia recuar, dizer que não interessava a resposta. Mas não o faria. A resposta e, mais que isto, ela responder significava muito.
Laura: não sei se poderia ser descrito assim o que fazia, o que eles fazem. Não se tratava de vingança, mas de ajudar pessoas que não podiam fazer nada por elas próprias. Se vc visse a miséria, uma miséria que é imposta à cultura deles, entende? Nascem sem nada e parece que o mundo diz que é isto o que cabe a eles
Laura: a mãe do Olivier teve a sorte de encontrar um caminhão de soldados franceses quando fugia de uma rusga a outra. O pai dele teve pena dela no início e cuidou dos ferimentos, repartiu com ela sua comida, a água e finalmente conseguiu fazer com que ela fosse viver com ele, no sul da França.
Laura: Ela teve sua vida transformada, mais que isto, descobriu o tamanho da miséria que seu povo vivia. Nunca se esqueceu. E seu filho prometeu que enquanto vivesse, faria o possível por seu povo.
Laura: e ele morreu lá, tentando, esmurrando pontas de facas, descobrindo o quanto a avidez humana é capaz de fazer com seus semelhantes.
Laura: eu prometi a ele continuar... mas não necessariamente ali, ele sabia disto, sabia da pobreza em outras partes do mundo, lutava por seu povo.
Laura: um dia ele encontrou com umas fotos que fiz sobre racismo e... bem, encurtando uma história muito longa, ele me ensinou a ver e enfrentar o mundo ao seu modo.
Sam: e vc resolveu seguir os passos dele, lutar pelo povo dele
Laura: mais ou menos, o nosso povo tb precisa de ajuda, não é? Tinha planos pra trabalharmos em nossa terra, no nosso sertão, nas periferias...
Sam: nós?
Laura: lógico que vc ia encontrar umas borboletas, umas florzinhas, umas crianças sorridentes, pipas, céu azul... e tirar as fotos fofinhas que gosta tanto
Sam não respondeu a provocação, se dava conta de quanta coisa tinham desperdiçado. Laura tinha planos para elas. Poderiam ter viajado juntas, trabalhar... Mas ela não estava ali, o projeto todo parecia ter ruído.
Sam: e está no Haiti por que...?
Laura: precisam mais?
Sam: é, seria um bom motivo se fosse verdade...
Apertou o enter sem se dar tempo de editar. Assim como a resposta que recebeu, toda cheia de uma comovente sinceridade.
Laura: pra fugir de vc
Sam: isto não dá muito certo
Sam: tenho know how neste tipo de coisa :(
A melancolia que invadiu Sam, contrastava com a esperança de Laura. As perguntas que tinha respondido mostravam mudanças claras no cenário. Sam tinha amadurecido. Por sua vez, também ela mudou suas escolhas, optou pela verdade, fosse ela boa ou não. Talvez se o tempo das omissões nunca houvesse existido, a relação delas teria raízes mais fortes.
Laura: se esconder também não deu certo pra vc?
Sam: não
Sam: eu aprendi que jogar a culpa nos outros só te alivia por um tempinho, logo fica difícil acreditar nestas mentiras
Sam: me dei conta que a gente acaba mistificando as coisas, que é muito mais fácil enfrentar uma situação do que esconder no armário, pq a gente nunca esquece do que está guardado
Laura: e depois, as coisas nem sempre são tão ruins qto parecem
Sam: às vezes... a gente só perde um tempo precioso
Laura: antes tarde do que mais tarde
Laura: quer dizer...
Laura: a gente aprende muito fazendo burrada, aprende principalmente a ver o que é importante, o que é essencial
Laura: mas não vale a pena ficar aprendendo muito tempo, é melhor aprender rápido e já ficar esperta :)
Sam não conseguiu impedir o riso. A velocidade e o atabalhoamento de Laura deixando tão explícito o que queria... Que queria a mesma coisa que ela.
Sam: sua mãe me ajudou a entender muita coisa, sabia? Principalmente sobre isto de deixar o tempo azedar as coisas
Laura: #cêjura! Mas é um cataclisma! O que é que andaram falando, posso saber?
Sam: sobre uma história que acabou se parecendo com a nossa
Sam: um fantasma que rondou sua mãe no passado e veio me desafiar tb
Laura: hum...
Laura: qual o fim disto?
Sam: o medo ganhou a guerra no passado
Sam: ou não, não sei dizer pra te falar a verdade...
Sam: talvez tudo tenha sido como teve que ser
Laura: é, inclusive pra gente existir
Laura: mas e com a gente, Sam? Vamos deixar acontecer o mesmo?
Laura: quem sabe casar, ter filhas e esperar que se amem e vivam juntas e felizes?
Sam: não sei, Lau
Sam: na sua vida tem espaço pra mais uma? Completamente?
Era um questionamento justo, Laura admitiu. Pensava sobre isto longamente nos últimos meses. Ver surgir a pergunta em sua tela, entretanto, a deixou sem fôlego. Não era um pensamento qualquer, que vai e vem o tempo todo. Estava mesmo pronta a se comprometer? A partilhar seus segredos, suas aventuras, seus medos?
Laura: eu não quis te envolver nas minhas histórias, Sam. Naquela época, do outro lado da linha estava um adversário muito grande, muito feroz, eu não quis que vc ficasse exposta
Laura: qdo eu voltei, o nosso equilíbrio era tão frágil... Tentei construir paredes sobre um terreno arenoso, simular que aquele período não existiu, não deixou marcas
Laura: eu tive medo de te perder... e acabei acelerando o processo
Laura: mainha tinha toda razão qdo me chamou de covarde...
Sam: painho tb me chamou...
Sam: um dia antes de vc ir embora
Sam: falou que esperava algo assim do Cássio e não de mim :/
Laura: u.u Oxe! Eles combinaram!
Sam: não me espantaria...
Sam: e não deixa de ser verdade
Sam: no final das contas, Cássio está enfrentando com bravura o espelho
Laura: e vc?
Sam: eu sempre fingi ser quem não era, Lau
Sam: acho que meu discurso de “não preciso de ninguém” não tinha coerência com minhas atitudes e o medo f.d.p. de nunca mais te ver
Sam: como vê... o nosso querido fantasminha ganhou algumas batalhas
Laura: batalhas?
Laura: e quanto a guerra?
Sam: nós estamos vivas...
Sam: a gente pode escrever a nossa história
Laura: podemos sim
Laura: e se a tecnologia tivesse mesmo evoluída, eu passaria pela tela agora pra discutirmos isto mais de perto
Sam: huauhuahuahauhauhauha
Sam: mas quer saber, Lau
Sam: eu estou bem feliz por termos nos encontrado por aqui
Laura: é! se eu soubesse...
Sam: ...?
Laura: putz! No dia que fui embora da sua casa, teria parado na primeira lan house pra gente conversar por msn
Sam: fik4dik4 (Y)
Laura: Sam
Sam: oi
Laura: tenho que sair, já era pra eu estar trabalhando há pelo menos uma hora
Laura: sem contar na quantidade de cara feia que eu vi por causa do modem e da energia
Laura: vou ter que sair, a gente pode conversar mais outra hora?
Sam: indubitavelmente o/
Laura: nos falamos de tarde? Mesmo horário de ontem?
Sam: vou estar por aqui, e vc?
Laura: conte com isto
Laura: nem que eu tenha que atirar missionários pela janela :P
Sam: não seja tão metida, Lau... eu te espero, se precisar
* * *
Depois de tanto tempo, Laura sentia um imenso alívio. Mais do que tinham esperança, tinham futuro. O amor entre elas amadurecera também. Ela se sentia energizada, feliz, mas não eufórica, esperançosa, mas não ansiosa. O desejo imenso de estar ao lado, de estar junto, não era mais opressor, sabia agora que era sua força e não fraqueza. Tudo parecia tão simples, tão encaixado.
Desligou e guardou o seu notebook antes de ir ao departamento médico retirar o gesso. Teria que fazer fisioterapia por um tempo, seus pais tinham mandado uma passagem para ela voltar e se tratar no Brasil. Se antes a ideia não tinha agrado muito, tinha se transformado no presente perfeito. Após retirar o gesso, tinha apenas que acompanhar, mais como guia, as freiras da pastoral brasileira em algumas visitas e palestras e, quem sabe, voltar com elas ao seu país.
O que ela não contava, é que aquele não seria um dia como outro qualquer.
Fim do capítulo
As louças foram devidamente lavadas durante a produção desse capítulo.
Agora faltam só dois capítulos pra tudo acabar bem. Ou não. Vai saber :o
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 05/06/2017
Gentee....finalmente amadurecimento nessas cabeças. ..
Por isso adoro msn/whatSaP...resolver por aí é melhor, mts vezes é mais produtivo.
Agora que elas resolveram tofo mundo sabe o que acontece. .na vida real tb é assim..vem sempee novas dificultades rs.
Agora que Laura n volta e veremos no que vai dar..raaaaa rs.
Até os próximos dois caps
Beijos..
Zaha
Em: 05/06/2017
Gentee....finalmente amadurecimento nessas cabeças. ..
Por isso adoro msn/whatSaP...resolver por aí é melhor, mts vezes é mais produtivo.
Agora que elas resolveram tofo mundo sabe o que acontece. .na vida real tb é assim..vem sempee novas dificultades rs.
Agora que Laura n volta e veremos no que vai dar..raaaaa rs.
Até os próximos dois caps
Beijos..
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Tatta
Em: 05/06/2017
Gentil, vc é rainha em escrever desencontros... é isso mesmo produção? Rsrs
bom... espero que agora realmente o destino seja gentil (coisa que vc não é kkkk) e generoso com elas!
Chega de surpresas desagradáveis, please! Kkkkk
Resposta do autor:
Daí que era pra eu nascer no dia 4, mas fiquei com dó de sair e só nasci dia 12. Imagine, estava totalmente inchada, esquisita e o meu pai Gentil perguntou pra mãe se ela conhecia algum japonês. Se ele, fantasminho arteiro que deve ser, estiver lendo que não sou gentil ai sim que ele chuta o balde e puxa o pé da minha veinha! Vai vendo o tamanho do rolo!
Eu não posso fazer nada, teve um asdkfjasçldfa muito importante enquanto estava escrevendo esse capítulo que achei importante falar sobre pra ver se asdlfasjdfçalsfkjas. E ai asçfajsdfçlasdjf, mas nada asçdlfkasjdfçalskdfj. Viu!
PS: o detector de spoiler causou danos a essa mensagem.
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Suzi
Em: 05/06/2017
Carlinha,
Sem sacanagem agora, kkkkkk
Elas estão bem diferentes, a Sam amadureceu fez muito bem ir atras de ajuda pra supera tantos traumas antigos e novos que acabaram desencadeando todo esse pânico.
Você foi boazinha na lavação de prato.
bj
https://youtu.be/3SwEHHunouk - Colbie
https://youtu.be/5nebjIJa7Rc - Nickelback
Resposta do autor:
:)
Eu travei muito tempo pra terminar essa história porque achava toda essa reação da Sam muito exagerada. Queria falar sobre comunicação e sobre o pânico, que não é uma frescura, ele realmente trava as pessoas e precisa de tratamento sério. Então fico sempre feliz em ver que depois de tanto montar e desmontar a história dela, de tanto pintar as paredes, de rasgar a personagem, o que ela tinha pra mostrar foi visto, foi compreendido e foi aceito com carinho por quem teve paciência de assistir isso tudo.
(tem coisas que mais dia menos dia sempre ouço de meus amigos: "vc é muito tonta!" "vc é muito besta!" e por último, mas nao menos importante, me chamam de Carlinha <3 )
bjins
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Monica Franca
Em: 05/06/2017
Amadurecer é preciso...
Bjos
Resposta do autor:
E é sofrido. Eu, por exemplo, que vivo fugindo de passar por esse túnel, só vislumbro, não sei de nada :o
Bjins
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NovaAqui
Em: 05/06/2017
Aleluia! Conversaram.... e parece que se entenderam
mas....
Aquele não seria um dia como outro qualquer... Como assim, d. Carla? Não chega delas separadas, sofrendo? Não aguento isso não...
Abraços fraternos procês!
Resposta do autor:
É que o lance delas era por internet. Deviam ter usado o MSN antes!
Bjins o/
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