@mor.com por Carla Gentil
Capítulo 29
Sam se livrou de Arthur rapidamente, garantindo que o chamaria caso precisasse de alguma coisa. Ao se ver sozinha Sam desabou no sofá. Estava exausta, tinha andado uma maratona dentro do aeroporto, sentado naquelas poltronas terríveis, mas o pior era não saber o que tinha acontecido.
Ainda era muito cedo para ligar para os pais de Laura. Com os olhos fechados, juntou forças para tentar mais uma vez o celular. Nada. Ficou deitada no sofá, na mesma posição por alguns minutos, que pareceram séculos. Mal teve tempo de dormir e pulou assustada, coração disparado. Ouvia sua própria voz, em uma conversa recente.
“Acho bom mesmo! Mas não mude de assunto, mocinha. Ainda quero saber como você dava fora“, “eu usava a técnica masculina. Rápida, prática e indolor. Eu ia para a África e quando voltava já não tinha mais recados na caixa de entrada”.
- Não! Nem pense nisto, Samantha Figueiredo. NÃO! Eu não vou pensar nisto!
Comigo é diferente!
Mas não podia negar o frio no estômago e o coração disparado. Nem ao menos podia evitar que a lembrança continuasse.
“Ah, eu não ia aguentar aquelas carinhas desesperadas, querendo um pouco mais da deliciosa e habilidosa morena de um e oitenta”.
- Ela não faria isto comigo! Ela não fez isto comigo!
“Pode acreditar, eu fiz muito por elas enquanto ficamos juntas, mas depois, a sensação de vazio, a vontade desesperada de fazer algo de útil, sempre que comparei um namoro com o meu trabalho, descobri o quanto sou apaixonada pelo que faço.”
- Meu Deus, Laura! Você não fez isto comigo, eu sei que não! Eu sei que você sente por mim o mesmo que eu por você! - Sam falava baixinho, enquanto era assaltada por lágrimas que contradiziam a fé que demonstrava em palavras.
- Ela não me ligou! E disse que sempre deixava um recado na secretária... -
Olhou para o telefone de sua casa e viu a luz da secretária piscando. Desta vez, parecia que ia congelar inteira. Ficou alguns segundos olhando aquela luz infame piscando. Uma parte de si querendo correr até lá e descobrir sobre o recado, outra parte a grudando no chão, como se ela fosse só uma peça de concreto.
Pânico, sentimento até então desconhecido para a valente loira que desafiou a tristeza de uma infância desprotegida, a solidão que a perseguiu a vida toda. Agora não se sentia valente, tinha medo de conferir suas mensagens e descobrir que seu sonho de felicidade era feito de fumaça. Hipnotizada pela luz intermitente, conseguiu se aproximar do telefone. Esperou o silêncio se fazer dentro de si. Fez calarem todas as vozes. Olhou para a tecla, aproximou seu dedo dela e, decidida, a apertou.
“Samantha, não está em casa mesmo? Avisa o pai da nudista que painho resolveu ir passar o Reveillon lá. Pode confirmar minha presença também”.
Havia mais três mensagens, uma de seu banco, desejando boas-festas, uma de Arthur, perguntando se ela já havia ido ao aeroporto e outra do pai de Laura.
“Oi Sam, aqui é o... Droga, ela vai rir do meu nome. Calma, mulher, você quis que eu ligasse, agora fica quieta... Vou começar de novo que ela não está entendendo nada. E a Laura deve estar do lado dela rindo do pai. A Laura ligou, ela está ai com você?”
O bip cortando o recado foi recebido com desespero pela loirinha. Ela chacoalhou o aparelho, apertou a tecla novamente e, no desespero para ouvir novamente o recado, acabou o apagando.
- NÃO! Droga, droga!
Correu até sua bolsa, a virou de cabeça para baixo para achar o cartão da pousada. Normalmente saberia o número, mas no estado em que estava, se vangloriava por saber que o cartão estava na bolsa.
- Bom dia, o senhor Gilberto está? - falou atropeladamente. - Dona Letícia? Não, eu queria falar com algum dos proprietários. Aqui é Sam. Pode ser com ele sim, obrigada.
- Madrugou, cunhada?
- Oi Lê! Nem dormi, para falar a verdade. Os seus pais não estão por ai?
- Não! Eles foram ontem para a Aldeia e só voltam à noite. Parece que é um ritual de acasalamento pra terminar o ano bem quente! – falou rindo.
- Você sabe se a Lau ligou? – perguntou agitada. - O seu pai deixou uma mensagem meio estranha para mim, não entendi muito bem.
- Nem pessoalmente dá pra entender o “Gil”, quem dirá por telefone. Espera ai, estou vendo a agenda. Quando tem algum recado é aqui que marcam... Não, não tem nada não.
- Arr ! - deixou escapar - Lê, eu preciso falar com a Laura, mas o celular não está atendendo...
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupado.
- Não... - hesitou um pouco e resolver falar: - Na verdade, não sei. Ela disse que chegaria ontem, mas não veio e não consigo falar no celular, não deixou nenhum recado para mim.
- Não deixou, que bom! Ufa! Até assustei agora! - falou com perceptível alívio.
- Por que isto, Lê? Confesso que estou mais preocupada.
- Nada não, eu gosto de você, cunhadinha. Vou tentar falar com mainha e ai te ligo, pode ser?
- Se você prometer que não vai demorar...
- Não, não demoro não. Já te ligo. E Sam... Fica calma! A Lau não sumiria assim... Não sem deixar nenhum recado.
- Ok - foi tudo o que Sam conseguiu responder. Sabia muito bem do que ele estava falando.
Não restava nada a fazer. Decidiu tomar um banho e tentar descansar. Queria ter energias para brigar com Laura quando ela chegasse, queria xingar muito, sentia vontade de esganá-la nesse momento. Mas, sobretudo, queria ela perto o suficiente para poder fazer isto.
Tomou seu banho em silêncio, sentia o corpo pesado. Mediu cada passo para chegar à sua cama; olhou para ela. Tão arrumada, as pétalas que tinha jogado no dia anterior, já tão escurecidas, contrastando com o tecido branco. Resignada, ergueu a colcha para retirar as flores e se deitou, deixando seus olhos fecharam com o peso do cansaço.
Uma hora de sono agitado e o som do telefone a despertou completamente. Pulou da cama e correu para a sala.
- Oi!
- Oi Sam, meus pais também estão incomunicáveis, devem ter desligado o telefone, aqueles pervertidos!
- E agora, Lê? Eles estão em Aldeia? Você sabe onde é?
- Sei... Mas...
- Eu entendo que é importante pra eles, mas pode ter acontecido alguma coisa, ela pode estar precisando de ajuda e...
- Ta! Tudo bem, fica calma. Vamos fazer assim, eu passo pra te pegar e nós vamos lá falar com eles, pode ser?
- Ótimo, te espero lá embaixo... E Lê, eu já estou descendo.
- Tudo bem, vou colocar a capa vermelha e num piscar de olhos estou ai.
Sam trocou o chip celular, deixou o outro carregando, vestiu a primeira roupa que encontrou e desceu para esperar por outro Sanches, desta vez não teve que esperar muito.
- Que maquiagem esquisita é esta que você está usando? Ta parecendo um furão - ele comentou, quando pararam em um semáforo e ele quis descontrair sua acompanhante.
- Esta é uma sombra chamada “noite acordada no aeroporto”. Efeito garantido.
- Ah, eu sei como funciona. No carnaval uso umas destas, só que no pescoço.
Chama “orgias múltiplas carnavalescas”.
Sam riu, Leandro era um rapaz muito descontraído, porém responsável, como toda a família de Laura. Ele perguntou do recado que Laura deixou para ela, concordou que ela poderia estar mesmo falando em onze da noite.
- Quando ela mandar mensagem de novo, falando coisas como “na hora do almoço eu te pego”, pergunta almoço de que dia. Ela vai se sair com esta, pode esperar - ele falou enquanto estacionava.
- E agora, temos que achar os seus pais. Vamos, Leandro...
- Ai! Dói em mim pensar... - ele estava com uma expressão de dor no rosto.
- O quê? O que foi?
- Calma, mulher! Meus pais... Não sei se quero olhar para eles agora. Sabe... Meu pai está comendo minha mãe.
- E?
- Tem noção de que isto é horrível de se pensar? A minha MÃE!
- Oxi! Tu não pode ser normal! - mas vendo que ele realmente resistia à idéia de prosseguir, ela o liberou. - Fica ai no carro, eu vou sozinha.
- Ah, obrigada! Por isto que gosto de você, vai lá! Também estou ficando preocupado.
Sam foi e logo localizou o casal. Estavam tomando café tranqüilamente na varanda. Arregalaram os olhos quando viram Sam, caminhando em direção a eles.
- Ah, oi Samantha! Bom dia! - Gil, levantou para abraçá-la.
- Que coincidência você aqui! A Laura está com você? - perguntou Letícia, dando beijinhos no rosto de Sam.
- Não... Pois é, vim perguntar dela para vocês - ao ver o olhar de interrogação deles, prosseguiu. - O senhor me ligou ontem e eu não entendi direito o recado. Depois acabei perdendo a mensagem antes de ouvir de novo.
- Ah, não se preocupe! Isto é normal de acontecer!
- Hunf! E o pior é que é verdade. A Laura ligou e não deu pra entender o que ela estava falando, a ligação estava péssima, eu só ouvi seu nome, ai a palavra “vôo” e depois ”sumidão” ou era “suadão”, ai caiu. Como ela falou em vôo e Sam, logo conclui que ela estaria com você.
- Era pra estar. Ela disse que viria ontem, mas não chegou.
- Oh... Mas... Laura não é de fazer isto! - a mãe dela falou assustada.
- Ela disse que viria? Você... Ahn... Você checou sua secretária eletrônica?
- Chequei, não tinha nenhuma mensagem dela.
- Ainda bem! - falaram os dois em uníssono.
- Eu pensei em ligar para as vizinhas dela. Talvez saibam de alguma coisa. O Lê disse que vocês tem o número.
- Isto! Elas devem saber informar. Eu tenho o telefone delas, está...
- Todo mundo tem seus defeitos... - Gil falou baixinho para Sam, enquanto Letícia corria para dentro para olhar em sua bolsa. - Ela é incapaz de anotar os números em agendas, marca no primeiro papel que acha e depois nem sabe de quem é!
- A Laura disse que tem problemas com números de telefone, também!
- Pois não é! - ele falou erguendo a mão, se lembrando desta peculiaridade de sua filha. - A bichinha tem uma memória habilidosa, mas é incapaz de guardar números de telefone. Puxou a mãe nisto.
- As famosas habilidades dela - Sam baixou a cabeça e sorriu.
- Não se preocupe. A Laura, depois que ganhou a primeira câmera, deu tanta dor de cabeça pra gente.
- Ah é? Ela era novinha quando ganhou a câmera, não era?
- Ela não tinha dez anos ainda! Na verdade, esta menina nunca foi de parar muito em casa - ele se inclinou e ergueu os olhos, para se lembrar. - A danada não saia da casa de umas amiguinhas.
- Ela já me contou estas histórias, Ju... Ju alguma coisa - Sam estava mais calma.
- Isto! Ju alguma coisa! Esta mesma! Só que depois que ela ganhou a máquina, a menina mudou! Ela ganhou um prêmio lá na escola e eu fiquei todo orgulhoso dela! Mas ela não ficou, ela olhava estranho para aquele diplominha que fizeram. Um dia ela me contou que aquilo era um lembrete para ela. Um lembrete que o mundo não era perfeito! Vê se isto é assunto de criança! Os pestinhas não querem nem saber! Se o mundo não é perfeito eles querem é acabar de quebrar!
- Nem fale nestes meninos, Gil! Se falar é capaz deles aparecerem na nossa frente. Está aqui, filha! Eu demoro, mas acabo achando.
- Ah, muito obrigada! Eu vou ligar já!
- Você fala espanhol? Elas falam muito rápido é difícil de entender.
- Nossa! Nem pensei nisto. Não falo, a senhora pode falar com elas, então? Pode ligar do meu celular.
- Não, imagina, só vim buscar o meu - pegou o seu celular sobre a mesa e se virou para dentro do apartamento. - Eu vou lá e ligo enquanto vocês continuam a conversa.
- Eu vou com a senhora...
- Não! Eu me atrapalho com qualquer barulhinho, elas falam muito rápido, estas espanholas, é melhor... Gil, continua contando seus causos para a menina - entrou e fechou a porta, deixando Sam boquiaberta.
- Não liga, não! Ela sempre quer saber de tudo primeiro. Acho melhor você sentar aqui. Fica tranqüila, ela já vem.
Sam se sentou. Mais zangada, muito mais zangada do que tranqüila. Ela estava desesperada por notícias e agora, que poderia saber de alguma coisa, tinha que ficar afastada! Teve vontade de falar que Laura nem ia contar para eles que viria só para ela... Laura estava vindo para ela. “Pena que ela não chegou...“. Ela queria ouvir a conversa, mas o sogro falava sem parar.
- Mas, como eu estava te contando, ela ficou muito inquieta, não parava mais em casa, saia cedo e só voltava à noite. Nós pegamos no pé dela, cheguei a seguir, mas ela é danada! Só falava para a gente confiar nela. Acabou arranjando um monte de encrenca! Suspeito que nem soube de todas... - falou olhando para os pés. - Até que um dia, resolvemos confiar mesmo. Porque senão ficaríamos loucos! Ela sumia, mas voltava, às vezes machucada, sem nunca reclamar. Ela entrava em rolo e saia sozinha. Uma menina notável!
Sam ouvia com metade da atenção. Adoraria estar tendo esta conversa em uma situação mais agradável, queria fazer inúmeras perguntas, mas, no momento, o que precisava saber é o que dona Letícia falava ao telefone. E saberia já, porque ela estava voltando.
- Eu falei com a Lupe. Ela não sabe da Laura. Só que ela saiu pra viajar...
- Não se preocupe, Sam - Gil pegou na mão dela para amparar, assustado com a palidez que se acentuou. - Faça como nós, confie nela, ela some, mas aparece depois.
- Com certeza teve algum serviço urgente que apareceu e... - se assustou com o olhar que Sam lançou diante destas palavras. - Bem, as espanholas vão ligar se ela aparecer.
- A senhora pediu para elas procurarem por lá? Tem como saber se ela foi até o aeroporto? Não acredito que não estejam preocupados! Ela sai de casa para pegar um avião e não chega!
- Eu... Bem, nós vamos tentar saber, vamos ligar para a companhia. Você deveria ir para casa, está parecendo cansada.
- Sim, eu vou - Sam falou irritada, se levantando rápido e saindo de perto dos sogros, que no momento queria esganar.
Ela virou as costas e Letícia praticamente empurrou Gil para o quarto. Lá dentro, contou o que não falou para Sam.
- Acho que ela deixou a menina!
- De novo! A Laura não pode ficar firme com ninguém, não? Esta menina é tão boazinha, tão... Especial! Por que você acha isto?
- Por que ela deixou metade das coisas dela no apartamento. Se ela quisesse voltar, seria de vez, traria tudo. Deixou o celular lá, inclusive, eu pedi pra
Lupe ir procurar alguma pista no apartamento. E ela me disse que falou com a Laura e ela estava indecisa...
- Mas por que ela não ligou, se queria terminar? Ela sempre liga!
- Acho que ela não teve coragem, devia estar gostando mesmo desta menina. Mas nunca acreditei que a nossa filha fosse largar o serviço que faz; você sabe, ela ama isto! O recado que ela deixou pra você deve ser isto. Pense bem, ela falou Sam e falou... Sudão! Ela deve ter voltado pra lá... Só pode ser isto, ela foi para o Sudão.
- Ah! Faz sentido, estava com muita interferência, a ligação, mas... Ah, ela falou Sudão! Mas que trapalhada ela foi nos met*r! Ela não trocaria a África dela por nada neste mundo, mesmo!
- Mas e agora, o que a gente vai fazer com a Sam, como a gente vai contar para a moça, ela estava crente que a Laura ia largar tudo por ela!
- Ela está agitada, eu tive que contar umas histórias lá para ela esperar; notei que você queria fazer a ligação sem ela ouvir. Como vamos contar?
- Não sei! Ela parece muito com a mãe! Quer tudo do jeito dela, quer tudo certinho, acha que entende de tudo, que conhece mais a Laura do que nós!
- Querida, não deixe sua implicância com a Jackie atrapalhar sua visão!
- Implicância! Aquela mulher... Ela... Ela arrasou com minha vida, eu poderia ser uma artista reconhecida!
- Ela só fez uma crítica do seu trabalho! Era o trabalho dela e, convenhamos, minha linda, não foi uma crítica destrutiva, não se atormente mais com isto. Você sabe o valor do seu trabalho. E acho que poucos o admiravam mais do que ela.
- Nós vamos começar o ano brigados, Gilberto!
- Tudo bem, não precisa apelar! Não falo mais! Só estou muito preocupado com... Samantha! - ao se virar, Gil encarou Sam olhando para eles, com lágrimas por todo o rosto. Mas foi uma visão rápida, tão rápida quanto ela conseguiu correr para longe dali.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 25/05/2017
Oiee
Gente, povo faz confusão viu!
Em parte a mãe de Lau tem razão, Sam acha que o centro do universo, digo pq até pelaa coisas que sofreu..como se outras pessoas tb n sofressem.Acho que devia confiar mais em Lau.Veja bem, se Lau quisesse deixá-la nao teria prometido mesmo que gostasse dela e nao soubesse como dizer.Tudo bem que nao a conhecia, mas se eu nao recebi recado diretamente, não importa o que digam.Espero o tempo que for...
Lupe, veja se vou acreditar em algo que ela diz....outra que distorce a palavra amor...ama o que ela quer...capricho!
Recuperei minha serenidade, viu?!!
Se cuide e melhoras!!
Esqueci de agradecer pela consideração em me dizer o pq nao podia responder!
Beijoss
Resposta do autor:
Olá!
Isso que você falou sobre a Sam achar que é a única que sofre é algo que dá uma dissertação de mestrado. Pena que não fiz Psicologia, senão aproveitaria a deixa. Mas penso que se vc olhar holisticamente pode fazer uma escala de dores e esperar determinadas reações. Porém, para o indivíduo, a única dor que ele pode mensurar é a que ele mesmo sente, é a única com a qual ele tem que lidar e é até meio cruel não deixar que lamba suas próprias feridas pq tem feridas maiores que a dele. A Sam não se fez de coitadinha, eu acho. Ela lidou com a dor dela com as ferramentas que dispunha. Se o pai dela fosse mais atento, teria levado os filhos ao psicólogo logo que a mãe morreu, ele próprio teria procurado ajuda. Ficaram duas crianças à deriva pq o capitão do navio resolveu se fechar. Enfim, vamos ver se ela aprende a se relacionar :-)
IzaHass
Em: 26/05/2017
Quem tem o histórico de insegurança e abandono que a Sam tem... Sofrimento passa a ser seu sobrenome. Bichinha... :(
Gostando de conhecer as visões dos maridos sobre Letícia e Jackie... Esse é um quebra cabeças interessante de montar. Preciso criar resistência pra seguir lendo daqui em diante... Ah, obrigada por transmitir meu agradecimento à Diedra :) Fique bem! E volte pra nos fazer o bem (fazendo a elas ;) haha).
Resposta do autor:
Olá!
A história de Letie (adoro um shipp!) tentei mesmo fazer em quebra-cabeças. Fiquei mó feliz de vc usar a palavra <3
Quanto a Sam, bem, ela ainda tem que trabalhar seus traumas, às vezes é preciso ir ao fundo pra poder voltar à tona. Não sei se será tão rápido #muahahahaha
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Photographer_SP
Em: 25/05/2017
Carla Gentil, não acredito!!!
Coitada da Sam, venha nos contar logo o que houve com a bela fotógrafa de 1,80m?
Sem palavras......:(
Muito triste pela Sam!
"Titeza profunda"
Beijos tristes
Resposta do autor:
No! Woman no cry :'(
Fique triste, não. A Laura bem falou na primeira conversa delas que o destino de personagens de fanfictions é ficar juntas e felizes. A menos qdo a história é muito dramática. E o pior é que nem lembro se esse final foi dramático ou feliz :o
Beijins
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Sem cadastro
Em: 25/05/2017
Oiee
Gente, povo faz confusão viu!
Em parte a mãe de Lau tem razão, Sam acha que o centro do universo, digo pq até pelaa coisas que sofreu..como se outras pessoas tb n sofressem.Acho que devia confiar mais em Lau.Veja bem, se Lau quisesse deixá-la nao teria prometido mesmo que gostasse dela e nao soubesse como dizer.Tudo bem que nao a conhecia, mas se eu nao recebi recado diretamente, não importa o que digam.Espero o tempo que for...
Lupe, veja se vou acreditar em algo que ela diz....outra que distorce a palavra amor...ama o que ela quer...capricho!
Recuperei minha serenidade, viu?!!
Se cuide e melhoras!!
Esqueci de agradecer pela consideração em me dizer o pq nao podia responder!
Beijoss
Resposta do autor:
Olá!
Isso que você falou sobre a Sam achar que é a única que sofre é algo que dá uma dissertação de mestrado. Pena que não fiz Psicologia, senão aproveitaria a deixa. Mas penso que se vc olhar holisticamente pode fazer uma escala de dores e esperar determinadas reações. Porém, para o indivíduo, a única dor que ele pode mensurar é a que ele mesmo sente, é a única com a qual ele tem que lidar e é até meio cruel não deixar que lamba suas próprias feridas pq tem feridas maiores que a dele. A Sam não se fez de coitadinha, eu acho. Ela lidou com a dor dela com as ferramentas que dispunha. Se o pai dela fosse mais atento, teria levado os filhos ao psicólogo logo que a mãe morreu, ele próprio teria procurado ajuda. Ficaram duas crianças à deriva pq o capitão do navio resolveu se fechar. Enfim, vamos ver se ela aprende a se relacionar :-)
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