Próximo!!
Capítulo 43 – Conversando e colocando os pingos nos “is”
Ao chegarmos em casa a pequena acordara, olhei pelo retrovisor e sorri, Jéssica ao meu lado com os olhos fechados sussurrou:
-Preciso dormir uma 10hs seguidas.
Olhei para ela, também estava cansada, inspirei fundo guardei o carro e entramos em casa... Sentamos as três no sofá e ficamos ali paradas em silencio por alguns minutos, até Anna começar a se agitar e querer comer, a campainha tocou, logo Bianca e Fábio apareceram para tirar nosso sossego, sorri.
Eles chegaram e começaram a distrair a pequena, estava cansada demais e com Fábio e Bianca ali fiquei aliviada e poderia descansar sossegada, precisava dormir um pouco, ele sugeriu:
-Vocês comeram alguma coisa, querem que eu peça uma pizza?
Todos concordaram, eu levantei disse:
-Eu declino... Vou tomar um banho e relaxar um pouco.
-Amor, você precisa comer alguma coisa!
-Estou sem fome Jessy, o que eu preciso agora e de um bom banho e da cama...
-Você está bem?
-Só cansada amor...
Dei-lhe um beijo e fui para o quarto, estava precisando dormir porque quase quatro dias dormindo apenas algumas horas meu corpo não aguentava mais, tomei um banho relaxante e cai na cama apagando assim que minha cabeça encostara no travesseiro, acordei algum tempo depois abri os olhos e passava da 1h da madrugada, olhei em minha volta e Jéssica não estava lá.
Preocupada levantei a procura das duas, caminhei pelo corredor e não ouvi conversa na parte de baixo, resolvi ir até o quarto da pequena, abri a porta e lá estavam as duas deitada aparentemente dormindo, me aproximei arrumando o cobertor sobre elas, me abaixei e beijei a cabecinha que já ressonava no colo da mãe e dei um beijo no rosto de Jéssica, levantei e estava a caminho da porta quando ela chamou:
-Bia?
-Oi amor?
-Fica aqui comigo?
Sorri, voltando para onde elas estavam, percebi que ela havia chorado, mas não comentei, esperei que ela viesse até mim, esperaria por ela, não tinha pressa, dei a volta na cama e deitei com elas as abraçando e as protegendo, não demorou muito Jéssica adormecera com o carinho que eu fazia em sua cabeça, sussurrei antes de adormecer:
-Agora e sempre meu amor... Nunca mais sairei do lado de vocês...
A noite não fora tranquila, porque a criança acordava sentindo dor e se irritava quando precisava tomar o remédio, mesmo assim estive ao lado delas cada segundo, quando amanheceu a pequena acordou chorando, a peguei no colo deixando a mãe exausta dormir mais um pouco, fomos para a cozinha.
Preparei o leite para ela e depois deitamos em um colchonete que coloquei no chão da sala para assistirmos um desenho e tentar fazer a pequena se distrair, não demorou muito se rendera novamente ao cansaço e adormecera, e não tardei a adormecer também.
Abri os olhos, abaixei a cabeça e vi a pequena ainda adormecida em meus braços, estiquei o corpo dolorido, Jéssica sussurrou sonolenta deitada no sofá atrás de mim:
-Desde que horas estão aqui?
-Oi amor... Ela acordou as cinco pedindo leite, descemos e para não acordar você, nós viemos para sala assistir algum desenho bobo.
Ela sorriu passando os dedos em meu rosto, Aninha se mexera logo abrira os olhos choramingando, acalmei a pequena sussurrando carinhosamente e logo ela acordara, levantando e sentando com suas bonecas tentando brincar porque aquele gesso atrapalhava um pouco e ela precisava ficar com a tipoia e isso a estava deixado irritada.
Jéssica sentara no sofá com o olhar perdido, fui até ela abraçando-a forte e trazendo-a para o meu colo como uma criança indefesa. ela se encolheu em meus braços sussurrando:
-Acha que sou uma boa mãe Bia?
Afastei ela do conforto do meu abraço, olhando fundo dentro de seus olhos dizendo:
-Está brincando? Você e a melhor mãe do mundo, ninguém chegaria aos seus pés! Depois da minha mãe, claro.
Ela sorriu, mas logo o sorriso sumira de seu rosto e deitara em meu peito, algum tempo depois senti minha camiseta molhar, passei a mão em seus olhos estava chorando perguntei preocupada:
-O que foi amor? Porque está chorando?
-Só deu vontade Bia... Desculpa...
-Jessy, sinto que não é somente isso amor!?
Ela me olhou com aqueles olhos verdes avermelhado de tanto chorar, tão vulnerável a abracei e sussurrei palavras de conforto a ela até se acalmou e sussurrei:
-Quando quiser conversar sabe que estou aqui não é?
Ela me olhou e suspirou dizendo:
-Causei toda essa confusão e é você quem está me consolando... Você não existe sabia?
-Sim eu sabia... Porque sou fruto da sua imaginação!
Ela sorrira e meu peito se aliviou, deixei que ela começasse a falar e não demorou muito começou:
-Queria poder voltar ao passado e ter evitado tudo isso amor, se eu não tivesse sido covarde e visto os dois lados nessa história, não somente a minha... Poderia prever que isso aconteceria!
-Amor, acidentes acontecem...
Ela colocara o dedo em meus lábios me silenciando e continuara:
-Não estou falando do acidente com Anna... Estou falando do que aconteceu entre nós... Se eu tivesse feito o que eu queria fazer e ter ido atrás de você... Nada disso teria acontecido... E nós não estaríamos assim!
-Mas nós estamos bem amor... Estamos néh?
Levantei preocupada, agora quem estava ficando assustada era eu, ela não me olhava e isso me deixou mais aflita, sussurrei levantando o rosto dela:
-Amor! Você está me assustando sabia! Nós estamos bem... Quero dizer, ainda não tão bem porque Anna está machucada, mas estamos bem entre nós!
-Acha mesmo Bia... Porque ontem você não quis ficar conosco e se isolou no quarto?
-Ei... Eu estava falando sério sobre o cansaço... Estava a quatro dias quase sem dormir, não fugi de vocês ontem... Pode perguntar a minha mãe... Lá no Haras eu não dormi nada e depois do que soube o que tinha acontecido menos ainda.
-Então ontem...?
-Não foi nada disso que você pensou, por isso você não foi para o quarto dormir comigo?
-Eu achei que você quisesse ficar sozinha...
-Não... não... não meu amor, eu desmaiei assim que deitei na cama... Acha mesmo que seu eu tivesse forças não teria ficado aqui na sala com vocês?
Ela me olhava como se quisesse desvendar algum segredo meu, inspirei fundo e disse:
-Lembra lá na lanchonete... quando te pedi em casamento? Eu estava falando sério amor... Nunca falara tão sério em minha vida... Eu fui sim para longe de vocês na sexta-feira, mas fora apenas para perceber que o meu lugar era de onde eu estava saindo, não voltei antes porque... porque...
-Porque não voltou amor?
Inspirei fundo e abaixei os ombros em sinal de rendição e disse:
-Porque eu estava com ciúmes... Morrendo de ciúmes... De Anna... De você com seu ex-marido... Dos três juntos...Não imagina as cenas que se passaram em minha mente... eu...
-Oh Bia... Oh meu amor... Eu não sabia, me desculpe... Eu sabia que algo estava para acontecer, mas fui covarde para evitar antes que acontecesse...
Ela assim como eu abaixara os ombros, agora as duas desoladas, mas tudo havia passado... Tudo havia sido esclarecido, agora era seguirmos em frente e com nossos planos segurei as mãos dela e perguntei:
-Ainda quer se casar comigo? Porque se não quiser mais eu volto para o hospital e...
Ela nem deixara eu terminar, comecei a rir e ela fechara a cara logo fazendo associações e lembrando da “enfermeira diaba”, começou a batendo em meus braços, levantei me defendendo, peguei uma almofada próxima a Aninha e sai correndo, a criança gargalhava todas as vezes que me desviava da mãe mostrando a língua, corri para a pequena que estava pulando no sofá pegando-a no colo e usando-a como escudo me escondendo, naquele momento Fábio chegou, olhando para nós perguntando:
-O que está acontecendo aqui, festa do pijama?
Aninha saíra de meus braços correndo para abraça-lo, naquela distração puxei Jéssica para meus braços a segurando para não me bater, ela olhara para o irmão e disse:
-E você é comparsa dela nisso!!
-Desculpa?
Ele fez os movimentos com as mãos não entendendo do que se tratava, ela disse:
-A enfermeira “bonitona” ...
-Ah... Entendi, mas ela era bonita mesmo o que eu podia fazer?
-Seu cachorro, que tal se me defendesse?
-Mas eu defendi... É sério, você é minha maninha!!
Sorri abraçando ela que estava nervosa fazendo bico em meus braços, olhei para ela e sussurrei:
-Já disse o quanto fica linda quando está nervosa assim?
-Deve ser por isso que você gosta de me irritar.
-Acho que tem razão amor... Vou tentar me controlar, do contrário fico sem esposa...
-Falando nisso Bia...
Olhamos para o Fábio que entregara algumas sacolas para dona Odete que estava na cozinha e viera ao nosso encontro sentando no sofá e comentando:
-Você falara mesmo ontem que pedira Jéssica em casamento, mas o que você não percebeu ainda é que minha irmã é moça de família e na ausência de meu pai você deve pedir a mão dela para mim.
Jéssica se virara em meus braços e a abracei por trás olhando para o discurso que seu irmão fazia, cogitei:
-Você tem razão meu amigo... Peço que me desculpe... Farei o pedido como manda a tradição!
-Do que estão falando... Eu quem devo decidir isso não é?
Olhamos para ela e simplesmente cruzara os braços em nossa frente arqueando a sobrancelha e como se ela não tivesse dito nada ele continuou levantando do sofá e se afastando, sorri, alguma coisa ele iria aprontar e começou a falar:
-Mas... Como vocês estão quase morando juntas e não pensaram nisso antes e acredito eu que nem mais a mão de Jéssica pertença a ela, eu dou permissão...
E correu com a irmã atrás, peguei Anna pelas mãos a tirando do caminho daqueles dois malucos e ficamos sentadas longe observando os dois correndo em volta da piscina não demorou muito os dois caíram na agua, Anna começara a gritar em meu colo rindo e tentando bater palmas, sorri balançando a cabeça e beijando a pequena no rosto sussurrando:
-Como eu poderia viver longe de vocês?
Quando os dois saíram da agua vindo em nossa direção Aninha saíra de meus braços indo ao encontro do tio que sentou na cadeira ali próxima e Jéssica veio sentar-se em meu colo me molhando toda também, sorri sussurrando em seu ouvido:
-Amo você e sua família doida!!
Ela passara a mão em meu rosto me beijando suavemente e respondendo por entre nossos lábios:
-Eu aceito me casar com você com ou sem o consentimento do meu irmão retrógrado...
E me beijou selando aquela promessa, quando nos separamos ele estava comentando com a sobrinha:
-Acho que só você me entende Clarinha!!
E sorrimos observando a pequena abraçar o tio que arrancara a camiseta para não molhar ela, entramos em casa, os dois se secaram e fomos para cozinha tomar café conversando animadamente, acreditando que a partir daquele momento nada fosse atrapalhar nossa felicidade.
Fim do capítulo
Como prometido!!
Bjs... Espero que curtam!!
;)
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]